TRAUMA Flashcards

1
Q

O que significa o primeiro pico de
mortes no contexto do trauma?

A

São mortes que
ocorrem segundos ou
minutos após o trauma
(p. ex. rotura cardíaca,
trauma cerebral
extenso ou lesão do
tronco encefálico).

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2
Q

O que significa o segundo pico de
mortes no contexto do trauma?

A

São mortes que ocorrem
em minutos até algumas
horas após o trauma (p. ex.
sangramento intracraniano,
pneumotórax hipertensivo
ou hipovolemia)

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3
Q

O que significa o terceiro pico de
mortes no contexto do trauma

A

São mortes que ocorrem
em alguns dias até semanas
após o trauma, como
complicações tardias (p. ex.
pneumonia, TEP ou sepse).

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4
Q

O que é a hora de ouro do trauma e
qual é sua principal utilidade?

A

São os atendimentos
realizados na primeira
hora após o trauma. Uma
boa conduta pode reduzir
a morbimortalidade,
especialmente do segundo
pico de mortes.

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5
Q

Qual é a principal causa de morte
prevenível após o trauma?

A

Hemorragia.

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6
Q

Qual é a primeira conduta
recomendada para a equipe do
SAMU ao chegar a um acidente?

A

Checar a segurança do local.

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7
Q

Qual é a forma mais simples de
fazer uma avaliação inicial rápida
do ABCDE do trauma?

A

Perguntar o nome do paciente e o
que ocorreu.

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8
Q

Quais são as 6 condições que
devem ser diagnosticadas
obrigatoriamente durante a
avaliação primária?

A
  • Obstrução da via aérea;
  • Pneumotórax hipertensivo;
  • Pneumotórax aberto;
  • Hemotórax maciço;
  • Tamponamento cardíaco;
  • Lesão da árvore traqueobrônquica.
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9
Q

Descreva, sucintamente, o
mnemônico ABCDE da avaliação
inicial do trauma.

A
  • Airway: imobilização da coluna cervical +
    proteção das vias aéreas;
  • Breathing: respiração e ventilação;
  • Circulation: circulação com controle da
    hemorragia;
  • Disability: estado neurológico;
  • Exposure: exposição e controle ambiental (evitar
    hipotermia).
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10
Q
A
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11
Q

O que é uma via aérea definitiva?

A

Instalação de uma sonda traqueal,
com balonete insuflado abaixo das
pregas vocais.

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12
Q

Cite, pelo menos, duas indicações
de via aérea definitiva segundo o
ATLS.

A
  • Risco iminente de comprometimento da via
    aérea;
  • Apneia ou incapacidade de manter oxigenação,
    mesmo com O2
    suplementar;
  • Glasgow ≤ 8;
  • Risco de aspiração;
  • Paciente combativo.
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13
Q

Qual é a recomendação de oferta
de O2 para os pacientes vítimas de
trauma?

A

O2 de alto fluxo em máscara não
reinalante com reservatório de O2
para todas as vítimas de trauma,
exceto as que têm indicação de via
aérea definitiva.

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14
Q

Quais são as duas manobras
indicadas para contornar a queda
da língua de acordo com o ATLS?

A

Manobras de elevação do mento ou
de tração da mandíbula

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15
Q

Qual é a via aérea definitiva de
escolha para o paciente vítima de
trauma?

A

Intubação orotraqueal.

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16
Q

Qual é a principal contraindicação
da intubação orotraqueal?

A

Impossibilidade de visualizar ou
transpor as estruturas da laringe
(p. ex. sangramento profuso, trauma
maxilofacial extenso ou edema de
glote).

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17
Q

Qual é a complicação mais
comumente associada à intubação
orotraqueal de emergência em
pacientes graves?

A

Aspiração

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18
Q

Qual é a via aérea cirúrgica de
escolha no trauma

A

Cricotireoidostomia cirúrgica.

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19
Q

Quais são as duas principais
contraindicações relativas da
cricotireoidostomia cirúrgica?

A
  • Fratura de laringe;
  • Crianças < 12 anos.
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20
Q

Descreva, sucintamente,
a técnica de realização da
cricotireoidostomia cirúrgica.

A
  1. Faça uma incisão na pele entre a cartilagem cricoide e a tireoide;
  2. Abra a membrana transversamente e dilate-a com pinça
    hemostática ou cabo do bisturi;
  3. Insira um tubo endotraqueal ou cânula de traqueostomIA
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21
Q

Quais são as duas indicações mais
comuns de traqueostomia para os
pacientes vítimas de trauma com
necessidade de via aérea cirúrgica?

A
  • Fratura de laringe;
  • Crianças < 12 anos
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22
Q

Qual é o indicador mais sensível
para avaliar a resposta à reposição
volêmica do paciente vítima de
trauma

A

Débito urinário.

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23
Q

Quais são os 3 parâmetros
avaliados na escala de coma de
Glasgow?

A

Abertura ocular, resposta verbal e
melhor resposta motora.

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24
Q

Quais são as pontuações
associadas à abertura ocular na
escala de coma de Glasgow?

A
  • Espontânea: 4 pontos;
  • À fala: 3 pontos;
  • À pressão: 2 pontos;
  • Nenhuma: 1 ponto.
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25
Q

Quais são as pontuações
associadas à resposta verbal na
escala de coma de Glasgow?

A
  • Orientada: 5 pontos;
  • Conversa confusa: 4 pontos;
  • Palavras inapropriadas: 3 pontos;
  • Sons incompreensíveis: 2 pontos;
  • Nenhuma: 1 ponto
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26
Q

Quais são as pontuações
associadas à melhor resposta
motora na escala de coma de
GlasgoW

A
  • Obedece aos comandos: 6 pontos;
  • Localiza estímulo tátil: 5 pontos;
  • Flexão normal: 4 pontos;
  • Flexão anormal (decorticado): 3 pontos;
  • Extensão anormal (descerebração):
    2 pontos;
  • Nenhuma: 1 ponto
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27
Q

Qual é a tríade letal do trauma?

A

Hipotermia, coagulopatia e acidose.

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28
Q

Qual é a principal contraindicação
à passagem de sonda nasogástrica
no paciente vítima de trauma?

A

Suspeita de fratura da base do
crânio

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29
Q

Quando há indicação, quais são
as incidências radiográficas
preconizadas pelo ATLS após a
avaliação inicial?

A

tórax AP e pelve AP

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30
Q

Qual é o mnemônico da avaliação
secundária do trauma?

A
  • Alergias;
  • Medicações em uso;
  • Passado médico/prenhez;
  • Líquidos e alimentos ingeridos;
  • Ambiente, evento e mecanismo
    do trauma.
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31
Q

Quais são as classes de triagem de
atendimento do método SALT para
cenários de catástrofe?

