Isquemia de membros Flashcards

1
Q

Anatomia: artéria ilíaca interna

A

ORIGEM:
- ARTÉRIA AORTA → ARTÉRIAS ILÍACAS COMUNS DIREITA E ESQUERDA (L4)
- A. ILÍACA COMUM (L5 e S1):
→ A. ILÍACA INTERNA (A. HIPOGÁSTRICA)
→ A. ILÍACA EXTERNA

RAMOS:

DIVISÃO POSTERIOR:
- Artéria iliolombar (ascende): ramo lombar irriga os músculos psoas maior e quadrado lombar, e o ramo ilíaco nutre o músculo ilíaco
- Artéria sacral lateral (desce à frente do sacro, lateralmente): irriga o sacro, a musculatura e a pele posterior ao sacro
- Artéria glútea superior (ramo mais calibroso): irriga a musculatura da pelve

DIVISÃO ANTERIOR:
- Artéria obturatória: irriga músculos pélvicos, ílio, cabeça do fêmur e músculos do compartimento medial
- Artéria umbilical: parte superior da bexiga e distal do ureter (artéria vesical superior), ducto deferente (pela artéria deferente, em homens). Parte distal: resquício (ligamento umbilical medial)
- Artéria vesical inferior (somente no sexo masculino): irriga a face inferior da bexiga urinária masculina, parte pélvica do ureter, próstata e glândulas seminais; às vezes o ducto deferente
- Artéria uterina (somente no sexo feminino): irriga útero, ligamentos do útero, partes mediais da tuba uterina e ovário (se anastomosa com a Artéria ovariana, que é ramo da Aorta), e parte superior da vagina
- Artéria vaginal (somente no sexo feminino): irriga parte inferior da vagina, bulbo do vestíbulo, reto adjacente e fundo da bexiga
- Artéria pudenda interna: irriga períneo, canal anal, ânus e o pênis (sexo masculino) ou clitóris (sexo feminino)
- Artéria retal média: é uma das três artérias que irriga o reto. A artéria retal superior, ramo terminal da artéria mesentérica inferior, e a artéria retal inferior, ramo da artéria pudenda interna, são as outras duas. Irriga, também: parte inferior do reto, glândulas seminais, próstata e a vagina.
- Artéria glútea inferior (ramo mais calibroso): irriga a musculatura da pelve

  • Mnemônico:
    — ILA, SALA de Geografia Superior
    — OBservei UM VEnus com UVas PUras em RoMa dos GladIadores
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2
Q

Anatomia: artéria ilíaca externa

A

ORIGEM:
- ARTÉRIA AORTA → ARTÉRIAS ILÍACAS COMUNS DIREITA E ESQUERDA (L4)
- A. ILÍACA COMUM (L5 e S1):
→ A. ILÍACA INTERNA (A. HIPOGÁSTRICA)
→ A. ILÍACA EXTERNA

RAMOS:
- Artéria circunflexa ilíaca profunda (direção lateral)
- Artéria epigástrica inferior (vai para cima para anastomosar-se com a artéria epigástrica superior, que é um ramo da artéria torácica interna): irriga a parede abdominal

FIM:
- ARTÉRIA ILÍACA EXTERNA -> Passa abaixo do Ligamento inguinal (para o trígono femoral) -> ARTÉRIA FEMORAL COMUM

MNEMÔNICO: CIP EI

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3
Q

Anatomia: artéria femoral

A

ORIGEM:
- ARTÉRIA ILÍACA EXTERNA -> Passa abaixo do Ligamento inguinal (para o trígono femoral) -> ARTÉRIA FEMORAL COMUM

RAMOS:
- Artéria epigástrica superficial (vai em direção ao umbigo): irriga a pele, a fáscia superficial e os linfonodos inguinais superficiais
- Artéria circunflexa ilíaca superficial (vai em direção à espinha ilíaca anterossuperior): irriga a pele, a fáscia superficial e os linfonodos inguinais superficiais
- Artéria pudenda externa superficial (em direção medial): irriga a pele da porção inferior do abdome, do pênis, e do escroto ou lábios
- Artéria pudenda externa profunda (em direção medial): a pele do períneo, e do escroto ou lábios maiores
- ARTÉRIA FEMORAL PROFUNDA (lateral e profunda à Femoral Superficial): irriga músculos extensores, flexores e adutores da coxa (e se anastomosa com a ARTÉRIA POPLÍTEA)
— Artéria Circunflexa Femoral Lateral
— Artéria Circunflexa Femoral Medial
— Ramos Perfurantes
- Artéria descendente do joelho (ramo mais distal): irriga os músculos vasto medial e adutor magno, e a pele da região medial proximal da perna

FIM:
- ARTÉRIA FEMORAL SUPERFICIAL -> Canal dos adutores (Canal de Hunter ou Subsartorial) -> ARTÉRIA POPLÍTEA

** Canal dos adutores: Sartório, Adutor longo, Vasto medial, Adutor magno

  • Mnemônico: ES - CIS - PES - PEP - FP - DJ
  • ESCIS PÉS PEPsi do FP do DJ
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4
Q

Anatomia: artéria poplítea

A

ORIGEM:
- ARTÉRIA FEMORAL SUPERFICIAL -> Canal dos adutores (Canal de Hunter ou Subsartorial) -> ARTÉRIA POPLÍTEA

RAMOS:
- Artérias geniculares superiores (lateral e medial)
- Artérias geniculares inferiores (lateral e medial)

FIM:
- ARTÉRIA POPLÍTEA:
→ A. TIBIAL ANTERIOR
→ TRONCO TIBIOFICULAR:
- A. TIBIAL POSTERIOR
- A. FIBULAR

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5
Q

Anatomia: irrigação da perna

A

ORIGEM:
- ARTÉRIA POPLÍTEA:
→ ARTÉRIA TIBIAL ANTERIOR
→ TRONCO TIBIOFIBULAR:
- ARTÉRIA TIBIAL POSTERIOR
- ARTÉRIA FIBULAR

ARTÉRIA TIBIAL ANTERIOR:
- Corre entre a tíbia e a fíbula
- Irriga o compartimento anterior da perna e a superfície dorsal do pé
- É acompanhada pela veia tibial anterior
- No tornozelo, se torna a artéria dorsal do pé (Pediosa)

ARTÉRIA TIBIAL POSTERIOR:
- Irriga o compartimento posterior, o maléolo medial, e o calcâneo com seus músculos circundantes (sola do pé)
- No tornozelo, se torna a artéria plantar

ARTÉRIA FIBULAR (PERONEAL):
- Irriga os compartimentos posterior e lateral (ramos perfurantes)

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6
Q

Anatomia: irrigação do pé

A

ARTÉRIA TIBIAL ANTERIOR -> ARTÉRIA DORSAL DO PÉ (PEDIOSA)
- Artérias: tarsais, arqueada e metatarsais dorsais
- Irrigam os ossos metatarsianos, o músculo extensor curto dos dedos e as estruturas do lado medial do pé. As artérias metatarsais dorsais também suprem os dedos dos pés por meio de suas ramificações, chamadas de artérias digitais dorsais.

ARTÉRIA TIBIAL POSTERIOR -> ARTÉRIA PLANTAR (irriga a pele e os músculos dos lados lateral e medial do pé)
- ARTÉRIA PLANTAR LATERAL
- ARTÉRIA PLANTAR MEDIAL

O ARCO PLANTAR PROFUNDO irriga as estruturas da planta, os dedos dos pés, através de ramos (artérias metatarsianas plantares)

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7
Q

DAOP: TTO geral

A

CONTROLE DAS COMORBIDADES (HAS, DM…)
CESSAÇÃO DO TABAGISMO
DIETA SAUDÁVEL E EXERCÍCIO FÍSICO

ESTATINAS:
- Prevenção de eventos CV
- Todos (meta LDL <= 70 ou redução ≥ 50% se entre 70 e 130)

AAS:
- DAOP sintomáticos (prevenção secundária)
- Estenose carotídea

Cilostazol:
- Antiagregante e vasodilatador
- Aumenta distância de marcha
- Não modifica mortalidade (CI se: ICC, doença hepática)

Rivaroxabana 2,5 mg 12/12h + AAS:
- Menor taxa de amputação e de eventos CV (COMPASS)

CX:
- TTO de exceção (piora doença e paciente geralmente não suporta)
- Candidato: Claudicação muito limitante + Boas condições clínicas + Refratário a 6 meses de TTO conservador + Anatomia favorável
* A distância da claudicação não influi na necessidade de CX (a isquemia crítica sim)

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8
Q

Coxa: compartimentos

A
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9
Q

Coxa: anatomia muscular

A

Musculatura anterior:
- Quadríceps femoral (Reto femoral, Vasto lateral, Vasto intermédio, Vasto medial)
- Sartório
- Tensor da fáscia lata

Musculatura medial:
- Adutor longo
- Adutor curto
- Adutor magno
- Grácil
- Pectíneo

Musculatura posterior:
- Ísquio-tibiais:
— Bíceps-femoral (cabeça curta e longa)
— Semi-membranoso
— Semi-tendíneo

