TRANSOPERATÓRIO Flashcards
C ou E: O intraoperatório está dentro do transoperatório.
CERTO!
Como é a ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DURANTE O
PROCEDIMENTO ANESTÉSICO CIRÚRGICO?
Com o paciente em sala operatória (SO), deve ser realizada a primeira etapa do
checklist de Cirurgia Segura, proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS):
- Entrada:
- Paciente confirmou?
. Identidade
. Sítio cirúrgico;
. Procedimento;
. Consentimento - Sítio demarcado/não se aplica
- Verificação de segurança Anestésica concluída
- Oxímetro de pulso no paciente está funcionando
- Paciente possui:
¬ Alergias? SIM/ NÃO
¬ Via área difícil/ risco de aspiração? NÃO/ SIM, e equipamentos/ assistência disponíveis - Risco de perda de sangue > 500ml (7ml/kg em crianças)? NÃO/ SIM, e acesso endovenosa adequado e planejamento para fluidos.
De acordo com a OMS, checar imediatamente antes: sign in – antes da indução anestésica. É necessário conhecer todas as etapas do checklist.
Quais são os Cuidados de Enfermagem no TRANSOPERATÓRIO?
- Monitorizar o paciente, minimamente com oxímetro de pulso, ECG e pressão arterial não invasiva.
- Puncionar veia periférica calibrosa para imediata instalação de infusões se necessário. As infusões devem estar aquecidas.
- Oxigenoterapia de suporte.
- O enfermeiro, preferencialmente, ou o circulante de sala auxilia o anestesiologista na realização da anestesia propriamente dita.
Qual o PROCEDIMENTO ESPECÍFICO PARA: Anestesia geral?
Anestesia geral:
* manutenção do paciente em decúbito dorsal horizontal;
* auxílio à pré-oxigenação do paciente;
* indução anestésica, intubação e fixação do tubo orotraqueal;
* proteção ocular e labial;
* instalação de equipamentos (se necessário).
Como é a Assistência de enfermagem no transoperatório?
- Conferir novamente os itens de segurança e conforto do paciente e o posicionamento de drenos, sondas e cateteres (se pertinente).
- Auxiliar na colocação dos campos cirúrgicos com técnica asséptica (se necessário).
- Manter o paciente aquecido, evitando-se hipotermia, por meio da utilização de
mantas térmicas e da administração de infusões aquecidas.
Com o paciente pronto para o início da cirurgia, deve-se proceder à realização da
segunda etapa do checklist de Cirurgia Segura proposto pela OMS:
Pausa cirúrgica
* Confirmar que todos os membros da equipe se apresentem pelo nome e função
* Cirurgião, anestesiologista e enfermeiro confirmam verbalmente:
- Identificação do paciente;
- Sítio cirúrgico;
- Procedimento
—> Evento críticos previstos - Revisão do cirurgião
* Quais são as etapas críticas ou inesperadas, declaração da operação, perda sanguínea prevista?
—> Revista da equipe de anestesia:
* Há alguma preocupação específica em relação ao paciente?
—> Revisão da equipe de enfermagem:
Os materiais necessários, como instrumentais, próteses e outros estão presentes e dentro da validade de esterilização? (incluindo resultados do indicador) há questões relacionadas a equipamentos ou quaisquer preocupações?
—> A profilaxia foi realizada nos últimos 60 minutos?
* SIM
*NÃO se aplica
—-> As imagens realizadas estão disponíveis?
* SIM
NÃO se aplica
Checar antes: time out (também chamado de “pausa cirúrgica”) – antes da incisão na pele.
Se for necessário, a cirurgia deve ser cancelada.
Qual o PROCEDIMENTO ESPECÍFICO PARA: Bloqueios regionais (raquianestesia e peridural)?
Bloqueios regionais (raquianestesia e peridural):
* posicionar o paciente em posição sentada ou em decúbito lateral com os joelhos
fletidos, e em variações do decúbito dorsal horizontal, em casos de bloqueios de
nervos periféricos e bloqueio de Bier;
* nestes, há necessidade de abertura dos kits estéreis e auxílio na antissepsia de pele e aspiração de fármacos.
Qual o PREPARO DO PACIENTE PARA CIRURGIA?
Passagem de sonda vesical de demora (SVD), caso necessária.
Posicionamento cirúrgico:
* Sua responsabilidade é compartilhada por toda a equipe atuante na SO, incluindo
cirurgiões (principal e assistente), anestesiologista, circulante de sala e enfermeiro
assistencial.
* Objetivo do posicionamento: minimizar o desconforto causado pela posição e pelo tempo de duração da cirurgia, prevenindo lesões articulares, musculares, nervosas, circulatórias, respiratórias e tegumentares, e mantendo o pudor e o respeito na exposição do paciente.
