Diagnóstico do paciente periodontal. Terapia fase sistémica Flashcards

1
Q

Para além das preocupações do clínico o que deve ser tido sempre em conta na consulta?

A

O motivo da consulta, ou seja, as preocupações do doente

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2
Q

Ao que corresponde o motivo da consulta?

A

Corresponde à determinação das necessidades e desejos do paciente

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3
Q

Ao que corresponde a avaliação das expectativas?

A

Corresponde ao que é que o paciente espera do tratamento

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4
Q

Porque é que é necessário compreender quais as expectativas dos pacientes?

A

Porque por vezes os pacientes apresentam expectativas completamente irrealistas

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5
Q

Ao que corresponde a história pessoal e familiar?

A

Dá-nos a informação se naquela determinada família existe uma tendência para certos acontecimentos (perda de dentes cedo e mobilidade). Fornece também informação sobre as prioridades na vida do paciente

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6
Q

Quando deve ser determinada a história pessoal e familiar?

A

Antes da história clínica

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7
Q

O que se pretende perceber ao realizar a história dentária?

A

Vamos perceber a frequência com que o paciente vai a consultas, se o paciente tem noção de situações anómalas na cavidade oral, se sabe se tem dores/mobilidade/hemorragia

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8
Q

O que avaliamos no registo dos hábitos de higiene oral?

A

Número de vezes que o paciente escova os dentes que técnica utiliza

Tipos de escova dentária utilizada e dentífrico

Método de higienização interdentária

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9
Q

O questionário sobre hábitos de higiene oral deve ser realizado no inicio ou no fim da consulta? Porquê?

A

No inicio, para o paciente se aperceber que o clínico valoriza essas informações e esses comportamentos

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10
Q

No questionários sobre os hábitos tabágicos a pergunta deve ser simpesmente informativa?

A

Não, mesmo que achemos que não seremos bem sucedidos devemos sempre insistir na eventual cessação tabágica (ou pelo menos diminuição do hábito)

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11
Q

Para além da confirmação de que o paciente fuma que outras informações são importantes recolher sobre os hábitos tabágicos?

A

Quantos cigarros fuma e há quanto tempo é que o paciente fuma

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12
Q

O que se pretende alcançar com o questionário sobre a medicação do paciente?

A

Pretende-se avaliar a medicação do paciente (sobretudo em pacientes polimedicados) e verificar a sua relação com a condição, patologia e tratamentos futuros

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13
Q

Em perio quando avaliamos sinais e sintomas direcionamos as nossas atenções para que aspetos? Porque?

A

Alterações da gengiva, do ligamento periodontal, do cemento e do osso. Porque é nestes tecidos que a doença periodontal tem implicações

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14
Q

Quando avaliamos a gengiva que sinais procuramos?

A

Os sinais da gengivite

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15
Q

Quais são os sinais da gengivite?

A

Alteração da cor

Alteração da textura

Tendência para a hemorragia

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16
Q

Os índices que existem para avaliar a inflamação dos tecidos periodontais consideram uma avaliação histológica?

A

Não, os índices evidenciam as características clínicas da inflamação

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17
Q

Quais os dois índices que procuramos invariavelmente e todos os pacientes?

A

Hemorragia à sondagem

Índice gengival

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18
Q

O que avaliamos no índice de hemorragia à sondagem?

A

Avaliamos a inflamação no fundo da bolsa/sulco, aquando da sondagem

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19
Q

Segundo Lang o que significa a ocorrência de BOP num determinado local em avaliações sucessivas?

A

Significa que esse local está a ser alvo de progressão da doença

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20
Q

Sondamos e não existe hemorragia. O que esperar desse local de osndagem?

A

Esperamos que nesse local não existe patologia ativa, ou seja, encontra-se estável

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21
Q

Como se regista a hemorragia à sondagem?

A

Sempre em 6 localizações por dente (3 por vestibular e 3 por lingual/palatino)

Colocamos uma bola encarnada ou assinalamos um traço a vermelho por baixo número que corresponde à profundidade de sondagem desse local

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22
Q

Tecnicamente como é feita a determinação da hemorragia à sondagem?

A

Através da colocação da sonda no fundo da bolsa ou sulco periodontal e aplicar uma pressão leve (0,25 N)

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23
Q

Como fazemos a avaliação da inflamação do ligamento periodontal?

A

Através de índices que nos dão indicação de perda de estruturas

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24
Q

Quais são os índices que nos dão indicação de perda de estruturas e que são utilizados para avaliar a inflamação do ligamento periodontal?

A

Profundidade de sondagem

Nível de inserção

Envolvimento de furca

Mobilidade dentária

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25
Q

O que avalia a profundidade de sondagem?

A

A distância da margem gengival ao fundo da bolsa

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26
Q

Como se realiza a avaliação da profundidade de sondagem?

A

Sonda-se e avalia-se a distância da margem gengival ao fundo da bolsa, arredondando-se o valor ao mm mais próximo.

Fazem-se 6 avaliações por dente

Se os valores de sondagem forem inferiores ou iguais a 3 mm são escritos a azul ou preto. Se forem superiores a 3 mm são escritos encarnado

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27
Q

Porque razão se deve ter em conta a união amelo-cementária quando efetuamos a avaliação da profundidade de sondagem?