A
  • Imediato: paciente grave, mas que pode ser
    salvo;
  • Retardado: tratamento em até 6 horas;
  • Mínimo: feridos de ambulando e
    acometimento psiquiátrico;
  • Expectante: lesões graves, em pacientes que
    dificilmente sobreviverão;
  • Óbitos
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32
Q

Quadro clinico de lesao da arvore traqueobronquica

A

O quadro clínico consiste em:
Hemoptise;

Enfisema subcutâneo extenso;

Sintomas de insuficiência
respiratória;

Pneumotórax (que pode serhipertensivo).

Os sinais mais importantes são: Vazamento de ar em grande quantidade no selo d’água após a drenagem de tórax.
Ausência de expansão do pulmão, mesmo após a drenagem torácica.

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33
Q

Medidas terapeuticos na lesao da arvore traqueobronquica

A
  1. Passagem de um segundo dreno de tórax, buscando otimizar a expansão pulmonar.

2.Intubação orotraqueal sob broncoscopia, com insuflação do cuff distal à lesão

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34
Q

Como fazer Diagnostico e tratamento da lesao traqueobronquica

A

Dx: suspeicao clinica + broncoscopia

tto: toracotomia

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35
Q

Sinais clinicos do pneumotorax simples

A

-Dor torácica.
-Redução do murmúrio vesicular.
-Diminuição da expansibilidade torácica.
-Timpanismo à percussão.
-Hipóxia.

A intensidade dos sinais varia de acordo com a extensão do pneumotórax e, sendo assim, um pneumotórax simples
pode passar despercebido na avaliação primária.

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36
Q

Tratamento do pneumotorax simples

A

A drenagem torácica é um tratamento universalmente
aceito nesses casos, segundo o ATLS.

Pequenos pneumotóraces podem admitir tratamento
conservador, desde que essa conduta seja definida porum especialista. Para isso, os pacientes devem estar:
–Assintomáticos;
–Com pneumotórax pequeno;(DISTÂNCIA ENTRE
PARÊNQUIMA E
ARCABOUÇO TORÁCICO < 2-
3CM)
–Sem proposta de ventilação por pressão positiva;
–Sem proposta de transporte aéreo subatmosférico.

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37
Q

sinais clinicos do pneumotorax hipertensivo

A

Ausência ou redução do murmúrio
vesicular.

Distensão com redução ou ausência de expansibilidade no hemitórax acometido.

Timpanismo à percussão.

Hipóxia.
Taquipneia.
Taquicardia.
Hipotensão.
Turgência jugular.

Desvio de traqueia contralateralmente ao lado acometido.

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38
Q

Tratamento pneumotórax hipertensivo

A

O tratamento de emergência é
feito por meio da descompressão
torácica digital ou
toracocentese com agulha no 5ºespaço intercostal.
Essa conduta
tem a finalidade imediata de aliviar a pressão torácica, transformando o pneumotórax hipertensivo em um pneumotórax simples.

O tratamento definitivo é
realizado por meio da drenagem torácica tubular em selo d’água, também no 5º espaço intercostal
entre as linhas axilares anterior e média.

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39
Q

Sinais clinicos de pneumotoax aberto

A

Lesão na parede torácica, de tamanho igual ou superior a 2/3 ao diâmetro da traqueia.

Redução do murmúrio vesicular e da expansibilidade torácica.

Hipertimpanismo.
Taquipneia.
Hipoxemia e outros sinais de insuficiência respiratória.

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40
Q

Tratamento do pneumotorax aberto

A

Imediato: curativo de três pontas, que consiste em um curativo feito
com material impermeável (plástico estéril ou gaze vaselinada) colocado sobre a lesão e fixado somente em três pontos.

O curativo funciona como uma válvula, permitindo que na expiração o ar
saia da cavidade torácica pela ferida, mas impede que haja entrada de ar
no tórax à inspiração.

Definitivo: drenagem sob selo d’água e reparo da lesão torácica.
O dreno não deve ser introduzido pelo mesmo orifício da lesão

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41
Q

sinais clinicos do hemotorax

A

Murmúrio vesicular reduzido no lado
acometido.
Macicez à percussão.
Sinais de choque hipovolêmico podem
estar presentes, especialmente nos
casos de hemotórax maciço.
Nos casos de hemotórax maciço pode haver sinais de insuficiência respiratória e expansibilidade torácica
reduzida.

NAO TEM TURGENCIA JUGULAR

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42
Q

TRATAMENTO DO HEMOTORAX

A

O tratamento inicial preconizado para o hemotórax é a drenagem torácica fechada em
selo d’água.
A reposição volêmica com cristaloides e a transfusão sanguínea também podem ser
necessárias.

São indicações de toracotomia de emergência no Hemotórax:
- Saída de volume superior a 1500 mL no momento da drenagem.

-Perda de sangue contínua em volume igual ou superior a 200 mL/hora por 2 a 4 horas.

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43
Q

Indicaçoes de toracotomia de emergencia

A
  • Tamponamento cardíaco;
  • Lesão de árvore traqueobrônquica;
  • Rotura traumática de aorta sem possibilidade de reparo endovascular;
  • Rotura ou perfuração esofágica.
  • hemotórax: Saída de volume superior a 1500 mL no momento da drenagem. ou
    Perda de sangue contínua em volume igual ou superior a 200 mL/hora por 2 a 4 horas.
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44
Q

Quando ocorre o torax instavel

A

Tórax instável acontece nos casos em que existe pelo menos dois pontos
de fratura em dois arcos costais consecutivos.

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45
Q

Quando um hemotorax é maciço

A

O HEMOTÓRAX É
CHAMADO DE MACIÇO NOS CASOS
EM QUE O VOLUME DE SANGUE É
SUPERIOR A 1/3 DO VOLUME TOTAL
DO TÓRAX OU ENTÃO A 1500ML

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46
Q

Sinal clinico do torax instavel

A

Respiração paradoxal
→ Sinal clínico
patognomônicos de
tórax instável

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47
Q

Qual o principal evento do torax instavel associado a mal prognostico

A

É a contusão pulmonar subjacente.
A contusão pulmonar é caracterizada por:
Estigmas de trauma torácico
Sinais de fratura de arcos costais (como crepitação)
Hipoxemia
Movimentação reduzida da caixa torácica (pela dor secundária ao trauma)

“Todo tórax instável é associado à uma contusão pulmonar e a gravidade da contusão é o que
determina o prognóstico do paciente”.
O tratamento do tórax instável, seresume a tratar a contusão pulmonar

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48
Q

Como manejar torax instavel

A

O manejo do tórax instável e das contusões pulmonares deve ser feito por meio de suporte ventilatório, com administração de oxigênio e VNI, se necessário, além de analgesia potente e hidratação controlada (evitando a hiper-hidratação).

A fixação de arcos costais NÃO é uma medida prevista para o tratamento de fratura de costela ou tórax instável.

