Terapia periodontal de suporte Flashcards

1
Q

O que é preciso para se entrar na fase de terapia periodontal de suporte?

A

A situação de patologia tem de se encontrar tratada

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2
Q

Dizemos que para entrar na terapia periodontal de suporte temos de ter a patologia controlada? O que significa isto?

A

Isso não quer dizer que não hajam sequelas da doença periodontal. No entanto, temos de ter uma situação controlada no que diz respeito à inflamação e no que respeita à quantidade de placa bacteriana

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3
Q

Qual a definição mais apropriada relativamente à terapia periodontal de suporte?

A

Procedimentos realizados, em intervalos regulares, a fim de possibilitar a manutenção da saúde oral do paciente

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4
Q

Quais os objetivos principais do tratamento periodontal de suporte?

A
  1. Prevenir ou minimizar a recidiva da doença em pacientes previamente tratados
  2. Prevenir ou reduzir a incidência de perda dentária e/ou implantar
  3. Aumentar a probabilidade de diagnóstico e tratamento
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5
Q

O que significa responsabilidade partilhada na fase de tratamento periodontal de suporte?

A

Tem de haver um compromisso entre o clínico e o paciente. O tratamento não depende apenas do esforço do clínico mas depende da mesma forma dos comportamentos que o paciente deverá apresentar

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6
Q

Porque razão é que os pacientes com periodontite tratada têm um risco de recidiva da doença ao longo da vida?

A

Porque a doença periodontal assenta em determinados pressupostos que não são completamente anuláveis. Quanto muito conseguimos modificar o ambiente do hospedeiro, ao eliminar tártaro e educar o paciente na higienização eficaz. Contudo, não conseguimos anular a suscetibilidade e determinadas características do hospedeiro que vão potenciar a recidiva

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7
Q

Um paciente é assíduo e regular nas consultas de suporte periodontal. O que esperar deste paciente?

A

Podemos esperar que será um paciente com menos perda de inserção e vão perder menos dentes, comparando com um paciente que faz os tratamentos ativos e depois deixam de vir às consultas

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8
Q

A higienização eficaz e um índice de placa abaixo de 20% anula a necessidade do paciente frequentar as consultas de suporte periodontal?

A

Não, por exemplo nas zonas onde o paciente não consegue higienizar eficazmente o clínico efetua o seu trabalho e evitar assim a progressão da doença periodontal

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9
Q

Quais os três pilares que permitem a determinação do risco de recidiva da doença periodontal?

A
  1. Paciente
  2. Dente em causa
  3. Localização
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10
Q

Sobre o pilar “paciente” importante na deifnição do risco de recidiva da doença periodontal que aspetos têm de ser considerados?

A
  1. Compliance do paciente
  2. Higiene oral
  3. Percentagem de locais com hemorragia à sondagem
  4. Prevalência de localizações com profundidade de sondagem superior a 4 mm
  5. Perde de dente de um total de 28 dentes
  6. Perda de suporte periodontal em relação à idade
  7. Condição sistémica e genética
  8. Fatores ambientais (hábitos tabágicos)
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11
Q

Como varia a compliance do paciente em relação ao género?

A

Houve durante muito tempo uma tendência a que as mulheres fossem mais assíduas do que os homens. Este aspeto não é verificado em todos os estudos sobretudo os estudos mais atuais. Contudo o género feminino, sobretudo antigamente, eram mais assíduos pela associação entre a terapia periodontal de suporte e o fator estético (por exemplo tártaro acumulado que tem de ser removido pelo clínico). Hoje em dia esta diferença na motivação estética já não é tão notória

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12
Q

Como varia a compliance do paciente em relação à idade?

A

Os estudos são muito contraditórios. Há pacientes que se reformam e começam a ter mais cuidado consigo enquanto outros ficam com menos paciência para se deslocar a consultas (sobretudo aquelas que não tenham uma causa sobretudo de alívio de desconforto)

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13
Q

Como é que uma idade mais nova do paciente pode estar relacionada com uma maior compliance na consulta periodontal de suporte?