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10
Q

Amputação Transfemoral: técnica

A
  • Retalhos iguais (anterior e posterior), na divisão entre o terço médio e distal da coxa (12 cm acima dos côndilos ou 4 dedos acima do joelho)
  • Marcar circunferência da pele com fio de algodão e dividir em duas metades (anterior e posterior) -> Marcar metade anterior e extremidades -> Em cada extremidade (lateral e medial), marcar 3 cm acima e 3 cm anterior e posterior (criar um retalho em boca de peixe) e totalizar marcação com caneta
  • Incisão de pele e subcutâneo
  • Ligadura da Veia Safena Magna
  • Secção dos músculos do Quadríceps (1-2 cm distais à secção do osso) (nunca tracionar a pele para cima -> sempre tracionar para baixo)
  • Dissecção dos elementos do feixe
  • Ligadura da Artéria Femoral Superficial
  • Ligadura da Veia Femoral
  • Secção do Fêmur com serra (proximal à pele)
  • Regularização do osso com lixa
  • Ligadura e retração do Nervo Ciático
  • Secção do restante da musculatura
  • Lavagem com 4 L de SF
  • Retirada de fragmentos ósseos e de partes moles para AP e culturas
  • Hemostasia
  • Fixação da musculatura posterior no periósteo anterior do fêmur
  • Fixação do Quadríceps na musculatura posterior (que foi fixada no periósteo anterior do fêmur)
  • Fechamento da fáscia
  • Fechamento do subcutâneo
  • Fechamento da pele
  • Curativo estéril
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11
Q

Perna: compartimentos

A

ANTERIOR:
- Artéria Tibial Anterior
- Veia Tibial Anterior
- Nervo Fibular Profundo

LATERAL:
- Nervo Fibular Superficial

POSTERIOR SUPERFICIAL:
- Nenhuma estrutura vascular

POSTERIOR PROFUNDO:
- Artéria Tibial Posterior
- Veia Tibal Posterior
- Artéria Fibular
- Veia Fibular
- Nervo Tibial

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12
Q

Perna: anatomia muscular

A

Tendão de Aquiles: união do Gastrocnêmio e Sóleo

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13
Q

Amputação Transtibial: técnica

A
  • Retalho:
    — Utilizar fio de algodão e marcar circunferência da perna na altura desejada (geralmente, 4 dedos abaixo da tuberosidade da tíbia)
    — Dividir circunferência em 3 partes iguais
    — Marcar, na região anterior, 2/3 da perna
    — Marcar, na região posterior, 1/3 da circunferência medida da perna, numa distância caudal equivalente a 1/3 da circunferência da perna
    — Arredondar as bordas nas extremidades (superior e inferior), medindo um ponto a 3 cm nos dois eixos
  • Secção de pele e subcutâneo
  • Ligadura da veia safena magna + Secção e retração proximal do nervo safeno
  • Secção da fáscia (1 cm caudal à pele)
  • Secção da musculatura tibial anterior (adjacente à fáscia)
  • Ligadura do feixe tibial anterior + Secção do nervo fibular profundo
  • Secção da musculatura fibular + Ligadura do nervo fibular superficial
  • Secção da fíbula +/- janela
  • Secção da tíbia +/- janela (realizar mínimo descolamento para evitar isquemia)
  • Osteotomia da tíbia (não formar ângulo agudo)
  • Ligadura do feixe tibial posterior e do nervo tibial
  • Ligadura do feixe fibular
  • Ligadura da veia safena parva e do nervo sural
  • Secção da musculatura restante com lâmina
  • Lavagem com 4 L de SF
  • Retirada de fragmentos ósseos e de partes moles para AP e culturas
  • Sutura do gastrocnêmio e da aponeurose posterior à aponeurose anterior
  • Fechamento da fáscia
  • Fechamento do subcutâneo
  • Fechamento da pele
  • Curativo estéril
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14
Q

Anatomia do pé: ossos

A
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15
Q

Úlceras venosas

A

Maléolo medial

Insuficiência venosa: varizes, edema, dermatite ocre

Superficiais

Exsudato fibrinoso amarelo (molhada)

Fundo granulado

Bordas elevadas

Indolor ou dor leve

Pulsos podem estar bons (exceto se doença arterial associada)

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16
Q

Úlceras arteriais

A

Tipicamente, em localização distal ou em áreas de pressão (calcanhares, maléolo ou área pré-tibial)

Bordas bem delimitadas

Escara necrótica sobreposta

Muito dolorosas

Associadas a sinais de isquemia: escassez de pêlos, pele fria, pulsos diminuídos, TEC prolongado, palidez com elevação da perna a 45 graus durante 1 minuto (teste de Buerger)

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17
Q

CLTI: definição e conceitos

A

ISQUEMIA CRÔNICA COM RISCO DO MEMBRO (CLTI):
- Grupo mais amplo e heterogêneo de pacientes com vários graus de isquemia que podem retardar a cicatrização de feridas e aumentar o risco de amputação
- DX: DAOP aterosclerótica objetivamente documentada + Dor isquêmica em repouso OU Perda tecidual (ulceração ou gangrena)

DOR ISQUÊMICA EM REPOUSO:
- Dor afetando o antepé, que piora com o decúbito e é aliviada pela dependência (por >= 2 semanas) + 1 ou mais parâmetros hemodinâmicos anormais:
* ITB < 0,4
* Pressão no tornozelo mais alta < 50 mmHg
* Toe Pressure < 30 mmHg
* Pressão parcial transcutânea de oxigênio (TcPO2) < 30 mmHg
* Formas de onda planas ou minimamente pulsáteis de registro de volume de pulso (PVR) (equivalente a grau 3 de isquemia WIfI)
*** Atentar para o falseamento o ITB em DM e DRC

PERDA TECIDUAL:
- Gangrena (morte tecidual) OU
- Ulceração que não cicatriza por >= 2 semanas
* Deve ser acompanhada por evidência objetiva de DAOP significativa (por exemplo, grau de isquemia WIfI ≥ 1)

** Esta definição exclui úlceras puramente neuropáticas, traumáticas ou venosas sem qualquer componente isquêmico

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18
Q

CLTI: epidemiologia

A
  • Negros > Brancos > Asiáticos
  • Sexo: varia conforme idade e grau de isquemia
  • Mulheres com DAOP: mais propensas do que homens com DAOP a desenvolver doença sintomática
  • 10% dos pacientes com DAOP irão progredir para CLTI
  • Risco de perda do membro: 25% em 1 ano
  • Morte em até 25% em 1 ano (se não tratada)
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19
Q

CLTI: fatores de risco

A
  • Tabagismo
  • HAS
  • DM
  • DLP - elevação de Colesterol Total e LDL (entretanto, níveis mais baixos deles se correlacionam com maior mortalidade)
  • Poluição do ar
  • DRC

** Incertos: obesidade, triglicerídeos, álcool, história familiar, genética

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20
Q

CLTI: padrões

A
  • Geralmente, é multinível
  • Dois níveis são necessários para a ocorrência de CLTI
  • Infra-poplíteo (principalmente, artéria TP): DM, DRC, homens, idosos, negros, asiáticos
  • Fêmoro-poplíteo: mulheres
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21
Q

CLTI: história e exame físico

A

HISTÓRIA:
- Dor em repouso
- Fatores de risco
- Procedimentos prévios

EXAME FÍSICO:
- Ulceração / Gangrena (morte tecidual)
- Outros sinais de isquemia: frieza, pele seca, atrofia muscular, perda de pêlos e unhas distróficas, TEC elevado (> 5 s)
- Sinal de Buerger: palidez do pé em elevação e rubor na pendência (hiperemia reativa)
- Neuropatia periférica: formigamento, dormência, fraqueza e dor em queimação nos pés e tornozelos, úlceras de pressão, pé de Charcot
- Teste de sondagem óssea (osteomielite)

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22
Q

ITB

A

CONCEITOS:
- Primeira linha para screening e DX de DAOP
- Além de DX de DAOP, é marcador de eventos CV

CÁLCULO:
- Relação entre maior PAS (TA ou TP) em cada MI e maior PAS dos MMSS
- Para DX de DAOP: interpretar MMII separadamente (utilizar o maior)
- Para cálculo de RCV: utilizar o mais baixo

VALORES:
- Normal: 1 - 1,4
- DAOP: ≤ 0,9
- CLTI: ≤ 0,4
- Rigidez arterial (calcificação arterial média: DM, DRC…): >= 1,4 (também aumenta mortalidade) -> Utilizar outro método (Toe pressure)

ITB pós-exercício (Teste da esteira):
- Casos duvidosos ou em piora, mantendo ITB
- ITB em repouso + ITB após exercício (vasodilatação)
- Doença se:
* ITB reduzir ≥ 20%
* PAS tornozelo reduzir ≥ 30 mmHg

ALTERNATIVAS:
- Toe Pressure e Toe-Brachial index
- Laser Doppler fluxometria
- TcPO2
- Pressão de perfusão da pele
- Pletismografia

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23
Q

Toe Pressure e Toe-Brachial index

A

MODO:
- Dois manguitos colocados ao redor da base do hálux e conectados a um manômetro padrão
- Fluxo doppler fotopletismográfico ou de onda contínua é, então, usado para determinar quando o fluxo retorna enquanto o manguito é desinsuflado lentamente (deflexão na curva)

CONCEITOS:
- É menos afetado pela incompressibilidade (opção quando ITB é falseado)

VALORES:
- TP < 30 mmHg: isquemia avançada
- TPs sistólico: 20-40 mmHg mais baixos que AP (ankle pressure)
- TBI (toe-brachial index) < 0,7: anormal

