Neonatologia Flashcards

1
Q

Qual a classificação do RN de acordo com a idade gestacional?

A
  • < 37 semanas: pré-termo.
  • 37-42 semanas: termo.
  • > 42 semanas: pós-termo.

OBS.: os RN pré-termos podem ser tardios/limítrofes (34-36 semanas) ou extremos (< 28 semanas).

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2
Q

Qual a classificação do RN de acordo com o peso ao nascimento?

A
  • < 2500g: baixo peso.
  • < 1500g: muito baixo peso.
  • < 1000g: extremo baixo peso.
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3
Q

Qual a classificação do RN de acordo com a relação peso/idade gestacional ao nascimento?

A
  • Pequeno para a idade gestacional (PIG): abaixo do percentil 10.
  • Adequado para a idade gestacional: entre o percentil 10 e 90.
  • Grande para a idade gestacional: acima de 90.

OBS.: RN a termo com < 2.000g = PIG.

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4
Q

Quais as possíveis complicações de um RN PIG?

A
  • Asfixia perinatal.
  • Hipoglicemia.
  • Hipotermia.
  • Policitemia.
  • Hemorragia pulmonar.
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5
Q

Quais os tipos de restrição do crescimento intrauterino?

A
  • Simétrica: ocorre no início da gestação, afetando o corpo por igual.
  • Assimétrica: ocorre no final da gestação, poupando o crescimento cefálico.
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6
Q

Como é o padrão de circulação no feto?

A
  • Grande resistência vascular pulmonar.
  • Aporte de sangue oxigenado pela v. umbilical.
  • Shunt direita-esquerda pelo forame oval (átrio direito → átrio esquerdo) e canal arterial (a. pulmonar → a. aorta).
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7
Q

Quais as modificações na circulação fetal após o nasciento?

A
  • Diminuição da resistência vascular pulmonar.
  • Aumento da resistência vascular sistêmica.
  • Fechamento do canal arterial (após 5-7h) e do forame oval.

OBS.: no nascimento, devido ao aumento da resistência vascular periférica e diminuição da pulmonar, o sangue do canal arterial passa da a. aorta para a a. pulmonar.

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8
Q

Qual a utilidade do escore APGAR?

A

Avaliar a eficácia das manobras de ressucitação (e não definir o seu início).

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9
Q

Quais os parâmetros avaliados pelo APGAR?

A

APGAR!

  • Aparência (cianose central e periférica).
  • Pulso (frequência cardíaca).
  • Gestos (irritabilidade reflexa).
  • Atividade (tônus).
  • Respiração.

OBS.: o APGAR do primeiro minuto é relacionado com o pH fetal, e o do quinto, com o prognóstico do RN.

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10
Q

Qual a pontuação do APGAR?

A
  • Normal: 2 pontos.
  • Meio termo: 1 ponto.
  • Ausente: 0 pontos.
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11
Q

Quais os cuidados pós-natais feitos na internação?

A
  • Vitamina K.
  • Pomada de eritromicina/tetraciclina no olho (e não nitrato de prata).
  • Vacinas (BCG e hepatite B).
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12
Q

Quais as dermatoses benignas do período neonatal?

A
  • Eritema tóxico.
  • Melanose pustulosa.
  • Miliária.
  • Manchas salmão.
  • Manchas mongólicas.
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13
Q

Quis as características do eritema tóxico?

A
  • Ocorre em RN a termo no 2º dia de vida.
  • Exantema maculopapular e pustuloso que poupa palmas e plantas.
  • Aspecto em “picada de inseto”.
  • Lesões ricas em eosinófilos.
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14
Q

Quis as características da melanose pustulosa?

A
  • Presentes desde o nascimento.
  • Mais comum em negros.
  • Ocorre pústulas, descamação e hiperpigmentação.
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15
Q

Quis as características da miliária?

A
  • Obstrução das glândulas sudoríparas.
  • Pode sersuperficial (gotas de orvalho) ou profundas (rubra).
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16
Q

Quais as características das manchas salmão?

A
  • Decorrem de ectasia vascular.
  • Mais comum na glabela.
  • Pioram com o choro.
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17
Q

Quis as alterações no escalpe do período neonatal?

A
  • Bossa serossanguínea: edema subcutâneo não limitado às suturas cranianas, com sinal de Godet (cacifo) positivo.
  • Cefalohematoma: hemorragia subperiosteal limitada às suturas cranianas (pode causar icterícia).
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18
Q

Quis as alterações abdominais do período neonatal?

A
  • Onfalocele: herniação do conteúdo abdominal pela base do cordão umbilical.
  • Gastrosquise: herniação do conteúdo abdominal por defeito paraumbilical, não revestido pelo cordão.

OBS.: apenas a onfalocele (e não a gastrosquise) pode estar associada a outras má-formações (ex.: síndrome de Beckwith-Wiedmann).

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19
Q

O que é paralisia braquial de Erb-Duchene?

