CIRURGIA SEGURA Flashcards

1
Q

Qual a história da e biossegurança?

A

“Primum non nocere” – First, do no harm! (Em primeiro lugar, não cause dano).
− Hippocrates
Seguindo também os aspectos de biossegurança, é necessário ser beneficente com o paciente, ou seja, é preciso buscar por atitudes assertivas que geram maior benefício em detrimento do maior malefício.
Século XIX → Florence Nightingale → Guerra da Crimeia (1853 a 1856): observando as condições precárias em que os soldados se encontravam, priorizou a segurança dos soldados como fator fundamental para uma boa qualidade nos cuidados prestados. Por isso, ocorreu a separação das pessoas de maior risco das com menor risco, bem como os com risco de infecção.

57ª Assembleia Mundial da Saúde → Recomendou aos países atenção ao tema “Segurança do Paciente“.

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2
Q

Como surgiu o CIRURGIAS SEGURAS SALVAM VIDAS?

A

Em 2004, a OMS lançou a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente.
Objetivo: despertar a consciência profissional e o comprometimento político para uma melhor segurança na assistência à saúde e apoiar no desenvolvimento de políticas públicas e na indução de boas práticas assistenciais

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3
Q

Quais são as portarias de Programa Nacional de Segurança do Paciente?

A
  • PORTARIA MS/GM N. 529/13
    Instituiu o Programa Nacional de Segurança do Paciente, com objetivo de contribuir para a qualificação do cuidado em saúde, em todas as instituições públicas e privadas.
  • RDC N. 36/13
    Institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências.
  • PORTARIA MS/GM N. 529/13
  • Objetivo geral do PNSP: contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional.
  • Objetivos específicos:
    − Promover e apoiar a implementação de iniciativas voltadas à segurança do paciente em diferentes áreas da atenção.
    − Organização e gestão de serviços de saúde, por meio da implantação da gestão de risco e de Núcleos de Segurança do Paciente.
    − Envolver os pacientes e familiares nas ações de segurança do paciente.
    Obs.: No centro cirúrgico, por exemplo, ao colocar a pulseira de identificação no paciente, é importante perguntar a ele e/ou aos familiares se os dados estão corretos. Além disso, os familiares, fazendo perguntas sobre os medicamentos e rotinas hospitalares, se envolvem nos processos de segurança do paciente, auxiliando na diminuição de erros.
    − Ampliar o acesso da sociedade às informações relativas à segurança do paciente.
    − Produzir, sistematizar e difundir conhecimentos sobre segurança do paciente.
    Criação de manuais, materiais educativos, propagandas etc.
    − Fomentar a inclusão do tema segurança do paciente no ensino técnico e de graduação e pós-graduação na área da saúde.
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4
Q

O que é a Segurança do paciente?

A

Segurança do paciente: redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado à atenção à saúde;

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4
Q

O que é o Incidente na Segurança do paciente?

A

Incidente: evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou resultou, em dano desnecessário ao paciente;

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5
Q

O que é o Evento adverso na Segurança do paciente?

A

Evento adverso: incidente que resulta em dano ao paciente;

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5
Q

O que é Dano na Segurança do paciente?

A

Dano: comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qualquer efeito dele oriundo, incluindo-se doenças, lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção, podendo, assim, ser físico, social ou psicológico;

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5
Q

O que é o Near miss na Segurança do paciente?

A

Near miss: quase erro. Ex.: uma enfermeira iria colocar uma bolsa de sangue em um paciente homônimo àquele que deveria receber esta bolsa, mas percebe antes de instalar.

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6
Q

O que é a cultura de segurança do paciente?

