Insuficiência venosa Flashcards

1
Q

RFA: indicações, considerações e contraindicações

A

INDICAÇÕES:
- VSM
- VSP
- Perfurantes

CONSIDERAÇÕES:
- Distância da superfície da pele 2-15 mm
- Alterações venosas (duplicidade da veia, aneurismas venosos…)

CONTRAINDICAÇÕES:
- Trombose aguda ou subaguda no segmento a ser tratado
- Veias < 1cm de distância da pele

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

RFA: materiais

A

GERADOR:
- Fornece energia na forma de RF
- Mede potência, temperatura, tempo e impedância (perfurantes)
- Gera ciclos de 20s e atinge temperatura alvo de 120oC

CATETER E ESTILETE:
- Realizam entrega da energia diretamente no alvo - Aquecimento e lesão térmica

CATETER:
- Comprimento 60 ou 100 cm
- Luz interna (fio guia 0,025 e 7 Fr)
- Marcações no shaft (a cada 6,5 cm ou 2,5 cm)

ESTILETE:
- Utilizado no tratamento das perfurantes
- Cateter com 12 cm de comprimento
- Perfil 6 Fr e lúmen para guia 0,035

KIT INTRODUTOR 7 Fr e guias 0,018 e 0,035

DOPPLER COLORIDO

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

RFA: VSM - etapas

A

ETAPAS (VSM):
- DDH + Proclive leve
- Punção ecoguiada da VSM no terço proximal da perna (evitar punções distais pelo risco de lesão do nervo safeno)
- Passagem de guia e introdutor 7 Fr
- Introdução do cateter de RF guiada por US (extremidade deve ficar 2 cm caudal à JSF e caudal à VES - importante para garantir fluxo constante e patência local)
- Tumescência: Trendelemburg + Injeção em toda a extensão da solução (445 ml SF + 50 ml lido com vaso + 5 ml BicNa), de caudal para cranial (na JSF, com o probe na longitudinal)
- Termoablação: cada ciclo dura 20s / retrair até a próxima marca após cada ciclo / 2 ciclos na JSF e 1 nos demais segmentos (2 ciclos se VSM > 10 mm de diâmetro)
- Curativo compressivo por 72h e meia elástica por 14 dias

** Tumescência:
→ Injeção de líquido (solução fisiológica, anestésicos, CCs, bicarbonato, adrenérgicos)
→ Objetivos:
- Barreira à dissipação da energia térmica às estruturas adjacentes (pele, nervos)
- Ajuda a comprimir veia-alvo, melhorando contato com dispositivos
- Causa espasmo das tributárias, diminuindo hematomas e dor
- Analgesia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

RFA: VSP

A

CONSIDERAÇÕES:
- Mesmos princípios da VSM
- Decúbito ventral
- Punção no terço médio, entre as cabeças do gastrocnêmio
- Cateter de 3 cm
- Posicionar a ponta a 1,5 cm da JSP

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

RFA: perfurantes

A

ACESSO:
- Punção ecoguiada direta com estilete
- Over-the-wire: punção de veia superficial e navegação com guia até perfurante e, após, estilete
- Cateter 12g e introdução do estilete por dentro

CONSIDERAÇÕES:
- Proclive + Bloqueio local
- Sítio ideal: 0,5 cm da pele e do sistema profundo
- Confirmação do sítio: US, refluxo e impedância < 400
- Após confirmação: Trendelemburg + bloqueio melhor
- Ablação: 4 ciclos de 1 minuto (0, 90, 180, 270 graus) / recuar o estilete e tratar segmentos adjacentes
- Compressivo por 48-72h e meia elástica por 14 dias

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

RFA: complicações precoces

A

DOR:
- Analgésicos no POI
- Retorno às atividades em 1-15 dias

FLEBITE:
- 8%
- Pode se associar à TVP
- Dor e hiperemia
- Mais associada a vasos de maior calibre

EHIT E TVP:
- Protrusão de trombo para luz da VFC
- 2-3% dos casos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

EHIT: classificação e TTO

A

I:
- Acompanhamento

II:
- HBPM 2 semanas

III e IV:
- Igual TVP

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

RFA: complicações tardias

A

LESÃO NERVOSA:
- Parestesia / Hipoestesia
- Geralmente, leve e temporária
- Principalmente abaixo do joelho e por falta de proteção adequada
- Parva: punção distal

RECANALIZAÇÃO:
- Sucesso em 99,6% em 6 meses

HIPERPIGMENTAÇÃO DA PELE:
- Devido ao coágulo retido na veia tratada ou às equimoses secundárias ao tratamento
- Geralmente, desaparecem
- Evita: tumescência e não tratar veias muitos superficiais

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

IVC: fatores de risco

A
  • Sexo F
  • Obesidade
  • Idade avançada
  • Longos períodos de pé
  • História familiar
  • Paridade
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

