Teoria dos Direitos Fundamentais Flashcards

1
Q

Como a constituição distingue “direitos e garantias fundamentais” de “direitos humanos”?

A

A constituição utiliza “direitos e garantias fundamentais” para os positivados em seu texto e “direitos humanos” para os consagrados em tratados e convenções internacionais.

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2
Q

Qual é a natureza dos direitos fundamentais na constituição?

A

Autênticas normas constitucionais de caráter vinculante para todos os poderes públicos.

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3
Q

Quais são as três propostas de classificação doutrinária dos direitos fundamentais?

A

Concepção unitária, concepção dualista e concepção trialista.

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4
Q

O que caracteriza a concepção unitária dos direitos fundamentais?

A

Não há diferenciação em categorias estruturalmente distintas devido à profunda semelhança entre esses direitos.

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5
Q

O que distingue a concepção dualista dos direitos fundamentais?

A

Distingue entre direitos de defesa (liberdades negativas) e direitos de prestação (liberdades positivas).

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6
Q

O que acrescenta a concepção trialista à classificação dos direitos fundamentais?

A

Acrescenta os direitos de participação, além dos direitos de defesa e direitos de prestação.

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7
Q

Qual é a concepção mais adotada pela doutrina brasileira para classificar os direitos fundamentais?

A

A concepção trialista, fundamentada na teoria dos status de Georg Jellinek.

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8
Q

Quais são as quatro espécies de relações de status segundo a teoria de Georg Jellinek?

A

Status passivo, status negativo, status positivo e status ativo.

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9
Q

O que caracteriza o status passivo segundo Georg Jellinek?

A

Existe para o indivíduo algum tipo de dever ou proibição estatal ao qual está sujeito.

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10
Q

O que caracteriza o status negativo segundo Georg Jellinek?

A

mpõe ao Estado o dever de não intervir na esfera de liberdade dos indivíduos.

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11
Q

O que caracteriza o status positivo segundo Georg Jellinek?

A

Assegura aos indivíduos pretensões positivas perante o Estado.

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12
Q

O que caracteriza o status ativo segundo Georg Jellinek?

A

Capacidade de participar nas atividades políticas do Estado, contribuindo para a formação da vontade estatal.

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13
Q

O que caracteriza os direitos de defesa na classificação trialista dos direitos fundamentais?

A

Exigem do Estado um dever de abstenção, impedindo ingerências na autonomia dos indivíduos.

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14
Q

O que caracteriza os direitos de prestação na classificação trialista dos direitos fundamentais?

A

Impõem um dever de agir ao Estado, objetivando a realização de condutas ativas por parte dos poderes públicos, podendo ser de caráter material ou jurídico.

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15
Q

O que caracteriza os direitos de participação na classificação trialista dos direitos fundamentais?

A

Garantem aos indivíduos a possibilidade de fazer parte da formação da vontade política da comunidade.

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16
Q

Por que o status passivo não é mencionado na classificação trialista dos direitos fundamentais?

A

Porque não corresponde a direitos, mas a deveres dos indivíduos.

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17
Q

O que significa a característica de universalidade dos direitos fundamentais?

A

Os direitos fundamentais são extensíveis aos indivíduos de um modo geral, independentemente de nacionalidade, sexo, idade, etnia, credo ou convicção filosófica.

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18
Q

A universalidade assegura a titularidade de todos os direitos fundamentais a todos os indivíduos indistintamente?

A

Não.

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19
Q

O que caracteriza a historicidade dos direitos fundamentais?

A

Os direitos fundamentais surgem e se desenvolvem conforme o momento histórico.

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20
Q

O que significa a característica de inalienabilidade dos direitos fundamentais?

A

Os direitos fundamentais são intransferíveis, inegociáveis e indisponíveis.

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21
Q

O que caracteriza a imprescritibilidade dos direitos fundamentais?

A

Os direitos fundamentais não desaparecem com o decurso do tempo.

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22
Q

O que significa a característica de irrenunciabilidade dos direitos fundamentais?

A

Não se pode renunciar definitivamente a um direito fundamental, no máximo é possível se impor autolimitação.

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23
Q

O que caracteriza a limitabilidade (relatividade) dos direitos fundamentais?

A

Os direitos fundamentais encontram limitações em outros direitos constitucionais, razão pela qual não são absolutos.

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24
Q

O que significa a característica de inviolabilidade dos direitos fundamentais?

A

Leis infraconstitucionais e atos de quaisquer autoridades públicas estão subordinados aos direitos fundamentais.

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25
Q

O que caracteriza a efetividade dos direitos fundamentais?

A

Os direitos fundamentais não dependem de regulamentação de lei infraconstitucional para serem aplicados.

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26
Q

O que significa a característica de interdependência dos direitos fundamentais?

A

Os direitos e garantias fundamentais, para atingirem as suas finalidades, têm pontos de intersecções.

