Endovascular Flashcards
Introdutores endovasculares: conceitos, funções e kit
CONCEITOS:
- Tubos que comunicam meios externo e interno
- Bainha: Nylon ou PTFE
- Sistema valvulado: Silicone
- Ponta: radiopaca
FUNÇÕES:
- Proteção do local da punção
- Passagem de dispositivos
- Prevenção de hemorragia
KIT:
- Agulha de punção
- Mini fio-guia (0,035 ou 0,038)
- Dilatador (nariz)
- Bainha valvulada com saída lateral (3 vias)
Introdutores endovasculares: calibres, comprimentos, formas
CALIBRES (1 Fr = 0,33 mm):
- Diâmetro interno do introdutor
- 4 Fr - 11 Fr
COMPRIMENTOS:
- Curtos (11 cm): mais comuns
- Longos (23, 45, 80, 90, 110 cm) - Ex: Sentrand
FORMAS:
- Retos
- Curvos: geralmente longos, para procedimentos no MMII contralateral por punção retrógrada da AF
Fios-guia endovasculares: conceitos e estrutura
CONCEITOS:
- Facilitam introdução de instrumentos endoluminais
- Navegam em ambientes hostis (tortuosos, estenóticos)
- Fornecem suporte para ATP e liberação de próteses
- Podem vir dentro de uma bainha
- Devem ser sempre umedecidos
ESTRUTURA (3 camadas):
- Interna (rígida): Liga metálica (Nitinol). Gradualmente mais fina conforme se aproxima da ponta
- Intermediária: Mola (conectada à primeira camada por fino fio metálico de segurança - maior resistência à extremidade)
- Externa (revestimento): Adesão e grau de fricção/atrito
Fios-guia EVAR: comprimentos e diâmetros
COMPRIMENTOS:
- 145 - 300 cm
- Sistema de rápida troca (Monorail): comprimento de fio-guia necessário fora do paciente é menor do que o necessário no sistema coaxial
DIÂMETROS:
- Reflete calibre do vaso e do dispositivo
- Cateteres de calibre maior podem ser utilizados em guias mais finos
- 0,006” (microguias)
- 0,014”
- 0,018”
- 0,025”
- 0,035”
- 0,038”
- 0,064”
Fios-guia EVAR: revestimentos
CONCEITOS:
- Alteram o coeficiente de atrito
- Quanto mais hidrofílico (menor coeficiente de atrito), menor atrito com sangue e mais suave o contato com a parede dos vasos e das placas (menor chance de complicações) -> Úteis em ambientes tortuosos
REVESTIMENTOS:
- Teflon
- PTFE
- Silicone
- Não revestidos
Fios-guia endovasculares: ponta
FLEXIBILIDADE DA PONTA:
- Ponta mole e flexível (floppy): bom para iniciar o caso, pois evita lesão do vaso
- Pontas retráteis (variam com tração)
FORMATO DA PONTA:
- Curva ou angulada (cateterização seletiva)
- Moldável (antes do uso)
- Em J
Fios-guia EVAR: rigidez e dirigibilidade
RIGIDEZ:
- Conferida pelo núcleo de aço
- Mais rígidos: facilitam progressão dos cateteres e endopróteses, mas conferem maior risco de lesão
- STANDARD: fio do introdutor
- STIFF: trilho ou troca de cateter
- SUPER-STIFF: trilho de endopróteses
DIRIGIBILIDADE:
- Ideal: proporção 1:1 (rotação da ponta do fio e da mão do cirurgião)
Fios: Bentson COOK
FIO:
- Bentson Wire (COOK® Medical, Bloomington, IN)
CARACTERÍSTICAS:
- Design de bobina enrolada ao redor do núcleo
- Ponta distal flexível
- Barato
- Não hidrofílico
- 0,035’’
USO:
- Muitas vezes, usado como fio de acesso inicial
DESVANTAGENS:
- Pode não ter suporte suficiente para avanço da bainha em pacientes obesos ou com cicatriz cirúrgica
- Risco de dissecção secundária em virtude do design enrolado (deve ser avançado apenas sob fluoroscopia)
Fios: Supracore
FIO:
- Supracore® Wire (Abbott Vascular, Redwood City, CA)
CARACTERÍSTICAS:
- Núcleo cônico de 17 cm
- Suporte moderado
- Eixo de aço inoxidável
- “Ponta suave”: transição do segmento distal do fio proporciona bom “feedback” durante avanço do fio
- 0,035’’
Fios: Amplatz
FIO:
- Amplatz Wire (Boston Scientific, Natick, MA)
CARACTERÍSTICAS:
- Bom suporte
USO:
- Útil para a passagem de grandes dispositivos ou em anatomias tortuosas
Fios: Lunderquist
FIO:
Lunderquist® Wire (COOK® Medical, Bloomington, IN)
CARACTERÍSTICAS:
- Suporte extremamente alto
Fios: Glidewire
FIO:
- Glidewire® Wire (Terumo, Somerset NJ)
CARACTERÍSTICAS:
- Núcleo superelástico dá relação de torque de 1:1
- Revestimento hidrofílico (útil para navegar
em estenoses e tortuosidades, bem como através de CTOs)
- Risco de perfuração de pequenos ramos arteriais (principalmente em vasos viscerais)
Fios: J wire
CARACTERÍSTICAS:
- Fio de baixo suporte
- Barato
- Formato em “J” (evitar canulação de ramos laterais)
- Não é ideal para acessos devido ao baixo suporte e ao feedback ruim da ponta
- Um dos fios mais utilizados para acesso (devido ao preço)
Cateteres endovasculares: conceitos e estrutura
CONCEITOS:
- Instrumentos para acesso a áreas remotas
- Geralmente, são introduzidos através de um fio-guia (exceção: cateteres-guia)
- Usos: injeção de contraste, medicamentos e embolizações
ESTRUTURA (3 camadas):
- Interna: plásticos que dão resistência
- Intermediária: armação metálica (flexibilidade e memória)
- Externa: confere atrito
Cateteres endovasculares: materiais
MATERIAIS:
- Polietileno: flexíveis, com baixo coeficiente de atrito e boa memória (podem ser apertados e torcidos)
- Poliuretano: mais macios e flexíveis (seguem mais facilmente os fios-guia), com coeficiente de atrito mais elevado
- Nylon: mais rígidos (suportam mais fluxo - arteriografia/aortografia)
- PTFE: material mais rígido (dilatadores e bainhas)
- Outros e combinações
Cateteres endovasculares: comprimentos e diâmetros
COMPRIMENTOS:
- Deve ser longo para atingir local de destino e ter comprimento sobrando fora do corpo
- 65 - 100 cm
- Geralmente, utiliza-se o mais curto necessário (melhor controle de trocas e menor pressão de injeção de contraste)
DIÂMETROS:
- Identificados pelo diâmetro externo (exceção: cateteres-guia -> diâmetro interno)
- Geralmente, utiliza-se o mais fino necessário
Cateteres endovasculares: características especiais
FLEXIBILIDADE:
- Curva da ponta
- Fios rígidos desfazem a curvatura e flexíveis se adaptam a ela
- Varia conforme o vaso a ser seletivado
COEFICIENTE DE ATRITO:
- Depende do revestimento
RESISTÊNCIA:
- Capacidade de resistir a injeções de alta potência
- Libras / Polegada quadrada
SINCRONIA:
- Rotação da base e da ponta (ideal: 1:1)
RADIOPACIDADE:
- Deve ser parcialmente visível na fluoroscopia (deve permitir visualização do guia)
Acesso EVAR: escolha do local
CONCEITOS:
- Mais comum (95%): femoral retrógrada
- Resto (< 5%): punção anterógrada, braquial ou radial
FEMORAL RETRÓGRADA:
- Menos complicações
BRAQUIAL:
- Mais complicações que femoral
- A artéria braquial é menor
- Menor tolerância para hematomas
- Mais complicações neurológicas
Cateteres endovasculares: formas
FORMAS:
- Retos
- Angulados de diversas formas (determinam a função)
FUNÇÕES:
- Troca
- Flush
RETOS:
- Usos: troca, arteriografia, aferição da pressão proximal e distal à lesão, transposição de obstáculos
ANGULADOS:
- Seletivos (um orifício na extremidade)
- Curvas simples ou complexas
- Nomeados conforme criador ou indicação de uso
FLUSH:
- Um buraco no final e vários furos laterais (resistir à alta pressão da injeção e ao alto volume de contraste)
- Aortografia
- Pigtail
Acesso EVAR: técnicas para acesso da artéria femoral
ÀS CEGAS:
- Ponto de pulsação máxima ( “where you feel it best, then stick it!”)