A
  • Lesão das raíses de C5 e C6 devido à tocotraumatismos por hiperextensão do pescoço ou fratura de clavícula.
  • Membro em adução e rotação interna do braço e pronação do antebraço.
  • Ocorre perda do reflexo de moro no lado afetado,mas com preservação da prensão palmar..
  • Tratar com fisioterapia (principal) e imobilização do membro.
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20
Q

Quais as manobras utilizadas para avaliar displasia do quadril?

A
  • Barlow: manobra provacativa, avaliando a instabilidade articular.
  • Ortolani: manobra que reduz a articulação luxada.

OBS.: quaquer uma das duas positivas = reavaliar na 3ª ou 4ª semana de vida. Se persistir, USG.

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21
Q

Quais os escores que avaliam a idade gestacional após o parto?

A
  • Capurro: a partir de 29 semanas.
  • New Ballard: entre 22 e 44 semanas.
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22
Q

Quais os critérios avaliados no escore de capurro?

A
  • Testura da pele.
  • Orelha.
  • Glândulas mamárias.
  • Pregas plantares.
  • Aréola.
  • Sinal do cachecol/xale.
  • Posição da cabeça.
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23
Q

Quais as conjuntivites no período neonatal?

A
  • Química (nitrato de prata): até 48h.
  • Infecciosa (gonococo): do 2º ao 5º dia.
  • Infecciosa (clamídia): após o 5º dia.
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24
Q

Quais as conduta nas conjuntivites neonatais?

A
  • Química: observação
  • Infecciosas: swab, ceftriaxona + macrolídeo e lavagem ocular com solução salina.

OBS.: a proflaxia é feita com pomada de eritromicina (apenas a gonocócica)

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25
Q

Quais os fatores de risco da síndrome da morte súbita do lactente?

A
  • Dormir em posição prona/decúbito ventral (principal).
  • Dormir na cama com os pais.
  • Tabagismo materno.
  • Hipertermia.
  • Prematuridade.

OBS.: chupeta, decúbito dorsal e lateral são fatores de proteção!

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26
Q

Quais os exames de triagem neonatal?

A
  • Teste do pezinho.
  • Teste do coraçãozinho.
  • Teste da orelhinha.
  • Teste do olhinho (reflexo vermelho).
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27
Q

Qual o melhor período para se realizar o teste do pezinho?

A

Entre o 3º e 5º dia de vida.

OBS.: nunca fazer < 48h (falso positivo para hipotireoidismo e falso negativo para fenilcetonúria) e > 30 dias (falso negativo para fibrose cística).

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28
Q

Quais as doenças pesquisadas no teste do pezinho?

A

3Hs e 3Fs!

  • Hipotireoidismo
  • Hemoglobinopatia S: FA (normal), FAS (traço falcêmico) e FS (anemia falciforme).
  • Hiperplasia adrenal congênita.
  • Fenilcetonúria (PKU).
  • Fibrose cística (IRT).
  • DeFiciência de biotinidase.

OBS.: 2020 → TOXOPLASMOSE!!!

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29
Q

Quais as características do teste do coraçãozinho?

A
  • Avalia cardiopatias crísticas (canal-dependente).
  • Deve ser feito entre 24-48h de vida.
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30
Q

Como é feito o teste do coraçãozinho?

A
  • Oxímetro no membro superior direito e em qualquer membro inferior.
  • Normal: SatO2 > ou = 95% E diferença entre os membros < 3%.
  • Anormal: SatO2 < 95% OU diferença entre membros > ou = 3%.
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31
Q

Qual a conduta no teste do coraçãozinho alterado?

A
  • Repetir teste em 1h.
  • Se persistir, realizar ecocardiograma.
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32
Q

Quais os exames realizados no teste da orelhinha?

A
  • Emissões otoacústicas evocadas (EOA): avalia a via pré-neural com o paciente dormindo.( RN de baixo risco)
  • Potencial auditivo do tronco encefálico (BERA): avalia a via neural, mais precisa de sedação e tem muito falso-positivo.
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33
Q

Quais as doenças identificadas no teste do olhinho (reflexo vermelho)?

A
  • Catarata congênita.
  • Glaucoma congênito.
  • Retinoblastoma.
  • Retinopatia da prematuridade.
  • Inflamações introculares da retina e vítreo.
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34
Q

Qual o comportamento das infecções congênitas em relação a idade gestacional?

A
  • Início da gestação: baixa transmissibilidade e alta infectividade (exceto rubéola → alta transmissibilidade e infectividade).
  • Final da gestação: alta transmissibilidade e baixa infectividade.
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35
Q

Quais sinais e sintomas podem estar presentes em todos os pacientes com infecções congênitas?

A
  • Hepatoesplenomegalia.
  • Icterícia.
  • Microcefalia.
  • Coriorretinte.
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36
Q

RN com 2 semanas de vida apresenta rinorréia mucossanguinolenta e choro intenso à mobilização. Ao exame, presença de exantema palmoplantat. Qual o diagnóstico?

A

Sífilis congênita.

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37
Q

Qual o quadro clínico da sífilis congênita precoce (< 2 anos)?