A

Apesar de uma pessoa mais jovem poder ser mais ocupada, o facto de estar ativo e de trabalhar perto do consultório podem contribuir para uma maior compliance

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14
Q

Como varia a compliance do paciente em relação à personalidade?

A

Pacientes mais agressivos, menos estáveis do ponto de vista social ou mais stressados e ansiosos normalmente são também menos assíduos. Isto ocorre porque vivem num stress diário e acabam por se desleixar para a disciplina de autocuidado

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15
Q

Como varia a compliance do paciente em relação aos hábitos tabágicos?

A

Normalmente os pacientes fumadores são menos assíduos na fase de suporte periodontal. Porque em todas as consultas o clínico deve investir na tentativa de cessação tabágica o que pode ser chato para os mesmos

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16
Q

Como varia a compliance do paciente em relação ao nível socio económico?

A

Pacientes de níveis socio-económicos mais elevados são mais assíduos, porque têm mais disponibilidade financeira para lidar com os gastos associados à consulta. A um nível socio-económico mais elevado também se associa uma melhor educação em manter saúde e um estilo de vida saudável

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17
Q

Como varia a compliance do paciente em relação ao tipo de tratamento?

A

Pacientes submetidos a tratamento periodontal cirúrgico são mais assíduos que pacientes submetidos apenas a tratamento periodontal não cirúrgico muitos vezes devido ao empenho de manter aquilo que já se investiu tanto em termos financeiros como de tempo

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18
Q

A relação entre a capacidade de efetuar um adequado controlo de placa bacteriana está relacionado com o risco de potencial recidiva da doença periodontal. Esta afirmação é verdadeira ou falsa?

A

Verdadeira

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19
Q

Porque razão prática devemos calcular o risco de recidiva de uma doença periodontal?

A

Para calcular o período de tempo entre consultas de manutenção

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20
Q

O diagrama de risco de Lang e Tonetti contempla que fatores analisados?

A
  1. Percentagem de locais com hemorragia à sondagem
  2. Prevalência de bolsas superior a 4 mm
  3. Perde de dentes, por causa periodontal, de um total de 28
  4. Relação da perda óssea com a idade
  5. Fatores sistémicos e genéticos
  6. Fatores ambientais
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21
Q

O que significam os números representados no diagrama de risco de Lang e Tonetti?

A

São os números que vamos assinalar como sendo aquilo que está a acontecer no paciente (por exemplo, quantas localizações a profundidade de sondagem é superior a 4 mm)

22
Q

Qual a regra para determinar o risco do paciente de recidiva de acordo com o diagrama de risco de Lang e Tonetti?

A

Se todas as avaliações representadas no diagrama de risco encaixarem na porção do hexágono mais anterior (e no máximo 1 parâmetro na categoria de risco moderado) o paciente é de baixo risco. A mesma lógica se aplica a pacientes de risco moderado e de risco elevado

23
Q

No diagrama de risco de Lang e Tonetti como é caracterizado um paciente de baixo risco?

A

Todos os parâmetros encontram-se na categoria de baixo risco (porção mais interna do hexágono) e no máximo 1 parâmetro na categoria de risco moderado

24
Q

No diagrama de risco de Lang e Tonetti como é caracterizado um paciente de risco moderado?

A

Pelo menos 2 parâmetros na categoria de risco moderado e no máximo 1 na categoria de risco elevado

25
Q

No diagrama de risco de Lang e Tonetti como é caracterizado um paciente de risco elevado?

A

Pelo menos 2 parâmetros na categoria de risco elevado

26
Q

Relativamente à determinação e avaliação contínua do risco múltiplo que fatores são relativos ao dente em si?

A
  1. Posição do dente na arcada
  2. Envolvimento de furca
  3. Fatores iatrogénicos
  4. Suporte periodontal residual
  5. Mobilidade
27
Q

Relativamente à determinação e avaliação contínua do risco múltiplo relativamente ao dente em si como explica o fator da posição do dente na arcada?