A

Para avaliar se a margem gengival está para apical (recessão) ou para coronal (edemaciada), o que pode ajudar a distinguir entre uma bolsa e uma pseudobolsa

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28
Q

Ao que corresponde o nível de inserção?

A

Corresponde à distância entre a união amelo-cementária e o fundo da bolsa

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29
Q

Relativamente ao nível de inserção que erros podem estar associados?

A
  1. Anatomia da sonda
  2. Angulação da sonda
  3. Graduação da sonda
  4. Pressão aplicada
  5. Grau de inflamação
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30
Q

Relativamente à determinação do nível de inserção a anatomia da sonda corresponde a um problema comum na clinica atualmente?

A

Não, porque atualmente as sondas são todas iguais. Antigamente havia vários tipos de sondas (inclusive algumas com uma bola na ponta) pelo que a penetração da sonda variava consoante a anatomia da mesma

31
Q

Relativamente à determinação do nível de inserção como explica a angulação da sonda como erro de medição?

A

Á medida que caminhamos para posterior os dentes serão mais bojudos e as coroas mais largas em relação ao diâmetro das raízes, pelo que é necessário fazer alguma angulação (nos dentes anteriores a sondagem é quase longitudinal ao eixo do dente, ou seja, quase sem inclinação). Esta diferença de angulação tem de ser ajustada ao tipo de dente que estamos a sondar e pode levar a erros (por excesso ou defeito de angulação)

32
Q

Relativamente à determinação do nível de inserção como explica a graduação da sonda como erro de medição?

A

Existem diversos tipos de marcações na sonda e alguns vão dificultar a medição (por exemplo, vários traços pouco marcados onde é fácil perder a medida de sondagem)

33
Q

Relativamente à determinação do nível de inserção como explica a aplicação de pressão como erro de medição?

A

Se fizermos mais pressão que aquela que é a necessária aquando da sondagem então é mais provável alcançarmos profundidades de sondagem superiores. O contrário também se verifica

34
Q

Relativamente à determinação do nível de inserção como explica o grau de inflamação como erro de medição?

A

Podem existir duas situações:

  1. Ao sondar, está tão inflamado, que a hemorragia é tão grande que não vemos a sonda
  2. Com muita inflamação a sonda não vai parar onde começa a inserção mas vai parar no tecido conjuntivo (sondagem por excesso)
35
Q

A que se deve a alteração da profundidade de sondagem após a terapia periodontal?

A

Deve-se a um ganho de inserção mas não apenas isso. Pode haver algum ganho ósseo (não significativo neste caso) mas também uma redução do edema que, ao desinflamar o tecido em questão, provoca uma contração da gengiva (houve alguma recessão gengival)

Outra razão é o facto de que um tecido mais saudável não permite uma penetração tão grande da sonda no tecido

36
Q

Qual a definição de recessão gengival?

A

Posição da gengiva para apical da junção amelo-cementária

37
Q

Quantas avaliações do envolvimento de furca se faz nos molares maxilares?

A

3 avaliações (vestibular, mesio e disto palatina)

38
Q

Quantas avaliações do envolvimento de furca se faz nos molares mandibulares?

A

2 avaliações (vestibular e lingual)

39
Q

Qual a sonda específica para verificar o envolvimento de furcas? Normalmente é esta que se utiliza?

A

Sonda de nabers. Não, normalmente utilizamos uma sonda periodontal

40
Q

Qual a classificação na avaliação do envolvimento de furca?

A

Grau 1: até 3 mm no sentido horizontal

Grau 2: envolvimento superior a 3 mm no sentido horizontal

Grau 3: sonda atravessa o dente de um lado ao outro através da furca

41
Q

Quais as principais causas de mobilidade dentária?

A

Doença periodontal e trauma oclusal

42
Q

Como avaliamos a mobilidade dentária?

A

Através da utilização de 2 cabos de instrumentos (e não através dos dedos)

43
Q

Qual a classificação da avaliação da mobilidade dentária?

A

Grau 0: fisiológica, mobilidade da coroa de aproximadamente 0,1 a 0,2 mm no sentido horizontal

Grau 1: mobilidade da coroa até 1 mm no sentido horizontal

Grau 2: mobilidade da coroa superior a 1 mm no sentido horizontal

Grau 3: qualquer grau de mobilidade no sentido vertical

44
Q

No periodontograma registamos o grau 0 de mobilidade dentária?

A

Não, se temos um grau 0 não colocamos nada no periodontograma

45
Q

A avaliação da higiene oral do paciente é efetuada em todas as consultas?

A

Sim

46
Q

Em que situações utilizamos o corante de placa?

A

Quando queremos que o paciente veja a placa bacteriana

47
Q

Quando devemos usar corante de placa em consultas que não a primeira?

A

Quando utilizámos corante de placa na primeira consulta, para termos os mesmos parâmetros de avaliação

48
Q

No calculo do incide de placa quantas localizações são por dente?

A

4 localizações

49
Q

Que exames adicionais podemos realizar?

