Síndromes Respiratórias Flashcards
Paciente sem estridor e sem taquipnéia. Onde está localizada a infecção?
Vias aérias superiores (rinossinusite, faringite, OMA, etc).
Paciente com estridor. Onde está localizada a infecção?
Periglótica (epiglotite e laringitraqueíte).
Paciente sem estridor e com taquipnéia. Onde está localizada a infecção?
Vias aéreas inferiores (pneumonias).
Qual a definição de taquipnéia?
- Até 2 meses (60 dias): > 60 irpm.
- 2-12 meses: > 50 irpm.
- 1-5 anos: > 40 irpm.
Quais os sinais de gravidade das infecções respiratórias?
- Incapacidade de beber ou mamar.
- Convulsões.
- Letargia.
- Tiragem (para a OMS, não é!!! Mas para as questões…).
Lactente vem ao PS com tosse noturna, coriza mucopurulenta e obstrução nasal há 5 dias. Ao exame, febre baixa, roncos difusos em AHT, amigdalas e membrana timpânica hiperemiadas. Qual o diagnóstico?
Rinossinusite (resfriado comum).
Qual o agente do resfriado comum?
Rinovírus.
Qual a principal forma de transmissão do resfriado comum?
Contato direto.
Qual a clínica do resfriado comum?
- Coriza (inicialmente hialina, tornando-se mucupurulenta).
- Obstrução nasal.
- Tosse noturna (gotejamento pós-nasal).
- Febre (pode ser alta).
- Roncos pulmonares.
Qual a duração do resfriado comum?
7-10 dias.
Qual o tratamento do resfriado comum?
- Lavagem nasal com soro fisiológico.
- Antipiréticos (paracetamol, dipirona e ibuprofeno).
- NÃO USAR: antitussígenos, descongestionantes nasais, mucolíticos e AAS (síndrome de Reye).
Quais as complicações do resfriado comum?
- Otite Média Aguda (30%).
- Sinusite Bacteriana Aguda (13%).
Paciente com resfriado há 4 dias começa a ter choros frequentes e irritabilidade, levando a mão na orelha. Otoscopia com membrana timpânica abaulada. Qual o diagnóstico?
Otite Média Aguda.
Quais os fatores de risco para otite média aguda?
- Anatomia dos lactentes (tubas auditivas curtas e horizontais).
- Tabagismo passivo.
- Síndrome de Down.
Quais os agentes da otite média aguda?
- S. pneumonie (principal).
- H. influenzae não tipável.
- M. catarrhalis.
OBS.: na otite externa, o princial agente é a Pseudomonas aeruginosa.
Paciente com otite média aguda e conjuntivite. Qual o principal agente?
H. influenzae não tipável.
Qual o quadro clínico da otite média aguda?
- Hipoacusia e otalgia (crianças maiores).
- Choro intenso.
- Irritabilidade.
- Febre.
Quais as características normais da membrana timpânica à otoscopia?
- Transparente.
- Brilhante (triângulo luminoso).
- Levemente côncava.
- Móvel.
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Quais as características timpânicas da otite média aguda à otoscopia?
- Abaulamento (mais específico).
- Hiperemia (inexpecífico… até chora causa).
- Opaca.
- Sem mobilidade.
- Pode ter perfuração com drenagem purulenta (otorréia).
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Qual a indicação de antibiótico na otite média aguda?
- < 6 meses: tratar todos.
- 6-24 meses: se bilateral, otorréia ou sintomas graves.
- Qualquer idade: se otorréia ou sintomas graves (febre > 39°, otalgia intensa ou > 48h).
Qual o tratamento de otite média aguda em crianças > 2 anos?
Suporte (mesmo se bilateral).
Qual a droga de escolha na otite média aguda?
- Amoxicilina (45mg/kg/dia ou 90mg/kg/dia se pneumococo) por 10 dias.
- Se falha, uso de antibiótico < 30 dias ou creche: amoxicilina + clavulonato.
Quais os mecanismos de resistência dos agentes da otite média aguda?
- H. influenzae e M. catarrhalis: produção de betalactamases.
- Pneumococo: alteração na afinidade das proteínas ligadores de penicilina.
Paciente com otite média aguda apresenta piora do quadro, apresentando desvio do pavilhão auditico e hiperemia retroauricular. Qual o diagnóstico?
