SÍNDROME DISABSORTIVA Flashcards
Enzimas que atuam na digestão e absorção de proteínas:
Pepsina, tripsina, quimiotripsina.
Enzimas utilizadas na absorção de carboidratos:
Amilase, dissacaridases( ID-lactases). Quando não absorvidos geram fermentação,cursando com fezes ácidas, flatulência, distensão.
Papel das lipases:
Lipase lingual, lipase gástrica e lipase pancreática. A lipase lingual é importante no recém-nascido. No adulto, a lipase gástrica se encarrega de digerir 20-30% dos triglicerídeos, o restante sendo feito pela lipase pancreática, que só funciona bem no meio alcalino (pH > 7,0), típico do lúmen duodenal. A colipase auxilia a lipase pancreática, ao permitir o contato desta última com as microgotículas.
Função da secretina:
A entrada de gordura no duodeno estimula a liberação de secretina pela mucosa duodenal, um hormônio que estimula a secreção pancreática.
Função da colecistocinina:
A entrada de gordura no duodeno também estimula a liberação de colecistocinina por sua mucosa, um hormônio capaz de promover a contração da vesícula biliar e expulsão da bile.
O que é a circulação êntero-hepática?
A circulação êntero-hepática de ácidos biliares é fundamental para a preservação de concentrações adequadas destas substâncias no lúmen duodenal. Os ácidos biliares são reabsorvidos no íleo distal e devolvidos ao fígado pelo sistema porta.
Porque a absorção de vitaminas lipossolúveis pode estar comum na esteatorreia?
As vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) também são absorvidas após formação de micelas com os ácidos biliares e levadas para a linfa juntamente com os quilomícrons. Isso justifica a associação clínica de algumas hipovitaminoses com condições de esteatorreia.
Uma ressecção de íleo geraria deficiência de que?
Cobalamina e ácidos biliares. Logo, esteatorreia e anemia megaloblástica.
Onde ocorre absorção de água e eletrólitos?
Delgado e cólon (especialmente no ceco).
Local de absorção do ferro e cálcio:
Delgado proximal.
Local de absorção de proteínas:
Delgado médio.
Local de absorção de carboidratos:
Delgado proximal e médio.
O achado de esteatorreia é decisivo para o diagnóstico de síndrome de má absorção. V ou F?
Verdadeiro.
Uso do teste quantitativo de gordura fecal no diagnóstico de síndrome disabsortivas:
A comprovação de esteatorreia confirmaria apenas a existência da síndrome disabsortiva, sem estabelecer uma etiologia específica. Mede quantidade de gordura presente nas fezes acumuladas em 72h
Uso do teste qualitativo de gordura fecal na síndrome disabsortiva:
Através de exame microscópico corado pelo Sudan III, sem determinar sua quantidade. Muitos o consideram válido como exame inicial de screening em casos suspeitos de esteatorreia. Sua positividade justificaria a realização do teste quantitativo, mais complexo e difícil de fazer. O teste do Sudan é barato e de fácil e rápida realização. Existem 25% de falso-negativos, relacionados à esteatorreia leve (<10 g), e 15% de falso-positivos.
Teste da d-XiLose urinária:
O teste da excreção urinária de D-xilose distingue a má absorção causada por doenças do intestino delgado, da decorrente de insuficiência pancreática exócrina. Maior que 5g, causa pancreática, menor causa intestinal.
Testes bioquímicos para insuficiência pancreática:
Teste de bentiromida, Teste do pancreolauril e Quimotripsina fecal e elastase fecal.
O mais sensível para diagnosticar a insuficiência exócrina do pâncreas:
Teste de secretina. um cateter posicionado no duodeno (próximo à saída do canal pancreático), possibilitando a coleta direta das secreções pancreáticas e dosagem de amilase, lipase, tripsina e bicarbonato. Antes da coleta ser feita, o pâncreas é estimulado por uma injeção de secretina e/ou colecistoquinina;
O que é o teste de schilling?
O teste de Schilling visa basicamente determinar se há ou não má absorção intestinal de B12 e, quando realizado em algumas etapas, nos indica também a origem desta má absorção. Trata-se de um exame complexo e pouco disponível na prática.
5 causas de má absorção intestinal de vitamina B12:
1- hipocloridria; 2- ausência de fator intrínseco (anemia perniciosa); 3- deficiência exócrina do pâncreas; 4- supercrescimento bacteriano; 5- lesão ileal.
Utilidade do Teste de exalação de Xilose Marcada (C14-xilose):
É um teste bastante sensível e específico para o diagnóstico de supercrescimento bacteriano intestinal e baseia-se no fato de que os Gram-negativos entéricos são capazes de catabolizar a xilose, liberando CO2.
Intolerância à Lactose (Teste da Lactose):
Administra-se 25 g de lactose oral e mede-se o H2 do ar exalado. Se houver aumento em relação aos níveis de H2 respiratórios prévios, diagnostica-se intolerância à lactose.
O exame “padrão-ouro” para o diagnóstico do supercrescimento bacteriano:
Cultura do duodeno. O intestino é cateterizado após jejum noturno (endoscopia ou sonda radiopaca) e, com medidas que garantam a esterilidade do processo, uma amostra é colhida e rapidamente levada ao laboratório. as culturas quantitativas raramente ultrapassam 100000 UFC/ml no jejuno, ou 100000000 UFC/ml no íleo. Contagens superiores a 1000000 UFC/ml no aspirado jejunal já denotam hiperproliferação bacteriana, embora esta condição, corriqueiramente, determine contagens de 10000000 a 10000000000 UFC/ml.
Na investigação de um paciente com diarreia crônica, a presença de floculação do bário, em estudo contrastado do delgado é sinal de :
Síndrome desabsortiva.