CÂNCER COLORRETAL Flashcards

1
Q

Câncer colorretal mais comum:

A

Adenocarcinoma. Maior que 60 anos mais comum. O Mais comum é o adenoma virando carcinoma.

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2
Q

Fatores de risco para o câncer de colorretal:

A

Adenomas, dieta ,tabagismo, etilismo, história familiar, doença inflamatória intestinal, DM, acromegalia, endocardite infecciosa por Streptococcus bovis, ureterossigmoidostomia (cirurgia utilizada no tratamento cirúrgico do Ca de bexiga), Polipose adenomatosa familiar e as variáveis, colecistectomia.

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3
Q

A radioterapia de qual condição está relacionada com chance aumentada de câncer colorretal?

A

Radioterapia para tratamento de câncer de próstata e passado de tratamento para o linfoma de Hodgkin são condições relacionadas a uma maior incidência de Ca colorretal.

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4
Q

Síndrome de câncer colorretal hereditário mais comum:

A

Câncer Colorretal Hereditário Não Polipose (CCHNP) ou Síndrome de Lynch. O CCHNP é uma desordem autossômica dominante (de penetração variável) caracterizada por mutação em genes que regulam o reparo do DNA, tais como hMSH2, hMLH1, hMSH6 e hPMS2, o que gera um defeito conhecido como instabilidade de microssatélites. Esses pacientes desenvolvem Ca colorretal numa idade precoce (média 35-45 anos), quase sempre no cólon direito ou ceco. Os tumores são frequentemente sincrônicos (em dois pontos distintos do colorreto ao mesmo tempo) e metacrônicos (surgimento de novo Ca colorretal em segmento distinto após a ressecção do primeiro câncer). Indivíduos com alguma das mutações descritas apresentam probabilidade de aproximadamente 70% de desenvolver Ca colorretal. Uma característica marcante é o não desenvolvimento de pólipos típicos antes do adenocarcinoma, que se origina a partir de lesões planas (“pólipos planos adenomatosos”). O risco se torna mais alto a partir dos 21 anos.

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5
Q

Critérios de Amsterdam utilizados para a síndrome de Lynch:

A

(1) Presença de câncer colônico ou qualquer outro câncer relacionado à HNPCC (endométrio, intestino delgado, ureter ou pelve renal) diagnosticado histologicamente em três ou mais familiares, sendo que um deles tem que ser obrigatoriamente parente de primeiro grau dos outros dois.
(2) Pelo menos um caso de câncer colorretal se desenvolvendo antes dos 50 anos.
(3) Câncer colorretal envolvendo pelo menos duas gerações.
(4) Ausência de uma síndrome de polipose hereditária.

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6
Q

Diferença entre Síndrome de Lynch tipo I e tipo II:

A

Síndrome de Lynch I: a predisposição é apenas de Ca colorretal. - Síndrome de Lynch II: a predisposição é para o Ca colorretal e também para tumores ginecológicos, especialmente o carcinoma de endométrio. Outros carcinomas podem ocorrer: gástrico, delgado, hepatobiliar, próstata, pelve renal e ureter. As manchas café com leite na pele são comuns. Na variante de Muir-Torre, aparecem múltiplos cistos sebáceos ou tumores sebáceos malignos. Todo indivíduo que preenche os critérios para esta condição deve ser rastreado com colonoscopia a cada 2 anos a partir dos 21-25 anos de idade. Após os 40 anos, o rastreamento deve ser anual. - A partir de 30-35 anos de idade também existe indicação de EDA a cada 2-3 anos, para rastreio de câncer gástrico. - Em mulheres, está recomendado exame pélvico a cada 1-3 anos a partir dos 18 anos, e, a partir dos 25 anos, exame pélvico, US transvaginal e biópsia de endométrio anuais.

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7
Q

Fatores protetores para o câncer colorretal:

A

Exercícios físicos, controle da obesidade, frutos e vegetais, AINES.

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8
Q

Como é feita o rastreamento para o câncer colorretal esporádico?

A

(1) Colonoscopia a cada dez anos;
OU (2) Colonoscopia virtual a cada cinco anos;
OU (3) Retossigmoidoscopia a cada cinco anos.
Iniciando com 50 anos e terminando com 75 e no máximo 85.

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9
Q

Como fazer o rastreamento do cancer colorretal em pacientes que não podem fazer os demais exames rotineiros?

A

(1) Pesquisa de sangue oculto nas fezes com guáiaco, utilizando três amostras, realizado a cada ano; OU (2) Pesquisa de sangue oculto nas fezes através de método imunoquímico, utilizando duas a três amostras, realizado a cada ano; OU (3) Teste de DNA de uma amostra de fezes, possivelmente a cada cinco anos (período ainda não estabelecido na literatura).

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10
Q

Como devemos rastrear o Ca colorretal (esporádico) em indivíduos que apresentam história familiar do câncer?

A

Preferência 40 anos , ou 10 anos a menos do desenvolvimento de câncer no parente mais próximo e a colonoscopia repetida a cada 5 anos, isso em parentes menores que 60 anos. Se parente maior que 60 anos, o rastreamento mantém aos 50 anos.