Mastoidite.
Qual o quadro clínico da mastoidite?
- Dor retroauricular.
- Deslocamento do pavilhão auricular.
- Desaparecimento do sulco retroauricular.
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Qual exame deve ser solicitado no caso de suspeita de mastoidite?
Tomografia.
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Qual o tratamento da mastoidite?
Meringotomia + antibioticoterapia parenteral.
Paciente após tratamento de otite média aguda persisite com efusão da orelha média, sem outros sintomas. Ao exame, membrana timpânica sem alterações. Qual o diagnóstico?
Otite média com efusão.
Otite média com efusão é falha terapêutica?
Não!
Qual o tratamento da otite média com efusão?
- Duração < 3 meses: observação.
- Duração > 3 meses: tubo de timpanostomia (evitar atrasos na linguagem e no aprendisado).
Paciente com rinossinusite persisitente há 12 dias. Obteve melhora do quadro, mas a 3 dias iniciou febre alta e secreção mucopurulenta constante. qual o diagnóstico?
Sinusite bacteriana aguda.
Quais os agente da sinusite bacteriana aguda?
- S. pneumonie (principal).
- H. influenzae não tipável.
- M. catarrhalis.
Quais seios da face são pneumatizados numa criança de 5 anos.
Etmoidal e maxilar.
Qual o quadro clínico da sinusite bacteriana aguda em crianças?
- Resfriado arrastado (febre, congestão nazal e coriza) > 10 dias.
- Febre > 39° e coriza mucopurulenta duradouras.
- Evolução bifásica (piora do quadro após melhora inicial).
- Tosse diurna.
Devemos fazer radiografia ou TC em crianças com sinusite bacteriana aguda?
Não!!!
Em adultos, quais os achados radiográficos da sinusite bacteriana aguda?
- Velamento de seio.
- Nível hidroaéreo.
- Espassamento mucoso > 4 mm.
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Quais as incidências radiográficas na sinusite bacteriana aguda?
Walters (mento-naso) e Caldwell (fronto-naso).
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Qual o tratamento da sinusite bacteriana aguda?
Amoxacilina. Quando melhora do quadro, continuar por mais 7 dias.
Qual a clínica da celulite orbitária?
- Inflamação da pálpebra.
- Proptose.
- Dor à mobilização ocular.
- Redução da acuidade visual.
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Qual a conduta na celulite orbitária?
- Internação.
- Tomografia.
- Antibioticoterapia parenteral.
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Qual o quadro clínico da rinite alérgica?
- Espirros (geralmente em salva).
- Prurido nasal e ocular.
- Eosinófilos na secreção nasal.
- Palidez de mucosas.
- Hipertrofia de corneto.
- Má oclusão dentária.
Quais os fatores de risco para rinite alérgica?
- Exposição precoce a fórmulas infantis.
- Exposição ao tabagismo materno.
- Exposição a alérgenos. (o principal são ácaros do gênero Dermatophagoides sp.).
Qual a classificação da rinite alérgica quanto a frequencia dos sintomas?
- Intermitente: < 4 dias/semana ou < 4 semanas de duração.
- Persistente: o resto.
Qual a classificação da rinite alérgica quanto a gravidade dos sintomas?
- Leve: sono normal, sem prejuízo para as atividades habituais e sintomas não incomodam.
- Moderada a grave: sono anormal, prejuizo pra as atividades diárias e sintomas incomodam.
Qual o tratamento da rinite alérgica?
- Leve ou intermitente: anti-histamínicos (dexclorferinamina, cetirizina, loratadina, ebastina, etc).
- Moderada, grave ou persistente: corticóides nasais.
Criança vem ao PS devido há secreção mucopurulenta fétida da narina esquerda há 3 dias. Qual o diagnóstico?
Corpo estranho.
Qual a clínica do corpo estranha no nariz?
- Dor.
- Secreção mucopurulenta fétida e sanguinolenta.
- Obstrução UNILATERAL do nariz.
Escolar vem ao PS com dor de garganta e febre a 3 dias. Nega tosse ou coriza. Ao exame, exudado amigdaliano purulente e petéquias no palato. Ausência de esplenomegalia. Qual o diagnóstico?