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24
Q

CLTI: algoritmo de investigação

A
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25
Q

WIfI escore

A

CONCEITOS:
- Utilizado para estratificar CLTI
- Ajuda a estimar benefício e viabilidade da revascularização
- Utiliza critérios clínicos e ITB (não precisa de imagem)
- QUANTO MAIS ALTO, MAIOR O RISCO DE PERDA DO MEMBRO

AVALIA:
- Dor isquêmica em repouso
- Úlcera do pé diabético
- Úlcera do membro inferior que não cicatriza por ≥ 2 semanas
- Gangrena envolvendo qualquer parte do membro inferior

FATORES AVALIADOS (3):
- Ferida (W)
- Isquemia (I)
- Infecção do pé (fI)
-> Cada fator é classificado em quatro categorias (0 = nenhum, 1 = leve, 2 = moderado, 3 = grave)

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26
Q

WIfI: W

A
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27
Q

WIfI: I

A
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28
Q

WIfI: fI

A
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29
Q

WIfI: estágios

A

CENÁRIOS:
- Cicatrização mesmo sem intervenção
- Necessita de revascularização para cicatrizar ferida
- Amputação mesmo com revascularização

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30
Q

CLTI: US

A

CONCEITOS:
- Estima velocidade
- Anatomia arterial e hemodinâmica

VANTAGENS:
- Não invasivo
- Baixo custo
- Não usa contraste (alergia, lesão renal)
- Não usa radiação
- Não exige imobilização
- Melhor do que AngioTC no segmento IP
- Avalia localização anatômica e grau de obstrução
- Avalia hemodinâmica de fluxo arterial proximal e distal

DESVANTAGENS:
- Operador dependente
- Não avalia toda a vasculatura (não faz mapa)
- Ruim para território supra-genicular (especialmente, aortoilíaco)
- Ruim para colaterais
- Operador dependente

ORIENTAÇÕES:
- Primeiro exame a ser solicitado

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31
Q

CLTI: AngioTC

A

VANTAGENS:
- Elevada sensibilidade e especificidade
- Melhor nos segmentos AI e SP
- Não operador dependente
- Não invasivo
- Avalia localização anatômica e grau de obstrução
- Bom para territórios SP e IP
- Pode realizar mapa, ver colaterais e imagem pode ser discutida posteriormente

DESVANTAGENS:
- Contraste (alergia, lesão renal)
- Radiação
- Imobilização
- Não é dinâmico

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32
Q

CLTI: AngioRM

A
  • Superestima o grau de estenose
  • Não consegue visualizar calcificações arteriais
  • Não avalia stent
  • Pode usar Gadolínio
  • Ainda em estudo
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33
Q

CLTI: Arteriografia

A

Conceitos:
- Apenas indicada quando há discrepância entre os outros exames
- Ainda é padrão-ouro para doença IP

Vantagens:
- Melhor exame (avalia hemodinâmica do fluxo arterial)
- Pode ser terapêutico

Desvantagens:
- Alto custo
- Pouca disponibilidade
- Contraste (alergia, lesão renal)
- INVASIVO

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34
Q

CLTI: exames

A

Outros:
- Angiografia de CO2
- Angiografia de perfusão

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35
Q

CLTI: antiagregação plaquetária

A

CONCEITOS:
- Utilizar em todos os pacientes
- Redução de eventos CV e isquêmicos
- Não utilizar dupla antiagregação
- Não utilizar Varfarina

MODOS:
- AAS 100 mg 1x
- Clopidogrel 75 mg 1x (escolha em alguns estudos)
- AAS 100 mg + Rivaroxabana 2,5 mg 12/12h -> Redução de eventos CV e isquêmicos

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36
Q

CLTI: terapia hipolipemiante

A

CONCEITOS:
- Terapia de intensidade moderada ou alta
- Redução de mortes por eventos CV e outras causas
- Redução de revascularização
- Redução da inflamação
- Alto risco: DAOP sintomática + 1 fator de risco (DM, HAS, DRC, tabagismo, ICC…)

MODOS:
- Rosuvastatina 20-40 mg
- Atorvastatina 40-80 mg

ALTO RISCO:
- Estatina em dose máxima
- Falha (LDL > 70) -> Ezetimiba / Inibidor de PCSK9

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37
Q

CLTI: manejo das comorbidades

A

MODIFICAÇÕES DO ESTILO DE VIDA:
- Cessar tabagismo
- Exercícios físicos
- Perda de peso
- Dieta saudável

HAS:
- Meta: PAS < 140 e PAD < 90 (entretanto, o benefício pode ser maior em pressões menores)
- Avaliar individualmente (iECA, BCC…)

DM2:
- HbA1c < 7%
- Metformina +/- outro agente
- Cautela com inibidores de SGLT-2 (maior taxa de amputações)
** Suspender Metformina 1 a 2 dias antes do uso de contraste (maior taxa de lesão renal)

CONTROLE DA DOR:
* Dor isquêmica + Dor neuropática (DM)
- Dipirona / Paracetamol
- Opioides + Laxativos e Antieméticos
- Tricíclicos
- Gapabentina
- Pregabalina

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38
Q

GLASS: conceitos

A

GLASS ESCORE:
- Baseado em critérios anatômicos (necessita de imagem)
- Auxilia na estratégia de revascularização (se EVAR é uma boa)
- GLASS: foco na doença infrainguinal (inicia na origem da AFS - artérias FC e FP são artérias de entrada)
- Inflow (AI e AFC): separadamente

BYPASS X ATP:
- Bypass: depende de origem e escoamento, além de conduto adequado (não avaliados pelo GLASS)
- ATP: depende da complexidade da artéria-alvo
— Artéria-alvo (avaliada pelo GLASS): linha arterial (da virilha ao tornozelo). Geralmente, evolve a artéria IP menos doente (mas pode considerar angiossomas, no caso de feridas, ou manipulação prévia de uma artéria)

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39
Q

GLASS: Aortoilíaco

A
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40
Q

GLASS: Fêmoro-Poplíteo

A
  • Origem da AFS até origem da ATA
  • CTO: Oclusão crônica total
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41
Q

GLASS: Infra-Poplíteo

A
  • Origem da ATA / TTF até maléolos
  • TP: Tibio-Fibular
  • CTO: Oclusão crônica total
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42
Q

GLASS: escore

A

CONCEITOS:
- Combina grau de acometimento (0-4) de territórios FP e IP
- Divide em 3 estágios

AVALIA:
- Risco de falha técnica
- Perviedade em 1 ano

MODO DE USO:
1 - Arteriografia de toda a perna
2 - Identificar alvo
3 - GLASS FP (0-4)
4 - GLASS IP (0-4)
5 - Se existir calcificação severa, aumentar 1 pt
6 - Cruzar FP e IP e determinar estágio
7 - Utilizar modificadores de artérias infra-maleolares (P0, P1, P2)

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43
Q

GLASS escore: resumo

A

→ Estágio I (baixa complexidade):
- Falha técnica < 10%
- Perviedade > 70%

→ Estágio II (complexidade intermediária):
- Falha técnica < 20%
- Perviedade 50-70%

→ Estágio III (alta complexidade):
- Falha técnica > 20% OU
- Perviedade < 50%

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44
Q

Revascularização em CLTI: algoritmo PLAN

A

CONSIDERAR 3 FATORES:
1 - Risco do paciente
2 - Estadiamento do membro (WIfI)
3 - Padrão anatômico da doença (GLASS)

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45
Q

PLAN: 1 - risco cirúrgico

A

CONCEITOS:
- Todos os pacientes considerados para revascularização devem ser submetidos a uma estratificação de risco cirúrgico

ESCORES:
- VQI

RISCOS:
- Intermediário: Mortalidade peri-procedimento < 5% E Sobrevida estimada em 2 anos > 50%
- Alto: Mortalidade peri-procedimento >= 5% OU Sobrevida estimada em 2 anos <= 50%

** A terapia paliativa só inclui a revascularização nas seguintes situações:
- TTO de doença de inflow, se necessário para melhorar a probabilidade de uma amputação bem-sucedida no nível mais distal possível
- Alívio da dor intratável ou para melhorar a cicatrização de feridas

46
Q

PLAN: 2 - estadiamento do membro (recomendações)

A

RECOMENDAÇÕES:
- Utilizar WIfI
- Infecção profunda ou Gangrena úmida: ATB + Desbridamento CX
- Re-estadiar membro após qualquer procedimento

NÃO REVASCULARIZAR:
- Ausência de isquemia significativa (isquemia WIfI grau 0), a menos que uma região isolada de má perfusão resulte em uma grande perda tecidual (ferida WIfI graus 2 ou 3) e a ferida não reduza de tamanho em ≥ 50% em 4 semanas, apesar do controle adequado
- Membros de risco muito baixo (WIfI estágio 1), a menos que a ferida não reduza de tamanho em ≥ 50% em 4 semanas, apesar do controle adequado

OFERECER REVASCULARIZAÇÃO:
- Todos os pacientes de risco intermediário com ameaça avançada de membro (WIfI 4) e isquemia importante (graus de isquemia WIfI 2 e 3)

