Síndromes Exantemáticas Flashcards
Quais doenças apresentam febre no momento do exantema?
Sarampo e rubéola.
Quais doenças apresentam o exantema após a febre?
Exantema súbito e eritema infecioso.
Quais doenças apresentam exantema papulovesicular?
Varicela e enterovisoses (ex.: doença mão-pé-boca).
Quais doenças causam exantema com alteração de cavidade oral?
Escarlatina, mononucleose e Doença de Kawasaki.
Qual o período de incubação médio dessas doenças?
1 a 3 semanas (exceto escarlatina e mononucleose).
Porque deve-se evitar AAS nessas doenças?
Evitar Síndrome de Reye (disfunção hepática com hipoglicemia e encefalopatia).
Quais os sintomas da síndrome de Reye?
Vômitos, sintomas neurológicos e coma.
Criança dois anos com febre alta, tosse, coriza e conjuntivite com fotofobia apresenta rash morbiliforme. Apresenta manchas brancas na mucosa jugal a nível dos pré-molares. Qual o diagnóstico?
Sarampo.
Qual o agente causasor do sarampo?
Paramixovírus.
Qual o período de transmissão do sarampo?
3 dias antes até 4-6 dias depois do rash (se imunodeprimido, durante toda a doença).
Como é a transmissão do sarampo?
Aerossól.
Qual a taxa de infecção?
90%
Quais os achados da fase prodrômica?
- Sintomas respiratórios (tosse e coriza).
- Conjuntivite não-purulenta com fotofobia.
- Manchas de Koplik (manchas brancas na mucosa jugal, ao nível dor pré-molares): patognomônicas!
- Febre (atinge o máximo no início do exantema).
Qual a característica do exantema?
Mobiliforme (lesões com áreas sadias entremeadas) e maculopapular.
Quando incia o rash no sarampo?
No pico da febre, quando há piora dos sintomas.
Qual é o padrão de propagação do rash?
Início RETROAURICULAR (depois, seguindo a linha de implantação do cabelo), de progressão crânio-caudal.
Quais achados presentes na fase de convalecença?
Descamação furfurácea (fina) e tosse (é único sintoma presente em todas as fases, sendo o último a desaparecer).
Qual a complicação bacteriana mais frequente?
Otite média aguda.
Qual a complicação que mais mata?
Pneumonia (pelo sarampo, S. pneumonie, S. aureus ou H. influenzae).
Paciente após 10 após adoecer de sarampo apresenta alterações de comportamento, evoluindo para mioclonias, coma, disautonomias e morte. Qual o diagnóstico?
Panencsefalite esclerosante subaguda.
Quando é possível fazer o diagnóstico sorológico (IgM) do sarampo?
Após 2 dias do início do exantema.
Qual o tratamento do sarampo?
- Suporte.
- Suplementar vitamina A.
Deve-se isolar o paciente com sarampo?
Sim, com profilaxia para transmissão aérea (quarto privativo com pressão negativa, portas e janelas fechadas, máscara N95).
Qual a medida de prevenção pré-exposição?
Vacinação (tríplice viral e tetraviral).
OBS.: crianças entre 6 e 12 meses recebem uma dose zero da vacina!
Quem recebeu a vacina está protegido 100%?
Não, pode desenvolver uma forma branda (Infecção Inaparente).
Quais as medidas de prevenção pós-contato?
Vacinação de bloqueio (até 3 dias) e imunoglobulina (até 6 dias): Sarampo 36!
Quais as indicações da vacinação de bloqueio?
Pacientes > 6 meses de idade suceptiveis após contato.
OBS.: fazer até o 3º dia.
A vacinação de bloqueio Em pacientes < 1 ano conta como vacina do calendário vacinal?
Não! Deve-se fazer as doses de tríplice e tetraviral.
Quais as indicações do uso da imunoglobulina?
- Crianças < 6 meses.
- Imunodeprimidos
- Gestantes.
OBS.: fazer até o 6º dia.
Qual o principal motivo para o surto de sarampo nos anos de 2018 e 2019?
Cobertura vacinal inferior ao recomendado (medo de reações, falsa sensação de segurança, desconhecimento de um calendário vacinal e notícias falsas).
OBS.: o Brasil perdeu o selo de país livre de sarampo depois de casos autóctones adquiridos a partir de imigrantes.
Criança de 2 anos com febre, adenoparia occipital e rash róseo. Qual o diagnóstico?
Rubéola.
Qual o agente causador da rubéola?
Togavírus.
Qual o período de transmissão da doença?
5 dias antes até 6 dias depois do exantema.
Quais as manifestações da fase prodrômica?
Linfadenomegalia occipital, retroauricular e cervical posterior (as 3 juntas = sinal de Theodor).
OBS.: o acometimento da cadeia cervical anterior também é comum!
Como é o exantema da rubéola?
Maculopapular róseo (rubeoliforme), de curta duração (3 dias).
Qual a distribuiçãp do exantema na rubéola?
Crânio-caudal, surgindo no pescoço.
Há algum enantema na rubéola?
Sim, manchas de Forchheimer (lesões rosadas em palato mole).
Qual o tratamento da rubéola?
Suporte.
Por quanto dempo deve-se isolar a criança com rubéola?
7 dias após o exantema.
Como é feita a prevenção pré-exposição?
Vacinação (tríplice e tetraviral).
Como é feita a profilaxia pós-exposição?
Vacina de bloqueio até o 3º dia (exceto gestantes).
OBS.: antes de vacinar, avaliar o estado vacinal dos expostos (só fazer bloqueio vacinal em pacientes não protegidos).
Gestantes podem receber a vacina de bloqueio?
Não (vírus vivo atenuado).
Pode haver reinfecção em pessoas imunizadas?
Sim, mas é assintomática.
Criança de 3 anos vem com eritema malar bilateral. Relata febre há 2 semanas. No dia seguinte, apresenta rash reticular no corpo apó pegar sol. Qual o diagnóstico?
Eritema infeccioso.
Qual o agente causador do eritema infeccioso?
Parvovírus B19.
A doença ocorre antes, durante ou após a viremia?
Após a viremia (reação imunomediada).
Paciente com eritema infeccioso transmite a doença durante o rash?
Não!
Qual a principal característica do eritema infeccioso?
Evolução trifásica.
Como é a evolução trifásica do eritema infeccioso?
- Eritema malar bilateral (“faces esbofeteadas”).
- Exantema macular reticulado/rendilhado.
- Eritema recidivante.
Como é a progressão do exantema no eritema infeccioso?
Crânio-caudal, mais em regiões extensoras, poupando palmas e plantas.
O que desencadeia o eritema recidivante?
- Sol.
- Calor.
- Exercírcios.
- Estresse.
OBS.: a transmissão do vírus é aérea.
Deve-se contraindicar exercírcios e exposição solar a um paciente com eritema infeccioso?
Não, mesmo que desencadeia uma recidiva do rash.
Qual a principal complicação do eritema infeccioso?
Artropatia.
Qual complicação grave pacientes com anemias hemolíticas (ex.: falcêmicos) desenvolvem com o parvovírus B19?
Crise aplásica (anemia grave com reticulopenia).
Pacientes com crise aplásica transmitem o parvovírus B19?
Sim, ela ocorre na fase de viremia.
O que ocorre ao feto quando uma gestante adquire o parvovírus B19?
Hidrópsia fetal não-imune.
Lesões purpúricas, simétricas e indolores em mãos e pés causasas pelo parvovírus B19. Qual o diagnóstico?
Síndrome de luvas e meias.