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11
Q

Quais as localizações mais frequentes de neoplasias no CA colorretal?

A

Cólon ascendente e ceco, seguido por retossigmoide, cólon descendente e cólon transverso.

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12
Q

2 tipos de câncer colorretal:

A

Polipoide: mais comum em lado direito.
Constritiva: mais comum em lado esquerdo.

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13
Q

Quando o tumor de cólon é considerado invasivo?

A

Como não tem vasos linfáticos, quando invade submucosa.

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14
Q

O adenocarcinoma de cólon tem uma peculiaridade interessante no que diz respeito a sua instalação: a velocidade de crescimento é muito lenta quando comparada à imensa maioria das outras neoplasias malignas. V OU F?

A

V.

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15
Q

Manifestações clínicas do câncer colorretal:

A

Nas fases precoces, o Ca colorretal é totalmente assintomático. As principais manifestações do câncer de cólon são: sangramento (oculto ou exteriorizado), dor abdominal, alteração do hábito intestinal (constipação ou diarreia) e a presença de massa abdominal palpável. Mais raramente, o adenocarcinoma abre seu quadro com emagrecimento, obstrução mecânica, perfuração intestinal com sinais de peritonite, fístulas, ascite carcinomatosa ou sinais de metástase hepática.

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16
Q

Principal sintoma no cólon esquerdo:

A

Constipação ou diarreia.

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17
Q

Principal sintoma no cólon direito:

A

Sangue oculto nas fezes e anemia ferropriva.

18
Q

Principal sintoma no Ca retal:

A

Hematoquezia. Pode ter metástase direta para o pulmão, enquanto nas demais causas a metástase pulmão vem do figado.

19
Q

Exame padrão ouro para diagnóstico de Ca de cólon:

A

Colonoscopia. O clister opaco que mostra o sinal de maça mordida, mostra somente tumores avançados.

20
Q

Importância do toque retal:

A

Superficiais são móveis, endurecidos são profundos.

21
Q

A dosagem do antígeno carcinoembrionário (CEA) tem valor diagnóstico: V ou F?

A

F. Aumentado no tabagismo, Ca de pâncreas, Ca de ovários. Na prática, só se utiliza o CEA em pacientes já diagnosticados para Ca colorretal, como marcador prognóstico antes da cirurgia e para o controle de cura pós-operatório.

22
Q

Metástase mais comum do câncer colorretal:

A

Fígado. Pulmão em segundo lugar, logo pedir rx de tórax e TC de abdome. A TC de crânio e a cintilografia óssea só estarão indicadas se o paciente tiver sintomas neurológicos ou ósseos, respectivamente. Em pacientes com história clínica compatível com CCHNP, deverão ser pesquisados outros possíveis tumores sincrônicos extraintestinais (próstata, pelve renal, cânceres ginecológicos).

23
Q

Estadiamento do Ca colorretal:

A

T0: ausência de evidências do tumor primário.
T1: limitado à submucosa.
T2: limitado à muscular própria.
T3: extensão à subserosa e gordura pericólica ou perirretal.
T4a: tumor perfura a superfície do peritônio visceral. T4b: invasão de órgãos ou estruturas adjacentes.
N0: linfonodos regionais não acometidos.
N1: acometimento de 1-3 linfonodos regionais.
N1a: apenas 1 linfonodo regional.
N1b: 2-3 linfonodos regionais.
N1c: depósitos tumorais (< 0.2 mm) na subserosa, mesentério, ou tecidos pericólicos/perirretais não recobertos por peritônio sem acometimento de linfonodos regionais.
N2: acometimento de ≥ 4 linfonodos regionais.
N2a: 4-6 linfonodos regionais.
N2b: 7 ou mais linfonodos regionais.
M0: sem metástases a distância.
M1a: metástases a distância em único sítio, sem acometimento do peritônio.
M1b: metástases a distância em múltiplos sítios, sem acometimento do peritônio.
M1c: carcinomatose peritoneal, com ou sem metástases em outros órgãos.

Estágio I: T1-2 N0
Estágio IIA: T3N0
Estágio IIB: T4aN0
Estágio IIC: T4bN0
Estágio IIIA: T1-2 N1/N1c T1 N2a
Estágio IIIB: T1-2 N2b T2-3 N2a T3-4a N1/N1c
Estágio IIIC: T4a N2a T3-4a N2b T4b N1-2
Estágio IVa: M1a
Estágio IVb: M1b
Estágio IVc: M1c

24
Q

Tratamento para a grande maioria dos pacientes com Ca colorretal:

A

A abordagem operatória atual para o tratamento do carcinoma do cólon deve incluir a excisão do segmento acometido, com amplas margens de segurança, somada à ressecção dos linfáticos regionais (pelo menos 12 linfonodos devem ser ressecados), meso e suprimento vascular (ressecção em bloco). As margens proximal e distal mínimas são de 5 cm para o tumor de cólon e de 2 cm para o câncer de reto. A manipulação do tumor deve ser mínima e as ligaduras vasculares devem ser realizadas no início da ressecção.