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27
Q

O que caracteriza a complementariedade dos direitos fundamentais?

A

Os direitos fundamentais não devem ser interpretados isoladamente, mas como um todo, para que um complemente o outro e se cumpra o propósito do legislador constituinte.

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28
Q

Como surgiram os direitos fundamentais em termos de dimensões (gerações)?

A

Os direitos fundamentais surgiram em períodos distintos, conforme a demanda de cada época, e atualmente utiliza-se o termo dimensões, pois o surgimento de uma nova dimensão não extingue as anteriores.

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29
Q

A que valor estão ligados os direitos fundamentais de 1ª dimensão?

A

Estão ligados ao valor de liberdade e coincidem com o surgimento das constituições escritas, sendo direitos negativos que impõem um dever de abstenção do Poder Público.

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30
Q

A que estão ligados os direitos fundamentais de 2ª dimensão?

A

Estão ligados à igualdade material, compreendendo os direitos sociais, econômicos e culturais.

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31
Q

O que é apontado como principal responsável pelo menor grau de efetividade dos direitos de 2ª dimensão?

A

A reserva do possível, ou dependência de recursos orçamentários.

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32
Q

A que valor estão ligados os direitos fundamentais de 3ª dimensão?

A

Estão ligados à fraternidade (ou solidariedade) e incluem direitos ao desenvolvimento, ao meio ambiente, à autodeterminação dos povos, entre outros.

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33
Q

O que caracteriza os direitos fundamentais de 4ª dimensão segundo Norberto Bobbio?

A

Relacionados aos avanços genéticos e tecnológicos, envolvendo reflexões sobre ética na atividade científica e preservação da individualidade humana e diversidade do genoma.

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34
Q

O que caracteriza os direitos fundamentais de 4ª dimensão segundo Paulo Bonavides?

A

Decorrentes da globalização política dos direitos fundamentais, incluindo democracia, informação e pluralismo político.

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35
Q

O que Paulo Bonavides destaca como direitos fundamentais de 5ª geração?

A

O direito à paz, surgido da Declaração das Nações Unidas e da Declaração da Conferência de Teerã sobre os Direitos Humanos.

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36
Q

Por que o reconhecimento e a declaração de um direito não são suficientes para assegurar sua efetividade?

A

Porque são necessários mecanismos capazes de protegê-los, conhecidos como garantias.

37
Q

Quais são os 6 grupos de deveres fundamentais segundo Dimitri Dimoulis e Leonardo Martins?

A

Dever de efetivação dos direitos fundamentais e de garantia das instituições.

Deveres específicos do Estado em face dos indivíduos.

Deveres de criminalização.

Deveres dos cidadãos e da sociedade (e.g., alistamento eleitoral).

Deveres decorrentes do exercício dos direitos (e.g., direito de propriedade vs. função social da propriedade.

Deveres implícitos decorrentes dos direitos explícitos.

38
Q

O que é a eficácia vertical dos direitos fundamentais?

A

Limitações ao exercício do poder estatal.

39
Q

O que é a eficácia horizontal dos direitos fundamentais?

A

Projeção dos direitos fundamentais nas relações particulares.

40
Q

O que é a eficácia diagonal dos direitos fundamentais?

A

Projeção dos direitos fundamentais nas relações particulares em que há um desequilíbrio fático ou jurídico nas relações contratuais.

41
Q

O que defende a Teoria da Ineficácia Horizontal (Doutrina da State Action)?

A

Nega a eficácia horizontal dos direitos fundamentais, baseada em uma interpretação literal da Constituição norte-americana.

42
Q

O que defende a Teoria da Eficácia Horizontal Indireta?

A

Os direitos fundamentais não podem ser invocados diretamente a partir da constituição nas relações privadas; cabe ao legislador mediar essa aplicação.

43
Q

O que defende a Teoria da Eficácia Horizontal Direta?

A

A incidência dos direitos fundamentais deve ser estendida às relações entre particulares, independentemente de intermediação legislativa, mas ponderando com a autonomia da vontade.

44
Q

Quais são as críticas à Teoria da Eficácia Horizontal Direta?

A

Perda de clareza conceitual do direito privado, ameaça à autonomia privada, e incompatibilidade com o princípio democrático, separação dos poderes e segurança jurídica.

45
Q

O que caracteriza a dimensão subjetiva dos direitos fundamentais?

A

Os direitos fundamentais são pensados sob a perspectiva dos indivíduos, sendo o indivíduo titular de posição jurídica subjetiva.

46
Q

O que caracteriza a dimensão objetiva dos direitos fundamentais?

A

Critério de controle da ação estatal, incluindo normas de competência negativa, pautas interpretativas e critérios para a configuração do direito infraconstitucional, e dever de proteção e promoção de posições jurídicas fundamentais.