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49
Q

Em qual regiao de lesao há mais risco de ocorrer tamponamento cardiaco

A

MAIS COMUM EM FERIMENTOS PENETRANTES
ATENÇÃO → FERIMENTOS NA ZONA DE ZIEDLER
SUPERIOR: Linha horizontal do ângulo
de Louis.
* INFERIOR: 10ª costela.
* LATERAL D.: Linha paraesternal direita.
* LATERAL E.: linha axilar anterior
esquerda

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50
Q

Defina triade beck

A

Tamponamento cardiaco:
1Hipofonese de bulhas cardíacas

2Turgência jugular

3Hipotensão

Tenha cuidado, pois a tríade de Beck completa está presente apenas na minoria dos casos,
apesar de aparecer
frequentemente nas provas.

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51
Q

Sinais clinicos do tamponamento cardiaco

A

Triade de beck

O pulso paradoxal (queda superior a 10 mmHg à inspiração) também pode
estar presente nos casos de tamponamento.

O pneumotórax hipertensivo pode
mimetizar os sintomas do
tamponamento cardíaco. Portanto, cuidado na hora da prova!

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52
Q

Diagnóstico de tamponamento cardiaco

A

O diagnóstico de tamponamento cardíaco
pode ser confirmado com o FAST de janela
pericárdica, com uma acurácia de até 95%.

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53
Q

Tratamento do tamponamento cardiaco

A

O tratamento preconizado no momento do
diagnóstico é toracotomia de emergência ou
esternotomia, com a finalidade de reparar o
ferimento cardíaco. A reposição volêmica
pode melhorar transitoriamente o quadro de choque relacionado ao tamponamento.

A pericardiocentese (ou Punção de Marfan)
é uma medida terapêutica de exceção nos
casos de tamponamento e deve ser aplicada
apenas diante da impossibilidade de
realização de toracotomia ou esternotomia de
urgência.

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54
Q

Como suspeitar de laceracao aortica na radiografia

A

Alargamento do mediastino

Fratura de 1º ou 2º arcos costais ou escapula (trauma de alta energia)

desvio da traqueia para a direita e/ou depressao bronquio fonte esquerdo ou elevacao o bronquio fonte direito

presenca de cap pleural ou apical e/ou hemotorax a esquerda

Obliteração do botão aortico

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55
Q

como confirmar o diagnostico de laceracao aortica e como tratar?

A

Tc de torax com contraste

Tto endovascular ou aberto

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56
Q

Quais sao as condutas em ferimentos da transicao toracoabdominal

A

CD DIAGNÓSTICA E
TERAPÊUTICA SE
ESTÁVEL: LAPAROSCOPIA /
TORACOSCOPIA

CONDUTA SE INSTÁVEL:
LAPAROTOMIA

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57
Q

MÉTODO DIAGNÓSTICO E
TERAPÊUTICO DE ESCOLHA EM LESOES DIAFRAGMATICAS?

A

PACIENTES ESTÁVEIS →
VIDEOLAPAROSCOPIA)

MAIORIA É SECUNDÁRIA
FERIMENTO PENETRANTE
DA TTA

TRAUMAS CONTUSOS →
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA
TRAUMÁTICA AGUDA

SINTOMAS SÃO
INESPECÍFICOS

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58
Q

SINAIS CLINICOS E DIAGNOSTICO DE LESAO ESOFAGICA? TRATAMENTI?

A

DISFAGIA, HEMATÊMESE
E OUTROS SINTOMAS
INESPECÍFICOS. PNEUMOMEDIASTINO
ALTERAÇÕES DO
CONTORNO MEDIASTINAL

DX: ENDOSCOPIA
DIGESTIVA ALTA

TTO TORACOTOMIA +
SUTURA DO ESÔFAGO +
DRENAGEM PLEURAL
BILATERAL + DRENAGEM
DE MEDIASTINO

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59
Q

DEFINA TORACOTOMIA DE REANIMACAO

A

TORACOTOMIA DE
REANIMAÇÃO:
REANIMAÇÃO
CARDIORRESPIRATÓRIA
EM PCR TRAUMÁTICA

FEITA APOS TENTATIVA DE REANIMACAO, REPOSICAO, ADRENALINA E SEM RETORNO A CIRCULACAO ESPONTANEA (MESMO COM DESCOMPRESSAO BILATERAL)

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60
Q

Quais são os 4 tipos de choque?

A

Hipovolêmico, cardiogênico,
distributivo e obstrutivo.

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61
Q

Quais são as definições de taquicardia
em adultos, adolescentes, pré-escolares
e crianças < 1 ano (ATLS 10ª edição)?

A
  • Adultos: FC > 100 bpm;
  • Adolescentes: FC > 120 bpm;
  • Pré-escolares: FC > 140 bpm;
  • Crianças < 1 ano: FC > 160 bpm.
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62
Q

Qual é o tipo de choque usual nos pacientes
com pneumotórax hipertensivo ou
tamponamento cardíaco?

A

Choque obstrutivo.

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63
Q

Qual é o tipo de choque nos
pacientes com choque séptico
ou choque neurogênico?

A

Choque distributivo.

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64
Q

Qual é o tipo de choque nos
pacientes com infarto do
miocárdio?

A

Choque cardiogênico.

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65
Q

Qual é o tipo de choque nos
pacientes com hemorragia?

A

Choque hipovolêmico.

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66
Q

Qual é a tríade letal do
trauma/choque?

A

Hipotermia, acidose
metabólica e coagulopatia.

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67
Q

Qual é o tipo mais comum
de choque nos pacientes
politraumatizados?

A

Choque hemorrágico.

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68
Q

Qual é a classificação de gravidade
do paciente com perda de
sangue < 15% e com parâmetros
hemodinâmicos inalterados?

A

Hemorragia classe I.

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69
Q

Qual é a classificação de gravidade do
paciente com hemorragia que apresenta
frequência cardíaca = 110 bpm, ↓pressão de
pulso, mas frequência respiratória, débito
urinário, nível de consciência e pressão
arterial normais?

A

Hemorragia classe II.

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70
Q

Qual é a classificação de gravidade do
paciente com hemorragia que apresenta
frequência cardíaca = 130 bpm, PA = 90 x
60 mmHg, ↑frequência respiratória, débito
urinário diminuído, mas presente e redução
do nível de consciência?

A

Hemorragia classe III.

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71
Q

Qual é a classificação de gravidade do
paciente com hemorragia que apresenta
frequência cardíaca = 140 bpm, PA = 70 x
50 mmHg, ↑frequência respiratória, débito
urinário mínimo ou ausente e redução
significativa do nível de consciência?

A

Hemorragia classe IV.

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72
Q

Quais são os 2 sinais precoces
de choque hipovolêmico.

A

Taquicardia e palidez cutânea.

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73
Q

Qual é a perda de sangue
estimada para as hemorragias
classe I até IV?

A
  • Classe I: < 15%;
  • Classe II: 15-30%;
  • Classe III: 31-40%;
  • Classe IV: > 40%.
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74
Q

Quais são os dois principais
sinais de lesão uretral?

A

Equimose de períneo/escroto ou
presença de sangue no meato uretral.

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75
Q

Quais são as duas formas
preferenciais de obter um acesso
venoso em crianças pequenas?