25
Q

Tratamento cirúrgico no ceco e cólon ascendente:

A

A abordagem inclui ressecção de porção distal do íleo (8 a 10 cm proximal a válvula ileocecal), de todo o ceco, do colón ascendente até a metade do colón transverso, procedimento conhecido como hemicolectomia direita. As ligaduras vasculares incluem as artérias ileocólica e cólica direita, junto à raiz da artéria mesentérica superior, e o ramo direito da artéria cólica média . A continuidade do trânsito se dá através de ileotransverso anastomose.

26
Q

Tratamento cirúrgico na Flexura Hepática e na metade direita do Cólon Transverso:

A

Hemicolectomia direita ampliada.

27
Q

Tratamento cirúrgico na porção média do cólon transverso:

A

Transversectomia, com ligadura da artéria cólica média em sua raiz.

28
Q

Tumores da Metade Esquerda do Cólon Transverso e da Flexura Esplênica:

A

Transversectomia

29
Q

Tumores do cólon descendente:

A

A ressecção envolve a metade esquerda do cólon transverso, o cólon descendente e o cólon sigmoide.

30
Q

Tumores Localizados no Cólon Sigmoide:

A

A cirurgia inclui a ressecção do cólon sigmoide. A anastomose é realizada entre o cólon descendente e a porção superior do reto . Os ramos sigmoides da artéria mesentérica inferior são ligados.

31
Q

Porque o tumor anal difere um pouco dos demais no Ca colorretal?

A

Envolvimento com estruturar pélvicas. Indicação de terapia neoadjuvante (pré-operatória) com o objetivo de reduzir o tamanho tumoral para que uma determinada ressecção cirúrgica obtenha sucesso sem sacrificar estruturas em torno do órgão.

32
Q

Quais pacientes com câncer anal fazem excisão local transanal?

A

Menos de 5% dos doentes, o tumor deve ser móvel, ter menos de 4 cm de diâmetro, ocupar menos de 40% da circunferência da parede do reto, ser do tipo T1 e estar localizado dentro de 6 cm da margem anal.

33
Q

Ressecção Anterior Baixa com Anastomose Colorretal ou Coloanal (RAB) :

A

– A cirurgia envolve a ressecção do reto e cólon sigmoide em bloco, incluindo sua drenagem linfática (excisão total do mesorreto); ligadura da artéria mesentérica inferior é também realizada. Ocorre preservação de esfincter. Mais usada.

34
Q

Ressecção Abdominoperineal somada à Colostomia Definitiva (RAP ou Cirurgia de Miles):

A

Definitiva (RAP ou Cirurgia de Miles) – Envolve a ressecção de todo reto, mesorreto e cólon sigmoide por via abdominal e perineal, com colostomia definitiva.

35
Q

Terapia neoadjuvante:

A

Útil para diminuir tumor, Radioterapia.

36
Q

Terapia adjuvante:

A

O principal esquema utilizado consiste na associação de 5-fluorouracil, leucovorin e oxaliplatina – o esquema FOLFOX, que comprovadamente diminui a recidiva tumoral. O uso de irinotecan, em vez de oxaliplatina, forma o esquema FOLFIRI, que também demonstrou reduzir a taxa de recidiva tumoral. Os anticorpos monoclonais cetuximab e panitumumab (direcionados contra o receptor de fator de crescimento epidérmico) e o bevacizumab (direcionado contra o fator de crescimento do endotélio vascular) podem ser usados em associação à quimioterapia. RT e QT em estágio II e III no anal, e no câncer não retal RT não, mas QT sim.

37
Q

Contraindicação para ressecção de metástase em fígado:

A

Doença extra-hepática extensa e irressecável; Evidência radiológica de envolvimento de veia porta, artéria hepática ou grandes ductos biliares; Envolvimento extenso do fígado (mais de 70%, mais de seis segmentos ou de todas as três veias hepáticas); Baixa reserva hepatocelular. Margem de segurança de 1cm.

38
Q

Em doentes que apresentam bom risco cirúrgico e que possuam quatro ou menos metástases, a cirurgia deve ser realizada de forma imediata. V ou F?

A

V.

39
Q

As ressecções de metástases pulmonares isoladas aumentam a sobrevida em pacientes com Ca colorretal em estágio IV. V ou F?

A

V.

40
Q

Como ocorre o seguimento pós operatório do paciente com Ca colorretal?

A

Consulta médica e dosagem do CEA a cada 3-6 meses por dois anos, depois, a cada seis meses até completar cinco anos. Um aumento do CEA maior do que 10 ng/ dl ou duas elevações persistentes normalmente indicam recidiva tumoral. Se os exames tradicionais (colonoscopia, tomo polipose e Neoplasia iNtestiNal não detectarem recidiva, estará indicada a PET-TC.
Colonoscopia após um ano, negativa repetir em 3 anos e depois em 5 anos.
Considerar TC de abdome, tórax em paciente com risco de recidiva.
Retossigmoidoscopia flexível nos pacientes submetidos à ressecção abdominal baixa para Ca de reto. O exame é realizado após um mês da cirurgia e repetido a cada três meses nos dois primeiros anos;