Faringite estreptocócica.
Qual o agente da faringite estreptocócica?
S. pyogenes (estreptococo beta-hemolítico do grupo A).
Qual faixa etária mais acometida pela faringite estreptocócica?
5-15 anos.
OBS.: o principal agente causador de faringoamigdalite em pacientes < 5 anos é o adenovírus.
Qual a clínica da faringite estreptocócica?
- Início abrupto.
- Dor de garganta.
- Exudato amigdaliano branco-amarelado (pultáceo).
- Petéquias no palato (mais sugestivo).
- Febre alta.
- Adenomegalia cervical bilateral.
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Quais sintomas são sugestivos de faringoamigdalite viral?
- Tosse.
- Coriza.
- Obstrução nasal.
- Rouquidão.
Como é feito o diagnóstico de faringite estreptocócica?
- Teste rápido (muito específico, mas pouco sensível).
- Cultura (se teste rápido negativo).
Qual o tratamento da faringite estreptocócica?
- Penicilina G benzatina DU.
- Amoxicilina por 10 dias.
OBS.: só tratar APÓS confirmação laboratorial (teste rápido ou cultura).
Por que devemos tratar a faringite estreptocócica?
Previnir febre reumática (tratar até o 9º dia) e complicações supurativas.
Adolecente com faringite estreptocócica vem ao PS com odinofagia intensa, disfagia, sialoréia e não consegue abrir a boca. Qual o diagnóstico?
Abcesso periamigdaliano.
Qual a clínica do abcesso periamigdaliano?
- Trismo.
- Odinofagia.
- Diafagia.
- Sialorréia.
- Abaulamento da tonsila.
- Mais em adolecentes.
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Qual o tratamento dos abcessos periamigdalianos?
- Drenagem.
- Antibioticoterapia.
Criança em tratamento de faringite estreptocócica chega ao PS com odinofagia, torcicolo e sialorréia. Rx evidencia aumento do espaço retrofaríngeo. Qual o diagnóstico?
Abcesso retrofaríngeo.
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Qual a clínica do abcesso retrofaríngeo?
- Rigidez cervical/torcicolo.
- Odinofagia.
- Sialorréia
- Abaulamento da parede posterior da faringe.
- Mais comum em crianças < 5 anos.
Qual o risco dos abcessos retrofaríngeos?
Mediastinite.
Qual o tratamento do abcesso retrofaríngeo?
- Internação.
- Antibioticoterapia parenteral.
- Drenagem cirúrgica eletiva.
Paciente com dor de garganta. Ao exame apresenta secreção amigdaliana, linfonodos cervicais e axilares e esplenomegalia. Qual o diagnóstico?
Mononucleose infecciosa (vírus de Epstein-Barr).
Paciente com dor de garganta. Ao exame, presença de hiperemia tonsilar com vesículas e úlceras em faringe posterior. Alega que o irmão teve diarréia uma semana antes. Qual o diagnóstico?
Herpangina (coxsackie A)
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Paciente com dor de garganta, febre e lacrimejamento. Qual o diagnóstico?
Febre faringoconjuntival (adenovírus).
Qual a clínica da febre faringoconjuntival?
- Dor de garganta.
- Febre
- Conjuntivite não exudativa.
- Adenomegalia pré-auricular.
Paciente com odinofagia e halitose. Ao exame, pouco cuidado com a higiene bucal, achatamento de papila interdental e formação de pseudomembranas. Qual o diagnóstico?
Angina de Vincent.
Paciente com queixas de episódios recorrentes de febre alta, aftas e dor de garganta. Alega ser a quarta vez que vai ao PS no ano. Qual o diagnóstico?
PFAPA.
Qual a clínica da PFAPA?
- Periodicidade (8-12x ao ano, a cada 3-6 semanas).
- Febre.
- Aftas.
- Pharingite.
- Adenite.
Qual o tratamento da PFAPA?
Corticóide.
Paciente vem ao PS com dificuldade de respirar progressiva a 6 horas. Apresenta febre alta, estridor, tiragem, sialorréia e permanece em posição tripoide. Qual o diagnóstico?
Epiglotite aguda.
Qual o agente da epiglotite aguda?
H. influenzae tipo B.
Qual a clínica da epiglotite aguda?