47
Q

O que é a fundamentação objetiva dos direitos fundamentais?

A

Defende que existe uma ordem de valores, regras, ou princípios com validade objetiva, absoluta e universal.

48
Q

O que é a fundamentação subjetiva dos direitos fundamentais?

A

Refere-se ao significado do direito fundamental para o indivíduo, partindo do pressuposto de que a autonomia do indivíduo é a fonte de todos os valores.

49
Q

O que é o suporte fático dos direitos fundamentais?

A

Conjunto de condições previstas pela norma que, quando verificadas, geram determinada consequência jurídica.

50
Q

Quais são os elementos do suporte fático dos direitos fundamentais?

A

Âmbito de proteção (o que se protege) e intervenção (do que se protege).

51
Q

O que caracteriza a intervenção restritiva no suporte fático dos direitos fundamentais?

A

Quando a intervenção é constitucionalmente fundamentada.

52
Q

O que caracteriza a intervenção violadora no suporte fático dos direitos fundamentais?

A

Quando a intervenção viola norma constitucional, acionando a consequência jurídica.

53
Q

O que caracteriza o suporte fático restrito?

A

Exclui a priori determinados fatos, estados, ações, condutas ou formas de exercício subsumíveis no âmbito de proteção da norma.

54
Q

O que caracteriza o suporte fático amplo?

A

Impõe a interpretação ampla não apenas do âmbito de proteção, mas também do conceito de intervenção.

55
Q

O que é o conteúdo essencial dos direitos fundamentais?

A

Determinação daquilo que está protegido.

56
Q

O que defende a teoria objetiva quanto ao objeto da proteção do conteúdo essencial?

A

A proteção impede restrições que tornem os direitos fundamentais sem significado para todos os indivíduos, para a maior parte deles, ou para a vida social.

57
Q

O que defende a teoria subjetiva quanto ao objeto da proteção do conteúdo essencial?

A

A análise da violação deve ser feita em cada situação individualmente considerada, impedindo o sacrifício do direito subjetivo ao ponto de perder qualquer significado para o titular.

58
Q

O que defende a teoria absoluta quanto à natureza da proteção do conteúdo essencial?

A

Que existe um núcleo cujos limites são intransponíveis.

59
Q

O que defende a teoria relativa quanto à natureza da proteção do conteúdo essencial?

A

A definição daquilo que deve ser definitivamente protegido depende das circunstâncias do caso concreto e das demais normas envolvidas.

60
Q

O que propõe Peter Häberle quanto à natureza da proteção do conteúdo essencial?

A

Uma teoria combinada, integrando elementos das teorias absoluta e relativa.

61
Q

O que defende a teoria interna sobre as restrições aos direitos fundamentais?

A

Os limites são fixados internamente ao próprio direito, sem a influência de outras normas, definidos aprioristicamente e refutando a possibilidade de conflito entre direitos fundamentais e o sopesamento de princípios.

62
Q

Quais são as críticas à teoria interna das restrições aos direitos fundamentais?

A

A indeterminação das normas constitucionais e a complexidade dos casos envolvendo direitos fundamentais desmentem a teoria interna.

63
Q

O que defende a teoria externa sobre as restrições aos direitos fundamentais?

A

As restrições não atingem o conteúdo abstratamente considerado, mas apenas o seu exercício no caso concreto, determinando o direito definitivo à luz das circunstâncias fáticas do caso concreto e após a ponderação entre os princípios colidentes ou a aplicação das regras do postulado da proporcionalidade.

64
Q

Quais são as três etapas da metodologia de análise da legitimidade das restrições na teoria externa?

A
  1. Verificação do enquadramento de uma dada ação, característica ou situação no âmbito de proteção de um direito fundamental (subsunção).
  2. Averiguação da existência de uma justificação constitucional adequada para a restrição.
  3. Apuração se houve uma restrição legítima ou uma violação ao direito fundamental.
65
Q

Qual é a diferença entre restrição e violação de direitos fundamentais?

A

Toda restrição deve ser constitucional; caso contrário, é uma violação ao direito fundamental.

66
Q

Quais são as formas das normas restritivas?

A

As normas restritivas podem ser regras (e.g., dever de usar capacete) ou princípios (e.g., defesa do meio ambiente restringe a atividade econômica).

67
Q

Em que casos as restrições podem ocorrer segundo a teoria externa?

A

As restrições só podem ocorrer em relação a princípios, pois no caso de regras, já sendo o resultado de uma ponderação pelo legislador constituinte, não são admitidas restrições, embora seja possível o afastamento de uma regra no caso concreto (derrotabilidade) ou a criação de uma exceção a ela.

68
Q

Como podem os direitos fundamentais ser restringidos por normas constitucionais?

A

Restrições diretamente constitucionais: impostas por outras normas de hierarquia constitucional, até mesmo não escritas (princípios).