A

Se for um dente com uma profundidade de sondagem mais elevada mas é um anteriror, poderemos ter uma maior prbabilidade de o conseguir manter sem regressar à fase higiénica ou necessidade de cirúrgia.

O mesmo não se verifica num dente mais posterior, onde o risco do paciente não conseguir higienizar corretamente é maior.

O alinhamento/apinhamento e o espaçamento entre dentes na arcada também importa. O apinhamento dentário está habitualmente associado a um pior controlo de placa (mesmo a própria escovagem não é tão eficaz). Os diastemas (apesar de não terem uma relação muito direta) podem estar associados a uma grande impactação alimentar que cause irritação da gengiva

28
Q

Relativamente à determinação e avaliação contínua do risco múltiplo relativamente ao dente em si como explica o fator do envolvimento de furca?

A

Se existem dentes com envolvimento de furca o risco de perda de inserção é muito superior, pelo que o paciente terá de ser controlado com intervalos de tempo mais apertados

29
Q

Relativamente à determinação e avaliação contínua do risco múltiplo relativamente ao dente em si como explica os fatores iatrogénicos?

A

Tem a ver com a atuação do clínico. Pode ter a ver com a permanência de fio de retração que fique esquecido ou as restaurações (diretas ou indiretas) que tenham excessos (debordantes) e que potenciem a retenção de placa bacteriana

30
Q

Relativamente à determinação e avaliação contínua do risco múltiplo relativamente ao dente em si como explica o fator do suporte periodontal residual?

A

Se o paciente conseguir higienizar bem e se a férula não reter muita placa bacteriana, os dentes com suporte periodontal reduzido podem ser mantidos durante longos períodos de tempo.

31
Q

Um periodonto reduzido em condições de higiene não é fator que condicione a perda de inserção. Como varia isto se os dentes apresentarem mobilidade?

A

Por si só um periodonto reduzido não é sinónimo de perda de inserção. Contudo, se associado a mobilidade dentária está associado a uma perda de inserção mais provável até porque se os dentes abanam o paciente retrai-se na sua higienização

32
Q

Porque motivo se aplicam férulas/splints nos dentes de pacientes periodontais?

A

Para controlar a mobilidade dentária caso esta exista. Diminuindo a mobilidade damos mais segurança ao paciente para higienizar os seus dentes de maneira eficaz

33
Q

A mobilidade dentária varia? Como? Porquê?

A

Sim. Normalmente logo após os tratamentos de alisamento radicular ou após cirurgia a mobilidade aumenta. Porque os tecidos ainda não se readaptaram às raízes e ainda não existiu uma reinserção

34
Q

No fator de localização como fator na determinação e avaliação contínua do risco múltiplo a que nos referimos?

A

Referimo-nos à localização da bolsa

35
Q

O que vamos avaliar relativamente à localização da bolsa?

A
  1. Hemorragia à sondagem
  2. Profundidade de sondagem e nível de inserção
  3. Supuração
36
Q

Se uma determinada localização, num só momento avaliado, apresenta hemorragia à sondagem, isso é sinónimo de doença ativa? Porquê?

A

Não, porque basta existir algum erro na sondagem (pressão a mais) para que tenhamos feito alguma lesão no tecido e o mesmo sangre.

Se estes locais de sondagem forem repetidos em várias consultas de manutenção então é provável que os mesmos correspondam a localizações ativa. E quanto maior for o número destas mais encurtado deverá estar o tempo entre consultas e eventualmente até reentrar na fase ativa da terapia

37
Q

Se uma determinada localização existir ausência de hemorragia à sondagem, isso é sinónimo de doença ativa

A

Não, nestes casos temos um claro sinal de ausência de atividade de doença

38
Q

Um paciente que tenha bolsas de 4 a 5 mm mas estáveis ao longo de consultas de suporte deve passar a uma fase ativa?

A

Não, as bolsas devem ser vigiadas e deve haver um compromisso para que as mesmas não aumentem

39
Q

Como identifica a supuração em termos de fator de prognóstico?