A
  • Pênfigo palmoplantar.
  • Rinite serossanguinolenta.
  • Condiloma plano.
  • Osteocondrite (choro à manipulação).
  • Pseudoparalisia de Parrot.
  • Periostite.

OBS.: as lesões cutaneomucosas são altamente contagiosas!

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38
Q

Qual o quadro clínico da sífilis congênita tardia (> 2 anos)?

A
  • Fronte olímpica.
  • Nariz em sela.
  • Dentes de Hitchinson e molares em amora.
  • Tíbia em sabre.
  • Articulação de Clutton (derrame articular estério dos joelhos).
  • Coriorretinite (lesões em sal e pimenta).
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39
Q

Quais exames devemos solicitar na suspeita de sífilis congênita?

A
  • VDRL.
  • FTA-Abs.
  • Avaliação do líquor.
  • Radiografia de ossos longos.
  • Hemograma.
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40
Q

Quais os achados do VDRL sugestivos de sífilis congênita?

A
  • VDRL > materno em pelo menos 2 diluições: sífilis congênita.
  • VDRL < ou = materno (ou maior, porém menos que 2 diluições): questionar diagnóstico (podem ser anticorpos da mãe).

OBS.: VDRL materno até 1:4 é considerado não-reagente.

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41
Q

Quais os achados sugestivos no líquor de sífilis congênita? ( neurossifilis)

A
  • VDRL positivo. ou
  • > 25 leucócitos/mm3.ou
  • > 150 proteínas/mm3.
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42
Q

Como é o manejo adequado da sífilis durante a gestação?

A
  • Tratar com penicilina benzatina na dose correta para a fase da doença.
  • Iniciar tratamento até 30 dias antes do parto.
  • Registro de queda no VDRL.
  • Avaliar e tratar parcerias sexuais (se necessário).
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43
Q

Qual o tratamento da sífilis congênita em pacientes com mães tratadas inadequadamente?

A
  • Com alterações clínicas ou laboratoriais: penicilina procaína (líquor normal) ou cristalina (líquor alterado) por 10 dias.
  • Sem alterações clínicas ou laboratoriais (VDRL negativo): penicilina benzatina DU.

OBS.: nessa situação, deve-se colher TODOS os exames (hemograma, rx de ossos longos e líquor) e notificar como caso de sífilis congênita.

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44
Q

Qual o tratamento da sífilis congênita em pacientes com mães tratadas adequadamente?

A
  • VDRL reagente > materno em 2 ou mais diluições: colher todos os exames + penicilina procaína ou cristalina por 10 dias.
  • VDRL reagente < materno em 2 ou mais diluições: acompanhar (se exame físico normal) ou colher todos os exames + penicilina procaína ou cristalina por 10 dias (se exame físico alterado).
  • VDRL não reagente com criança sintomática: procurar outras infecções congênitas.

OBS.: nessa situação, deve-se colher inicialmente apenas o VDRL.

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45
Q

Como é o segmento nos casos de sífilis congênita?

A
  • Avaliações mensais até o 6º mês e bimestrais até o 18º mês.
  • Avaliar VRDL com 1, 3, 6, 12 e 18 meses OU até 2 exames negativos (geralmente negativa com 6 meses).
  • Avaliação semestral neurológica, oftalmológica e audiológico por 2 anos.
  • Avaliação do semestral do líquor (se positivo).

OBS.: alguma alteração, repetir esquema terapêutico.

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46
Q

Como deve ser a queda do VRDL após o tratamento de sífilis congênita?

A

2 títulos em 3 meses ou 4 títulos em 6 meses!

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47
Q

RN com queixas de hidrocefalia. TC de crânio revela calcificações intracranianas difusas. Qual o diagnóstico?

A

Toxoplasmose congênita.

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48
Q

Qual a clínica da toxoplasmose congênita?

A

Tríade de Sabin!

  • Coriorretinite (podendo ocorrer apenas na vida adulta).
  • Hidrocefalia.
  • Calcificações intracranianas DIFUSAS.
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49
Q

Como interpretar a situação sorológica materna da toxoplasmose durante a gestação?

A
  • IgM - e IgG -: mãe suceptível.

- IgM - e IgG +: imunidade.

  • IgM + e IgG -: repetir sorologia em 3 meses. Se IgG +, confirmar infecção.
  • IgM + e IgG +: solicitar teste de avidez do IgG. Se elevado, infecção a > 3 meses.
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50
Q

Como é feita a avaliação pré-natal do RN na toxoplasmose durante a gestação?

A
  • USG semanal.
  • Coleta de líquido amniótico para PCR (entre 17-21 semanas de gestação).

OBS.: se mãe HIV, não colher o líquido amniótico!

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51
Q

Como é feita a avaliação pós-natal do RN na toxoplasmose durante a gestação?

A

Sorologia com IgM + (qualquer valor) ou IgG > 4x títulos maternos.

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52
Q

Qual o tratamento da toxoplasmose congênita?