GUIADO POR FLUOROSCOPIA:
- Sobre a cabeça do fêmur - AFC
- Guiado ou não por US
** 10 a 20% das bifurcações da AFC são craniais à cabeça do fêmur
GUIADO POR US:
- Transdutor linear de 5 a 10 MHz
- Transversal ou longitudinal
** Estudo FAUST6:
- Mais de 1.000 pacientes randomizados para orientação fluoroscópica versus ultrassom
- Nenhuma diferença nas taxas de canulação da artéria femoral comum (> 80% de sucesso em ambos os grupos), exceto no subgrupo em que a bifurcação era sobre a cabeça do fêmur
- US: menos tentativas, menos punções venosas e menos complicações vasculares
Acesso EVAR: US
CONCEITOS:
- Transdutor linear de 5 a 10 MHz, transversal ou longitudinal
SITUAÇÕES QUE DEMANDAM O USO DE US NA PUNÇÃO:
1. EVAR com Perclose
2. Sticks anterógrados ou braquiais
3. Quando a trombólise for considerada no início do procedimento
Acesso EVAR: técnica
TÉCNICA DE SELDINGER MODIFICADA:
- Punção da artéria
- Avanço de um fio-guia na aorta
- Inserção de uma bainha com introdutor (geralmente 5 Fr)
- Remoção do introdutor
- Avanço do cateter, sobre o fio, para o local desejado
Angioplastia de carótida: etapas
PUNÇÃO
HEPARINIZAÇÃO
CATETERIZAÇÃO DA ACE COM FIO GUIA HIDROFÍLICO 0,035 (UTILIZAÇÃO DE HEAD HUNTER OU VERTEBRAL)
COLOCAÇÃO DE BAINHA LONGA NA ACC E INSUFLAÇÃO DE GOTEJADOR NO BULBO
CATETERIZAÇÃO DA ACI
PRÉ-BALONAMENTO
- Deve ser evitado, quando possível
PASSAGEM DE FILTRO DE PROTEÇÃO
LIBERAÇÃO DO STENT
BALONAMENTO + ATROPINA
ARTERIOGRAFIA DE CONTROLE
Angioplastia de carótida: acessos
TRANSFEMORAL:
- Mais comum
- Desencorajada em variações anatômicas importantes (arco bovino; tipo III) e em arcos muito ateromatosos (risco de embolização)
TRANSCARÓTIDA (TCAR):
- Evita manipulação do arco aórtico
- Proteção cerebral pelo pinçamento da ACC e reversão do fluxo da ACI por circuito extracorpóreo (ACC até VF ou VJ ipsilateral)
- Considerar quando o acesso transfemoral conferir risco de complicações
RADIAL OU BRAQUIAL (RADCAR):
- Considerar quando o acesso transfemoral conferir risco de complicações
Angioplastia de carótida: medicações
HEPARINA:
- 5.000 UI EV
- Prevenir trombose
ATROPINA:
- 0,6 - 1,2 mg EV antes da insuflação do balão
- Prevenir hipotensão, bradicardia e assistolia