CONSIDERAR REVASCULARIZAÇÃO:
- Pacientes de risco intermediário com ameaça de membro intermediária (estágios WIfI 2 e 3) e isquemia importante (graus de isquemia WIfI 2 e 3)
- Pacientes de risco intermediário com ameaça avançada do membro (WIfI estágio 4) e isquemia moderada (WIfI grau 1 de isquemia)
- Pacientes de risco intermediário com ameaça de membro intermediária (WIfI estágios 2 e 3) e isquemia moderada (WIfI isquemia grau 1), se a ferida não reduzir de tamanho em ≥ 50% em 4 semanas, apesar do controle adequado

47
Q

PLAN: 3 - padrão anatômico da doença (e disponibilidade de conduto)

A

CONCEITOS:
- Avaliar padrão anatômico (GLASS)
- Avaliar disponibilidade de conduto

OBJETIVOS:
- Estabelecer uma linha de fluxo direto para o pé
- Exceção: dor isquêmica em repouso (o tratamento isolado de um segmento pode ser suficiente para alívio da dor)

ETAPAS:
- 1. Exame de imagem de qualidade
- 2. GLASS
- 3. Estabelecer artérias-alvo
- 4. Mapear VSM ipsilateral com US

48
Q

PLAN: Endo x Bypass

A

RECOMENDAÇÕES:
- Endo x Bypass: Taxas semelhantes de mortalidade e sobrevida livre de amputação em 1 ano
- Bypass com prótese: ruim em região IP
- Endo: baixa patência em doença tibial difusa, oclusões poplíteas, trifurcativas e em artérias FP pequenas, difusamente doentes ou fortemente calcificadas
- Endo: piores resultados para perda avançada de tecido (gangrena, ferida WIfI 4, isquemia WIfI 3 ou infecção WIfI 2 e 3)

BYPASS SECUNDÁRIO:
- Após intervenções Endo mal-sucedidas: resultados significativamente inferiores comparados à revascularização primária
- Resultados são inferiores, independentemente de a falha inicial ter sido Endo ou BYPASS

49
Q

CLTI: Doença de inflow - definição

A

DOENÇA DE INFLOW:
- Proximal à origem da AFS + 1:
— Pulso femoral ausente
— Onda AFC embotada no doppler
— > 50% de estenose das artérias AI ou AFC
— Gradiente de pressão sistólica Aorta-AFC > 10 mmHg em repouso

50
Q

CLTI: TTO da doença de inflow (geral)

A

DOENÇA COMBINADA (INFLOW + OUTFLOW):
- Corrigir inflow primeiro
- Revascularização estagiada X combinada: individualizar
- Corrigir inflow isoladamente em pacientes com isquemia de baixo grau (isquemia WIfI grau 1) ou perda tecidual limitada (ferida WIfI grau 0/1) e em qualquer circunstância em que o risco-benefício de tratamento adicional à reconstrução outflow é alta ou inicialmente incerta
- Re-estadiar membro após correção do inflow
- Considerar a revascularização simultânea de inflow e outflow em pacientes com alto risco de membro (WIfI estágios 3 e 4) ou em pacientes com isquemia grave (WIfI graus 2 e 3 de isquemia)

51
Q

CLTI: TTO da doença de inflow por territórios

A

AORTO-ILÍACO:
- Em geral, Endo é primeira opção para CLTI moderada a grave (GLASS IA)
- Considerar CX aberta para pacientes com CLTI de risco intermediário com doença AI extensa (GLASS II) OU após falha Endo
- Se CX aberta: Enxerto anatômico é preferível, devido à maior durabilidade anatômica e hemodinâmica

AFC:
- Endarterectomia com patch +/- extensão para a AFP (opção: cruzado)
- Considerar Endo em pacientes selecionados (alto risco CX OU com virilha hostil)
- Evitar stents

AFP:
- Não colocar stents na origem
- Proximal: tratar, sempre que tecnicamente viável
- Isolada: sem consenso

DOENÇA COMBINADA (AI + AFC/AFP) (GLASS IB):
- Considerar procedimento híbrido (Endarterectomia da AFC + Endo da AI)

52
Q

CLTI: TTO da doença infrainguinal em pacientes de risco intermediário

A

CONCEITOS:
- Doença de outflow (infrainguinal): começa na origem da AFS
- Risco intermediário: mortalidade peri-procedimento < 5% E sobrevida em 2 anos > 50%

RECOMENDAÇÕES:
- Endo ou Bypass
- Basear decisões na gravidade do doente, na ameaça do membro (WIfI), no padrão anatômico da doença (GLASS) e na disponibilidade de veia
- Pacientes sem veia disponível: Endo (considerar Bypass com prótese apenas em casos altamente selecionados, como pacientes com falha ou sem anatomia para Endo) / Veia do braço é opção melhor do que prótese

53
Q

CLTI: TTO da doença infrainguinal em pacientes de alto risco

A

CONCEITOS:
- Doença de outflow (infrainguinal): começa na origem da AFS
- Alto risco: Mortalidade peri-procedimento >= 5% OU Sobrevida em 2 anos <= 50%

OFERECER EVAR (desde que tecnicamente viável):
- Ameaça avançada do membro (WIfI estágio 4) + Isquemia importante (WIfI graus 2 e 3 de isquemia)

CONSIDERAR EVAR (desde que tecnicamente viável):
- Ameaça intermediária do membro (WIfI 2 e 3) + Isquemia importante (WIfI graus 2 e 3 de isquemia)
- Ameaça intermediária ou avançada do membro (WIfI 2-4) + Isquemia leve (WIfI grau 1 de isquemia) se a ferida não reduzir ≥ 50% em 4 semanas, apesar do tratamento adequado

CONSIDERAR ABERTA:
- Ameaça avançada do membro (WIfI 3 ou 4) + Isquemia importante (WIFI graus 2 ou 3 de isquemia) + Complexidade anatômica (GLASS III)
- Após tentativas EVAR falhas e sintomas não resolvidos

54
Q

CLTI: TTO da doença inframaleolar

A
  • Sem diretrizes definidas para TTO
  • Pacientes diabéticos: geralmente têm um segmento de artéria pediosa preservada, que pode ser alvo de bypass
55
Q

CLTI: TTO por angiossomas

A

CONCEITOS:
- Lesões nos dedos dos pés (> 50% do total), têm um suprimento sanguíneo duplo (TA e TP)
- Lesões mais proximais do pé: atribuição única a angiossomas é de até 75-80%

RECOMENDAÇÕES:
- Considerar a revascularização guiada por angiossoma em pacientes com feridas significativas (feridas WIfI graus 3 e 4), particularmente aquelas envolvendo o mediopé ou retropé, e quando o TAP apropriado estiver disponível (target arterial pathway)

56
Q

CLTI: EVAR

A

OPÇÕES:
- Angioplastia plana com balão (PBA)
- Angioplastia com balão farmacológico (DCB)
- Stent: stent não revestido, stent farmacológico (DES) ou stent revestido
- Aterectomia

AFS:
- Doenças de comprimento intermediário: DCB e Stent podem ser superiores à PBA

IP:
- PBA permanece como melhor opção
- Aterectomia e DCB: maior custo
- DCB: maior taxa de amputações a longo prazo do que PBA
- DES: benefícios de curto prazo em lesões tibiais curtas
- DES: melhor “salvamento” após complicações técnicas (dissecção) ou PBA com falha para lesões IP curtas e proximais

RECOMENDAÇÃO:
- Ao tratar doença FP por EVAR, considere adjuvantes à PBA (stents, stents revestidos ou com drogas) quando houver um resultado tecnicamente inadequado (estenose residual ou dissecção) ou na configuração de complexidade de lesão avançada (GLASS FP graus 2-4)

57
Q

CLTI: Bypass

A

CONCEITOS:
- Objetivo: escoamento adequado para membro inferior e pé
- WIfI 3-4: artéria alvo selecionada forneça fluxo contínuo em linha para o tornozelo e o pé
- Mesmo após bypass, realizar imagem intraoperatória para corrigir defeitos

CONDUTO:
- Veia safena magna: conduto ideal para bypass infrainguinal
- Veias alternativas (veia safena parva ou veias do braço) ou veias emendadas: condutos aceitáveis, embora haja maior frequência de reintervenções e durabilidade inferior
- Não há evidências para apoiar uma configuração preferencial da veia (invertida, translocada não invertida, in situ)
- Bypass abaixo do joelho em pacientes sem conduto venoso que não são adequados para EVAR: Experiência individual

PRÓTESES:
- Podem ser úteis em pacientes selecionados sem outras opções. Os enxertos de politetrafluoretileno (PTFE) expandido ligados à heparina (PROPATEN) podem ser superiores ao PTFE padrão
- Outros adjuvantes (cuff venoso distal) podem melhorar a permeabilidade do bypass protético infrainguinal
- Bypass com prótese para alvos tibiais ou pedioso: Desencorajado (baixa patência)

58
Q

CLTI: estimulação medular

A

MECANISMO:
- Eletrodos são implantados no espaço peridural lombar e conectados a um gerador para estimular as fibras sensoriais
- Ativação de vias de sinalização celular -> Liberação de moléculas vasodilatadoras -> Diminuição da resistência vascular + Relaxamento das células musculares lisas -> Aumento do fluxo capilar e perfusão, da temperatura da e do TcPO2 local, normalização da morfologia da onda de pulso e melhor nutrição da pele

EVIDÊNCIA:
- Redução: amputação e dor
- Sem impacto: cicatrização de úlceras e mortalidade