A
  • Infecção materna: espiromicina.
  • Infecção fetal: sulfadiazida + pirimetamina + ácido folínico.
  • Tratamento pós-natal (mesmo se assintomático): sulfadiazida + pirimetamina + ácido folínico por 12 meses.
  • Corticóide: se retinite OU proteína liquórica > 1000mg/dl.
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53
Q

RN vem ao serviço com queixas de surde. TC de crânio com calcificações periventriculares. Qual o diagnóstico?

A

Citomegalovirose congênita.

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54
Q

Qual a clínica da citomegalovirose congênita?

A
  • Surdez (principal).
  • Calcificações intracranianas PERIVENTRICULARES.
  • Coriorretinite.
  • Exantema petequial.
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55
Q

Como é o diagnóstico da citomegalovirose congênita?

A

Presença de vírus na urina e saliva do RN nas primeiras 3 semanas de vida (PCR).

OBS.: mesmo mães IgG positivas podem transmitir o vírus para o feto (reativação da doença).

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56
Q

Qual o tratamento da citomegalovirose congênita?

A

Ganciclovir por 6 semanas.

OBS.:em casos leves, é possível o uso de valganciclovir por 6 meses.

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57
Q

Como é o segmento na citomegalovirose congênita?

A

Avaliação auditiva até os 6 anos.

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58
Q

RN vem ao PS com queixas de não reagir a ruídos e cansaço após as mamadas. Ao exame, presença de sopro sistólico e reflexo vermelho negativo. Qual o diagnóstico?

A

Rubéola congênita.

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59
Q

Qual a clínica da rubéola congênita?

A
  • ICC + sopro → cansa após mamada!.
  • Catarata congênita.
  • Surdez.
  • Microcefalia.
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60
Q

Quais as alterações cardíacas da rubéola congêncita?

A
  • Persistência do canal arterial.
  • Estenose de a. pulmonar.

OBS.: só pega vaso (e não miocárdio).

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61
Q

Como é o diagnóstico da rubéola congênita?

A

IgM + no RN.

OBS.: não tem tratamento.

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62
Q

RN vem ao PS com queixas de lesões cicatriciais e hipoplasia de membros ao nascimento. Qual o diagnóstico?

A

Varicela congênita.

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63
Q

Qual a clínica da varicela congênita?

A
  • Lesões cutâneas cicatriciais.
  • Hipoplasia de membros.
  • Microftalmia.
  • Microcefalia.
64
Q

Quais as características da infecção congênita e perinatal pelo herpes vírus?

A
  • Congênita: rara e muito grave (lesões cutâneas, alterações oculares e microcefalia).
  • Perinatal: ocorre no momento do parto (herpes ativo no canal de parto = cesareana).
65
Q

Quais as características da infecção congênita pelo zika vírus?

A
  • Microcefalia (< 30,54cm em meninos e < 30,24cm em meninas).
  • Desproporções craniofaciais.
  • Hipertonia.
  • Persistência de reflexos primitivos.

OBS.: o primeiro exame é USG transfontanela!

66
Q

Quais infecções congênitas cursam com microcefalia e calcificações cerebrais?

A
  • Toxoplasmose.
  • Citomegalovírus.
  • Zika vírus.
  • Vírus da coriomeningite linfocitária.
67
Q

RN vem ao serviço por dispnéia e hipotermia. História de ruptura de membranas ovulares por 20 horas durante o trabalho de parto. Qual o diagnóstico?

A

Sepse neonatal.

68
Q

Qual a classificação da sepse neonatal?

A
  • Precoce: primeiras 48-72h de vida (até 1 semanas).
  • Tardia: após 1 semana de vida.
69
Q

Quais os agentes etiológicos da sepse neonatal?

A
  • Precoce: estreptococos do grupo B/GBS (S. agalactiae), E. coli.
  • Tardia: estafilococus coagulase negativos, S. aureus e gram-negativos.
70
Q

Quais os fatores de risco para sepse neonatal?

A
  • Ruptura de membranas ovulares > 18h.
  • Corioamnionite (febre, taquicardia materna ou fetal, dor uterina e líquido amniótico fétido).
  • Infecção urinária.
  • Colonização cervical pelo GBS.
  • Prematuridade.
71
Q

Qual o quadro clínico da sepse neonatal?

A
  • Desconforto respiratório.
  • Taquipnéia.
  • Taquicardia.
  • Hipo ou hipertermia.
  • Choque.
72
Q

Quis os exames utilizados no diagnóstico de sepse neonatal?

A
  • Relaçãp neutrófilos totais/imaturos > ou = a 2 (desvio a esquerda).
  • Neurropenia.
  • Aumeto da PCR.
  • Culturas (sangue, líquor e urina).
73
Q

Quando indicar profilaxia intraparto com penicilina cristalina, cefalexina ou amoxacilina para GBS?

A
  • Bacteriúria por GBS em qualquer momento da gestação.
  • Sepse neonatal prévia.
  • Ruptura de membranas > 18h.
  • Temperatura materna > 38°C.
  • Cultura positiva para GBS no swab de 36 semanas.
74
Q

Qual o tratamento da sepse neonatal?