A
  • Cultura na qual todos os trabalhadores, incluindo profissionais envolvidos no cuidado e gestores, assumem responsabilidade pela sua própria segurança, pela segurança de seus colegas, pacientes e familiares.
  • Cultura que prioriza a segurança acima de metas financeiras e operacionais.
  • Cultura que encoraja e recompensa a identificação, a notificação e a resolução dos problemas relacionados à segurança. O objetivo não é enfatizar a punição.
  • Cultura que, a partir da ocorrência de incidentes, promove o aprendizado organizacional.
  • Cultura que proporciona recursos, estrutura e responsabilização para a manutenção efetiva da segurança.
    A cultura de segurança ocorre quando as pessoas se comprometem com a segurança do paciente. Caso alguém não se comprometa, é preciso ter meios de combater isso dentro da instituição.
  • O que o enfermeiro fala tem peso. Quando o enfermeiro não assume essa postura de liderança, o seguimento dos protocolos de segurança do paciente também fica afetado.
  • Um dos maiores empecilhos para conseguir atingir a segurança do paciente é a segurança e a resistência dos médicos.
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7
Q

O que é GESTÃO DE RISCO?

A

Aplicação sistêmica e contínua de iniciativas, procedimentos, condutas e recursos na avaliação e controle de riscos e eventos adversos que afetam a segurança, a saúde humana, a integridade profissional, o meio ambiente e a imagem institucional.
Obs: Quando há um erro cirúrgico, a imagem institucional é muito atingida

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8
Q

Quais são as metas de SEGURANÇA DO PACIENTE?

A
  1. Identificar corretamente o paciente.
  2. Melhorar a comunicação entre profissionais de Saúde.
  3. Melhorar a segurança na prescrição, no uso e na administração de medicamentos.
  4. Assegurar cirurgia em local de intervenção, procedimento e paciente corretos.
  5. Higienizar as mãos para evitar infecções.
  6. Reduzir o risco de quedas e úlceras por pressão.
    Obs.: Essas metas são conjuntas. Todos os protocolos são usados quando se fala em cirurgia segura.
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8
Q

O que é a meta 4. ASSEGURAR CIRURGIA EM LOCAL DE INTERVENÇÃO, PROCEDIMENTO E
PACIENTE CORRETOS?

A

Antes do início de qualquer procedimento invasivo, verifique a identificação precisa do paciente, a marcação do local cirúrgico, quando for indicada, e a adequação dos equipamentos e recursos necessários. Confirme o procedimento a ser realizado e a obtenção do consentimento informado. O paciente deve ser envolvido em todo o processo.
Deve-se realizar o checklist cirúrgico, as avaliações pré-anestésicas e de pré-indução, além de documentar todos os procedimentos no prontuário.

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9
Q

Qual a EPIDEMIOLOGIA DO ERRO EM CENTRO CIRÚRGICO?

A
  • 2/3 terços dos eventos adversos ocorridos em ambiente hospitalar foram associados ao cuidado cirúrgico.
  • As taxas de eventos adversos em cirurgia geral variam entre 2% e 30%.
    Principais erros:
  • Cirurgias em locais errados, em órgãos vitais como pulmões e cérebro (13% dos eventos adversos, principalmente ortopedia). Fonte: Joint Commission apud ANVISA, 2013;
  • Remoção de órgão sadio, como rim, glândula adrenal, mama dentre outros (ANVISA, 2013).
    Abala a confiança do público nos sistemas de saúde e nos profissionais de saúde (ANVISA, 2013).
    Antigamente, profissionais como enfermeiros, médicos e fisioterapeutas observavam que as pessoas confiavam mais ao conversar. Atualmente, nota-se uma desconfiança crescente, com indivíduos pesquisando na internet devido ao medo gerado pelas notícias frequentes sobre erros médicos e falhas na assistência.
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10
Q

Segundo a OMS, existem 4 desafios a serem vencidos em relação à segurança cirúrgica:

A
  • O não reconhecimento da assistência cirúrgica como significativa no contexto da saúde pública;
  • A escassez dos dados básicos sobre a assistência cirúrgica;
  • A assistência de práticas da assistência cirúrgica que não estão sendo implantadas de forma adequada nos países, o que ocorre, não pelo custo demandado, mas pela falta de sistematização nos serviços;
  • A complexidade envolvida na segurança cirúrgica, já que as dezenas de passos envolvidos no atendimento podem causar dano;
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11
Q

Quais são os Fatores Necessários para Cirurgia Segura?

