Doppler Flashcards
Conceitos: som e frequência
Som:
- Propagação de energia através de uma onda mecânica
- Se propaga apenas em meios materiais (sólidos, líquidos ou gasosos)
Frequência:
- Medida com que um determinado fenômeno ocorre em um intervalo de tempo
- Definida como nº de oscilações ou ciclos por segundo
- Unidade: Hz (Hertz) (1 Hz = 1 ciclo por segundo)
- Ouvido humano: identifica sons com frequência
entre 20 a 20.000 Hz
- Ultrassom: onda com frequência > 20.000 Hz
- Equipamentos de US: frequências entre 2,5 MHz e 12 MHz (1 MHz = 1.000.000 Hz)
Conceitos: comprimento de onda, amplitude, velocidade de propagação, atenuação sonora
Comprimento de onda:
- Dimensão no espaço em que ocorre um ciclo completo
Amplitude:
- Limite máximo alcançado pela onda
Velocidade de propagação:
- Depende do meio (resistência oferecida - impedância acústica)
Atenuação sonora:
- Perda gradual da intensidade do som por um meio
Velocidades de onda nos diversos meios
Efeito doppler: conceitos
Fonte das ondas se aproxima do observador:
- Cada onda sucessiva é emitida de uma posição mais próxima (cada onda leva menos tempo para chegar ao observador, causando um aumento na frequência)
Fonte das ondas se afasta do observador:
- Cada onda sucessiva é emitida de uma posição mais distante (cada onda leva mais tempo para chegar ao observador, causando uma diminuição na frequência)
Tansdutores
Maior frequência:
- Melhor resolução espacial (melhor imagem)
- Menor penetração axial
- Lineares (7-13 MHz): carótidas, extremidades
Menor frequência:
- Pior resolução espacial (pior imagem)
- Maior penetração axial
- Convexos (2-5 MHz: ilíacas, aorta)
US: artefatos
DEFINIÇÃO:
- Distorções do sinal acústico
Absorção:
- Transferência de energia do feixe sonoro ao tecido
- Quanto mais rígido o tecido, maior a absorção
- Quanto mais alta a frequência sonora, maior a absorção
Reflexão:
- Divergência antagônica de energia do feixe sonoro pelo tecido
- Quanto mais rígido o tecido, maior a reflexão
Refração:
- Desvio de direção do feixe sonoro ao atravessar dois meios acústicos com velocidades de propagação diferentes (impedância ou resistência acústica diferente)
Reverberação:
- Produção de ecos múltiplos e paralelos, refletidos sucessivamente devido à passagem do feixe sonoro por superfícies (meios) de alta impedância acústica
** Osso:
- Gera absorção e reflexão
** Sombra acústica:
- Segmento que não foi conseguido obter informações sonoras
US doppler: etapas
Modo B:
- Escala de cinza
Doppler:
- Análise de fluxo: direção, sentido e velocidade
- Mapeamento do fluxo a cores (CF)
- Doppler pulsado (PW) - gráfico e som
- Doppler de amplitude (Power doppler - PD): Escala de cores (geralmente monocromática) - intensifica a amplitude do sinal (detecta velocidades mais baixas)
** Duplex: Modo B + Cor ou Pulsado
** Triplex (pode deixar exame mais lento): Modo B + Cor + Pulsado
Modo B: preset, ganho, dinamic range, escalas de cinza / chroma, foco
PRESET:
- Abdome, arterial, venoso, carótidas, tireoide…
GANHO
DINAMIC RANGE:
- Quantidade de tons de cinza que vai utilizar
- Quanto maior, menor o contraste, melhor a definição e mais lenta a imagem
ESCALAS DE CINZA / CHROMA
- Chroma: não altera resultado do exame mas pode deixar imagem mais bonita (perfumaria) (imagem anexa)
FOCO:
- Demonstra a altura que se objetiva estudar (demonstrado por marcação à direita)
- Dá para ter mais de um foco (melhor qualidade), mas a imagem fica mais lenta
Modo B: frequência, profundidade, virtual convex, image extend
FREQUÊNCIA:
- Se relaciona à penetração do feixe (quanto mais baixa, maior a penetração e pior a resolução)
PROFUNDIDADE
VIRTUAL CONVEX:
- Imagem trapezoidal (permite que a visão seja ampliada com transdutor linear)
IMAGE EXTEND:
- Permite avaliação de estruturas extensas, mas probe deve ser minuciosamente movimentado (imagem anexa)
Modo B: harmônica
CONCEITOS:
- US de alta amplitude -> Propagação não linear -> Distorção progressiva ao passar pelos tecidos -> Geração de ondas harmônicas
- Frequência do pulso de retorno ≠ frequência do pulso enviado
HARMÔNICA (HARM):
- THI (tissue harmonic imaging): transdutor ajustado para captar as frequências centrais harmônicas à de insonação
- Melhora qualidade da imagem, porém perde penetração
- Estruturas profundas (ex: coxa de obesos): tirar harmônica para conseguir penetração por frequências mais baixas
Doppler colorido: escala de cores
Escala de cores:
- Representação em cores do sentido e da velocidade de um fluido (sangue)
- Barra vertical: legenda que orienta as variáveis acima
Observador:
- Paralelo às bordas da janela
Doppler colorido: ganho
Ganho:
- Amplificação do sinal acústico emitido / recebido
- Ajustar o ganho: equilibrar sensibilidade / especificidade de um sinal
- Ganho geral e TGC (por estratos)
- Aplica-se aos três modos: escala de cinza, cor (ganho colorido) e espectro (ganho pulsado)
Doppler colorido: caixa de cor
TAMANHO:
- Quanto menor: menor a área de mapeamento, mas o mapeamento fica mais rápido