RECOMENDAÇÃO:
- Considerar estimulação medular para reduzir o risco de amputação e diminuir a dor em pacientes cuidadosamente selecionados (por exemplo, dor em repouso e pequena perda de tecido) nos quais a revascularização não é possível

59
Q

CLTI: simpatectomia lombar

A

MECANISMO:
- CX (acesso retroperitoneal aberto ou laparoscópico) OU Bloqueio químico percutâneo
- Vasodilatação da circulação colateral + Anastomoses cutâneas (redução do tônus simpático) -> Aumento de fluxo sanguíneo para o membro inferior -> Melhora da oxigenação + Diminuição dos danos e da dor nos tecidos (a dor também é diminuída pela interrupção do acoplamento nociceptivo simpático e por uma ação neurolítica direta nas fibras nociceptivas)

EVIDÊNCIA:
- Pode ser considerado uma alternativa à amputação em pacientes com membros viáveis, ​​por ser minimamente invasivo e custo-efetivo, com baixo índice de complicações
- Químico = CX
- Não há evidências que sugiram que o LS reduza o risco de amputação maior

RECOMENDAÇÃO:
- Não realizar simpatectomia lombar para salvamento de membro em pacientes com CLTI nos quais a revascularização não é possível

60
Q

CLTI: compressão pneumática intermitente

A

MECANISMO:
- CPI -> Aumento no gradiente de pressão arteriovenosa -> Estímulo aos vasodilatadores endoteliais -> Suspensão do reflexo venoarteriolar + Estímulo do crescimento de colaterais -> Fluxo sanguíneo arterial aumentado nos membros distais

EVIDÊNCIA:
- Pode melhorar dor e cicatrização de feridas

RECOMENDAÇÃO:
- Considerar em pacientes cuidadosamente selecionados (dor em repouso, pequena perda de tecido) nos quais a revascularização não é possível

61
Q

CLTI: prostanoides

A

CONCEITOS:
- Família de mediadores inflamatórios, principalmente prostaglandina E1 (PGE 1), prostaciclina (PGI 2) e iloprost
- Atuam inibindo a ativação de plaquetas e leucócitos, inibindo a adesão e a agregação plaquetária e promovendo vasodilatação e citoproteção endotelial vascular, por meio de atividades antitrombóticas e profibrinolíticas

EVIDÊNCIA:
- Possível eficácia no tratamento da dor em repouso e na cicatrização de úlceras
- Sem impacto significativo nas amputações ou na mortalidade
- Efeitos colaterais (cefaleia, rubor facial, náusea, vômito e diarreia)
- Iloprost: parece reduzir a amputação maior e melhor no tratamento da dor em repouso e na cicatrização de úlceras

RECOMENDAÇÃO:
- Não oferecer prostanoides para salvamento de membros em pacientes com CLTI
- Considerar oferecer seletivamente para pacientes com dor em repouso ou perda tecidual menor e nos quais a revascularização não é possível

62
Q

CLTI: drogas vasoativas

A

NAFTIDROFURIL:
- Sem evidência científica

PENTOXIFILINA:
- Melhora o fluxo sanguíneo aumentando a deformidade dos glóbulos vermelhos e diminuindo a viscosidade
- Possível redução significativa de: dor em repouso, distúrbios do sono e necessidade de analgesia
- Faltam evidências

CILOSTAZOL:
- Possível melhora da circulação microvascular e da pressão de perfusão da pele em membros isquêmicos
- Quando em conjunto com revascularização, possível aumento do salvamento de membros, mas não se associa a taxas mais altas de sobrevivência e ausência de nova revascularização
- Sem evidências

** VASODILATADORES:
- Não utilizar (podem desviar sangue de uma área isquêmica para outra não isquêmica)

** AGENTES DESFIBRINANTES (ANCROD):
- Sem evidência

RECOMENDAÇÃO:
- Não oferecer drogas vasoativas, vasodilatadores ou desfibrinantes (ancrod) em pacientes nos quais a revascularização não seja possível

63
Q

CLTI: oxigenoterapia hiperbárica

A

MECANISMO:
- Aumento da capacidade de transporte de oxigênio do plasma
- Melhora da função do sistema de peroxidase dependente de oxigênio dos leucócitos
- Redução do edema tecidual devido ao efeito osmótico do oxigênio
- Estimulação da mobilização de células-tronco progenitoras
e angiogênese
- Melhora da função dos fibroblastos.
- Se infecção: inibição do crescimento bacteriano (principalmente anaeróbios)

EVIDÊNCIA:
- Pode haver um papel para acelerar a cicatrização de úlceras em pacientes diabéticos com úlceras neuropáticas que não cicatrizam e isquemia de baixo grau que não responderam ao tratamento convencional de feridas
- Não previne amputação maior e não deve ser usada como alternativa à revascularização em pacientes com CLTI

RECOMENDAÇÃO:
- Não oferecer OH para melhorar o salvamento do membro em pacientes com CLTI com isquemia grave não corrigida (por exemplo, isquemia WIfI grau 2/3)

64
Q

CLTI: TTO das feridas

A

TRATAMENTO CONSERVADOR:
- Pode atender a um subconjunto de pacientes com CLTI
- Nutrição adequada
- Cuidados com feridas

CUIDADOS COM FERIDAS:
- Ausência de infecção
- Remoção de debris que interferem na cicatrização da ferida (por desbridamento cirúrgico, hidroterapia ou terapia de larvas)
- Curativo à vácuo
- Terapia sem contato ultrassom de baixa frequência

65
Q

CLTI: terapia biológica e regenerativa

A

CONCEITOS:
- Terapia genética ou celular
- Objetivo: angiogênese (por diferenciação de células-tronco em células vasculares ou indução da expressão de fatores de crescimento angiogênicos)
- Problemas: crescimento acelerado (tumores, piora da retinopatia proliferativa diabética)

CÉLULAS-TRONCO:
- Injeção intramuscular de células-tronco -> Estímulo à angiogênese
- Sem melhora nas taxas de amputação
- Resultados secundários (ITB, TcPO 2 e escores de dor) foram significativamente melhores

FATORES ESTIMULANTES:
- Fatores estimulantes: fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), fator de crescimento de hepatócitos (HGF) e fator de crescimento de fibroblastos (FGF)

RECOMENDAÇÃO:
- Restringir o uso de angiogênese terapêutica a pacientes com CLTI inscritos em um ensaio clínico registrado

66
Q

CLTI: amputação - conceitos

A

AMPUTAÇÃO:
- Primária: amputação sem tentativa prévia aberta ou EVAR de salvar o membro
- Secundária: amputação após uma ou mais tentativas de revascularização

TIPOS:
- Maiores: transfemoral, desarticulação do joelho, transtibial
- Menores: demais

NÍVEL IDEAL:
- Depende de vários parâmetros clínicos e de imagem
- Complicações de ferida aumentam quando o TcPO2 é < 40 mmHg

67
Q

CLTI: amputação primária - objetivos e indicações principais

A

OBJETIVOS PRINCIPAIS:
1 - Alívio da dor isquêmica
2 - Remoção de tecidos doentes, necróticos ou grosseiramente infectados
3 - Cura primária
4 - Preservação da capacidade ambulatorial independente

INDICAÇÕES PRINCIPAIS:
1 - Doença arterial não reconstrutível (imagem não caracteriza vasos distais patentes necessários)
2 - Destruição das principais porções de suporte de peso do pé (calcâneo, primeira e quinta cabeças do metatarso e um arco funcional), tornando-o incompatível com a deambulação. Necrose extensa do calcâneo: Amputação (na maioria dos casos)
3 - Extremidade inferior não funcional, devido a paralisia ou a contraturas de flexão irremediáveis
4 - Comorbidades graves ou expectativa de vida limitada devido a uma doença terminal. Objetivo: alívio da dor isquêmica e melhora na qualidade de vida
5 - Necessidade de múltiplos procedimentos CX para restaurar uma extremidade inferior viável

68
Q

Amputações menores: conceitos

A

INCLUI:
- Amputação digital e de raio do dedo do pé
- Amputação transmetatársica do antepé
- Amputações de Lisfranc e Chopart do mediopé

CONCEITOS:
- Embora haja um risco significativo de necessidade de reamputação em um nível mais elevado em diabéticos, o uso de amputações menores pode preservar a função do pé
- Amputação transmetatársica pode ser um primeiro procedimento melhor quando existe necrose do hálux que requer amputação de raio longo ou amputação de raio do primeiro e do quinto dedos do pé
- Preservação do pé: perfusão distal adequada e descarga apropriada do antepé

Amputações parciais do pé ou do mediopé (Lisfranc, Chopart):
- Podem culminar em cicatrização retardada, maior número de revisões e desenvolvimento de deformidades e úlceras, e atrapalhar reabilitação
- Porém, elas preservam um calcanhar de suporte de peso e permitem aos amputados a capacidade de se mobilizar por curtas distâncias sem próteses

69
Q

Amputações maiores: conceitos

A

INCLUI:
- Amputação transtibial (ATT)
- Desarticulação do joelho (DJ)
- Amputação transfemoral (ATF)

CONCEITOS:
- ATT: 60% tem cura e 15% serão submetidos a uma ATF
- ATF: maior probabilidade de cura primária - escolha em indivíduos com menor probabilidade de deambular com uma prótese
- DJ: embora seja pouco realizada, apresenta taxas de cicatrização comparáveis ​​à ATF e fornece aos pacientes um maior nível de mobilização e transferência, contrapeso e redução do potencial de contraturas (melhor opção quando é improvável a cicatrização de uma ATT). Desvantagem estética: joelho protético ficará marginalmente distal ao joelho contralateral normal na posição sentada