A
  • profissionais capacitados;
  • ambiente adequado;
  • equipamentos adequados;
  • materiais adequados para a realização do procedimento;
  • bom clima organizacional.
    Líderes de equipe e de setor devem priorizar o fortalecimento de um bom ambiente de trabalho e combater a propagação de rumores. Situações em que um superior relata informações de terceiros sem verificar a situação com a pessoa envolvida podem criar um ambiente de desconfiança. É importante que, ao invés de aceitar rumores, seja promovido um diálogo direto para alinhar informações e resolver questões.
    Um bom clima organizacional não se limita a práticas superficiais, como comemorações de aniversário, mas envolve o respeito mútuo entre todos os membros da equipe, independentemente do nível de intimidação. O respeito dentro do processo de trabalho é fundamental e, se negligenciado, pode se transformar em um problema crescente. Para implementar práticas como a cirurgia segura em um centro cirúrgico, é crucial que todos na equipe suportem e respeitem uns aos outros, o que torna o ambiente de trabalho mais eficiente e colaborativo.
  • conformidade com a legislação vigente;
  • entre outros;
    A cirurgia (qualquer procedimento anestésico-cirúrgico) segura exige uma sequência de avaliações nos três momentos do perioperatório.
    Obs.: A cirurgia, independentemente de sua complexidade, deve sempre seguir os protocolos
    de segurança. Mesmo em procedimentos anestésico-cirúrgicos simples, como uma cirurgia diagnóstica que envolve a colocação de um cateter por poucos minutos, os protocolos de cirurgia segura devem ser seguidos.
    Esses procedimentos, embora breves e aparentemente simples, podem envolver diversas interações com o paciente e têm potencial para erros. A segurança do paciente deve ser garantida em todos os tipos de procedimentos anestésico-cirúrgicos, não apenas nos mais complexos ou de maior porte.
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11
Q

Quais são Os três momentos de aplicação do checklist de cirurgia segura?

