Súmulas do STF - Direito Processual Penal Flashcards
INQUÉRITO POLICIAL
SÚMULA VINCULANTE Nº 14
O defensor pode exigir acesso amplo aos elementos de prova já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária?
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
SÚMULA Nº 524
Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de justiça, a ação penal pode ser posteriormente iniciada, caso o órgão de execução mude de opinião sobre a presença de justa causa penal?
Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.
ALGEMAS
SÚMULA VINCULANTE Nº 11
Em quais casos é lícito o uso de algemas? É preciso justificar a excepcionalidade por escrito? Quais as consequências do uso de algemas fora destas hipóteses?
Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.
AÇÃO PENAL
SÚMULA Nº 594
Os direitos de queixa e de representação podem ser exercidos pelo ofendido ou por seu representante legal de forma independente?
Os direitos de queixa e de representação podem ser exercidos, independentemente, pelo ofendido ou por seu representante legal.
SÚMULA Nº 714
A legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do ministério público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções, é concorrente?
É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do ministério público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções.
SÚMULA Nº 498
A quem compete o processo e o julgamento dos crimes contra a economia popular? À Justiça Estadual ou Federal?
Compete à Justiça dos Estados, em ambas as instâncias, o processo e o julgamento dos crimes contra a economia popular.
SÚMULA Nº 522
A quem compete o processo e julgamento dos crimes relativos a entorpecentes? À Justiça Estadual ou Federal?
Salvo ocorrência de tráfico para o exterior, quando, então, a competência será da Justiça Federal, compete à justiça dos estados o processo e julgamento dos crimes relativos a entorpecentes.
FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO
SÚMULA Nº 451
A competência especial por prerrogativa de função se estende ao crime cometido após a cessação definitiva do exercício funciona?
A competência especial por prerrogativa de função não se estende ao crime cometido após a cessação definitiva do exercício funcional.
SÚMULA Nº 704
Viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados?
Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados.
SÚMULA Nº 721 e SÚMULA VINCULANTE Nº 45
A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido pela Constituição Estadual?
A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual.
SÚMULA Nº 702
A competência do Tribunal de Justiça para julgar prefeitos restringe-se aos crimes de competência da justiça comum estadual, ou tal competência por prerrogativa de função alcança mesmo os casos que, originariamente, caberiam à Justiça Federal?
A competência do Tribunal de Justiça para julgar prefeitos restringe-se aos crimes de competência da justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao respectivo tribunal de segundo grau.
CITAÇÃO PODE EDITAL E SUSPENSÃO DO PROCESSO
SÚMULA Nº 351
É válida a citação por edital de réu preso?
É nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da federação em que o juiz exerce a sua jurisdição.
SÚMULA Nº 366
É nula a citação por edital que indica o dispositivo da lei penal, mas não transcreve a denúncia ou queixa, ou não resume os fatos em que se baseia?
Não é nula a citação por edital que indica o dispositivo da lei penal, embora não transcreva a denúncia ou queixa, ou não resuma os fatos em que se baseia.
CARTA PRECATÓRIA
SÚMULA Nº 155
A nulidade do processo criminal por falta de intimação da expedição de precatória para inquirição de testemunha é absoluta ou relativa?
É relativa a nulidade do processo criminal por falta de intimação da expedição de precatória para inquirição de testemunha.
PRAZOS
SÚMULA Nº 710
No processo penal, contam-se os prazos a partir de que momento? Da efetiva data da intimação, ou da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem?
No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem.
ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO
SÚMULA Nº 210
O assistente do ministério público pode recorrer extraordinariamente, na ação penal, nos casos dos arts. 584, § 1º (“Ao recurso interposto de sentença de impronúncia ou no caso do no VIII do art. 581, aplicar-se-á o disposto nos arts. 596 e 598”), e 598 do CPP (“os crimes de competência do Tribunal do Júri, ou do juiz singular, se da sentença não for interposta apelação pelo Ministério Público no prazo legal, o ofendido ou qualquer das pessoas enumeradas no art. 31, ainda que não se tenha habilitado como assistente, poderá interpor apelação, que não terá, porém, efeito suspensivo.”)?
O assistente do ministério público pode recorrer, inclusive extraordinariamente, na ação penal, nos casos dos arts. 584, § 1º, e 598 do código de processo penal.
SÚMULA Nº 448
O prazo para o assistente recorrer, supletivamente, começa a correr imediatamente após o transcurso do prazo do Ministério Público, ou é preciso intimação específica?
O prazo para o assistente recorrer, supletivamente, começa a correr imediatamente após o transcurso do prazo do Ministério Público.
MUTATIO LIBELLI
SÚMULA Nº 453
O art. 384 e parágrafo único do Código de Processo Penal, que possibilitam dar nova definição jurídica ao fato delituoso, em virtude de circunstância elementar não contida, explícita ou implicitamente, na denúncia ou queixa, aplicam-se à 2ª Instância?
Não se aplicam à segunda instância o art. 384 e parágrafo único do Código de Processo Penal, que possibilitam dar nova definição jurídica ao fato delituoso, em virtude de circunstância elementar não contida, explícita ou implicitamente, na denúncia ou queixa.