A

Acesso periférico por punção
(até duas tentativas);
* Acesso intraósseo.

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76
Q

Qual é a conduta prioritária no manejo do paciente com choque hemorrágico no ambiente hospitalar?

A

Garantir a perviedade da
via aérea, com ventilação e
oxigenação adequadas.

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77
Q

Qual é a reposição volêmica
indicada inicialmente para
pacientes em choque?

A

1 litro para adultos e 20 mL/kg para
crianças < 40 kg de solução isotônica
aquecida (p. ex.: ringer lactato).

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78
Q

Qual é a definição de transfusão
maciça no contexto do trauma
(ATLS 10ª edição)?

A

Administração de mais de 10 concentrados
de hemácias nas primeiras 24h após o
trauma ou de 4 concentrados de
hemácias em 1 hora.

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79
Q

Quais são os componentes do
escore ABC para indicação de
transfusão maciça em pacientes
vítimas de trauma?

A

≥ 2 pontos indica necessidade de
transfusão maciça.
* Mecanismo penetrante;
* Pressão sistólica ≤ 90 mmHg;
* Frequência cardíaca ≥ 120 bpm;
* FAST positivo.

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80
Q

Quando é indicada a administração
de ácido tranexâmico para os
pacientes vítima de traumas graves?

A

Para os pacientes com FC > 110 bpm
ou pressão sistólica < 90 mmHg em
até 3 horas após o trauma.

administrar 1g IV em bolus (em 10 min) e 1g IV ao longo das proximas 8 horas

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81
Q

Qual é o parâmetro mais fidedigno
para avaliação da perfusão tecidual
e reposição volêmica de pacientes
em choque?

A

Débito urinário.

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82
Q

Inicialmente, qual é a melhor
forma de controlar a hemorragia
em um paciente com um membro
traumatizado?

A

Compressão local.

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83
Q

Qual é a manobra indicada para um
paciente vítima de queda de moto,
hipotenso, taquicárdico, com dor e
separação da sínfise pública e dor à
compressão lateral da pelve?

A

Estabilização da pelve
(p. ex.: com lençol).

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84
Q

O que é a hipotensão permissiva
no contexto do trauma e qual é
sua principal contraindicação?

A

Administração de cristaloides ou hemoderivados
apenas o suficiente para manter a pressão
sistólica ≥ 70 mmHg. Não é indicada para vítimas
de trauma cranioencefálico, pois pode reduzir a
perfusão cerebral

85
Q

Qual é o tipo de choque em que
há hipotensão, sem taquicardia,
sem vasoconstrição cutânea e sem
redução da pressão de pulso?

A

Choque neurogênico.

86
Q

Diagnóstico provável:
paciente vítima de múltiplos ferimentos com
faca na região do tórax apresenta dispneia
e dor torácica. FC = 90 bpm, PA =80 x 50
mmHg, turgência jugular e hipofonese de
bulhas cardíacas.

A

Tamponamento cardíaco (choque).

87
Q

Quais são os dois objetivos
principais do E-FAST no trauma?

A
  • Identificar líquido livre
    (pericárdico, intratorácico
    ou intraperitoneal);
  • Identificar pneumotórax.
88
Q

Quais são as 5 janelas avaliadas
pelo E-FAST no trauma?

A
  1. Pericárdica;
  2. Hepatorrenal;
  3. Esplenorrenal;
  4. Suprapúbica (pelve);
  5. Torácica (hemitórax
    direito e esquerdo).
89
Q

Definiçao de choque neurogenico

A
  • LESÃO MEDULAR CERVICAL OU TORÁCICA ALTA
    (ACIMA DE T7)
90
Q

Sinais precoces e tardios do choque hemorragico

A

precoce: taquicardia e palidez cutanea

tardios: hipotensao e alteracao do nivel de consciencia

91
Q

quando realizar laparotimia no trauma contuso abdominal

A
  • LESÃO MEDULAR CERVICAL OU TORÁCICA ALTA
    (ACIMA DE T7)
92
Q

quando indicar reposicao de sangue

A

PACIENTES COM HEMORRAGIA CLASSE III
* PACIENTES COM HEMORRAGIA CLASSE IV
* RESPONDEDORES TRANSITÓRIOS À REPOSIÇÃO VOLÊMICA
* NÃO RESPONDEDORES À REPOSIÇÃO VOLÊMICA

93
Q

Indicacao de transfusao maciça

A

INDICAÇÕES:
❖ CHOQUE HEMORRÁGICO CLASSE IV
❖ CHOQUE HEMORRAGICO CLASSE II/III COM RESPOSTRA
TRANSITÓRIA OU SEM RESPOSTA À RVI
❖ ABC SCORE ≥ 2

94
Q

Qual o débito urinario esperado em crianças e adultos

A

➢ 0,5 ml/Kg/h para adultos.
➢ 1ml/Kg/h para crianças acima de 1 ano de idade.
➢ 2ml/Kg/h para crianças com menos de 1 ano de idade

95
Q

Contraindicaçoes de SVD

A
  • EQUIMOSE DE PERÍNEO E DE ESCROTO.
  • PRESENÇA DE SANGUE NO MEATO URETRAL

SE SUSPEITA DE LESÃO DE URETRA → URETROCISTOGRAFIA RETRÓGRADA (AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA)

96
Q

Contraindicaçoes de SNG

A
  • HEMATOMA RETROAURICULAR (SINAL DE BATTLE)
  • EQUIMOSE PERIORBITAL (SINAL DO GUAXINIM)
  • OTORRAGIA E HEMOTÍMPANO
  • OTOLIQUORRÉIA
  • RINORRÉIA
97
Q

Qual é o órgão mais
comumente acometido no
trauma abdominal fechado?

A

Baço.

98
Q

Qual é o exame de imagem
de escolha para os pacientes
estáveis vítimas de trauma
abdominal fechado?

A

Tomografia de abdome com
contraste endovenoso.

99
Q

Quais são os 2 exames preferenciais
para avaliação de trauma abdominal
fechado nos pacientes instáveis vítimas
de trauma abdominal contuso?

A

FAST (Focused Assessment
Sonography for Trauma) ou
lavado peritoneal diagnóstico.

100
Q

Quais são as 6 avaliações
realizadas pelo E-fast?

A
  1. Saco pericárdico;
  2. Espaço hepatorrenal;
  3. Espaço esplenorrenal;
  4. Pelve ou fundo de
    saco de Douglas;
  5. Pneumotórax;
  6. Hemotórax.
101
Q

Quais são os critérios para o diagnóstico positivo do lavado
peritoneal (ATLS)?

A
  • Aspiração de pelo menos 10 mL de
    sangue ou conteúdo gastrointestinal;
  • Hemácias > 100.000/mm³;
  • Leucócitos > 500/mm³;
  • Conteúdo gastrointestinal, bile,
    fibras alimentares ou bactérias.
102
Q

Qual é a contraindicação absoluta
para realização de lavado peritoneal
na sala de emergência?