A

Os três momentos de aplicação do checklist são: o pré-operatório, o transoperatório e o pós-operatório.
1. No pré-operatório, deve-se:
* Obter Termo de Consentimento Informado (TCI);
Quando o paciente estava desacordado, sem acompanhantes e sem condições de assinar o termo de consentimento, a equipe cirúrgica, incluindo médicos e enfermeiros, assume a responsabilidade pela assinatura do termo.
A equipe justifica a realização da cirurgia sem o consentimento expresso do paciente com o objetivo de salvar sua vida.
* Confirmar a identificação do paciente;
A identificação do paciente deve ser rigorosamente realizada, não apenas com o uso da pulseira, mas em todos os aspectos do atendimento.
Em um exemplo ocorrido no centro cirúrgico, observou-se uma discrepância entre os dados do monitor e os exames do paciente. Após investigação, constatou-se que as informações não correspondiam ao paciente em questão devido a um erro na impressão dos exames, que foram misturados com exames de outro paciente.
A identificação correta inclui verificar todos os documentos e amostras para evitar tais erros. A situação destacou a importância de uma identificação precisa, especialmente em ambientes com sistemas de informação menos ágeis.
A identificação do paciente vai além da pulseira e deve abranger todos os aspectos, como exames e amostras, para garantir a precisão e evitar trocas.
* Confirmar o procedimento cirúrgico a ser realizado e o local do sítio cirúrgico;
* Verificar a integridade do equipamento anestésico e a disponibilidade de medicamentos de emergência;
* Preparar adequadamente todas as etapas.
Obs.: A maioria das questões relacionadas à cirurgia segura aborda as diferentes fases do processo, como as etapas a serem realizadas em cada fase. No entanto, também podem surgir questões sobre os cuidados no pré-operatório, que devem ser considerados antes do início da cirurgia.
Em relação à cirurgia segura, é essencial observar os cuidados específicos no pré-operatório ao lidar com o paciente.
2. No transoperatório é necessário:
* Disponibilizar exames por imagem;
* Monitorar o paciente de maneira apropriada;
Exemplo: uma situaçõ em que houve uma falha no monitoramento e resultou na desconexão do tubo de ventilação do paciente durante a manipulação. O paciente não estava ventilando adequadamente, mas o foco estava na cirurgia e no instrumental, deixando de lado a verificação do equipamento de ventilação.
Tanto o anestesista quanto o profissional de enfermagem não perceberam o problema a tempo. O paciente acabou não resistindo e evoluiu para óbito.
Esse incidente destaca a importância de um monitoramento contínuo, mesmo em cirurgias simples e rápidas, para evitar complicações inesperadas, como choques anafiláticos ou outras ocorrências.
* Trabalhar de forma eficiente e em equipe;
* Realizar a técnica cirúrgica meticulosa;
* Manter boa comunicação entre cirurgiões, anestesiologistas e enfermeiros.
3. No pós-operatório é necessário:
* Fazer um planejamento de assistência claro, com compreensão dos eventos que
ocorreram no transoperatório;
* Manter uma monitorização contínua de qualidade.
Em relação à assistência contínua, foi relatado um caso em uma clínica cirúrgica onde um paciente de bucomaxilofacial foi atendido com informações insuficientes no prontuário, que apenas indicavam “paciente submetido a cirurgia sem intercorrências”. A falta de detalhes no prontuário dificultou a compreensão completa do quadro do paciente, como a causa do trauma e os procedimentos realizados.
Para garantir uma assistência adequada, é necessário que o prontuário inclua informações detalhadas, como o tipo de cirurgia realizada, o histórico do trauma (por exemplo, se foi resultado de um acidente de moto) e qualquer orientação específica do cirurgião sobre os cuidados pós-operatórios. O prontuário deve detalhar as condições específicas, como a manutenção de drenagem aberta e a dieta zero até nova ordem.
Em um exemplo prático, a falta de informações detalhadas no prontuário resultou na necessidade de contato com o cirurgião para obter as informações necessárias para a admissão e cuidado do paciente. É fundamental que os enfermeiros solicitem as informações mínimas necessárias para o acompanhamento adequado e que garantam que o prontuário contenha todos os dados relevantes para a continuidade do tratamento. A responsabilidade de assegurar a qualidade das informações e a comunicação eficaz recai sobre o enfermeiro, que lidera a equipe e intercede pelo paciente.

12
Q

Quais são as EXIGÊNCIAS PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE NO CENTRO CIRÚRGICO ?

A
  • Recursos Cirúrgicos e Ambientais
  • Pessoal treinado, água limpa, fonte de iluminação constante, sucção constante, oxigênio suplementar, equipamento cirúrgico em funcionamento e instrumentos esterilizados.
    Obs.: A estrutura física do centro cirúrgico é crucial e envolve aspectos como ar-condicionado,
    vedação de portas e janelas para evitar problemas. Por exemplo, durante um ato anestésico-cirúrgico, ocorreu a presença de uma mosca varejeira no campo operatório, uma situação inaceitável.
    A experiência inclui trabalho tanto em hospitais de alta qualidade quanto em unidades com infraestrutura precária. A correta estrutura física é essencial para evitar incidentes como o mencionado e é abordada em aulas específicas sobre as necessidades de um centro cirúrgico. Questões relacionadas à estrutura física são relevantes em provas específicas de centro cirúrgico e CME, podendo também aparecer em outras avaliações.
  • Prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC)
  • Lavagem e higienização das mãos.
  • Uso apropriado e sensato de antimicrobianos.
    Os protetores sensatos de antimicrobianos estão descritos no manual da Anvisa, Caderno
    4, que aborda medidas de prevenção de infecção. O manual identifica os quatro principais sítios de infecção relacionados à saúde:
    1. Pneumonia associada à ventilação (PAV), geralmente relacionada à ventilação mecânica.
    2. Infecção do trato urinário, frequentemente associada ao uso de sondas de demora.
    3. Infecção de corrente sanguínea, frequentemente relacionada ao acesso central.
    4. Infecção de sítio cirúrgico ou ferida operatória.
    O manual inclui, nos seus anexos, uma lista detalhada dos tipos de cirurgia, sistemas corporais envolvidos e os antibióticos recomendados para cada situação. Nos casos em que o anestesista solicita informações sobre o antibiótico adequado para um tipo específico de cirurgia, o anexo do manual é consultado para fornecer as informações necessárias, evitando atrasos na cirurgia.
  • Preparação antisséptica da pele.
  • Cuidado atraumático da ferida.
  • Limpeza e esterilização do instrumental cirúrgico.
  • Anestesiologia Segura
  • Presença de um profissional capacitado em anestesiologia.
  • Verificação de segurança das máquinas e dos medicamentos para anestesiologia.
  • Oximetria de pulso.
  • Monitorização da frequência cardíaca, da pressão sanguínea e da temperatura.
  • Equipes Cirúrgicas Eficientes
  • Melhora na comunicação.
  • Paciente, local e procedimento corretos.
  • Consentimento informado.
  • Disponibilidade de todos os membros da equipe.
  • Preparação adequada da equipe e planejamento do procedimento.
  • Confirmação das alergias do paciente.
  • Mensuração da Assistência Cirúrgica
  • Qualidade assegurada.
  • Revisão em dupla.
  • Monitoramento dos resultados.
13
Q