- Instalação hiperaguda (6-12h).
- Prostração.
- Toxemia e febre alta.
- Dor de garganta.
- Estridor.
- Desconforto respirarório grave (tiragem, taquipnéia).
- Posição do tripé.
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Qual a conduta na epiglotite aguda?
- Intubação orotraqueal (epiglote edemaciada cor vermelho-cereja).
- Antibioticoterapia.
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Devemos solicitar exames na epiglotite aguda?
Não! Tratar logo!
Mas se mesmo assim tirar uma radiografia, qual o sinal radiológico da epiglotite aguda?
Sinal do polegar.
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Existe profilaxia pré e pós-exposição para epiglotite aguda?
- Pré-exposição: vacina.
- Pós-exposição: rifampicina (se não vacinado ou < 12 meses).
Paciente vem ao PS com queixa de tosse metálica, rouquidão e febre. Alega estar resfriado há 4 dias. Ao exame, presença de estridor. Qual o diagnóstico?
Laringotraqueíte/laringotraqueobronquite viral aguda/crupe viral.
Qual o agente da laringotraqueíte aguda?
Vírus Parainfluenza.
Qual a clínica da laringotraqueíte aguda?
- Pródromos catarrais (sempre!).
- Tosse metálica/ladrante.
- Rouquidão (muito sugestivo!).
- Febre.
- Estridor.
Qual o sinal radiográfico da laringotraqueíte aguda?
Sinal da torre.
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Qual o tratamento da laringotraqueíte aguda?
- Sem estridor em repouso: corticóide, sintomáticos e tratamento ambulatorial.
- Com estridor em repouso: NBZ com adrenalina, corticóide e reavalia a cada 2h.
Paciente em tratamento de laringotraqueíte aguda leve vai ao PS com piora do quadro, febre alta e secreção purulenta nas vias aéreas. Apresenta-se com estridor em repouso. SEm resposta à NBZ com adrenalina. Qual o diagnóstico?
Traqueíte bacteriana.
Qual o agente da traqueíte bacteriana?
S. aureus.
Qual a clínica da traqueíte bacteriana?
- Passado de laringotraqueíte.
- Toxemia e febre alta.
- Secreção traqueal purulenta.
- Estridor em repouso.
- Não resposta à NBZ com adrenalina.
Qual a conduta na traqueíte bacteriana?
- Internação.
- Antibioticoterapia parenteral.
- Cuidados intensivos, IOT.
Paciente chega de madruga ao PS com tosse metálica, rouquidão e estridor. Alega estar assintomático antes do episódio e que foi dormir bem, mas acordou de noite com os sintomas. Qual o diagnóstico?
Laringite espasmódica/estrudulosa.
Qual a clínica da laringite espasmódica?
- Ausência de pródromos virais.
- Tosse metálica.
- Rouquidão.
- Estridor
- Sem febre.
- Mais comum à noite.
Qual a clínica da difteria?
- Disfagia intensa.
- Membranas branco-acinzentadas em tonsilas, que sangram ao serem retiradas.
- Adenomegalia cervical (pescoço de touro).
- Febre baixa/inexistente.
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O que é laringomalácia?
Anomalia congênita da laringe que causa estridor crônico e persistente em lactentes.
Quis as características da laringomalácia?
- É a principal causa de estridor em lactentes (60%).
- Estridor desde as primeiras semanas de vida e que piora com a posição supina.
- Ausência de outros sintomas.
- Diagnóstico: broncoscopia (estreitamento da laringe na inspiração).
- Tratamento: expectante. Se grave (cor pulmonale, cianose), supraglotoplastia endoscópica.
Quais as outras causas de estridor em lactentes?
- Traqueomalácia: estridor expiratório e mais intenso na traquéia, sendo diagnosticado por broncoscopia rígida.
- Hemangioma subglóteo: mais comum em crianças < 6 meses, causa estridor inspiratório, sendo tratado com propanolol.
Qual a importância da pneumonia na pediatria?
Corresponde a 10-20% das mortes em crianças < 5 anos.
Qual o principal agente etiológico das pneumonias em pacientes < 2 meses?
- S. agalactiae (grupo B).
- Gram-negativos entéricos.
Qual o principal agente etiológico das pneumonias em pacientes > 2 meses?
- Vírus.