A

Contraindicado nos pacientes
com indicação absoluta de
laparotomia exploradora.

103
Q

Qual é a conduta indicada para um paciente vítima de trauma instável e com FAST positivo?

A

Laparotomia exploradora.

104
Q

Qual é o órgão mais comumente
atingido nos ferimentos por
arma de fogo?

A

Intestino delgado.

105
Q

Qual é o órgão mais comumente
atingido nos ferimentos por
arma branca?

A

Fígado.

106
Q

Quais são as 5 indicações
de laparotomia nos casos de trauma abdominal penetrante?

A
  • Ferimento por arma de fogo na região
    abdominal anterior (trajeto transperitoneal);
  • Instabilidade hemodinâmica;
  • Evisceração;
  • Irritação peritoneal;
  • Sangramento gastrointestinal ou geniturinário.
107
Q

Qual é a conduta para pacientes com
trauma penetrante por arma branca
na parede anterior do abdome sem
indicação de laparotomia?

A

Exploração digital da ferida.

108
Q

Qual é a conduta para paciente com
trauma penetrante em flanco/dorso
sem indicação de laparotomia?

A

TC com duplo (oral e EV) ou triplo
(oral, EV e retal) contraste.

109
Q

O que é a tríade letal do trauma?

A

Acidose metabólica,
hipotermia e coagulopatia.

110
Q

Quais são os 3 passos essenciais
da cirurgia de controle de danos?

A
  1. Controle da hemorragia;
  2. Controle da contaminação;
  3. Fechamento abdominal
    temporário (peritoneostomia).
111
Q

Diagnóstico provável:
homem de 30 anos, vítima de acidente
de carro, em uso de cinto de segurança,
apresenta dor em hipocôndrio esquerdo,
fratura de arcos costais inferiores e dor
no ombro esquerdo

A

Lesão esplênica.

112
Q

Qual é a recomendação de
imunização específica para
pacientes submetidos à
esplenectomia total?

A

Imunização contra germes encapsulados
(p. ex.: S. pneumoniae, Neisseria meningitidis
e Haemophilus influenzae tipo B) pelo menos
14 dias após a cirurgia

113
Q

Qual é o tratamento de escolha para
os pacientes com lesão esplênica
com indicação cirúrgica?

A

Esplenectomia total.

114
Q

Quais são as 3 principais indicações
de esplenectomia total nos pacientes
com trauma esplênico?

A

Paciente instável, irritação peritoneal e
presença de outras lesões abdominais
que necessitam de exploração cirúrgica.

115
Q

Qual é a conduta indicada para pacientes
vítimas de trauma hepático contuso
com evidência de extravasamento de
contraste para o parênquima hepático?

A

Angiografia e embolização da lesão.

116
Q

Qual é a manobra cirúrgica indicada para
pacientes com sangramento hepático
ativo apesar do empacotamento
com compressas?

A

Manobra de Pringle (clampeamento da
artéria hepática, veia porta e colédoco).

117
Q

Qual é o tratamento usual para
pacientes vítimas de trauma abdominal
penetrante com lesão gástrica simples
e sem comprometimento vascular?

A

Rafia primária das
lesões gástricas.

118
Q

Diagnóstico provável:
homem queixa-se de dor abdominal
após colisão de carro em uso de cinto
de segurança. TC de abdome evidencia
líquido livre na cavidade abdominal e
ausência de lesões no fígado e no baço.

A

Lesão de intestino delgado.

119
Q

Qual é o órgão abdominal
com menor mortalidade
pós-trauma de abdome?

A

Intestino grosso (em
particular cólon e reto).

120
Q

Qual é o tratamento indicado
para os pacientes estáveis com
trauma colorretal < 50% da
circunferência do órgão?

A

Desbridamento e rafia
primária da lesão.

121
Q

Qual é o tratamento indicado para os
pacientes estáveis, sem comorbidades
ou contaminação e com trauma colorretal
> 50% da circunferência do órgão?

A

Ressecção do segmento afetado
e anastomose primária, sem
colostomia de proteção.

122
Q

Qual é a conduta indicada para os
pacientes com trauma colorretal
com comorbidades significativas,
instabilidade hemodinâmica ou
contaminação fecal pesada?

A

Realizar ressecção do
segmento e colostomia
(p. ex.: Hartmann ou
fístula mucosa). Não
realizar anastomose
primária

123
Q

Qual é o exame de escolha para
avaliação de pacientes vítimas
de trauma retroperitoneal?

A

Tomografia de abdome
com contraste.

124
Q

Qual é a principal suspeita diagnóstica
quando há trauma abdominal contuso
associado a crepitações em fundo de
saco posterior no toque retal?

A

Perfuração de víscera oca
retroperitoneal (p. ex.: parte do
duodeno e paredes posteriores dos
cólons ascendente e descendente).

125
Q

Qual é a conduta nos traumas
retroperitoneais contusos com
hematomas nas zonas I, II ou III?

A
  • Zona 1 (MEIO): explorar;
  • Zona 2(DIR E ESQ): explorar se houver choque,
    hematoma pulsátil, em expansão ou
    sangramento renal persistente;
  • Zona 3 (PELVE/SIGMOIDERETO): somente explorar se houver
    hemorragia exsanguinante óbvia.
126
Q

Qual é a conduta nos traumas
retroperitoneais penetrantes com
hematomas nas zonas I, II ou III?

A

Sempre explorar,
independentemente da zona

127
Q

Qual é a conduta indicada para
pacientes estáveis vítimas de
lesão renal de grau IV (vascular)?

A

Arteriografia renal com
angioembolização seletiva

128
Q

Em geral, qual é a conduta
indicada para traumas renais
com lesões de grau I, II e III?

A

Tratamento conservador.

129
Q

Em geral, qual é a conduta
indicada para traumas renais
com lesões de grau V?

A

Tratamento cirúrgico.

130
Q

Qual é o melhor exame para
detecção de lesão de uretra
pós-trauma?

A

Tomografia com contraste
endovenoso (a lesão fica
evidente após 20 minutos
da injeção do contraste).

131
Q

homem de 40 anos sofre queda de andaime
a 4 metros de altura. Evolui com fratura
de pelve, hematúria e dor hipogástrica.
Tomografia evidenciou líquido livre em pelve

A

Lesão de bexiga
intraperitoneal.

132
Q

Diagnóstico provável:
paciente vítima de trauma com
uretrorragia + incapacidade de
urinar e bexigoma.

A

Lesão de uretra.

133
Q

Qual é a conduta inicial
para pacientes com fratura
pélvica com instabilidade
hemodinâmica?

A

Amarração com lençol.

134
Q

Diagnóstico provável:
pedestre de 50 anos sofreu um atropelamento por carro.
Está hipotenso, taquicárdico e confuso apesar de ter
recebido 1,5 litros de solução cristaloide na ambulância.
Apresenta dor à palpação da sínfise púbica e dor à
compressão das espinhas ilíacas anterossuperiores

A

Fratura pélvica.