Quais são os 10 Objetivos Essenciais para Cirurgias Seguras?

A
  1. A equipe operará o paciente certo e o local cirúrgico certo.
  2. A equipe usará métodos conhecidos para impedir danos na administração de anestésicos,
    enquanto protege o paciente da dor (problemas nas vias aéreas/hipovolemia) .
  3. A equipe reconhecerá e estará efetivamente preparada para perda de via aérea ou de função respiratória que ameacem a vida (colapsos de vias aéreas/redução do tônus e de reflexos respiratórios).
  4. A equipe reconhecerá e estará efetivamente preparada para o risco de grandes perdas sanguíneas.
  5. A equipe evitará a indução de reação adversa a drogas ou reação alérgica sabidamente de risco ao paciente.
  6. A equipe usará de maneira sistemática, métodos conhecidos para minimizar o risco de infecção do sítio cirúrgico.
  7. A equipe impedirá a retenção inadvertida de compressas ou instrumentos nas feridas cirúrgicas.
  8. A equipe manterá seguros e identificará precisamente todos os espécimes cirúrgicos.
  9. A equipe se comunicará efetivamente e trocará informações críticas para a condução segura da operação.
  10. Os hospitais e os sistemas de saúde pública estabelecerão vigilância de rotina sobre a capacidade, volume e resultados cirúrgicos.
14
Q

O que é o protocolo: “Cirurgias seguras salvam vidas”?

A

CONDUTAS DO PROTOCOLO:
* Sign in: verificado pela equipe de enfermagem na entrada do paciente no pré-operatório.
Obs.: essa etapa é realizada não somente antes de começar a cirurgia propriamente dita,
mas com o paciente já dentro do centro cirúrgico.
* Time out:
− Antes da indução anestésica;
− Antes da incisão cirúrgica.
* Sign out: verificado pela equipe de enfermagem na saída do paciente da sala operatória.
Obs.: o nome correto é “ato anestésico cirúrgico”. Considera-se que a cirurgia já está em
andamento assim que induzido o paciente à anestesia.
Pré-operatório mediato: a partir do momento em que se decide que o paciente passará por cirurgia até as 24 horas imediatamente anteriores à cirurgia.
Pré-operatório imediato: 24 horas anteriores à cirurgia.
O consentimento pode ser dado fora do centro cirúrgico.
Escala de Mallampati: verificação, pelo anestesista, se a via aérea do paciente é de difícil acesso ou não.
Se houver algum problema no equipamento, pode ser necessário cancelar as próximas cirurgias agendadas.

