tut 6 osteoporose Flashcards
É comum conceituar OP como sendo sempre o resultado de perda óssea.
Entretanto, uma pessoa que não alcançou seu pico máximo durante a infância e a
adolescência, por desnutrição, doenças disabsortivas ou anorexia nervosa, por
exemplo, pode desenvolver OP sem ocorrência da perda óssea acelerada.
CLASSIFICAÇÃO DA OSTEOPOROSE
primaria: senescencia
tipo 1: afeta principalmente mulheres, perda acelerada de osso trabecular
tipo 2: afeta homens e mulheres, perdaa acelerada de osso trabecular e cortical
secundaria:
doencas cronicas,infeccoes,medicamentos(anticonvulsiv,glicocorticoides…)
Fraturas por fragilidade osteoporótica: geralmente envolvem as fraturas
de quadril, de vértebras e do punho.
■ Fraturas vertebrais: as mais prevalentes das fraturas por fragilidade.
■ Fraturas de quadril: associadas com desfechos mais graves.
Quanto maior o número e o grau de
gravidade da fratura vertebral, maior o risco de o paciente ser acometido por
novas fraturas, funcionando como um fator determinante de um tratamento mais
incisivo.
As fraturas de punho ocorrem com mais frequência por volta da 5a década, as
vertebrais aumentam depois dos 60 anos, enquanto as fraturas de fêmur têm sua
maior incidência a partir da 7a década.
Embora a prevalência geral das fraturas por fragilidade seja maior em mulheres,
os homens costumam ter uma taxa mais alta de mortalidade relacionada à
fratura, em decorrência de comorbidades associadas.
FISIOPATOLOGIA
As fibras colágenas dão elasticidade, e os minerais, resistência. Na infância, dois
terços da substância óssea são formados por tecido conjuntivo. Na velhice, são os
minerais que predominam. Essa transposição de conteúdo leva a menor
flexibilidade e aumenta a fragilidade do osso.
Osteoclastos: células diferenciadas da linhagem macrófago/monócito,
RANKL: citocina essencial para a osteoclastogênese expressa pelos osteoblastos e
seus precursores imaturos. Essa citocina ativa seus receptores RANK nos
osteoclastos, promovendo a formação e ativação,
Osteoprotegerina (OPG): bloqueia os efeitos do RANKL, atuando como
antagonista do RANKL.
FATORES DE RISCO
mulher
idade avançada
fratura previa
imc baixo
sedetnarismo
dieta
INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE RISCO PARA FRATURA (FRAX)
o qual estima a probabilidade de fratura de
quadril ou fratura osteoporótica combinada em 10 anos (quadril, vértebra, úmero
ou punho) para uma pessoa não tratada, através dos fatores e risco, usando ou
não a densidade mineral óssea (DMO).
Quando tratar? Recomenda-se o tratamento de pacientes quando eles tiverem
uma probabilidade FRAX de fratura de quadril em 10 anos de ≥ 3% ou uma
probabilidade de outra fratura osteoporótica importante em 10 anos ≥ 20%.
SINAIS E SINTOMAS
a OP é assintomática. Os pacientes tomam conhecimento da
doença quando ocorre uma fratura ou o médico observa aumento da
radiotransparência em exame radiológico ou quando é realizada a DXA.
DIAGNÓSTICO
lab:
Hemograma completo;
➢ Velocidade de
hemossedimentação (VHS);
➢ Cálcio sérico;
➢ Fosfato sérico;
➢ Proteína total;
➢ Albumina;
➢ Enzimas hepáticas;
➢ Creatinina;
➢ Eletrólitos;
➢ Glicemia de jejum;
➢ Dosagem de cálcio na urina
de 24h;
➢ Dosagem de vitamina D
sérica.
Existindo história clínica ou achados de exame físico sugestivos de outras causas
secundárias, testes laboratoriais adicionais podem ser necessários: TSH e PTH
intacto sérico, cortisol urinário livre,
BIOMARCADORES ÓSSEOS
Nenhum desses marcadores é específico da OP, podendo ser influenciados por
outros fatores,
Utilização: determinação do risco de fratura; determinação da resposta
terapêutica a alguns agentes anti reabsortivos;
Eles não fazem diagnóstico de OP, no entanto, servem de alerta para a não adesão
terapêutica quando não se modifica após o uso de anti reabsortivos por mais de 6
meses.
RADIOGRAFIAS CONVENCIONAIS
A sensibilidade e a precisão das radiografias simples para determinar baixa massa
óssea são fracas, e, na ausência da fratura vertebral, essa técnica não pode ser
utilizada para diagnosticar a OP precocemente.