70
Q

CLTI: amputação - recomendações

A

GERAL:
- Oferecer amputação primária: membro disfuncional ou irrecuperável; estado funcional ruim ou expectativa de vida curta
- Considerar amputação secundária: reconstrução falha e nenhuma revascularização adicional é possível; dor incapacitante; feridas que não cicatrizam ou sepse
- Considerar a revascularização para melhorar a possibilidade de ganhar nível
- Seguir anualmente
- Equipe multidisciplinar

AMPUTAÇÕES MENORES:
- Considerar a amputação transmetatársica do antepé em pacientes com CLTI que precisariam de mais de duas amputações digitais para resolver a necrose distal, especialmente quando o hálux está envolvido

AMPUTAÇÕES MAIORES:
- Considerar DJ ou ATF em pacientes que não conseguem andar por outras razões, que não CLTI (acamados com contratura em flexão, hemiplegia densa, câncer) e que não terão sucesso na reabilitação

71
Q

Amputações: reabilitação

A
  • Decisão multidisciplinar e compartilhada: nível ideal que garantirá melhor oportunidade de cura, sobrevivência e máxima mobilidade funcional
  • Coto: órgão final sensório-motor dinâmico (e não simplesmente um preenchimento)
  • Uma prótese mal ajustada pode ser tão incapacitante quanto a própria amputação
  • Mobilidade: efeito direto na qualidade de vida
  • Gasto energético da deambulação: aumenta com o aumento dos níveis de amputação (aumentado em 10% a 40% após ATT e em 50% a 70% após ATF)
  • O potencial de reabilitação é melhor com ATT do que com ATF
72
Q

Cuidados pós-revascularização dos membros: medicamentos

A

TODOS:
- Controle de comorbidades e melhora dos hábitos de vida
- Cessar tabagismo
- Antiagregação plaquetária + Estatinas de alta potência

ATP:
- Dupla antiagregação (AAS + Clopidogrel) por 1 a 6 meses (maior sobrevida e menor taxa de amputação)
- Monoantiagregação pelo resto da vida
- Cilostazol: controverso

BYPASS:
- Monoantiagregação pelo resto da vida
- Dupla antiagregação: não apresentou maior patência e se associou a maior sangramento (considerar uso por 6 a 24 meses em próteses)
- Varfarina: pode ser associada em pacientes com enxerto venoso de alto risco (remendos venosos ou com pouco escoamento) ou com prótese e com baixo risco de sangramento

DOSES:
- AAS 100 mg/dia
- Clopidogrel 75 mg/dia (pode não apresentar eficiência em alguns pacientes)

73
Q

Cuidados pós-revascularização Endo: vigilância e re-intervenção

A

CONCEITOS:
- Comum falha precoce

MODO:
- Acompanhamento clínico: sintomas, inspeção, pulsos, ITB
- US periódico - a cada 3 a 6 meses (melhor detecção de re-estenose)
* Outros exames de imagem (AngioTC, AngioRM, Arteriografia) não são indicados devido ao caráter invasivo, alto custo, acesso limitado, exposição à radiação, contraste e riscos dos procedimentos

RECOMENDAÇÕES:
- Considerar imagem arterial após intervenção EVAR com falha na melhora (cicatrização de feridas, dor em repouso) ou recorrência de sintomas para detectar re-estenose ou progressão de doença
- Considerar re-intervenção para lesões assintomáticas recorrentes graves (> 70%) - VPS > 300 cm/s OU relação VPS > 3,5

74
Q

Cuidados pós-revascularização por Bypass: vigilância e re-intervenção

A

CONCEITOS:
- Falha, principalmente, quando lesões estenóticas se desenvolvem dentro do conduto venoso ou em locais anastomóticos (em até 1/3 dos casos) - maioria nos 2 primeiros anos
- Maior risco de estenose em: condutos de menor calibre, condutos venosos não safenos ou emendados e anastomoses em artérias mais distais (tibiais ou pediosos)

PRÓTESES:
- Menor perviedade
- US ajuda apenas na estimativa de trombose (VPS < 45 cm/s)
- Próteses: utilizar Varfarina se a velocidade média do enxerto for inferior a 60 cm/s (reduz trombose do enxerto)

ACOMPANHAMENTO:
- Observados por, pelo menos, 2 anos, com: exame clínico, pulsos e ITB em repouso e pós-exercício
- US: benefício ainda não é claro
- Considerar re-intervenção se estenose > 70%

MODO DE INTERVENÇÃO:
- Lesões mais longas e detectadas em até 3 meses após o enxerto: Bypass
- Lesões curtas ou ocorridas após 3 meses do enxerto: Bypass OU EVAR (balões com droga)

RECOMENDAÇÕES:
- Observar regularmente os pacientes submetidos ao bypass com veia ou prótese por, pelo menos, 2 anos, com: exame clínico, exame de pulsos e medição de TP e AP em repouso. Considerar US quando disponível
- Considerar realização de exames de imagem adicionais em pacientes com enxertos venosos que apresentem uma diminuição do ITB ≥ 0,15 e recorrência de sintomas ou alteração do pulso para detectar estenose do enxerto venoso
- Oferecer intervenção para lesões de enxerto venoso detectadas por US com uma VPS > 300 cm/s e uma relação VPS > 3,5 ou de enxerto protético com baixa velocidade (VPS do enxerto < 45 cm/s)

75
Q

Cuidados pós-revascularização: membro

A

CONCEITOS:
- Cicatrização depende de (WIfI): ferida, isquemia e infecção

FERIDA:
-> Principal problema
-> Manejo:
- Desbridamento
- Curativos absortivo
- Evitar carga no membro (dispositivos mecânicos)
- Curativo à vácuo
- Enxerto de pele
- Prevenção de novas feridas

ISQUEMIA:
- Avaliação vascular regular e monitoramento para possíveis intervenções

INFECÇÃO:
- Muitas vezes, a infecção é o principal fator que leva à amputação

76
Q

Aneurisma de Poplítea: conceitos e clínica

A

CONCEITOS:
- Aneurisma: artéria poplítea com diâmetro >= 50% do normal (normal em homens: 0,8 cm / mulheres: 0,7 cm)
- <= 1% da população
- 97% são homens
- Aneurisma periférico mais comum
- Associação com outros aneurismas (65% apresentam aneurisma de aorta)
- 50-70% bilateral
- Obrigatório rastrear aorta e lado contralateral

CLÍNICA:
- PULSO POPLÍTEO HIPERPULSÁTIL!
- DAOP
- Trombose crônica
- Trombose aguda
- Embolia
- Ruptura (rara)

77
Q

Aneurisma de Poplítea: indicações de TTO

A

ELETIVO:
- Diâmetro >= 2 cm (>= 3 cm em pacientes com elevado risco CX e sem trombos)
- Diâmetro < 2 cm se: Trombos, Embolização ou Leito distal ruim

URGÊNCIA:
- Embolia / Trombose

78
Q

Aneurisma de Poplítea: TTO eletivo - aberto

A

BYPASS ABERTO (FE-POi OU POs-POi):
- TTO de escolha em pacientes com expectativa de vida > 5 anos
- Enxerto com veia safena ipsilateral invertida (pode devalvular)

ETAPAS:
- Acesso (medial ou posterior)
- Anastomose término-lateral ou término-terminal
- Ligadura do saco aneurismático
- Arteriografia final

79
Q

Aneurisma de Poplítea: TTO eletivo - endovascular

A
  • Opção para pacientes com:
    — Expectativa de vida < 5 anos
    — Alto risco CX
  • Stent revestido supra/infra poplíteo (Viabahn)
  • Risco: migração, fratura e trombose do stent
80
Q

Aneurisma de Poplítea: clínica e TTO na urgência (trombose ou embolia aguda)

A

CLÍNICA (TROMBOSE):
** DX Diferencial: OAA e Flegmásia (principalmente em homens)
- Imobilidade prolongada
- Ausência de pulso poplíteo
- Sinais de isquemia distal
- Pulso poplíteo contralateral hiperpulsátil
- Edema assimétrico
- Cianose

TTO (Rutherford I e IIa):
- Geral: hidratação, analgesia, aquecimento do membro, AAS e estatinas
- Anticoagulação plena
- Definitivo:
→ Arteriografia inicial +
→ Fibrinólise intra-arterial OU Trombectomia farmacomecânica (ganho de leito distal) +
→ Revascularização (Bypass)
→ Considerar Fasciotomia (se isquemia >= 6h)

  • Rutherford IIb: Trombectomia farmacomecânica OU Tromboembolectomia para ganhar leito distal
  • Rutherford III: Amputação
81
Q

Blue toe syndrome

A

CONCEITOS:
- Microembolia distal (frequentemente originária de placa de ateroma em artéria troncular)

ORIGENS MAIS COMUNS:
- Artéria femoral no canal dos adutores
- Aneurisma de poplítea

CLÍNICA:
- Dor e cianose na extremidade
- Pulso distal frequentemente presente
** DX Diferenciais: endocardite, malformações, outros aneurismas