15
Q

O que é a LISTA DE VERIFICAÇÃO do protocolo: “Cirurgias seguras salvam vidas”?

A
  • Uma única pessoa deverá ser responsável por conduzir a checagem dos itens (médico
    ou enfermagem).
    Obs.: o anestesista, o circulante, o enfermeiro ou até mesmo um residente podem fazer a checagem dos itens. No entanto, quem começar a fazer o checklist deve, necessariamente, terminá-lo.
  • Em cada fase, o condutor da Lista de Verificação deverá confirmar se a equipe completou suas tarefas antes de prosseguir para a próxima etapa.
  • Caso algum item checado não esteja em conformidade, a verificação deverá ser interrompida e o paciente mantido na sala de cirurgia até a sua solução.
    Check list: podem ser empregadas diferentes tecnologias.
    A campanha #SRPASegura compartilha com vocês 5 passos para uma recuperação anestésica segura ao paciente, que são:
    1. Transporte seguro.
    2. Admissão segura do paciente.
    3. Manutenção da integridade e segurança durante a permanência na SRPA.
    4. Registro de todas as ações realizadas na SRPA.
    5. Alta segura.
16
Q

A campanha #SRPASegura compartilha 5 passos para uma recuperação anestésica
segura ao paciente, que são: Passo 1: Transporte segura – Movimentar o paciente, mesmo em distâncias curtas, pode trazer riscos?

A

Passo 1: Transporte segura – Movimentar o paciente, mesmo em distâncias curtas, pode trazer riscos:
Existem casos em que o transporte pode desestabilizar as condições clínicas de um paciente, enquanto outros pacientes, mesmo estando estáveis durante o transporte, podem apresentar desestabilização. Por isso, é crucial estar preparado para atender a essas situações e garantir que todos os itens e condições estejam corretos antes de realizar o transporte.
* Instabilidade hemodinâmica;
* Risco de quedas e traumas;
* Oclusão e/ou tração de dispositivos;
É importante realizar a transferência do paciente, especialmente quando intubado, na presença do anestesista, da sala operatória para a unidade de recuperação pósanestésica (RPA).
* Planejamento e estabilização após o procedimento;
* Continuidade no cuidado;
* Cuidado eficiente e seguro;
* Comunicação segura – entre SO e SRPA.
* Local de destino (SRPA) está preparado para receber o paciente?
* Objetivo do transporte: o paciente chegar em condições iguais ou melhores do que as anteriores ao transporte.
* Estabilidade do paciente: ponto crucial.

16
Q

A campanha #SRPASegura compartilha 5 passos para uma recuperação anestésica
segura ao paciente, que são:

A
  1. Transporte seguro;
  2. Admissão segura do paciente;
  3. Manutenção da integridade e segurança durante a permanência na SRPA;
  4. Registro de todas as ações realizadas na SRPA;
  5. Alta segura.
17
Q

A campanha #SRPASegura compartilha 5 passos para uma recuperação anestésica
segura ao paciente, que são: Passo 2: Manutenção Segura do Paciente?

A

Passo 2: Manutenção Segura do Paciente
* Período no qual o paciente fica na SRPA sob os cuidados da equipe de enfermagem e equipe anestésica.
* O que fazer nessa etapa?
Manter monitorização contínua – registros seguros.
* Manter aquecimento.
* Manter escalas de avaliação (Aldrete e Kroulik, Stewart, Bromage, Ramsay etc.).
* Manter monitorização contínua das principais complicações pós-operatórias: dor,
náuseas, vômitos etc.
* Escala de Bromage: Avaliação da intensidade do bloqueio motor em pacientes submetidos
à raquianestesia ou à anestesia peridural.
* Escala de Steward: Avaliação de consciência, vias aéreas e movimentação em crianças.
* Escala de Ramsay: Avaliação do nível de sedação.

18
Q

A campanha #SRPASegura compartilha 5 passos para uma recuperação anestésica
segura ao paciente, que são: Passo 3: Registros seguros no tempo de SRPA e cuidados prestados ao paciente?