A

Sensibilidade à percussão

Testes de vitalidade

Deteção clínica de cáries

Deteção radiográfica de cáries e lesões endodônticas

Avaliação da oclusão

50
Q

Os exames adicionais são para fazer em todos os dentes?

A

Não, apenas em algum dente que nos suscite alguma dúvida (lesão endo-perio ou trauma oclusal)

51
Q

Quais as fases do tratamento periodontal?

A

Fase sistémica

Fase inicial ou higiénica

Fase corretiva

Fase de manutenção ou suporte periodontal

52
Q

Em que consiste fundamentalmente a fase sistémica?

A

Aconselhamento para a cessação tabágica

53
Q

Em que consiste fundamentalmente a fase inicial ou higiénica?

A

Teraia dirigida para a causa da patologia (controlo de infeção, alisamento radicular e extrações)

54
Q

Em que consiste fundamentalmente a fase corretiva?

A

Inclui cirurgia periodontal, terapia endodôntica, restaurativa, implantologia, ortodontia…

55
Q

Em que consiste fundamentalmente a fase de manutenção ou suporte periodontal?

A

Fase para manter os resultados e estabilidade alcançados

56
Q

Qual o objetivo da terapia periodontal?

A
  1. Redução ou resolução da gengivite (BOP menor que 25%)

Redução da profundidade de sondagem (não devem persistir bolsas superiores a 5 mm)

Ausência de dor

Satisfação estética e funcional

57
Q

Relativamente à saúde sistémica qual a grande preocupação a que o clínico e deve ter atenção?

A

Os pacientes nem sempre têm conhecimento do seu estado de saúde ou nem sempre informam o clínico sobre o mesmo pelo que é indispensável o uso de máscara, luvas, proteção ocular e toca

58
Q

Que patologias sistémicas têm alto índice de transmissão na clínica?

A

Hepatite

Herpes simplex vírus

Tuberculose

Gripe

Covid 19

59
Q

O que fazemos a pacientes com patologia sistémica instável ou que possa ser agravada durante ou após a terapia periodontal?

A

O médico assistente deve ser sempre consultado para se decidir se o paciente pode avançar com a terapia ou se a avançar terá de ser em meio hospitalar

60
Q

Que cuidados devemos ter com pacientes com patologia sistémica instável ou que possa ser agravada durante ou após a terapia periodontal?

A

Consultas curtas

Controlo eficaz da dor

Atenção ao uso de vasoconstritor (por vezes mais vale usar vasoconstritor a concentrações seguras e evitar o desconforto do que evitar o mesmo e provocar dor e desconforto ao paciente)

61
Q

Quais as complicações mais frequentes no consultório dentário a nível sistémico?

A

Infeção

Hemorragia

Incidentes cardiovasculares

Reações alérgicas

62
Q

Qual a principal infeção sistémica respeitante à consulta dentária?

A

Endocardite bacteriana

63
Q

Quais os pacientes que possuem risco de endocardite bacteriana?

A

História prévia de endocardite bacteriana, válvulas cardíacas protéticas, condutos/shunts reconstruídos cirurgicamente u por catéter, transplante cardíaco prévio

64
Q

Quais os pacientes que possuem risco de hemorragia sistémica?

A

Pacientes que tomam anticoagulantes (varfarina, heparina), ou seja, que atuam na cascata de coagulação ou que tomam antiagregantes plaquetários (aspirina) que atuam na adesividade e agregação das plaquetas

65
Q

Se o paciente toma anticoagulantes ou antiagregantes o que pode prejudicar ainda mais a sua coagulação?

A

Problemas e condições hepáticas

66
Q

Se o paciente possuir tendência para hemorragia o que é que podemos fzer?

A

Utilizar esponjas de colagénio sempre que indicado, sutura eficaz, compressão e aplicação de frio no local

67
Q

Qual o tempo necessário para que ocorra coagulação? O que significa isto?

A

7 minutos. Significa que a compressão só resulta se for feita por cerca de 7 minutos

68
Q

Se em casa começar a surgir hemorragia no paciente o que é que este pode fazer?

A

Aplicação de compressão e aplicação de frio

69
Q

O que fazer na consulta para evitar incidentes cardiovasculares?

A

Controlar a dor e a ansiedade e evitar medicação que aumente o riso de hemorragia ou até crises de hipotensão

70
Q

Quais as reações alérgicas mais comuns de surgir no contexto de consulta dentária?

A

Anestésico local

Penicilina

Derivados da sulfamidas

Desinfetantes como o iodo

71
Q

O médico dentista pode parar ou alterar a medicação crónica de um paciente sem consultar o médico assistente?

A

Não, o dentista tem sempre de consultar o médico assistente antes de uma eventual interrupção

72
Q

Um paciente diabético sujeito a um pico de stress muito provavelmente irá ter uma crise de hipoglicémia. O que é que esta afirmação indica no modo de como lidar com pacientes diabéticos?

A

Evitar ao máximo situações de stress

73
Q

Como se pode controlar farmacologicamente a ansiedade do paciente na consulta?

A

Prescrevendo um ansiolítico