TTO:
- Suporte: hidratação, analgesia, aquecimento do membro, AAS e estatina, anticoagulação plena
- Definitivo:
→ Angioplastia / Endarterectomia / Bypass
→ TTO do aneurisma de poplítea complicado

82
Q

Aneurisma de poplítea: acompanhamento pós-operatório

A

QUEM?
- PO Bypass
- PO EVAR

COMO?
- Exame físico
- ITB
- USG doppler

QUANTO TEMPO?
- 3, 6 e 12 meses após CX
- Após, anualmente

O QUE FAZER?
- Tratar a complicação
- Se sintomas compressivos: descomprimir saco aneurismático

** PACIENTES NÃO OPERADOS:
- Avaliação clínica e de imagem anualmente

83
Q

OAA: etiologias, locais e fisiopatologia

A

ETIOLOGIAS:
1. Embolia:
- Cardíaca
- Arterial
— Placa de ateroma
— Aneurisma arterial
2. Trombose
- Própria da artéria
- Reconstrução arterial
3. Trauma
4. Iatrogenia

LOCAIS:
- MMII
- MMSS
- Cervical
- Viscerais
- Aorta

FISIOPATOLOGIA:
- Isquemia: Nervos > Músculo estriado > Pele e subcutâneo > Ossos
- Oclusão arterial - Hipofluxo - Vasoconstrição - Secreção de substâncias que ativam o sistema fibrinolítico (com a manutenção da isquemia, isso se perde e há uma propagação da trombose)
- Perda de tônus - dilatação arterial

84
Q

OAA trombótica: causas

A

CAUSAS:
- Aterosclerose
- Aneurismas
- Dissecção
- Compressão (poplítea)
- Doença cística adventicial
- Iatrogênica (dispositivos)
- Hematológica: trombofilia, policitemia, trombocitose
- Inflamatória: Buerger, arterite, LES
- Trauma
- Outras: fibrodisplasia, neoplasia, infecção, ICC, hipovolemia/choque, hiper-homocisteinemia, oclusão de enxerto, ATP ou stent (hiperplasia miointimal)

85
Q

Embolia arterial: etiologias e locais mais comuns

A

ETIOLOGIAS:
- Cardiogênica (75%): FA, Flutter, IAM, miocardiopatias, endocardite, valvopatias e próteses valvares, aneurisma ventricular, tumor
- Não cardiogênica (25%): ateroembolismo, aneurismas arteriais, embolia paradoxal, próteses, iatrogênica (ar, substâncias, fragmentos)

LOCAIS MAIS COMUNS (FAIP):
- Principalmente nas bifurcações arteriais
- Membros inferiores (70%): Femoral (36%) > Aorto-Ilíaca (24%) > Poplítea (15%)
- Membros superiores (10%): A. Braquial
- Cérebro (15%)
- Visceral (5-10%)

86
Q

OAA trombótica aterosclerótica: conceitos

A
  • Trombo se forma no estreitamento aterosclerótico
    — MMII: Canal de Hunter
    — MMSS: Subclávia
  • Não muito relacionada à hipercoagulabilidade
  • Diferentemente das tromboses venosas (mais relacionadas com fluxo lento), as tromboses arteriais estão associadas a lesões endoteliais e são predominantemente compostas por plaquetas (disfunção endotelial + plaquetas)
  • Anormalidades plaquetárias: doenças mieloproliferativas
  • Alterações específicas da parede arterial: homocistinúria e vasculites
  • Trombofilias (alta taxa de falha de revascularização): SAAF, deficiência da proteína S, proteína C e antitrombina
87
Q

OAA: clínica e avaliação

A

CLÍNICA:
- Pain
- Parestesia -> Anestesia
- Paresia -> Paralisia -> Rigidez
- Poiquilotermia (frialdade)
- Pulso ausente
- Palidez -> Cianose -> Cianose fixa (trombose de pele e subcutâneo) -> Flictenas -> Necrose -> Mumificação

DX DIFERENCIAIS:
- Flegmásia
- ICC descompensada (compensar coração)
- Dissecção de aorta
- Raynauld
- Vasoespasmo induzido por drogas

INVESTIGAÇÃO:
- EF
- Doppler (sonar)
- Labs: CPK (necrose muscular), Leucocitose (principalmente em isquemia mesentérica), PCR, Na, K, Ur, Cr, Gasometria com Lactato (acidose), Plaquetopenia (CIVD)

IMAGEM:
→ RECOMENDADA A TODOS OS PACIENTES, EXCETO SE ATRASAR TRATAMENTO OU SE A INDICAÇÃO DE AMPUTAÇÃO FOR ÓBVIA
→ ANGIOTC: PRIMEIRA LINHA
- US doppler arterial do membro acometido
- Arteriografia
- AngioRM com Gadolíneo (pode avaliar leito distal)

88
Q

OAA: classificação de Rutherford

A
89
Q

OAA: embolia x trombose

A
90
Q

OAA: US doppler

A
  • Identifica localização da oclusão arterial
  • Dificilmente poderá discernir entre trombose e embolia
  • Pode identificar um aneurisma trombosado
  • Pouco adequado para estudo da artéria ilíaca, mas pode identificar aneurisma de aorta
91
Q

OAA: arteriografia

A
  • Diferencia trombose de embolia
  • Permite visualizar fluxo arterial e avaliar a qualidade das artérias situadas distalmente à obstrução
  • Planejamento de eventual intervenção cirúrgica
  • Problema: demora (geralmente, é realizada como intervenção)

Embolia X Trombose:
1. Árvore arterial:
— Embolia: pode ser lisa, livre de irregularidades e estenoses
— Trombose: comprometimento arteriosclerótico (imagem)
2. Circulação colateral:
— Embolia: pouca circulação colateral
— Trombose: circulação colateral
3. Morfologia da obstrução:
— Embolia: taça invertida
— Trombose: ponta de lápis ou chama de vela invertida
4. Obstruções satélites:
— Embolia: êmbolo se fragmenta no seu trajeto até impactação (fragmentos podem ocluir ramos craniais da artéria principal)
— Trombose: não ocorre
5. Local da obstrução:
— Embolia: bifurcações (aorta, artéria femoral comum, artéria poplítea, emergência da artéria braquial profunda)
— Trombose: local de placas

92
Q

OAA: algortimo de TTO

A

Depende de:
- Etiologia
- Gravidade
- Localização

93
Q

OAA: TTO inicial

A

ANTICOAGULAÇÃO PLENA:
- Impede propagação da trombose no leito distal
- Impede ocorrência de novos fenômenos embólicos
- HNF: bolus de 75-300 UI/kg EV, seguido de infusão contínua - TTPA 2,5 - 3 x basal (75 a 90 s) (a cada 4 h)
- Enoxaparina 1 mg/kg SC 12/12h (se ClCr > 30)

DOR:
- Opioides IM estão contraindicados em pacientes que serão submetidos à trombólise (analgesia intravenosa é mais adequada)

GERAL:
- Proclive (se OAA de MMII)
- Não realizar vasodilatação (piora a velocidade do sangue) (única exceção: hipofluxo intestinal)
- Não realizar aquecimento ativo (deve-se evitar a dissipação de calor, com cobertores)
- Colchão (evitar escaras)
- Oxigênio (perfusão tecidual)
- Hidratação (hidrata e evita lesão renal)

94
Q

Embolia arterial: manejo específico

A
  • Não precisa de imagem
  • Anticoagulação EV: 10.000 a 20.000 U em bolus EV, seguido de infusão contínua de 1.500 U/h (meta: TTPA 2,5 a 3 x basal)

TTO CONSERVADOR:
- Pode ser considerado em isquemia inicial nos pacientes com alto risco CX
- Pode acarretar claudicação e sequelas
- Heparinização maciça: bolus EV inicial de 15.000 a 20.000 U (300 U/kg), seguido de 3.000 a 5.000 U/h (50 a 70 U/kg), por infusão contínua (risco de hematomas cranianos e complicações anestésicas)

AMPUTAÇÃO PRIMÁRIA:
- Membro inviável (empastamento da musculatura, cianose fixa, rigidez da articulação, ausência de sensibilidade e elevação importante de CPK)
- Pacientes com elevada mortalidade associada à revascularização

EMBOLECTOMIA

95
Q

Embolectomia

A

ANESTESIA:
- Regional / Local + Sedação / Geral

ACESSO:
- Inguinotomia (oclusão ilíaco-fêmoro-poplítea)
- Poplíteo (oclusão TA/TP)
- Prega do cotovelo (braço)
- Inguinotomia bilateral (OAA de aorta ou ilíaca - kissing fogarty)

ARTERIOTOMIA TRANSVERSA

HEPARINIZAÇÃO LOCAL E SISTÊMICA

PASSAGEM DO CATETER FOGARTY DE TAMANHO ADEQUADO (5 Fr ilíaca / 4 Fr femoral / 3 Fr perna), INSUFLAÇÃO E RETIRADA

ARTERIORRAFIA

ARTERIOGRAFIA DE CONTROLE

CONSIDERAR FIBRINOLÍTICO (especialmente se existir trombose secundária):
- rt-PA intra-arterial
- 0,05 a 0,1 mg/kg/h por, no máximo 12 horas, não se excedendo dose total de 100 mg

CONSIDERAR FASCIOTOMIA

CONSIDERAR ATP / ENXERTO (artéria doente)