135
Q

Indicaçoes de laparotomia imediata

A
  • Trauma abdominal com dor e irritação abdominal;
  • Paciente instável com FAST ou LPD positivos;
  • Pneumopetriônio; retropneumoperitônio
  • Evidência de ruptura diafragmática;
  • Sangramento gastrointestinal persistente e significativo observado na
    drenagem nasogástrica ou vômito (hematêmese) ou sangramento retal;
  • TC de abdome revelando lesão do trato gastrointestinal, lesão vesical
    intraperitoneal, lesão de pedículo renal e lesão parenquimatosa grave
136
Q

Complicacoes do trauma esplenico

A
  • Sangramento pós-operatório,
  • “Hemorragia em dois tempos” - período de Baudet
  • Pancreatite aguda e fístula pancreática
  • Perfuração gástrica
  • Trombocitose e trombose vascular
  • Abscesso intracavitário
  • Fístula arteriovenosa
  • Sepse pós-esplenectomia: imunização contra encapsulados, pelo menos 14 dias após
    a cirurgia.
    Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningitidis e Haemophilus
    influenzae tipo B
137
Q

Complicacoes do trauma hepatico

A
  • Abscesso peri-hepático
  • Ruptura da árvore biliar
  • Complicações isquêmicas relacionadas à angioembolização
  • HEMOBILIA:
    ✓Tríade de Sandbloom
    ✓Diagnóstico: angio TC
    ✓Arteriografia com embolização da artéria hepática
138
Q

Clinica e tto do trauma de intestino delgado

A

Sinal do cinto de segurança: equimoses lineares e transversas e Fratura de Chance (fratura
transversal lombar com desvio )
* Tratamento: desbridamento e rafia simples/ enterectomia (fechar o mesentério)

139
Q

Defina as zonas retroperitoneais

A
  • Zona I: É o retroperitônio central, linha
    média supra e inframesocólica. Contém a
    aorta, a veia cava inferior, as origens dos
    vasos renais e viscerais principais, uma
    porção do duodeno e do pâncreas.
  • Zona II: é o retroperitônio lateral, Contém as
    glândulas supra-renais, os rins, os vasos
    renais, os ureteres e o cólon ascendente
    (direita) e descendente (esquerda). Goteiras
    parietocólicas.
  • Zona III: inferior à bifurcação aórtica e inclui
    as artérias e veias ilíacas internas e externas
    direita e esquerda, o ureter distal, o cólon
    sigmoide distal e o reto
140
Q

defina manobra de mattox, MANOBRA DE CATTELL-BRAASCH e MANOBRA DE KOCHER no trauma de grandes vasos abdominais

A

MANOBRA DE MATTOX
Rotação medial das vísceras que estão à esquerda no
abdome, com abertura do peritônio na goteira
parietocólica esquerda. Melhor acesso para lesões do andar supramesocólico, ou seja, lesões da aorta
proximal e seus ramos, como o tronco celíaco,
artéria mesentérica superior proximal, vasos renais e
ilíacos à esquerda

MANOBRA DE CATTELL-BRAASCH
Rotação medial das vísceras que estão à direita do abdome, com liberação e dissecção do ceco, do cólon ascendente e do intestino delgado para cima e para esquerda. Melhor acesso às lesões do andar
inframesocólico. Pode ser associar a manobra de
Kocher (rotação duodenal), com exposição da veia cava inferior, vasos mesentéricos superiores e vasos renais bilaterais e ilíacos à direita

MANOBRA DE KOCHER
Rotação medial do duodeno, feita com a dissecção das ligações peritoneais
laterais do duodeno. Expõe a primeira, a segunda e a terceira porção do
duodeno e a cabeça e o pescoço do pâncreas.

141
Q

Quais são as duas paredes mais
frágeis da órbita ocular?

A

Paredes medial (a mais frágil)
e inferior (assoalho da órbita).

142
Q

Qual é o osso mais frequentemente
fraturado nos traumas faciais?

A

Osso nasal.

143
Q

Qual é o osso mais resistente
(e menos propenso a fraturas)
da face?

A

Osso frontal.

144
Q

Qual é o exame de escolha para avaliação de fraturas de face?

A

Tomografia computadorizada.

145
Q

O que é a fratura de Le Fort I?

A

É uma fratura transversal que separa os
processos alveolares, dentes e palato do
resto do crânio.

146
Q

O que é a fratura de Le Fort II?

A

É um tipo de fratura que separa os ossos
nasal e maxilar do osso frontal e da órbita.

147
Q

O que é a fratura de Le Fort III?

A

É um tipo de fratura que causa uma
descontinuidade entre o crânio e a face.

148
Q

Qual é a prioridade absoluta no atendimento inicial de um paciente com trauma cervical
ou facial?

A

Garantir via aérea adequada (assim
como nos traumas em geral).

149
Q

Como regra geral, qual é a via aérea cirúrgica de escolha no trauma?

A

Cricotireoidostomia.

150
Q

Qual é o tratamento usual
da fratura nasal?

A

Tratamento cirúrgico da fratura nasal o mais rápido possível. Alguns
cirurgiões esperam até 1 semana para reduzir o edema local para depois
realizar a cirurgia.

151
Q

Qual é o mecanismo de trauma mais comum das lesões cervicais?

A

Lesões penetrantes (ferimento que ultrapassa o platisma).

152
Q

Qual é a zona cervical mais
frequentemente acometida
nos traumas cervicais?

A

Zona II.

153
Q

Qual é a estrutura anatômica
provavelmente lesada em um
paciente com trauma cervical
fechado e rouquidão significativa?

A

Laringe.

154
Q

Qual é o exame inicial de
escolha para investigação
de lesões cervicais?

A

Angiotomografia cervical.

155
Q

Qual é a via aérea de escolha na
suspeita de lesão de laringe?

A

Traqueostomia.

156
Q

Cite, pelo menos, 2 indicações de
cervicotomia exploradora imediata
em pacientes com trauma cervical.

A
  1. Instabilidade hemodinâmica;
  2. Sangramento ativo;
  3. Hematoma volumoso e/ou pulsátil e/ou
    em expansão;
  4. Lesões óbvias da via aerodigestiva (p.
    ex.: ar borbulhando na ferida, insuficiência
    respiratória, estridor, disfagia, etc).
157
Q

Qual é a zona cervical de
maior dificuldade técnica para exploração cirúrgica em caso de trauma cervical?

A

Zona III.

158
Q

Qual é a conduta indicada para um
paciente vítima de ferimento por
arma branca na região cervical que
evolui com disfonia e saída de saliva
pelo orifício da lesão?

A

Cervicotomia exploradora.

159
Q

Qual é a conduta indicada para um paciente com trauma cervical penetrante,
estável hemodinamicamente e com sintomas leves?