- S. pneumoniae (principal bacteriano).
- Mycoplasma pneumoniae
- S. aureus.
- Pseudomonas (fibrose cística).
OBS.: após a introdução da vacina antipneumocócica-10V, o principal agente em crianças < 5 anos são os vírus, e > 5 anos, o Mycoplasma pneumoniae.
Qual padrão radiográfico sugere (mas não confirma a etiologia) pneumonia bacteriana por agentes típicos?
Pneumonia lobar e broncopneumonia.
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Qual padrão radiográfico sugere (mas não confirma a etiologia) pneumonia bacteriana por agentes atípicos?
Padrão intersticial.
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O que é o sinal da vela de barco?
Imagem triangular do timo em crianças < 2 anos, mimetizando uma consolidação.
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Paciente de 3 anos vem ao PS com queixas de tosse, febre e dispnéia há 2 dias. Alega congestão nasal, vômitos e coriza antes do quadro. Qul o diagnóstico?
Pneumonia bacteriana aguda.
Qual o quadro clínico da pneumonia bacteriana aguda?
- Pródromos catarrais.
- Quadro hiperagudo (evolução de dias).
- Febre alta.
- Tosse e estertores pulmonares.
- Taquipnéia.
- Síndrome de consolidação pulmonar.
Quais os sinais de gravidade na pneumonia bacteriana aguda?
- Tiragem subcostal (para a OMS não é! Mas para as questões é!) e subdiafragmática.
- Batimento de asa nasal.
- Gemência.
- Cianose (muito grave).
- Vomita tudo.
- Não aceita líquidos.
Quais as características da pneumonia bacteriana aguda por S. aureus?
- Quadro grave rapidamente progressivo (prostração, desconforto respiratório).
- Toxemia.
- Frequentes derrames pleurais, cavitações e pneumatoceles.
- Presença de porta de entrada cutânea (furúnculo, piodermite, etc).
Deve-se fazer radiografia de tórax em crianças para diagnosticar pneumonia bacteriana aguda?
Não!!! Até porque Rx normal não exclui!
Quando solicitar Rx de tórax na pneumonia bacteriana aguda?
- Quadros graves.
- Internação hospitalar.
- Falha terapêutica.
Deve-se solicitar Rx para controle de cura na pneumonia bacteriana aguda?
Não!!!
Quais as alterações laboratoriais da pneumonia bacteriana aguda?
- Leucocitose com desvio a esquerda.
- Hemoculturas positivas (só em 30% dos casos).
Quais os critérios de internação na pneumonia bacteriana aguda?
- Sinais de gravidade.
- Idade < 2 meses.
- SatO2 < 92%.
- Sinais de toxemia e comprometimento do estado geral.
- Falha terapêutica.
Qual o tratamento da pneumonia bacteriana aguda?
- < 2 meses (hospitalar): ampicilina + gentamicina/amicacina.
- > 2 meses (ambulatorial): amoxicilina 50mg/kg/dia por 7-10 dias.
- > 2 meses (hospitalar): penicilina cristalina IV.
- Quadros graves: oxacilina + ceftriaxona.
- Reavaliar em 48-72h!
Quando suspeitar de complicações na pneumonia bacteriana aguda?
Falha terapêutica após 48-72h de iniciado o tratamento.
Qual a conduta na falha terapêutica da pneumonia bacteriana aguda?
Internar e solicitar radiografia.
Qual a principal complicação da pneumonia bacteriana aguda?
Derrame pleural.
Qual o achado rafiográfico do derrame pleural?
Velamento do seio costofrênico.
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Diante de um derrame pleural, qual o agente mais provável que causou a complicação?
Pneumococo (o S. aureus é o que mais causa, mas é prouco prevalente).
Qual a conduta frente a um derrame pleural?
Toracocentese diagnóstica.
Quais as características de um derrame parapneumônico na toracocentese?
Transudato.
Quando suspeitar de empiema na toracocentese?
- Líquido purulento.
- pH < 7,2.
- Glicose < 40.
- Bactérias.
Qual a conduta frente a um empiema?
- Drenagem torácica em selo d’água.
- Manter esquema terapêutico.
É preciso drenar o toráx se derrame pleural sem empiema?
Não.