* O risco de lesão pelo posicionamento cirúrgico é avaliado pela Escala de Elpo.
Recursos de proteção e segurança:
* Colchão caixa de ovos, travesseiros, lençóis, faixas de segurança, apoiadores de pé e ombro (quando necessário), dispositivos a base de gel e visco elástico (menor risco de lesão), meias elásticas, protetores de calcâneos, massageador intermitente.
* Proteção de proeminências ósseas com hidrocoloide.
Colocação da placa dispersiva:
* Estar em contato uniforme com o corpo.
* Ser instalada em uma área onde haja massa muscular; o mais próximo possível do sítio cirúrgico; afastada de próteses metálicas; em superfície seca; local sem pelos; pele íntegra; grande massa muscular.
* Evitar: regiões de pele escarificada; saliências ósseas; locais molhados; não permitir contato de qualquer parte do corpo do paciente com superfícies metálicas.
* A não observância desses cuidados pode provocar graves lesões, como queimaduras na pele do paciente.
Preparo da pele do paciente:
1. Realizar degermação do membro ou local próximo da incisão cirúrgica antes de
aplicar solução antisséptica.
2. Realizar a antissepsia no campo operatório no sentido centrífugo circular (do
centro para a periferia) e ampla o suficiente para abranger possíveis extensões da incisão, novas incisões ou locais de inserções de drenos, com solução alcoólica de PVPI ou clorexidina.
Qual o Papel do circulante no transoperatório?
- Aproximar os equipamentos previamente testados.
- Conectar acessórios estéreis e calibrar os equipamentos conforme solicitação
da equipe. - Ligar e aproximar o foco central, regulando a intensidade da luz.
- Durante a cirurgia, o circulante de sala atende às solicitações da equipe cirúrgica e
anestésica, evitando se ausentar da SO. O circulante deve saber se comunicar bem e
ser prestativo. - Realizar a contagem de compressas e gazes, bem como sua pesagem (quando
indicada). - Conferir hemoinfusões (se pertinente).
- Encaminhar exames e providencia os resultados.
- Conferir o prontuário e os exames relacionados.
- Preencher os impressos específicos, relatando, especialmente, as ações pertinentes à equipe de enfermagem, o débito de sala e outros, de acordo com a rotina da
instituição.
Ao término da cirurgia, o circulante de sala deve solicitar a presença do enfermeiro
assistencial em SO para dividir com este as atividades pertinentes:
- oferecer drenos e/ou material para curativo à equipe cirúrgica;
- desligar equipamentos e afastá-los;
- auxiliar na retirada dos campos cirúrgicos, observando a presença de instrumentos perdidos;
- posicionar o paciente em decúbito dorsal horizontal, caso esteja em outra posição e
o procedimento permitir; - organizar drenos, sondas, cateteres, infusões e irrigações;
- retirar a placa de bisturi;
- remover o excesso de antisséptico, sangue e secreções da pele do paciente, com
compressa umedecida da em água morna (ou seja, higienizar); - manter o paciente confortável, promovendo aquecimento e segurança, mantendo a
faixa de contenção; - vestir a camisola no paciente;
- manter o ambiente calmo, evitando comentários desnecessários, conversas altas
e risadas; - auxiliar a equipe a retirar a paramentação cirúrgica;
- verificar a temperatura da SO (se muito fria, desligar o ar-condicionado)
Qual o Papel do circulante ao término da cirurgia?
- enfermeiro e circulante de sala devem permanecer ao lado do paciente, que não
pode ficar sozinho; - auxiliar o médico anestesista na reversão da anestesia;
- providenciar a saída do paciente da SO, após estabilidade do paciente e autorização
do anestesiologista; - preservar a privacidade do cliente, evitando exposição desnecessária e prolongada
de partes do seu corpo.
Como é a DESMONTAGEM DA SALA OPERATÓRIA?
Acomodar em um carro limpo os produtos que retornarão à farmácia e ao CME e que não foram utilizados na cirurgia.
Colocar EPI, como luvas de procedimentos, máscara e óculos de proteção, para descarte de materiais perfurocortantes.
Reunir em outro carro os materiais sujos, para devolução no CME.
Obs.: antes de encaminhar para o CME, deve-se realizar a pré-limpeza.
Desprezar os lençóis e campos de tecido no hamper, para serem encaminhados à
lavanderia (identificar o hamper com data e número da SO).
Organizar a mesa do anestesiologista.
Solicitar à equipe de higiene para realizar a limpeza concorrente e auxiliar na limpeza do mobiliário.
Limpar e remover da sala os equipamentos que não serão usados na próxima cirurgia.