Restrições indiretamente constitucionais: autorizadas, de forma expressa ou implícita, pela constituição.

69
Q

Quais são os tipos de reserva legal nas restrições aos direitos fundamentais?

A

Reserva legal simples: consagra uma competência para estabelecer restrições sem exigência quanto ao conteúdo ou finalidade.

Reserva legal qualificada: autoriza que uma lei estabeleça limitações, mas limita o conteúdo.

Reserva legal implícita: quando a intervenção legislativa é legítima em razão de estar voltada à proteção de direitos fundamentais de terceiros.

70
Q

O que são os “limites dos limites” nos direitos fundamentais?

A

Ensina tal tese que, a despeito de não existir direitos absolutos, sobretudo quando tratamos de direitos fundamentais, é preciso observar que as limitações devem ser limitadas, de modo a evitar o seu completo desvirtuamento ou anulação.

71
Q

Qual é o requisito formal para a restrição de um direito fundamental?

A

Exige-se lei para a restrição de um direito fundamental (princípio da reserva legal).

72
Q

O que estabelece o princípio da não retroatividade?

A

Visa resguardar a incolumidade de situações definitivamente consolidadas, proibindo a aplicação retroativa das restrições conforme os seguintes níveis:

Retroatividade máxima: não pode alcançar fatos consumados no passado.

Retroatividade média: não pode alcançar prestações vencidas e não pagas.

Retroatividade mínima: não pode alcançar efeitos futuros de eventos passados.

73
Q

O que exige o princípio da proporcionalidade na criação de restrições aos direitos fundamentais?

A

A restrição deve ser adequada, necessária e proporcional em sentido estrito.

74
Q

O que impõe o princípio da generalidade e abstração?

A

ratamento isonômico a todos os membros de uma mesma categoria essencial, vedando restrições por meio de leis de natureza individual e concreta.

75
Q

O que estabelece o princípio da proteção do núcleo essencial?

A

Estabelece a existência de um conteúdo essencial dos direitos e garantias que não pode ser violado.

76
Q

Qual é a natureza do postulado da proporcionalidade?

A

É considerado uma metanorma que prescreve o modo de raciocínio e argumentação, operando no nível de justificação interna da decisão jurídica, embora não haja consenso se é um princípio, regra ou postulado.

77
Q

Quais são os componentes do postulado da proporcionalidade?

A

Adequação, necessidade (ou exigibilidade) e proporcionalidade em sentido estrito.

78
Q

O que envolve a análise de adequação no postulado da proporcionalidade?

A

Verificar se os meios escolhidos para atingir um objetivo são apropriados e eficazes, além de terem uma relação lógica e funcional com o objetivo pretendido e serem juridicamente possíveis.

79
Q

O que implica a necessidade (ou exigibilidade) no postulado da proporcionalidade?

A

Dentre os meios similarmente adequados, deve ser utilizado o menos invasivo possível.

80
Q

O que é a proporcionalidade em sentido estrito?

A

A lei material do sopesamento: quanto maior o grau de não satisfação ou de alteração de um princípio, maior deve ser a importância da satisfação do outro.

81
Q

O que visa a proibição de proteção insuficiente?

A

Impedir que medidas constitucionalmente exigidas para a proteção e promoção dos direitos fundamentais fiquem aquém do necessário, especialmente usada pelo STF como imposição ao legislador para cumprir os “mandados constitucionais de criminalização”.

82
Q

Qual é a distinção entre proporcionalidade e razoabilidade?

A

A proporcionalidade avalia se os meios empregados são apropriados e necessários para atingir um fim específico, enquanto a razoabilidade refere-se à coerência lógica e sensatez de uma decisão, medida ou ação, envolvendo senso comum, lógica e justiça.

83
Q

O que é a concorrência de direitos fundamentais?

A

Quando um comportamento do mesmo titular se enquadra no âmbito de proteção de mais de um direito fundamental.

84
Q

Como o STF e a doutrina brasileira tratam os termos proporcionalidade e razoabilidade?

A

STF e boa parte da doutrina brasileira tratam ambos os termos como equivalentes.

85
Q

O que propõe Canotilho para a análise de concorrência de direitos fundamentais?

A

Utilizar o critério da especialidade ou, na ausência de relação geral/especial, o critério da prevalência dos direitos fundamentais menos limitados e da existência de mais elementos distintivos de um em relação ao outro.

86
Q

O que é a colisão de direitos fundamentais?

A

Quando dois ou mais direitos entram em conflito diante de um caso concreto.

87
Q

O que é a colisão em sentido impróprio?

A

Quando o exercício de determinado direito entra em colisão com outros bens constitucionalmente protegidos.

88
Q

O que é a colisão autêntica de direitos fundamentais?

A

Quando o exercício de um direito por parte de um titular colide com o exercício de um direito por outro titular.