Quais as outras complicações que justifica a falha terapêutica da pneumonia bacteriana aguda?
- Resistência bacteriana.
- Diagnóstico errado de pneumonia atípica.
Qual a conduta na resistência bacteriana?
Trocar esquema terapêutico.
O que são pneumatoceles?
- Lesões cavitárias de conteúdo aéreo.
- Não drenar (conduta expectante).
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Como identificar abcessos na radiografia de torax?
Cavitações de paredes espessas e presença de nível hidroaéreo.
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Qual a conduta frente a um abcesso pulmonar?
- Antibioticoterapia prolongada.
- Drenar se não melhora após 7-10 dias.
Paciente de 6 anos vem ao PS com queixa de tosse, otalgia e febre baixa a 3 semanas. Ao exame, presença de taquipnéia. Qual o diagnóstico?
Pneumonia atípica.
Quais os principais agentes da pneumonia atípica?
- Mycoplasma pneuminiae.
- Chlamydophila pneumonie.
Quail o quadro clínico das pneumonias atípicas?
- Idade > 5 anos.
- Quadro arrastado (evolução em semanas).
- Tosse e estertores pulmoares.
- Febre baixa.
- Taquipnéia.
- Manifestações extrapulmomares (ex.: cefaléia, odinofagia, dor abdominal, miringite bolhosa).
- Pode haver sibilos.
- Aumento de crioaglutininas.
Qual o tratamento das pneumonias atípicas?
Macrolídios (penicilinas NÃO funcionam).
Lactente de 2 meses apresenta tosse e taquipnéia a 2 semanas. Sem febre. Apresentou conjuntivite purulenta aos 4 dias de vida. Qual o diagnóstico?
Pneumonia afebril do lactente.
Qual o principal agente da pneumonia afebril do lactente?
Chlamydia trachomatis.
Qual o quadro clínico de pneumonia afebril do lactente?
- História de parto vaginal.
- Conjuntivite purulenta no início de vida.
- Tosse e taquipnéia arrastadas (após 1-3 meses).
- Ausência de febre.
Qual o principal achado laboratórial da pneumonia afebril do lactente?
Eosinofilia.
Qual o tratamento da pneumonia afebril do lactente?
Azitromicina ou eritromicina (risco de estenose hipertrófica do piloro).
Qual o principal diagnóstico diferencial da pneumonia afebril do lactente?
Coqueluche.
Qual o quadro clínico da coqueluche?
- Evolução trifásica.
- Paroxísmos: acessos de tosses intensos (pode ter cianose e rubor de face) seguidos por um guincho ou vômitos.
- Ausência de febre.
- Em < 3 meses: tosse e apnéia!!!
- Pode ter sibilos.
Quais as alterações laboratoriais e radiográficas na coqueluche?
- Linfocitose com leucocitose.
- Infiltrado perihilar (coração felpudo).
Qual o tratamento da coqueluche?
Azitromicina.
OBS.: azitromicina também é utilizada na QUIMIOPROFILAXIA em contactantes de sintomaticos:
< 1 ano independente de situação vacianal
1 a 7 anos se esquema vacinal incompleto
Lactente de 11 meses vem ao PS com quadro de taquipnéia e sibilância. Pais afirmam ser o primeiro episódio da vida do paciente. Qual o diagnóstico?
Bronquiolite viral aguda.
Qual o agente da bronquilite viral aguda?
Vírus sincicial respiratório (também a principal causa de pneumonia viral em < 2 anos).
OBS.: após o 1º ano, o rinovírus começa a ser uma causa importante de bronquiolite viral aguda.
Quais épocas do ano é mais comum a ocorrência de bronquilite viral aguda?
Outono e inverno (abril-agosto).
Qual a forma de transmissão da bronquilite viral aguda?
Contato direto (lavar as mãos!).
Qual a clínica da bronquilite viral aguda?
- Lactentes < 2 anos.
- Pródromos catarrais.
- Tosse e taquipnéia.
- Sibilos/tempo expirarório prolongado (ausência de sibilos NÃO descarta).
Quais os achados radiográficos da bronquilite viral aguda?
- Hiperinsuflação.
- Áreas de atelectasias.
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Como é o diagnóstico de bronquilite viral aguda?
Clínico (antígenos virais das secreções respiratórias ajudam).