Alterações na radiografia:
➢ Radiotransparência aumentada, traduzida como osteopenia;
➢ Afinamento da cortical;
DENSITOMETRIA ÓSSEA (DXA)
A DXA é um termo aplicado a métodos capazes de medir a quantidade de osso
(conteúdo mineral) em uma área ou volume definido, calculando, como
resultado desses dois parâmetros, a DMO.
A DXA permite: estabelecer o diagnóstico da OP; determinar o risco de fraturas;
auxiliar na identificação de candidatos para intervenção terapêutica; avaliar as
mudanças na massa óssea, com o tempo, em pacientes tratados ou na evolução
natural da doença;
Mulheres na pós-menopausa, imediata e tardia, apresentam perda
basicamente de osso trabecular e devem ter a coluna lombar bem
avaliada, assim como o fêmur proximal.
➢ Em indivíduos idosos, o fêmur proximal sempre será avaliado.
A coluna lombar, se acometida por doença degenerativa, poderá fornecer
resultado falso-negativo para a OP. Essas alterações funcionarão como
artefatos, majorando o resultado final. A avaliação de um outro local, como
o antebraço,
Indicações:
➢ Todas as mulheres de 65 anos ou mais;
➢ Homens com idade superior a 70 anos (ou com idade inferior a 70 anos
com fatores de risco);
➢ Mulheres na peri e pós-menopausa com fatores de risco;
➢ Mulheres com amenorreia secundária prolongada (por mais de 1 ano);
➢ Todos os indivíduos que tenham sofrido fratura por trauma mínimo ou
atraumática;
➢ Indivíduos com evidências radiográficas de osteopenia ou fraturas
vertebrais;
➢ Indivíduos que apresentem perda de estatura (2,5 cm) ao longo da vida ou
hipercifose torácica;
➢ Indivíduos em uso de corticoides por 3 meses ou mais,
independentemente da dose;
Análise dos resultados:**
➢ T escore: valor percentual relativo a uma curva de jovens entre 20 e 40
anos de idade. Compara-se à massa óssea do idoso com a de uma pessoa
jovem, que possui as mesmas características em relação a sexo e peso.
■ Recomendado pela OMS.
➢ Z escore: valor percentual relativo a uma curva ajustada para a idade, sexo,
raça e peso. Pacientes que têm escores Z inferiores a -2 desvios-padrão
(DP), quando comparados com indivíduos da mesma idade ou que
apresentam achados físicos, devem ser submetidos a avaliações para
causas secundárias mais específicas para osteoporose.
Intervalo entre exames:
intervalo entre os exames deve ser de dois anos, no mínimo.
TRATAMENTO
MEDIDAS PREVENTIVAS NÃO FARMACOLÓGICAS:
Adequação da nutrição: o nutriente mais importante é o cálcio.Aumento de vitamina D
Bons hábitos de vida, incluindo exercícios físicos, evitando alcoolismo e
tabagismo
Controle do ambiente para prevenção das quedas
MEDIDAS FARMACOLÓGICAS
Quem deve ser tratado?
➢ Mulheres com OP pós-menopáusica;
➢ Mulheres com fraturas atraumáticas e baixa DMO;
➢ Mulheres com T-score de DMO < – 2,5 DP sem fatores de risco;
➢ Mulheres nas quais medidas não farmacológicas não foram eficazes.
Suplementação de cálcio: faz parte de praticamente todos os esquemas
terapêuticos. Encontram-se vários tipos de sais de cálcio disponíveis, e o
carbonato de cálcio é o que oferece maior percentual de cálcio elementar.
Suplementação de vitamina D:
A forma ideal de suplementação de vitamina D é o colecalciferol
Bifosfonatos: seu mecanismo de ação inclui o bloqueio da adesão dos
osteoclastos à superfície de reabsorção óssea e o aumento da apoptose dos
osteoclastos.
Alendronato:
Contraindicado nos pacientes que
apresentem hipersensibilidade ao produto, hipocalcemia, osso adinâmico,
incapacidade de permanecer sentado ou de pé após a ingestão do
medicamento, alterações esofágicas que lentifiquem o trânsito (acalasia ou
estenose), refluxo gastroesofágico, úlceras gástricas em atividade ou
insuficiência renal grave (usar com cautela).
Risedronato
Contraindicado em casos de hipocalcemia e
hipersensibilidade ao risedronato.
Complicações dos bifosfonatos: osteonecrose de mandíbula e fraturas
atípicas do fêmur.