A

Passo 3: Registros seguros no tempo de SRPA e cuidados prestados ao paciente
* Estudos mostram que alguns registros podem estar com falhas;
* Dificuldade da equipe na aplicação do IAK, especialmente na avaliação da PA.
* Registros incompletos, imprecisos e com pouca clareza.
* Falta de comunicação entre os membros da equipe de enfermagem e anestésica.

18
Q

A campanha #SRPASegura compartilha 5 passos para uma recuperação anestésica
segura ao paciente, que são: Passo 4: Alta segura do paciente

A

Passo 4: Alta segura do paciente
* Tipo de cirurgia, de anestesia e peculiaridades do paciente (ASA?) podem apontar para riscos.
* Não existe tempo ideal de permanência na SRPA. Por isso, o paciente deve ser criteriosamente avaliado.
* O Enfermeiro deve planejar novamente o transporte do paciente seguindo todos os parâmetros de segurança já discutidos sobre transporte seguro do paciente.
* Instrumentos de sistematização de alta podem ser utilizados, facilitando a comunicação entre a SRPA e a unidade de destino.
* Atenção especial ao paciente que será liberado em regime ambulatorial devido às suas potenciais complicações fora do ambiente hospitalar.
* Atenção especial ao paciente sedado.

19
Q

1) Infecções do sítio cirúrgico; lesão por pressão (por posicionamento cirúrgico e tempo cirúrgico prolongado); e posicionamento cirúrgico inadequado, são alguns dos principais efeitos adversos em intervenções cirúrgicas.
2) A estrutura estabelecida para a assistência transoperatória segura em hospitais está dividida em etapas: i. antes da indução anestésica (sign in); ii. antes da incisão cirúrgica (time out); iii. antes do paciente sair da sala de operações (sign out).
3) Os “cinco passos para uma sala de recuperação pós anestésica segura” (SRPA) são:
1. Transporte seguro;
2. Admissão segura do paciente;
3. Manutenção da integridade e segurança durante a permanência na SRPA;
4. Registro de todas as ações realizadas na SRPA;
5. Alta segura.
4) Paciente e sítio cirúrgico certos, restam os seguintes objetivos para a segurança da cirurgia:
impedir danos na administração de anestésicos e proteger o paciente da dor; reconhecer perda de via aérea ou de função respiratória que ameacem a vida; evitar reação adversa ou reação alérgica sabidamente de risco ao paciente.
Estão corretas, apenas:
a) 1 e 3.
b) 2, 3 e 4.
c) 1, 2 e 3.
d) 1 e 4.
e) 2 e 3.

A

Letra: C

É correto afirmar que as infecções do sítio cirúrgico, lesão por pressão (por posicionamento cirúrgico e tempo cirúrgico prolongado) e posicionamento cirúrgico inadequado são alguns dos principais efeitos adversos em intervenções cirúrgicas.
É correto afirmar que a estrutura estabelecida para a assistência transoperatória segura em hospitais está dividida em etapas: i. antes da indução anestésica (sign in); ii. antes da incisão cirúrgica (time out); iii. antes do paciente sair da sala de operações (sign out).
É correto afirmar que os “cinco passos para uma sala de recuperação pós-anestésica segura” (SRPA) são: 1. Transporte seguro; 2. Admissão segura do paciente; 3. Manutenção da integridade e segurança durante a permanência na SRPA; 4. Registro de todas as ações realizadas na SRPA; 5. Alta segura.
4 – São 10 objetivos para uma segurança cirúrgica e não apenas o impedir danos na administração de anestésicos e proteger o paciente da dor; reconhecer perda de via aérea ou de função respiratória que ameacem a vida; evitar reação adversa ou reação alérgica sabidamente de risco ao paciente

20
Q

O que é o ÍNDICE DE STEWARD?