IVC: clínica

A

CLÍNICA:
- Assintomática (metade)
- Estética
- Peso e cansaço nas pernas
- Dor
- Prurido
- Telangiectasias / Veias reticulares / Varizes
- Edema que piora ao longo do dia
- Eczema
- Hiperpigmentação (Dermatite ocre)
- Lipodermatoesclerose
- Úlceras
** Sintomas aliviam com membro elevado e são mais leves ao despertar

** Em geral, não há correlação clínica com hemodinâmica/anatomia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

IVC: Venous Clinical
Severity Score (VCSS)

A
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

IVC: classificação CEAP

A

C4c: Corona flebectásica

Esi: Causas secundárias intravenosas
Ese: Parede do vaso e valvas intactas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

IVC: recomendações de exames de imagem

A

US DOPPLER VENOSO:
- Primeiro exame
- Avaliação de pacientes CEAP C1

US DOPPLER DE ABDOME E PELVE:
- Primeiro exame em pacientes com IVC e suspeita de estenose suprainguinal

ANGIOTC / ANGIORM / FLEBOGRAFIA:
- Sugerido em pacientes com IVC e suspeita de estenose suprainguinal

IVUS (melhor exame):
- Recomendado quando possível

PLETISMOGRAFIA:
- Orientado para DX e orientação terapêutica em pacientes com IVC quando possível

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

IVC: medicamentos

A

MEDICAMENTOS COM EFICIÊNCIA:
- Dobesilato de cálcio (redução do edema)
- Extrato de videira vermelha
- Rutosídeos
- Sulodexida
- Venoativos

DROGAS VENOATIVAS (FLEBOTÔNICOS):
- Redução do extravasamento capilar e aumento do tônus da musculatura venosa
- Redução de edema e outros sintomas
- Principal efeito adverso: TGI
- Diosmina-hesperidina micronizada
- NÃO alteram história natural da doença

RECOMENDAÇÃO:
- Recomendado uso de drogas venoativas para tratamento sintomático da IVC

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

IVC: terapia compressiva

A

TIPOS:
- Elástica: meias (média compressão: 20-30 mmHg), bandagem
- Inelástica: bota de Unna

CONSIDERAÇÕES:
- Redução da dor, desconforto e diminui recorrência de úlceras
- Não previne varizes, mas previne TEV
- Deve ser iniciada pela manhã (menor edema) e mantida durante todo o dia
- Úlceras ativas: Bandas de compressão (considerar pressões mais elevadas, como 40 mmHg) + Deambulação
- Utilizar terapia compressiva após procedimentos venosos: melhora desconforto, minimiza edema e reduz incidência de complicações (hematoma, TVP)

COMPLICAÇÕES:
- Infecções (inclusive fúngicas) e necrose de pele
- Dermatites
- Parestesias
- Estenose arterial

RECOMENDAÇÕES:
- Recomendado para o tratamento sintomático da IVC

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

IVC: tratamento geral não intervencionista (exceto medicamentos e terapia compressiva)

A

EXERCÍCIOS FÍSICOS:
- Recomendados para todos com IVC
- Melhora na amplitude de movimento do tornozelo
- Aumento da força muscular (bomba venosa)
- Melhora do refluxo venoso
- Redução da dor
- Melhora da qualidade de vida

CONTROLAR IMC

OUTRAS MEDIDAS (NÃO ESTÃO NO GUIDELINE BRASILEIRO):
- Elevação dos membros
- Curativos
- Hidratação da pele

17
Q

IVC: tratamento intervencionista - recomendação

A

RECOMENDAÇÃO DE INTERVENÇÃO:
- Recomendado o tratamento invasivo com a supressão dos pontos de refluxo para pacientes
com sintomas e diagnóstico de IVC

18
Q

IVC: tratamento da safena

A

RECOMENDAÇÕES PARA O TRATAMENTO DA VSM E DA VSP:
- Termoablação sem ligadura
da JSF (A-Ia)
- Stripping (A-IIa)
- Escleroterapia com espuma ecoguiada (A-IIb)
- Ablação mecânico-química (MOCA) (B-IIb)

TERMOABLAÇÃO comparada ao STRIPPING:
- Mesma taxa de sucesso a longo prazo
- Complicações menores e menos
frequentes a curto prazo

ESPUMA:
- Resultados inferiores

19
Q

IVC: tratamento das perfurantes

A

CONCEITOS:
- Necessidade do tratamento: controversa
- Taxa de oclusão: 30-70%
- Todos os métodos apresentam alta recidiva

RECOMENDAÇÕES:
- Termoablação (C-IIa)
- Espuma (C-IIa)

Espuma:
- Primeira linha
- Minimamente dolorosa
- Menor curva de aprendizado
- Facilidade de repetição
- Recidiva ligeiramente maior

20
Q

IVC: tratamento das tributárias

A

RECOMENDAÇÕES:
- Flebectomia (B-I)
- Laser EV (C-IIb)
- Espuma (B-IIa)

Flebectomia:
- Tratamento padrão por muito tempo
- Complicações CX (poucas)