A
  • Precoce: ampicilina + gentamicina.
  • Tardia: depende da prevalência do microorganismo.
75
Q

Qual a conduta no RN assintomático com fatores de risco para sepse neonatal?

A
  • Corioamnionite: ATB + culturas.
  • Mãe sem profilaxia para GBS e parto < 37 semanas OU rotura de membranas > 18h: avaliação diagnostica LIMITADA( hemograma, hemoculturas, PCR)
  • Resto: observação por 48h.
76
Q

RN pré-termo de 32 semanas de gestação apresenta dispnéia 4 horas após o nascimento. Qual o diagnóstico?

A

Síndrome do desconforto respiratório (doença da membrana hialina).

77
Q

Qual a causa da síndrome do desconforto respiratório do RN?

A

Deficiência de surfactente pulmonar, reduzindo a complacência pulmonar e aumentando o esforço respiratório.

78
Q

Quais os fatores de risco para síndrome do desconforto respiratório do RN?

A
  • Prematuridade (principal).
  • Diabetes materno.
  • Sexo masculino.

OBS.: sofrimento fetal crônico e CIUR protegem!

79
Q

O que é o boletim de Silverman-Andersen?

A
  • Escore de 0 a 10 utilizado para avaliar o grau de desconforto respiratório de um recém-nascido.
  • Valores > ou = 4 indicam desconforto respiratório moderado, e > ou = a 7, grave.
80
Q

Quais os parâmetros avaliados no boletim de Silverman-Andersen?

A
  • Movimentos de tórax e abdome.
  • Retração costal.
  • Retração xifóide.
  • Batimento das asas do nariz.
  • Gemido expiratório.
81
Q

Qual a clínica da síndrome do desconforto respiratório do RN?

A
  • Desconforto respiratório progressivo (se grave, logo na sala de parto).
  • Taquipneia.
  • Gemência.

OBS.: ocorre piora nas primeiras 48-72h, com melhora progressiva em seguida.

82
Q

Quais os achados radiográficos da síndrome do desconforto respiratório do RN?

A
  • Padrão reticulogranular difuso (em vidro moído).
  • Aerobroncogramas.
83
Q

Qual o tratamento da síndrome do desconforto respiratório do RN?

A
  • CPAP precoce (ainda na sala de parto, após APAS).
  • Intubação orotraqueal (se falha do CPAP, apneia persistente, pH < 7,2 ou PCO2 > 60).
  • Surfactante (casos graves e IOT).
  • Antibiotico (dificuldade de distinguir de sepse neonatal).

OBS.: o uso antenatal de corticóides (betametasona e dexametasona) previnem a síndrome do desconforto respiratório do RN!

84
Q

Qual o principal diagnóstico diferencial da síndrome do desconforto respiratório do RN?

A

Pneumonia neonatal.

85
Q

Quais as características da pneumonia neonatal?

A
  • Ocorre por sepse neonatal.
  • Fatores de risco para sepse (corioamnionite, rotura de membranas > 18h…).
  • Desvio a esquerda, neutropenia.
  • Tratar com ampicilina + gentamicina.
86
Q

RN a termo inicia quadro de taquipnéia após o nascimento. Parto cesareana. Qual o diagnóstico?

A

Taquipneia transitória do RN (síndrome do pulmão úmido).

87
Q

Como ocorre a taquipneia transitória do RN?

A

Distúrbio da reabsorção do líquido pulmonar, de evolução benigna.

88
Q

Quais os fatores de risco da taquipneia transitória do RN?

A
  • Cesareana eletiva sem trabalho de parto (principal).
  • Macrossomia fetal.
  • Sedação materna.
  • Asfixia perinatal.
89
Q

Qual a clínica da taquipneia transitória do RN?

A
  • Taquipnéia logo após o nascimento.
  • Resolução expontânea em 24-72h.
90
Q

Quais os achados radiográficos da taquipneia transitória do RN?

A
  • Aumento da trama vascular pulmonar.
  • Congestão hilar.
  • Cisura espessada.
  • Aumento da área cardíaca.
91
Q

Qual o tratamento da taquipneia transitória do RN?

A
  • Suporte.
  • CPAP com FiO2 < 40%.
92
Q

RN com 42 semanas de gestação desenvolve grave dispnéia pós-parto. História de líquido amniótico meconial. Qual o diagnóstico?

A

Síndrome da aspiração meconial.

93
Q

Como ocorre a síndrome da aspiração meconial?

A

Obstrução bronquiolar e efeito de válvula pelo mecônio.

94
Q

Quais os fatores de risco para a síndrome da aspiração meconial?

A
  • Sofrimento fetal.
  • RN pós-termo.
  • Parto pélvico.
95
Q

Qual a clínica da síndrome da aspiração meconial?

A
  • Dispnéia.
  • Presença de mecônio no líquido amniótico.
96
Q

Quais os achados radiográficos da síndrome da aspiração meconial?

A
  • Infiltrado pulmonar grosseiro e difuso.
  • Hiperinsuflação.
  • Pneumotórax.
  • Atelectasias.
97
Q

Qual o tratamento da síndrome da aspiração meconial?