POSIÇÃO
ANGULAÇÃO:
- Permite um ângulo doppler adequado (ideal entre 0-60 graus)
- Caixa de cor angulada: somente os feixes da caixa são defletidos
- Eixo do vaso deve estar alinhado ao maior eixo da
caixa (corrigir ângulo - entre 0 e 60)
** Quando o ângulo do vaso é de 0 graus e você mediu erroneamente com 60 graus, é só dividir a velocidade aferida por 2
Doppler colorido: PRF e linha de base
PRF (frequência de repetição de pulso):
- Escala de velocidades (scale)
- Deve ser proporcional à velocidade de fluxo esperada (vasos de alta velocidade -> escala alta e vice-versa)
- PRF muito superior à velocidade de onda do objeto: não detecção de fluxo
- PRF < 2x velocidade de onda do objeto: “Aliasing” (estimação incorreta da frequência de um sinal devido à amostragem insuficiente)
LINHA DE BASE:
- Mudar linha de base: deixar a escala mais para o azul ou vermelho
Corrigir Aliasing:
- Aumentar PRF
- Diminuir linha de base
- Imagem anexa: Aliasing na esquerda e na direita de cima
Doppler colorido: acumulação, mapa de cores, inversão
ACUMULAÇÃO:
- Acúmulo de cores na tela para tentar pintar melhor o vaso (imagem colorida fica mais lenta e mais pausada)
MAPA DE CORES:
- Altera as cores do fluxo colorido (perfumaria)
INVERSÃO:
- Altera a cor de quem aproxima e quem afasta do transdutor (e inverte a linha de base)
Doppler colorido: frequência, compressão
FREQUÊNCIA:
- Controles independentes de frequência para escala de cinza, colorido e pulsado
- Quando fluxo não fica nítido (estruturas mais profundas), abaixar a frequência do color
COMPRESSÃO:
- Capacidade de diferenciação de cores
Doppler colorido: prioridade, ganho ativo, supressão flash
PRIORIDADE (TRASHOLD):
- Traduz o quanto a cor do doppler vai ser mais importante do que a do Modo B
- Geralmente, 60-80%
- Diminuir a prioridade: descascar cor fora do vaso
GANHO ATIVO:
- Mesmo com imagem congelada, é possível alterar o ganho
- É necessário que o aparelho realize aquisição das imagens
SUPRESSÃO FLASH:
- Quanto maior, mais limpa artefatos de pixels coloridos (por movimentações)
Doppler pulsado: onda espectral
Onda espectral:
- Representação gráfica das fases do ciclo de movimento do sangue
- Permite uma mensuração objetiva de valores de: velocidade, resistividade, pulsatilidade, aceleração, volume de fluxo…
- Permite a interpretação de aspectos subjetivos
da onda: número de fases, janelas espectrais, padrões característicos…
- No exame arterial, costuma gerar os parâmetros diagnósticos mais importantes
Doppler pulsado: fases da onda espectral
Fase diastólica:
- Sangue se move por inércia
- Território de alta resistência vascular: onda pequena ou ausente
- Território de baixa resistência vascular: onda mais exuberante
Doppler: onda contínua x onda pulsada
PULSADA (PW):
- Usualmente utilizado
- Informações de profundidade
CONTÍNUA (CW):
- Utilizado em alguns ecocardiogramas
- Dispositivos menores (doppler do ITB; BCF)
- Pouco específico
- Sem limite superior de mensuração de velocidade (útil para ecocardiografia em doenças valvares)
Doppler pulsado: janela amostral - ângulo e volume
JANELA AMOSTRAL:
- Mede a velocidade das hemácias
- Deve ficar no centro do vaso
Ângulo:
- Essencial para calcular a velocidade verdadeira
- Barrinha deve ficar paralela às paredes do vaso e <= 60 graus
Volume da amostra (gate / sample volume):
- Abertura do cursor
- Maior volume: mais partes do vaso são avaliadas (maior turbulência)
- Correto: trabalhar com volume de amostra pequeno (salvo no cálculo de fluxo) (1/2 a 1/3 do vaso, bem no centro e paralelo)
Doppler pulsado: PRF e linha de base
PRF (frequência de repetição de pulso):
- Escala de velocidades (scale)
- Também possível de ser medido no color
- Aliasing (imagem): observado como espectro que não cabe na tela (jogado para o andar de baixo)
- Corrigir Aliasing: aumentar escala de velocidades (PRF)
LINHA DE BASE:
- Linha de base do doppler pulsado
- Diminuir linha de base pode corrigir Aliasing
Doppler pulsado: frequência, ganho, chroma, sweep speed
FREQUÊNCIA:
- Controles independentes de frequência para escala de cinza, colorido e pulsado
- Quando o fluxo não fica nítido (estruturas mais profundas), abaixar a frequência do pulso para ver onda melhor
GANHO:
- Ganho da curva de som
- Quando muito elevado, sugere ruído
CHROMA:
- Perfumaria (apenas adiciona cor)
SWEEP SPEED (VELOCIDADE DE VARREDURA):
- O quanto tempo vai varrer a tela no doppler pulsado
- Aumentar o sweep speed facilita a leitura de aceleração
Doppler pulsado: filtro de parede, diagramação, compressão
FILTRO DE PAREDE:
- Filtra ruídos indesejáveis
- Retira sons próximos à linha de base
-> UTILIDADES:
- Veia mesentérica: artefato de clutter (batida da artéria mesentérica) atrapalha -> Aumentando o filtro melhora
- Artéria vertebral
DIAGRAMAÇÃO:
- Relação entre as apresentações gráficas da cor e do doppler pulsado (em cima, ao lado…)
COMPRESSÃO:
- Suaviza a amostra (deixa mais pontiaguda)