Trauma vascular Flashcards
Trauma cervical: zonas
ZONA I:
- Fúrcula esternal até cartilagem cricoide
ZONA II:
- Cartilagem cricoide até ângulo da mandíbula
ZONA III:
- Ângulo da mandíbula até base do crânio
Trauma contuso de carótida: classificação de DENVER
GRAU I:
- Irregularidade da parede
do vaso
- Lesão intimal com estenose luminal < 25%
GRAU II:
- Trombo intraluminal ou flap intimal
- Dissecção/hematoma intramural
com estenose luminal >= 25%
GRAU III:
- Pseudoaneurisma
GRAU IV:
- Oclusão do vaso
GRAU V
- Transecção com extravasamento livre
Trauma vascular cervical: exames de imagem
QUANDO SOLICITAR?
- Trauma cervical penetrante sem sinais maiores de trauma vascular
- Trauma cervical contuso com mecanismo vascular provável
- Critérios de Denver modificados:
- Fraturas de coluna cervical, face, base de crânio
- LAD + ECG < 6
- Mecanismo: impacto cervical direto, estiramento + rotação
QUAL EXAME SOLICITAR?
- AngioTC: avalia lesões nas zonas 1, 2 e 3
- USG: avalia lesões na zona 2
Trauma contuso da artéria carótida: imagem
→ Arteriografia (padrão-ouro)
Sinal do cordão
Oclusão em forma de chama
Flap intimal
Pseudoaneurisma, bolsa distal e arteriopatia subjacente
Trauma vascular cervical: abordagem CIRÚRGICA
CERVICOTOMIA:
- Preferência para lesões com acesso cirúrgico menos complexo (zona 2)
ENDOVASCULAR:
- Trauma carotídeo contuso ou penetrante em áreas de difícil exposição cirúrgica (zonas 1 e 3)
- Trauma penetrante da artéria vertebral (embolização da artéria não dominante e implante de stent
revestido na artéria dominante)
** Dispositivos de oclusão vascular (embolização) ou de reconstrução vascular (stents revestidos) podem ser utilizados em diferentes padrões de lesões (pseudoaneurismas, FAVs e secções parciais/totais do vaso), tanto em traumas contusos quanto penetrantes
TRAUMA PENETRANTE:
- Reparo Endovascular com stent revestido (preferência, devido ao risco de lesão de nervos na dissecção da área com hematoma)
- Reparo aberto (se já tiver com pescoço aberto): enxerto com veia safena
TRAUMA CONTUSO:
- TTO geralmente conservador (observação, antiagregação ou anticoagulação)
- Em qualquer trauma vascular, pseudoaneurisma nunca tem conduta conservadora
Trauma vascular cervical: lesões passíveis de tratamento EXPECTANTE
TRAUMA CONTUSO:
- Pacientes sem sintomas neurológicos com lesões carotídeas graus I, II e IV ou lesão das artérias vertebrais
TRAUMA PENETRANTE:
- Pacientes sem sintomas
neurológicos com oclusão das artérias carótidas ou vertebrais
- Achados de lesões vasculares
mínimas em exame de imagem (flap intimal não obstrutivo ou pseudoaneurisma com diâmetro
< 5 mm)
- Lesões venosas sem sangramento ativo, desde que não haja indicação concomitante de cervicotomia por lesões associadas
TTO Conservador:
- Observação
- Antiagregação
- Anticoagulação
Trauma vascular cervical: lesões passíveis de tratamento por LIGADURA
- Todas as lesões venosas, exceto lesões bilaterais das VJI. A ligadura bilateral das VJI se associa à hipertensão intracraniana, recomendando-se reconstrução de ao menos uma VJI
- Lesões das ACE e de seus
ramos e das AV - Lesões da ACI na zona 3, quando
as limitações do campo CX impedirem o uso de shunt temporário ou a reconstrução
vascular - Lesões carotídeas em pacientes in extremis, quando o uso do shunt vascular temporário não for possível
Trauma vascular cervical: uso do SHUNT nas lesões carotídeas
- Não há evidências de que o uso de shunt em reconstruções mais complexas (como interposição
de enxertos venosos) esteja associado à diferença significativa quanto à evolução neurológica - Recomenda-se, especialmente, o uso de shunts em casos de refluxo inadequado ou quando a reconstrução carotídea não puder ser
concluída no primeiro ato operatório
Trauma vascular cervical: trombose da artéria carótida em traumas penetrantes
GLASGOW < 8:
- Ligadura pode ser realizada (benefício de revascularização é pouco provável)
GLASGOW > 8:
- Deve-se tentar reconstruir a artéria carótida, salvo contraindicações para reparo em lesões penetrantes:
— Lesões inacessíveis
— Coma > 4 h
— Grandes áreas de infarto cerebral
em imagem
— Ausência de refluxo no segmento arterial distal após trombectomia