A
  • CPAP ou VMI.
  • Surfactante (o mecônio inibe a ação do surfactante).
  • Antibioticoterapia.
98
Q

Qual a principal complicação da síndrome da aspiração meconial?

A

Hipertensão pulmonar persistente.

99
Q

Como ocorre a hipertensão pulmonar persistênte?

A

Aumento da resistência vascular pulmonar, direcionando a circulação para o canal arterial e forame oval (persistência da corculação fetal).

100
Q

Qual o quadro clínico da hipertensão pulmonar persistênte?

A
  • Desconforto respiratório.
  • Cianose progressiva.
  • Grande labilidade na oxigenação após choro ou manipulação.
  • Diferença na SatO2 pré e pós-ductal.
  • Sopro de regurgitação tricúspide.
101
Q

Qual o tratamento da hipertensão pulmonar persistênte?

A
  • VMI.
  • Óxido nítrico.
102
Q

Quais comolicações o excesso de O2 pode causar no RN?

A
  • Displasia broncopulmonar.
  • Retinopatia da prematuridade.
103
Q

O que é displasia broncopulmonar?

A

Dependência prolongada de O2 (FiO2 > 21%) por mais de 28 dias.

104
Q

Quais os fatores de risco para displasia broncopulmonar?

A
  • Uso de O2.
  • Prematuridade.
  • VMI.
  • Desnutrição.
  • Deficiência de vitamina A.
105
Q

Qual a clínica da displasia broncopulmonar?

A
  • Taquipnéia.
  • Desconforto respiratório.
  • Creptações.
106
Q

Quais os achados radiográficos da displasia broncopulmonar?

A
  • Hiperinsuflação.
  • Áreas de fibrose.
107
Q

Qual o tratamento da displasia broncopulmonar?

A
  • Suplementar O2.
  • Diuréticos (furosemida, hidroclorotiazida e espironolactona).
  • Beta-agonistas.
  • Metilxantinas (ex.: cafeína).
108
Q

O que é a retinopatia da prematuridade?

A

Vascularização deficiente da retina devido ao aumento da concentração de O2.

109
Q

Quais as características da retinopatia da prematuridade?

A
  • Pode causar cegueira (controlar a administração de O2).
  • Mais comum em prematuros.
  • Tratar com fotocoagulação.
110
Q

O que é apnéia da prematuridade?

A

Pausa na respiração > 20s OU qualquer tempo se cianose ou bradicarda.

OBS.: pausas de 10-15s são normais em prematuros.

111
Q

Quais os mecanismos da apnéia da prematuridade?

A
  • Imaturidade do centro respiratório.
  • Instabilidade faríngea.
112
Q

Qual o tratamento da apnéia da prematuridade?

A
  • Estimulaçãp tátil.
  • CPAP.
  • Metilxantinas (também prevínem).
113
Q

Quais os mecanismos da icterícia fisiológica do RN?

A
  • Aumento da massa eritrocitária com meia-vida menor.
  • Aumento da circulação êntero-hepática.
  • Menor captação e conjugação de bilirrubina pelo fígado (redução da glucoroniltransferase).
114
Q

Quais as características da icterícia fisiológica do RN?

A
  • Só aumenta a fração indireta.
  • Ocorre entre o 2º e 3º dias de vida.
  • Níveis máximos de 12-13mg/dl (14-15 se prematuro).
115
Q

Quais os fatores de risco para o desenvolvimento de icterícia?

A
  • Idade gestacional entre < 37 semanas.
  • Céfalo-hematoma (e não bossa serossanguínea).
  • Irmão com icterícia.
  • Aleitamento materno exclusivo (fórmula protege).
  • Etnia asiática.
116
Q

Quais as zonas de Kramer?

A
  • I: face (5-7mg/dl).
  • II: abdome até o umbigo.
  • III: abaixo do umbigo e raiz dos membros (15mg/dl).
  • IV: braços e pernas.
  • V: mãos e pés.
117
Q

Quais os indicativos de icterícia não fisiológica?

A
  • Icterícia nas primeiras 24h de vida.
  • Zona de Kramer > III (> 12mg/dl).
  • Aumento de bilirrubina > 5mg/dl.
  • Icterícia por mais de 14 dias (ex.: hipotireoidismo congênito).
  • Aumento da bilirrubina direta.
  • Sinais de colestase (acolia fecal e colúria).
118
Q

Quais as causas de icterícia nas primeiras 24-36h de vida?

A

Hemólise!

  • Incompatibilidade ABO (pricipal)
  • Incompatibilidade Rh.
  • Deficiência de G6PD.
  • Esferocitose.
119
Q

Quais as características da icterícia por incompatibilidade ABO?

A
  • É a mais comum.
  • Mãe O e filho A ou B.
  • Não precisa de sensibilização prévia.
  • Clínica branda.
  • Coombs direto positivo ou negativo!
  • Coombs indireto negativo, mas teste do Eluato positivo (indica anticorpos anti-A ou anti-B).
  • Pode haver esferócitos.
120
Q

Quais as características da icterícia por incompatibilidade Rh?