A

Proposta em 1975 pelo anestesiologista Steward.
− Utilizado para avaliar crianças submetidas à cirurgia geral.
− O escore máximo possível para o índice é de 6 pontos, sendo pontuados de 0 a 2 pontos por item avaliado.
− 0 é a pior pontuação e 6 a melhor.
− A escala deve ser aplicada na mesma frequência da mensuração dos SSVV até a alta da SRPA.
− A alta é possível assim que a criança estiver mais acordada, chamando pela mãe ou pelo pai, com os sinais vitais na normalidade, aquecida, normotérmica e com dor ausente ou controlada.

Item Detalhe Pontos
* Vias aéreas
- Tosse ou chora: 2
- Apresenta boa manutenção/respira facilmente: 1
- Requer manutenção: 0
* Consciência
- Está desperto: 2
- Responde a estímulos verbais ou táteis: 1
- Não responde: 0
* Movimentação
- Movimento os membros intencionalmente: 2
- Faz movimentos não intencionais: 1
- Não se movimenta: 0

A escala de Steward é utilizada para avaliar a condição clínica de crianças no pós-operatório na unidade de recuperação pós-anestésica (RPA).

20
Q

Como é realizada a ESCALA DE SEDAÇÃO DE RAMSAY?

A

Nível de sedação. Escore
Paciente ansioso e agitado ou inquieto ou ambos:1
Paciente orientado, cooperativo e tranquilo. 2
Paciente responde somente a comandos. 3
Paciente exibe resposta ativa ao leve toque na glabela/região entre as sobrancelhas ou ao estímulo auditivo alto. 4
Paciente exibe resposta lenta ao leve toque na glabela ou ao estímulo auditivo alto: 5
Paciente não exibe resposta. 6

ÍNDICE DE RAMSAY
− Proposta em 1974 por Ramsay e seus colaboradores.
− Recomenda-se a sua utilização na SRPA, dada sua aplicabilidade ao POI, especialmente
na avaliação de pacientes cirúrgicos.

21
Q

C ou E: De acordo com o Ministério da Saúde, a segurança do paciente é um dos atributos da qualidade do cuidado e tem adquirido, em todo o mundo, grande importância para os pacientes, famílias, gestores e profissionais de saúde, com a finalidade de oferecer uma assistência segura. Sobre os protocolos de segurança do paciente, julgue o item a seguir.
Antes da incisão cirúrgica (pausa cirúrgica), é imperativo que cada membro da equipe se apresente pelo nome e função; que seja confirmada a realização cirúrgica no paciente correto, e, no sítio cirúrgico correto, a confirmação da administração de antimicrobianos profiláticos nos últimos 60 minutos da incisão cirúrgica.

A

CERTO!

Antes da incisão cirúrgica (pausa cirúrgica) é imperativo que cada membro da equipe se apresente pelo nome e função; que seja confirmada a realização cirúrgica no paciente correto, e, no sítio cirúrgico correto, a confirmação da administração de antimicrobianos profiláticos nos últimos 60 minutos da incisão cirúrgica.

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Q

Segundo o Protocolo para Cirurgia Segura, após o término da cirurgia e antes do paciente deixar a sala de cirurgia deve-se:
a) confirmar visualmente o sítio cirúrgico correto e sua demarcação.
b) revisar verbalmente com a anestesiologista o histórico de reação alérgica.
c) confirmar a assinatura do consentimento para cirurgia.
d) verificar a correta contagem de instrumentais, compressas e agulhas.
e) verificar se os exames de imagem foram necessários para a cirurgia

A

Letra: D

a) O ato de confirmar visualmente o sítio cirúrgico correto e sua demarcação é realizado antes da cirurgia, a questão pede após o término da cirurgia.
b) O ato de revisar verbalmente com o anestesiologista o histórico de reação alérgica é realizado antes da cirurgia, a questão pede após o término da cirurgia.
c) O ato de confirmar a assinatura do consentimento para cirurgia é realizado antes da cirurgia, a questão pede após o término da cirurgia
É correto afirmar que verificar a correta contagem de instrumentais, compressas e agulhas
é realizado após o término da cirurgia.
e) O ato de verificar se os exames de imagem foram necessários para a cirurgia é realizado
na 2° etapa.