PÓS-OPERATÓRIO:
- Manter anticoagulação: diminuir a probabilidade de nova embolia e diminuir a trombogênese da parede arterial cruenta após a embolectomia e o trauma do procedimento
- Uso EV de dextrano de baixo peso molecular (atua como anticoagulante e melhora a função da pequena circulação)
- Considerar anticoagulação por longo prazo

96
Q

Síndrome do dedo azul

A

CONCEITOS:
- Fenômeno essencialmente embólico de pequena proporção
- Êmbolo de pequena monta, que se origina em placa de artéria troncular (geralmente femoral no Hunter / Subclávia) e compromete as pequenas artérias de dedo do pé ou da mão
- Dedo mais acometido: hálux

CLÍNICA:
- Dor
- Cianose
- Pulsos arteriais presentes
- Sopro ao longo da artéria-tronco: femoral, ilíaca ou aorta
* Cianose em ambos os pés: Aorta

TTO:
- Antiagregantes e analgésicos
- Prostaglandina E1
- Anticoagulação?
- Corrigir fonte

97
Q

OAA trombótica: manejo específico

A

CONCEITOS:
- TTO do quadro agudo + aterosclerose de base
- Fogarty: pouco sucesso (não trata doença base) e risco de lesão arterial
- Manejo inicial: geral + anticoagulação plena
- Realizar exame de imagem

TTO CONSERVADOR:
- Se isquemia mínima (Rutherford 1) e sem ferida
- Pacientes de alto risco CX
- Anticoagulação plena e suporte clínico

AMPUTAÇÃO PRIMÁRIA:
- Membro inviável ou pacientes de alto risco CX

REVASCULARIZAÇÃO:
- Realizar sempre que viável e necessário, para preservar o membro
- Maneiras: enxerto, EART, ATP, trombectomia mecânica

FIBRINÓLISE INTRA-ARTERIAL:
- Pode ser realizada de forma isolada ou associada a algum método de revascularização

98
Q

OAA trombótica: fibrinólise intra-arterial

A

CONCEITOS:
- 90% de sucesso em até 1 semana (50% de sucesso após)
- Considerar cotraindicações
- 20% de sangramentos
- 5% de mortalidade

PACIENTES QUE DEVEM SER CONSIDERADOS:
- Rutherford I e IIa (IIb: devem ser avaliados com cuidado, podendo ser mais indicada a cirurgia)
- Pacientes que não dispõem de angiografia que ofereça imagem que permita revascularização convencional
- Oclusão concomitante de enxerto e artérias distais (melhor em enxertos de prótese)

99
Q

Fibrinólise sistêmica: contraindicações

A

Fibrinólise intra-arterial:
- Gestação é a única contraindicação (estudo TOPAS)

100
Q

Fibrinólise intra-arterial: modo de realização

A

Acesso:
- Braquial (melhor acesso às artérias da perna)
- Femoral

Dispositivo:
- Cateter multiperfurado

Modo:
- Infusão em bolus, infusão intermitente, infusão contínua, infusão graduada regressiva ou infusão em pulse-spray
- Intra-arterial (escolha - maior sucesso e menos complicações) ou sistêmica EV
- Seletiva (cateter é posicionado na artéria ocluída, proximal, distal ou adjacente ao trombo, e sua ponta é posicionada intra-trombo) ou Não seletiva (cateter proximal ao vaso ocluído)
- Trombólise deve iniciar-se nas primeiras 12 horas, mas a resolução final pode durar até 48 horas (pouca chance de sucesso após)
- Pode-se infundir heparina simultaneamente (evita formação de trombo pericateter) - aumenta o risco de sangramento

MONITORIZAÇÃO:
- Monitorização laboratorial durante a trombólise: controverso
- Monitorização do período pós-trombólise: Hb
- Se heparinizar: plaquetas, TAP, TTPA (a cada 4 a 6 horas)
- Fibrinogênio: sem evidência

APÓS:
- Antiagregar

101
Q

Fibrinólise intra-arterial: drogas

A

Estreptoquinase:
- 5.000 a 8.000 U/h, infundida por bomba

Uroquinase:
- 4.000 U/min nas primeiras 2 a 4 horas. A seguir, a dose é ajustada para 1.000 a 2.000 U/min até o máximo de 48 horas

Alteplase (r-tPA):
- 0,02 - 0,1 mg/kg/h (0,25 - 1 mg/h)
- Máximo: 40 mg

  • Opção: bolus 15 mg + 3,5 mg/h por 4h + 1 mg/h após
  • Bolus de 10 a 15 mg
  • 20 mg/h (0,05-1 mg/kg/h) em bomba por 12-48h
  • Máximo: 100 mg
  • Monitorização: EF seriado + Hb/Ht + Fibrinogênio (interromper se < 300 ) + TTPA 6/6h
  • Arteriografia de controle + TTO do fator causal
102
Q

Fibrinólise intra-arterial: esquema

A

x

103
Q

Trombectomia mecânica

A

CONCEITOS:
- Aspiração do trombo por cateter angiográfico acoplado a uma seringa ou por sistemas especiais
- Bom para oclusão de enxertos arteriais

VANTAGENS:
- Minimamente invasivo
- Permite rápida reperfusão
- Reduz quantidade de trombolítico necessário

DESVANTAGENS:
- Risco de: embolização, perfuração distal e hemólise
- Potenciais lesões endoteliais e/ou valvares
- Tratamento dificultado nos trombos crônicos
- Custo
- Ausência de sistemas que adaptem a vasos de grande calibre
- Evitar em artérias distais

CLASSIFICAÇÃO:
- Rotacionais
- Hidrodinâmicos
- Mecânicos

104
Q

Trombectomia mecânica: dispositivos

A
105
Q

Trombose de enxerto: conceitos

A

CONCEITOS:
- Sintomatologia varia
- Maioria de causa trombótica

PRECOCE:
- Até 1 mês
- Falha técnica

INTERMEDIÁRIA:
- 1 mês - 1 ano
- Hiperplasia miointimal das anastomoses ou do corpo do enxerto (se for veia autóloga)

TARDIA:
- Após 1 ano
- Evolução da doença

106
Q

Obstrução de enxerto: precoce

A

CONCEITOS:
- Até 1 mês
- Falha técnica OU Embolia

EMBOLIA:
- Se técnica adequada
- Até 24 horas após CX
- Mecanismos: fratura de placa proximal pelo clampe, deslocamento de trombos, pequenos trombos que se formam durante o procedimento
- TTO: Abertura do enxerto + Embolectomia + Lavagem com soro heparinizado

FALHA TÉCNICA:
- Doppler pode ajudar na identificação do problema
- Corrigir falha

107
Q

Obstrução de enxerto: intermediária

A

CONCEITOS:
- 1 mês - 1 ano
- Hiperplasia miointimal das anastomoses ou do corpo do enxerto (se for veia autóloga)
- Pode ser detectada precocemente, antes da trombose, pelo US periódico
- Safena: qualquer porção

TTO:
- DX precoce (antes da trombose): intervenção (aberta ou endovascular)
- Trombose:
— Branda e < 7 dias: tentar fibrinólise + ATP (fibrinólise sem sucesso: Anticoagulação + CX aberta)
— Demais: CX aberta

108
Q

Obstrução de enxerto: tardia

A

CONCEITOS:
- Após 1 ano
- Evolução da doença

TTO:
- Tentativa de fibrinólise: raramente (pois geralmente é evolução da doença)
- Revascularização
- Amputação

109
Q

Síndrome da revascularização: conceitos e fisiologia

A

CONCEITOS:
- Síndrome de Haimovici
- 25-30% das revascularizações de isquemias agudas
- Local: síndrome compartimental
- Sistêmico: síndrome metabólica mionefropática

FISIOLOGIA:
- Isquemia grave e prolongada → Lesão e morte celular
- Restauração do fluxo → Liberação de Radicais livres, Lactato, K, Mioglobina na circulação

110
Q

Síndrome da revascularização: consequências e TTO

A

CONSEQUÊNCIAS:
- Hipotensão
- Rabdomiólise / Mioglobinúria
- Acidose metabólica
- HiperK
- Depressão miocárdica
- Insuficiência respiratória
- LRA
- Elevação de CPK e DHL
- Hipoxemia / Hipercarbia

TTO:
- Hidratação
- Correção de DHE
- Bicarbonato de sódio, glicose e insulina (bomba de insulina)
- Manitol? (estimula a diurese e age sobre os radicais livres)

111
Q

OAA: seguimento após

A

ANTICOAGULAÇÃO PLENA:
- DOACs (escolha) / Varfarina
- Longo prazo se: embolia secundária à FA, fator etiológico não identificado ou não tratado

AAS + ESTATINA:
- OAA trombótica

CLOPIDOGREL:
- Se Stent
- Deixar por 6-9 meses

INEVSTIGAÇÃO ETIOLÓGICA:
- ECG, Holter - FA
- Eco TT, Eco TE - trombos cardíacos
- AngioTC - trombos muais, placas ateroscleróticas, anomalias anatômicas, CA
- Marcadores de trombofilia - pacientes < 60 anos, trombose venosa + arterial

VIGILÂNCIA DA REVASCULARIZAÇÃO:
- Pulso, ITB
- US doppler - perviedade do enxerto ou da ATP

REABILITAÇÃO:
- Fisioterapia / Protetização
- Amputação / Déficits motores
- Minoria dos pacientes reabilita após amputação maior (TT, TF)