A
  • É a mais grave.
  • Ocorre na mãe Rh - e filho Rh + após a segunda gestação.
  • Coombs direto e indireto positivos (sempre).
  • Causam sintomas sistêmicos e hepatoesplenomegalia.
121
Q

Quais as características da icterícia por deficiência de G6PD?

A
  • Anemia hemolítica (reticulocitose).
  • Presença de corpúsculos de Heinz.
  • Desencadeada por substâncias oxidantes (ex.: naftaleno, sulfas, etc).
122
Q

Quis as icterícias relacionadas com a amamentação?

A
  • Precoce: icterícia do aleitamento materno.
  • Tardia: icterícia do leite materno.

o pico de Bilirrubina e sua queda depende da constituição LM ou formula infantil

Na formula o pico é mais rapido e a queda masi precoce

123
Q

Quais as características da icterícia do aleitamento materno?

A
  • Ocorre na primeira semana de vida.
  • Causada por problemas na pega e redução da frequência das mamadas.
  • Ocorre perda de peso > 10% na primeira semana, aumentando a ação da glicuronidase intestinal.
  • Conduta: corrigir a técnica.
124
Q

Quais as características da icterícia do leite materno?

A
  • Ocorre na segunda semana de vida.
  • Ocorre por imaturidade de enzimas hepáticas.
  • Bebês saudáveis, assintomáticos e com ganho de peso adequado.
  • Conduta: suspender temporariamente o aleitamento (queda brusca da icterícia).
125
Q

Qual a principal causa de colestase neonatal (aumento de bilirrubina direta)?

A

Atresia de vias biliares.

126
Q

Quais as características da atresia de vias biliares?

A
  • Obliteração dos ductos extra-hepáticos.
  • Icterícia e colestase na 2ª-6ª demana de vida.
  • USG: sinal do cordão triangular.
  • Biópsia: proliferação de ductos, plugs de bile e fibrose portal.

( atençao o exame para diagnostico é USG de vias biliares + biopsia)

OBS.: todos os pacientes com USG e biópsia suspeitas devem fazer colangiografia intraoperatória (padrão-ouro)!

127
Q

Qual o tratamento da atresia de vias biliares?

A
  • Cirurgia de Kasai o mais rápido possível (< 8 semanas).
  • Transplante hepático.
128
Q

Qual o tratamento da icterícia neonatal?

A
  • Fototerapia segundo a tabela.
  • Exsanguineotransfusão (se incompatibilidade Rh ou quadros graves).

OBS.: iniciar fototerapia quando a bilirrubina estiver acima do limite do gráfico.

129
Q

O que é encefalopatia bilirrubínica (kernicterus)?

A

Depósito de bilirrubina indireta nos núcleos da base.

130
Q

Quais as fases clínicas da encefalopatia bilirrubínica (kernicterus)?

A
  • Fase 1: hipotonia, letargia e má sucção.
  • Fase 2: hipertonia, convulsões e opistótono.
  • Fase 3: retorno da hipotonia, distúrbios motores e déficit intelectual.
131
Q

RN prematuro apresenta no hospital distensão abdominal, fezes sanguinolentas e piora ascentudada do estado geral. Radiografia de abdome revela ar nas paredes intestinais. Qual o diagnóstico?

A

Enterocolite necrosante.

132
Q

O que é enterocolite necrosante?

A

Isquemia e necrose da mucosa ou parede intestinal após introdução da nutrição enteral.

133
Q

Quais os fatores de risco da enterocolite necrosante?

A
  • Prematuridade (principal).
  • Asfixia perinatal.
  • Sofrimento fetal agudo.
  • Baixo peso.
134
Q

Qual a clínica da enterocolite necrosante?

A
  • Distensão abdominal.
  • Sangue nas fezes.
  • Resíduo gástrico.
  • Letargia.
  • Acidose metabólica.
  • Sepse.
135
Q

Quais os achados radiológicos da enterocolite necrosante?

A
  • Pneumatose intestinal (acúmulo de gás na parede intestinal).
  • Pneumoperitônio.
136
Q

Qual o tratamento da enterocolite necrosante?

A
  • Dieta zero.
  • Sonda orogástrica aberta (aliviar distensão).
  • Antibiótico.
  • UTI.
  • Cirurgia (se pneumoperitônio).
137
Q

Qual o melhor exame para avalir sangramento intracraniano no RN?

A

USG transfontanela.

138
Q

Qual a principal consequência da asfixia perinatal?

A

Encefalopatia hipóxico-isquêmica.

OBS.: convulsões precoces indicam um pior prognóstico neurológico.

139
Q

Quais os critérios diagnósticos da encefalopatia hipóxico-isquêmica?

A
  • Acidose metabólica (pH < 7 no cordão umbilical).
  • Disfunção sistêmica.
  • Manifestações neurológicas (convulsão, hipotonia, etc).
  • APGAR de 0-3 no 5º minuto.
140
Q

Qual o tratamento da encefalopatia hipóxico-isquêmica?