Qual o tratamento da bronquilite viral aguda?
Suporte.
OBS.: a imunidade para o VSR não é completa, podendo o paciente ter vários episódios de bronquiolite ao longo da vida.
Quando internar uma criança com bronquilite viral aguda?
- Prematuros < 32 semanas (principal).
- < 3 meses.
- Sinais de gravidade.
OBS.: sexo masculino e tabagismo passivo tem maior chance de gravidade.
Qual o tratamento hospitalar da bronquilite viral aguda?
- Oxigênio.( canula nasal de alto fluxo)
- Nebulização com salina hipertonica a 3%
- Hidratação isotônica.
- Suporte nutricional (ex.: sonda).
OBS.: não usar broncodilatadores (nem pra prova terapêutica), corticóides ou fisioterapia respiratória!
Quais as indicações de profilaxia pós-exposição para a bronquilite viral aguda com anticorpo mococlonal (palivizumabe) ou imunoglobulina?
- RN prematuros < 28 semanas (MS) e < 1ano.
- RN < 2 anos com cardiopatias congênitas COM repercução hemodinâmica (de compensada não usar).
- RN < 2 anos com doença pulmonar da prematuridade ou crônica.
OBS.: após um episódio de bronquiolite, o lactente pode evoluir com episódios recorrentes de sibilância.
Quando suspeitar que o lactente sibilante pode ter asma (e não bronquilite viral aguda)?
- Critérios maiores: pai ou mãe com asma e dermatite atópica.
- Critérios menores: rinite alérgica, sibilância não relacionada a resfriado e eosinofilia > 4%.
OBS.: 1 critério maior + 1 critério menor = lactente com alto risco de asma.
Paciente com queixas de dispnéia e sibilância há 6 meses, com episódios progressivamente mais graves. Refere infecção pulmonar prévia. Qual o diagnóstico?
Bronquiolite obliterante (BOOP).
Quais as características da BOOP?
- Mais comum em pacientes com bronquiolite prévia por ADENOVÍRUS.
- Ocorre fibrose dos bronquíolos e ductos alveolares, levando a sua obliteração.
- Episódios progressivamente mais graves de sibilância, dispnéia e tosse.
- O padrão-ouro é a biópsia.
Quais os achados na TC da BOOP?
- Bronquiectasias.
- Perfusão em mosaico.
OBS.: o padrão-ouro é a biópsia.
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Quais as características de corpo estranho nas vias aéreas?
- Mais comum em crianças < 3 anos.
- Impacta mais comumente no brônquio direito.
- Se obstrução total: desconforto respiratório súbito associado a incapacidade de falar e tossir.
Quais as fases clínicas de corpo estranho nas vias aéreas?
- Primeira: paroxismos de tosse e sibilos.
- Segunda: assintomática.
- Terceira: obstrução, erosão e infecção.
Como é a investigação de corpo estranho nas vias aéreas?
- Rx (atelectasia, enfisemas segmentares e visualização do corpo estranho).
- Broncoscopia.
Qual a conduta no corpo estranho nas vias aéreas?
- Primeira fase: manobras de desobstrução (ex.: manobra de Heimlich).
- Segunda e terceira fases: broncoscopia.
Quais as características da pneumonia eosinofílica?
- Infiltrado intersticial.
- Eosinofilia.
- Eosinófilos no lavado bronquioalveolar.
Quais as características da pneumonia eosinofílica?
- Infiltrado intersticial. - Eosinofilia. - Lavado broncoalveolar com eosinofilia.
Paciente com queixas de infecções de vias aéreas de repetição desde os primeiros anos de vida. Apresenta bronquiectasias e situs inversus na tomografia computadorisada. Qual o diagnóstico?
Discinesia ciliar primária.
Quais as características da discinesia ciliar primária?
- Doença genética que leva ao funcionamento inadequado do epitélio ciliar, com prejuízo do clearence mucociliar.
- Causa infecções crônicas de vias aéreas desde o 1º ano de vida.
OBS.: o teste de óxido nítrico exalado encontra-se diminuído.
Qual o quadro clínico da discinesia ciliar primária?
TRÍADE DE KARTAGENER
- Pneumonias e sinusites de repetição.
- Bronquiectasias.
- Situs inversus totalis.
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