Espuma:
- Desvantagens: risco de tromboflebite superficial e manchas

Laser EV:
- Poucas evidências
- Desvantagens: técnica mais longa, custo, endurecimentos, dúvida de energia ideal

Tratamento híbrido:
- Melhor opção

21
Q

IVC: tratamento dos pequenos vasos

A

RECOMENDAÇÕES PARA TRATAMENTO DE IVC C1
- Escleroterapia líquida (A-IIa)
- Laser transdérmico (B-IIa)
- Radiofrequência transdérmica (C-IIa)
- Laser associado à escleroterapia
química (C-IIb)

RECOMENDAÇÕES PÓS-TRATAMENTO:
- Terapia compressiva após tratamento de pequenos vasos com escleroterapia, laser ou
radiofrequência (B-IIb)
- Contra o uso rotineiro de medicamentos tópicos (CCs…) após tratamento com qualquer modalidade (C-III)

22
Q

Escleroterapia: agentes, usos e complicações

A

AGENTES:
- Detergentes (polidocanol) - pouco superiores
- Hipertônicos (glicose 75%)
- Alcoólicos (Ethamolin)

USOS:
- Telangiectasias
- IVC
- MAVs
- Refluxo pélvico

COMPLICAÇÕES:
- AVE (mais temida e rara)
- Cefaleia e Enxaqueca
- Distúrbios visuais
- Hiperpigmentação (maior com espuma)
- Necrose de pele / Úlcera no local de punção
- Matting (nuvem de novas telangiectasias)
- Reações alérgicas
- Hematoma intravascular (drenar para não ter pigmentação)
- AVC (forame oval patente - espuma) / Embolia gasosa
- Flebite / TVP / TEP
- Injeção intra-arterial

23
Q

Escleroterapia líquida

A

ESCLEROTERAPIA LÍQUIDA:
- Recomendada para veias
reticulares menores, venulectasia e telangiectasias

COMPLICAÇÕES:
- Raras
- Úlcera pós-escleroterapia
- Tromboflebite
- Hiperpigmentação (mais comum)

24
Q

Escleroterapia com espuma: conceitos gerais

A

CONCEITOS:
- Resultados inferiores para tratamento da safena (comparado a Stripping e Ablação)
- Melhor indicada em tributárias
- Opção em perfurantes
- Safenas: alta chance de recidiva (especialmente em vasos de grande calibre)
- Tributárias: resultados
duráveis, mesmo com taxa de retratamento de 20% em 1 ano
- Melhor tratamento: associação com cateteres de atrito mecânico (ablação mecânico-química - MOCA - Flebogrif…)

VANTAGENS:
- Sem anestesia
- Ambulatorial
- Possibilidade de repetição
- Possibilidade em úlceras

25
Q

Laser transdérmico (CLaCS): conceitos e usos

A

CONCEITOS:
- Uso no tratamento de telangiectasias
- Menos eficiente do que escleroterapia, necessitando mais sessões para alcançar o resultado esperado e com custo maior
- Resultados variáveis
- Laser Nd:YAG 1.064 nm de pulso longo é o tipo mais utilizado

USOS:
- Alternativa à esclerose (alergia ao esclerosante, fobia a agulhas, matting, falha na escleroterapia)
- Combinado para aumentar a eficácia
- Tornozelo e face: menor risco de ulceração e injeção arterial

26
Q

CHIVA: conceitos gerais

A

DEFINIÇÃO:
- CHIVA: Tratamento hemodinâmico
conservador ambulatorial da insuficiência venosa
- Intervenção cirúrgica que visa corrigir vias hemodinâmicas anormais

CONCEITOS:
- CHIVA e EVLA apresentam
melhores resultados estéticos e menos dor
- Longa curva de aprendizado e exige grande conhecimento da hemodinâmica venosa
- Conceito hemodinâmico,
tratando shunts venovenosos com ligadura de pontos de escape e preservação da safena

RECOMENDAÇÃO:
- CHIVA para o tratamento da IVC: C-IIb

27
Q

Termoablação: conceitos, modos

A

CONCEITOS:
- Padrão-ouro para tratamento da safena (sucesso imediato de 100% e, a longo prazo, de, no mínimo, 77%)
- Melhor método para tratamento da safena (mesma eficiência do Stripping e menos complicações a curto prazo)

MODOS (sem diferença na eficiência):
- Laser endovenoso (EVLA)
- Radiofrequência (RFA)
- Outras técnicas (inferiores): eletrocoagulação…

28
Q

Termoablação: vantagens e complicações

A

VANTAGENS:
- Pode ser realizada com anestesia local e sedação
- Retorno mais precoce às atividades
- Menor recorrência

COMPLICAÇÕES:
- Tromboflebite / TVP / TEV (profilaxia apenas para pacientes de alto risco)
- LESÃO NERVOSA
- Dor / Equimose / Hiperpigmentação
- Recanalização