A
  • Reanimação neonatal precoce.
  • Hipotermia terapêutica (se > 1800g, > 35 semanas de gestação e < 6h de vida).
  • Controle das convulsões com fenobarbital (e não benzodiazepínicos).
141
Q

RN a termo de mãe diabética apresenta tremores no corpo e hipoatividade. Glicemia capilar < 40. Qual o diagnóstico?

A

Hipoglicemia neonatal.

mae diabética fornece muita glicose- feto produz hiperinsulinemia- ao nascer há queda da glicose materna porem ,RN mantem a insulina alta ,levando-o a hipoglicemia

obs: TODO RN , independente de mae diabetica, apresenta hipogligemia nas primeiras 3 horas de vida

142
Q

Quais os fatores de risco de hipoglicemia neonatal?

A
  • Hiperinsulinismo fetal (mãe diabética).
  • Macrossomia fetal.
  • Prematuridade.
  • Fetos PIG (mais do que GIG).
  • Crescimento intrauterino restrito.
  • Estresse perinatal.
  • Hipotermia.

OBS.: além de hipoglicemia, o hiperinsulinismo fetal causa hipocalemia e hipomagnesemia.

143
Q

Qual a clínica da hipoglicemia neonatal?

A
  • Geralmente assintomáticos.
  • Tremores.
  • Hipotonia.
  • Letargia.
  • Sucção débil.
144
Q

Como fazer o acompanhamento nos pacientes de risco para hipoglicemia neonatal?

A

Dosar glicemia por fita reagente na primeira hora de vida e, em seguida, a cada 1-2h.

OBS.: se fita reagente indicativa de hipoglicemia, dosar glicemia plasmática para confirmação.

145
Q

Qual o valor normal da glicemia no RN?

A

> 40 nas primeiras 24h (com menos valor 2h após o parto).

146
Q

Qual o tratamento da hipoglicemia neonatal?

A
  • Assintomático: amamentação. Se falha, glicose 10% IV.
  • Sintomático: glicose 10% IV 20ml/kg + SG5% de manutenção.

OBS.: utilizar corticóides se o RN não melhorar mesmo com altas infusões de glicose (> 12 mg/kg/min de glicose).

147
Q

Paciente com sintomas de hipoglicemia, mas dosagem de glicemia > 40. Qual o diagnóstico?

A

Hipocalcemia.

148
Q

RN em nutrição parenteral com sintomas de hipotonia, letargia ,convulsões e poliúria.Que distúbio hidroeletrolitico é este?

A

Hipercalcemia

( a poliuria vem do diabetes insípidus nefrogenico)

descartado hipoglicemia e hipocalcemia pois está em NPT.

149
Q

Quais as características da hipertermia neonatal?

A
  • Aumento brusco da temperatura corporal.
  • Ocorre principalmente devido à desidratação.
  • Causa aumento do hematócrito e hipernatremia.
150
Q

RN apresenta prega palmar única, língua protusa e prega epicântica. Cariótipo 47 XX (+21). Qual o diagnóstico?

A

Síndrome de Down.

151
Q

Quais as características da síndrome de Down?

A
  • É a anomalia genética mais comum.
  • Ocorre pela trissomia (principal), translocação ou mosaicismo do cromossomo 21.

OBS.: casos de translocação possuem maior chance de novos filhos com a síndrome. Assim, deve-se sempre realizar cariótipo dos pais.

152
Q

Qual o quadro clínico da síndrome de Down?

A
  • Hipotonia muscular.
  • Prega palmar única e transversa.
  • Sulco entre o hálux e o segundo artelho.
  • Pele abundante no pescoço.
  • Fenda palpebral oblíqua (epicanto).
  • Face: rosto achatada, nariz pequeno e orelhas displásicas.
153
Q

Quais as complicações associadas com a síndrome de Down?

A
  • Defeito do sépto ateioventricular.
  • Hipotireoidismo.
  • Leucemia.
  • Atresia duodenal.
  • Instabilidade atlantoaxial.

OBS.: os pacientes com síndrome de Down também apresentam deficiência na quimiotaxia dos neutrófilos, baixa atividade bactericida e opsonização infeciciente.

154
Q

Quais exames devem ser feitos periodicamente nos pacientes com síndrome de Down?

A
  • Ecocardiograma.
  • TSH.
  • Hemograma.
  • Avaliação visual e auditiva.
  • Rx de cervical.
155
Q

RN sem eliminação de meconio nas primeiras 48h, pode significar:

A

Anus imperfurado

Cd: realizar inspeção em regiao anal. A passagem de sonda de aspiração é questionável.

O normal é a eliminação < de 48h

156
Q

Quais as caracteristicas da Oftalmia neonatal?

A

Principais etiologias:

quimica( nitrato de prata)- metodo de Credé

gonococica- 5primeiros dias;clínica exuberante

tto: Ceftriaxona IM DU

clamídia- mais tardia;clínica menos exuberante