A

Realizar exames complementares
para descartar lesão vascular ou
aerodigestiva (p. ex.: angiotomografia
ou USG Doppler)

160
Q

Clinica da fratura nasal

A

*Clínica: equimose palpebral, edema local, desvio ou
afundamento do dorso nasal, crepitação à palpação e
epistaxe.
*Diplopia, telecanto (secundários a fratura
naso-orbitoetmóide), anosmia.

161
Q

Clinica fratura de zigomatico

A

hemorragia subconjuntival e equimose periorbital;
* degraus palpáveis no sulco súperolateral da
órbita, inferior da órbita e vestibular superior;
* enfisema dentro da órbita ou tecidos moles
sobrejacentes da bochecha;
* trismo;
* diplopia, enoftalmia e distúrbios de mobilidade
do globo ocular = comprometimento do nervo
infraorbitário/musc. extrínseca da órbita

162
Q

clinica fratura de orbita

A
  • Clínica: dor, edema e equimose periorbital;
  • Alterações visuais: enoftalmia, aprisionamento
    muscular extraocular com distopia orbital,
    parestesia em hemiface (aprisionamento do
    nervo infraorbitário) ou exoftalmia (hematoma
    retrobulbar).
  • As paredes medial e inferior: locais mais comuns
    de fraturas
  • A parede lateral (zigomático, asa maior do
    esfenoide e osso frontal): mais forte e mais
    espessa.
    A parede lateral da órbita é a mais forte, e a medial é a mais frágil
163
Q

Tratatmento da fratura de osso frontal

A
  • Menos acometido (maior resistência)
  • TCE associado = lesões mais graves
  • Tratamento cirúrgico: incisão cirúrgica bicoronal (expõe as regiões
    frontal, nasal, orbital e zigomática)
164
Q

tratamento de lesao vascular no trauma cervical/facial

A

LESÃO VASCULAR
Lesão da veia jugular interna: se não for possível o reparo primário,
pode ser feita ligadura.
Lesão da artéria carótida: controle proximal e distal da artéria carótida
✔ Lesões pequenas: reparo primário ou com anastomose
terminoterminal.
✔ Lesões maiores: revascularização com uso de enxerto venoso
autólogo ou sintético.
Controle de danos: as artérias carótidas comum e interna podem ser
ligadas, embora possa haver comprometimento do fluxo cerebral.
Artéria carótida externa: pode ser ligada sem grandes repercussões.

165
Q

tratamento de lesao esofagica no trauma cervical/facial

A

Pouco tempo de evolução (< 12 horas) e lesões pequenas:
debridamento, reparo primário em um ou dois planos e drenagem
ampla. Passar SNE sob visão direta.

Maior tempo de evolução (> 12 horas) e/ou perda tecidual maciça: esofagostomia (desviar as secreções da orofaringe e
prevenir mediastinite) e reconstrução tardia. Associar gastrostomia ou
jejunostomia alimentar.

166
Q

Exames complementares no trauma cervical

A

✔ Lesão vascular: Angiotomografia / Arteriografia /USG
Doppler
✔ Lesão de laringe: Laringoscopia
✔ Lesão de traqueia: Broncoscopia
✔ Lesão de esôfago: EDA + esofagograma

167
Q

Qual é a fórmula para cálculo do
índice tornozelo-braquial (ITB)
que pode indicar lesão arterial?

A

ITB = PA sistólica aferida no tornozelo do membro lesado / PA sistólica aferida no braço sem lesão < 0,9

168
Q

Diagnóstico provável:
homem de 20 anos, vítima de lesão por
arma de fogo na coxa esquerda há 20 dias.
Evolui com hematoma doloroso e pulsátil,
além de frêmito palpável na coxa esquerda.

A

Fístula arteriovenosa.

169
Q

Quais são os dois melhores
exames de imagem para o
diagnóstico de lesão vascular?

A

Angiotomografia
ou arteriografia.

170
Q

Qual é o objetivo do teste de Allen?

A

Avaliar a patência das
artérias radial e ulnar

171
Q

Qual é a conduta inicial para manejo
de uma hemorragia externa?

A

Compressão direta do ferimento.

172
Q

Quais são os 4 achados maiores
(hard signs) do exame físico da lesão vascular indicativos de exploração cirúrgica imediata?

A
  • Sangramento pulsátil;
  • Hematoma em expansão;
  • Frêmito palpável ou sopro audível;
  • Evidência de isquemia da extremidade.
173
Q

Quais são as 2 principais artérias dos MMII que não devem ser ligadas
devido ao risco de isquemia aguda pela falta de circulação colateral eficiente?

A

Artéria femoral superficial
e artéria poplítea.

174
Q

Quais são as duas complicações
mais comuns do trauma vascular?

A

Fístula arteriovenosa (FAV)
e pseudoaneurisma.

175
Q

Qual é a causa mais comum de rabdomiólise?

A

Trauma/compressão muscular.

176
Q

Diagnóstico provável:
Homem de 20 anos sofreu esmagamento dos
membros inferiores devido a um deslizamento
de pedras durante uma escalada. Paciente é
removido para o hospital e evolui com mialgia,
colúria, CPK = 11.000 U/L, ↑potássio, ↑fosfato,
↓cálcio, ↑AST, ↑ALT e ↑DHL

A

Rabdomiólise.

177
Q

Qual é o tratamento inicial
da rabdomiólise?

A

Reposição de fluidos
intravenosos.

178
Q

Diagnóstico provável:
paciente de 30 anos, vítima de acidente de carro,
ficou preso às ferragens durante 2 horas. Foi levado
ao hospital e evoluiu com oligúria, colúria, CPK =
15.000 U/L, ↑potássio, ↑fosfato e ↓cálcio. No exame
físico, observava-se o membro inferior direito frio, e
demaciado e endurecido, sem pulsos distais palpáveis.

A

Síndrome compartimental.

179
Q

Qual é o tratamento da síndrome
compartimental?

A

Fasciotomia precoce.

180
Q

Quais sao as Lesões de extremidade potencialmente fatais:

A

✔ Hemorragia arterial grave
✔ Fratura bilateral de fêmur
✔ Síndrome de Crush ou Rabdomiólise traumática

181
Q

Quadro clinico e laboratorial da sindrome de Crush (rabdomiolise traumatica)

A

QUADRO CLÍNICO: fraqueza, urina escura e dor muscular. *Rigidez, cãibras, mal-estar, febre, taquicardia, náuseas, vômitos, oligúria e dor
abdominal.

ALTERAÇÕES LABORATORIAIS
Aumento da enzima creatino fosfoquinase (CPK): > 5x o valor normal (ATLS: > 10.000 U/L)

Hipercalemia > 6 mmol/L: pode resultar em arritmias cardíacas

Hiperfosfatemia
Hipocalcemia (o Ca Cai!!!)
Hiperuricemia

Acidose metabólica com ânion gap moderado a alto

Aumento de AST, ALT e DHL
Mioglobinúria

182
Q

Complicaçoes da rabdomiolise

A

> COMPLICAÇÕES
CIVD: por liberação de tromboplastina tecidual e substâncias pró-trombóticas do
músculo lesado

> Insuficiência renal aguda (principal causa de óbito na rabdomiólise)

> Síndrome compartimental: pode ser uma complicação ou causa de rabdomiólise

183
Q

Tratamento da rabdomiolise

A

TRATAMENTO
✔ Infusão de fluidos intravenosos
✔ Controle dos distúrbios eletrolíticos e do equilíbrio ácido-básico
✔ Alcalinização da urina = pH urinário de 6,5
✔ Manter um débito urinário 200-300 mL/h
O TRATAMENTO INICIAL DA RABDOMIÓLISE NÃO SE
FAZ COM HEMODIÁLISE!