A

É um fator de prognóstico muito negativo. Se algum local tem supuração significa que esse local está com patologia ativa.

Temos assim de avaliar qual a razão dessa supuração.

40
Q

Quais os motivos existentes para uma supuração e que devem ser avaliados nestes casos?

A

Abcesso periodontal

Lesão endo-perio

Corpo estranho

Agudização de uma bolsa em caso de doença periodontal

41
Q

De cada vez que o paciente vem a uma consulta de suporte periodontal o que é obrigatoriamente feito em primeiro lugar?

A

Anamnese

Reavaliação da situação periodontal

Diagnóstico

42
Q

Quanto tempo dura a fase de anamnese e reavaliação da situação periodontal e diagnóstico?

A

10-15 minutos

43
Q

Na primeira fase da consulta de suporte periodontal quais as perguntas mais essenciais na anamnese?

A

Existe alguma alteração na história médica

Está a fazer medicação nova

Existe alguma alergia nova a algum medicamento

Se foi feito algum diagnóstico de alguma patologia sistémica no intervalo entre consultas

Alterações nos hábitos tabágicos (se não houverem alterações insistir para que o paciente pense na possibilidade de cessação tabágica)

44
Q

Na primeira fase da consulta de suporte periodontal o que pesquisamos na reavaliação periodontal?

A

Fazemos:

  1. Índice de placa
  2. Índice gengival
  3. Verificação do periodontograma (verificar apenas se as localizações piores melhoraram ou estão piores)
  4. Testes de vitalidade
  5. Pesquisa de lesões de cárie
  6. Avaliação da qualidade das restaurações
45
Q

Qual a segunda fase da consulta de suporte periodontal? Quanto tempo dura?

A

Fase de instrumentação. Dura entre 30 a 40 minutos. No final devemos também fazer a motivação e a re-instrução que dura entre 5 a 7 minutos

46
Q

Qual a importância da motivação e da re-instrução?

A

É sempre preciso motivar o paciente no controlo da placa bacteriana

47
Q

Os métodos de controlo de placa bacteriana devem ser adaptados nas consultas de suporte periodontal?

A

Sim, porque podem existir alterações anatómicas na posição da gengiva que podem, por exemplo, fazer variar o diâmetro dos escovilhões. Quando o paciente usa escovilhões e escovas de dentes idealmente devemos sempre pedir ao paciente que traga um dos que usa em casa para verificar-mos se está a ser bem usado de um ponto de vista técnico e se é preciso algum ajuste

48
Q

Quais os objetivos da fase de instrumentação na consulta de suporte periodontal?

A
  1. Eliminação de depósitos de cálculo
  2. Eliminação de placa bacteriana
  3. Avaliação das bolsas com hemorragia
  4. Tratamento de locais re-infetados
  5. Alisamento radicular e posterior reavaliação
  6. Antibióticos tópicos (para indicações específicas)
  7. Ponderação de cirurgia periodontal em casos mais severos
49
Q

O que se faz no final de uma consulta de suporte periodontal?

A

Polimento

Aplicação de flúor

Determinação do intervalo de consultas (baseados nos critérios de risco de recidiva analisados anteriormente)

50
Q

Como deve ser feito o polimento?

A

Com cúpulas de borracha nas superficies lisas dos dentes (vestibulares e linguais)

Escovas nas faces oclusais (dirigido para as fissuras)

Ainda com a pasta de polimento nos dentes devemos pegar no fio e passar entre os dentes para polir a nível interproximal

51
Q

Para que serve a aplicação final de flúor?

A

Para reduzir a hipersensibilidade dentinária (resultante necessariamente da instrumentação)

Deve ser sempre recomendado apesar de alguns pacientes não quererem

52
Q

Quais os intervalos estanderizados para intervalo entre consultas?

A

Num primeiro período após a fase ativa da terapia deve de ser de 3 em 3 meses

Após 1 ano de tratamento com alisamentos radiculares, se o paciente estiver estável, podemos passar a um intervalo de 4 meses ou 6 meses