184
Q

Explique a sd de reperfusao no trauma vascular de extremidades

A

Restauração do fluxo sanguíneo = produtos do metabolismo
anaeróbio e da necrose celular ganham a circulação sistêmica.
Maior nas lesões proximais e quanto maior for o tempo de isquemia
(> 6 hs)

✔ Acidose lática (lactato sérico > 4 mmol/L)
✔ Hipercalemia = risco de arritmias
(esses dois primeiros constituem a SÍNDROME METABÓLICA
MIONEFROPÁTICA DE HAIMOVICI)

✔ Mioglobinúria = urina cor castanho avermelhada.
✔ Síndrome compartimental.

185
Q

Clinica e diagnostico da sd compartimental

A

Perda progressiva de sensibilidade - parestesia (primeira
alteração), dor que piora à movimentação passiva, edema tenso do
membro, fraqueza. O desaparecimento dos pulsos, palidez, redução da temperatura e paralisia são sinais tardios e de mal prognóstico

Diagnóstico da síndrome compartimental é clínico. A medida da pressão
compartimental é apenas uma medida auxiliar no diagnóstico. Pressão
compartimental normal: 0-9 mmHg

Indicação de fasciotomia: pressão compartimental > 25 mmHg
(importante desta medição nos pacientes inconscientes). Mas na
suspeita de uma SCA, já se indica a FASCIOTOMIA AMPLA para
descomprimir o feixe neurovascular do membro

186
Q

Quais os tratamentos cirurgicos da lesao vascular de extremidades?

A

Lesão suprainguinal: reparo com uso
de próteses (PTFE)

Lesão infrainguinal: reparo com uso de
veia autóloga invertida (safena)

Reparo endovascular: menor experiência.
Melhor indicado em pacientes estáveis,
com hemorragia contusa e lesões
proximais da art. Ilíaca ou subclávia.

187
Q

Como utilizar o torniquete manual ou pneumatico

A

Pelo menos 5 cm proximal à ferida aberta
✔ TP não deve ser inflado continuamente por mais
de 2 horas

188
Q

Qual o sinal mais precoce de comprometimento vascular de um mebro

A

Perda da sensibilidade da mão ou do pé é um sinal precoce de
comprometimento vascular.

189
Q

Qual é a víscera sólida mais
frequentemente acometida
nos traumas infantis?

A

Baço.

190
Q

Qual é a via aérea cirúrgica
preferencial em crianças
< 12 anos?

A

Traqueostomia.

191
Q

Qual é a reposição volêmica
inicial para crianças vítimas
de trauma?

A

20 mL/kg de solução
isotônica cristaloide

192
Q

Quais são as duas formas
preferenciais de obter um
acesso venoso em crianças
pequenas?

A
  • Punção periférica
    (até duas tentativas);
  • Intraósseo
193
Q

Qual é o método preferencial
para obter via aérea definitiva
em crianças?

A

Intubação orotraqueal sob
visão direta com restrição
da movimentação cervical.

194
Q

Quando devemos considerar
atropina na intubação orotraqueal
assistida por medicamentos na
pediatria e quais são as vantagens
do seu uso?

A

Pode ser benéfico para lactentes, pois eles
desenvolvem bradicardia após estimulação
direta da laringe. Além disso, a atropina
seca as secreções orais, facilitando a
visualização direta.

195
Q

Qual é a causa mais comum de
óbito na faixa etária pediátrica?

A

Trauma.

196
Q

Qual é a causa mais comum de
parada cardíaca na criança?

A

Hipóxia.

197
Q

Quando há indicação de intubação nasotraqueal em crianças?

A

A intubação nasotraqueal é contraindicada em crianças

198
Q

A partir de que idade pode ser realizada uma cricotireoidostomia
cirúrgica em crianças?

A

Somente para crianças > 12 anos.

199
Q

Quais são as fórmulas para cálculo
do diâmetro do tubo endotraqueal
a ser utilizado na criança?

A
  • Tubo sem cuff = 4 + idade/4;
  • Tubo com cuff = 3,5 + idade/4.
200
Q

Qual é o melhor método para
determinar se a reposição
volêmica está adequada para
uma criança vítima de trauma?

A

Diurese combinada à
concentração urinária.

201
Q

Qual é o tratamento imediato
do pneumotórax hipertensivo
em crianças?

A

Toracocentese de alívio
no 2º espaço intercostal,
linha hemiclavicular.

202
Q

Que manobra pode ser realizada
em uma gestante vítima de trauma
para aumentar o retorno venoso e
o débito cardíaco?

A

Desviar manualmente o
útero para a esquerda.

203
Q

Quais são as duas principais
causas de óbito fetal após
trauma em gestantes?

A
  1. Morte da mãe;
  2. Descolamento de placenta.
204
Q

Em que ponto do abdome se localiza o útero nas gestantes com 12 semanas,
20 semanas e 34-36 semanas?

A

*12 semanas: intrapélvico;
*20ª semana: cicatriz umbilical;
*34ª-36ª semana: rebordo costal

205
Q

Quais são as gestantes com
indicação de administração de
imunoglobulina Rh no contexto
do trauma?

A

Em geral, todas as gestantes
Rh negativas vítimas de trauma
devem receber imunoglobulina Rh.

206
Q

Qual é o melhor tratamento
inicial para os fetos de gestantes
vítimas de trauma?

A

Garantir uma assistência
ótima para a gestante.

207
Q

Por que a avaliação em
gestantes com hemorragia é
mais desafiadora do que nos
pacientes em geral?

A

Porque a gestante tem um aumento do
volume intravascular. Portanto, ela pode
ter uma perda de sangue significativa
sem desenvolver sinais clínicos (p. ex.:
taquicardia e hipotensão).

208
Q

Cite, pelo menos, 2 indicadores
que podem sugerir a presença de
violência doméstica em mulheres/
gestantes (ATLS, 10ª edição).

A
  • Lesões inconsistentes com a história relatada;
  • Tentativas de suicídio, depressão ou baixa autoestima;
  • Autoabuso e culpar-se pelas lesões;
  • Visitas frequentes ao pronto-socorro;
  • Sintomas sugestivos de abuso de substâncias;
  • Lesões isoladas no abdome gravídico;
  • Companheiro insiste em estar presente na consulta e
    monopoliza a discussão.
209
Q

Qual é a principal causa
de trauma no idoso?

A

Queda da própria altura.