Semiologia em GO Flashcards

1
Q

Quais são as principais queixas no consultório ginecológico? (6)

A
  1. Fluido vaginal anormal > lembrar que na fase lútea os fluidos vaginais são naturalmente mais espessos (mais proteína presente), mas a mulher sabe reconhecer sua regularidade e odores indesejados (costuma ser vaginose)
  2. Sangramento uterino anormal > primeiro excluir gravidez, depois avaliar estado geral, por fim prosseguir com a investigação de SUA
  3. Dor pélvica > avaliar duração, associar com ciclo, localizar, intensidade e irradiação
  4. Queixas urinárias > comum receber ITU, porém quando queixa acompanhado de dor pélvica e infertilidade, avaliar possibilidade de endometriose profunda com acometimento de ureter
  5. Disfunção sexual > comum, sempre perguntar, a paciente dificilmente irá falar
  6. Infertilidade > investigar a causa, comum ocorrer por obstrução de tuba, USG ou histerosalpingografia avaliam
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2
Q

Quais os tópicos a serem abordados na anamnese ginecológica? (9)

A
  1. QP
  2. HDA
  3. IS (interrogatório sintomatológico)
  4. Antecedentes pessoais > uso de álcool e outras drogas, atividade física, comorbidades, cirurgias prévias e alergias
  5. Antecedentes familiares > principalmente câncer, malformações congênitas e doenças crônicas
  6. Antecedentes menstruais
  7. Antecedentes sexuais
  8. Antecedentes ginecológicos
  9. Antecedentes obstétricos
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3
Q

O que avaliar nos antecedentes menstruais das pacientes? (6)

A
  1. DUM (data da última menstruação)
  2. Ciclo menstrual
    • Intervalo > espaço entre os ciclos
    • Duração > da menstruação
    • Regularidade
    • Intensidade
    • Menarca
  3. Dismenorreia e síndrome pré-menstrual
  4. Métodos contraceptivos
    • Atual e prévios, pedir para explicar a experiência com cada um
    • Se disser que não faz uso, garantir que ela ou o parceiro não tem um método definitivo
  5. Menopausa > idade e causa
  6. Uso de terapia hormonal (TH)
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4
Q

Paciente relata fluxo irregular. Como saber se é irregular mesmo?

A

Quando seu ciclo mais longo e o mais curto, dos últimos 6 meses, possuem uma diferença maior que 9 dias entre os dois.

Exemplo: 25 dias em um mês e 35 dias no outro (irregular, pois 10 dias de diferença)

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5
Q

O que avaliar nos antecedentes sexuais das pacientes? (5)

A
  1. Coitarca ou sexarca
  2. Número de parceiros ao longo da vida > perguntar: “mais ou menos de 3?””
  3. Libido
  4. Orgasmo
  5. Dispareunia > dor durante sexo, pode ser superficial ou profunda
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6
Q

O que avaliar nos antecedentes ginecológicos das pacientes? (6)

A
  1. História de biópsia, cauterização ou cirurgia de alta frequência
  2. IST > se já feve/tem e como tratou/trata
  3. Colpocitologia oncótica e mamografia > se já fez, quando fez e o resultado do último exame
  4. Corrimento ou irritação vaginal
    • Duração
    • Coloração
    • Odor
    • Associação com ciclo
  5. Alterações vulvares > cor, aspecto, prurido, abaulamento
  6. Queixa mamária
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7
Q

Qual a importância de valorizar alterações vulvares e prurido na mulher pós-menopausada?

A

Porque é comum CA de vulva nessa faixa etária

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8
Q

O que avaliar nos antecedentes obstétricos das pacientes? (5)

A
  1. GPA > esclarecer se há história de:
    • Gestação gemelar ou ectópica
    • Parto vaginal ou cesário (GN ou PC) e porquê
    • Aborto espontâneo ou provocado
  2. Intervalo de tempo entre o primeiro e o último parto
  3. Peso e idade gestacional dos RN
  4. Puerpério normal?
  5. Amamentou? Se sim, por quanto tempo?
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9
Q

Paciente que não tem queixas pode não precisar de exame físico?

A

Melhor haver uma decisão conjunta, algumas preferem ser examinadas para se sentirem mais seguras, outras preferem evitar se possível.

OBS: Há casos que se precisa examinar sempre:
- Se houver história de lesão precussora de câncer
- Paciente acamada ou idosa, é importante examinar
- Vigilância pós tratamento de CA ginecológico
- Mulheres de alto risco para CA de ovário e mama

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10
Q

Estabeleça o roteiro do exame físico ginecológico (8)

A
  1. Estado geral (bom, regular, ruim)
  2. Dados antropométricos (peso, altura, circunferência abdominal e IMC)
  3. Sinais vitais (PA, temperatura, FC, FR)
  4. Ausculta cardiopulmonar
  5. Exame da tireoide
  6. Exame das mamas
  7. Exame do abdome > ausculta e palpação, especialmente palpação de baixo ventre
  8. Exame ginecológico
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11
Q

Por que examinar tireoide no exame físico ginecológico?

A

Porque hipotireoidismo pode estar associado a anovulação, que consequentemente causa sangramento uterino anormal e outros sintomas

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12
Q

Como deve ser o exame da tireoide?

A

1º: inspeção
2º: palpação
3º: ausculta

Existem diferentes técnicas de palpação tireoidiana, as 3 mais comuns são:
- Abordagem Posterior: o paciente se encontra sentado e o médico em pé, atrás do mesmo. A mão esquerda do examinador palpa o lobo direito da tireoide enquanto a mão direita afasta o músculo esternocleidomastóideo, e o contrário para o outro lado. Os polegares, nesse caso, estão sempre localizados na nuca do paciente, enquanto os demais dedos se anteriorizam.

  • Abordagem anterior: o paciente e o examinador se encontram sentados ou em pé, um em frente ao outro. Nessa técnica, os polegares examinam a glândula enquanto os demais dedos são apoiados na região supraclavicular
  • Abordagem anterior: nessa abordagem anterior, as posições do médico e paciente são as mesmas, entretanto a glândula é palpada com apenas uma mão por vez e é feita a flexão ou leve rotação do pescoço para relaxar o músculo esternocleidomastóideo
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13
Q

No exame da tireoide, se ela estiver aumentada, deve-se caracterizar. Descreva:

A
  • Aumento global ou localizado
  • Dimensões ou limites
  • Consistência
  • Mobilidade
  • Temperatura
  • Presença de frêmito ou sopro
  • Presença de nódulos
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14
Q

Como deve ser a inspeção das mamas?

A
  1. Inspeção estática: observar as estruturas
    • Papila > projetada no 4º EIC
    • Aréola > pele enrugada que circunda a papila
    • Cauda de Spencer > prolongamento axilar da mama
    • Glândulas de Montgomery > glândulas areolares que aumentam durante a gravidez e puerpério
  2. Inspeção dinâmica (observar o contorno mamário e as axilas > avaliar mobilidade e abaulamentos)
    • Elevar lentamente as mãos
    • Pressionar cintura com as duas mãos
    • Se mamas grandes: pressionar as duas mãos anteriormente
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15
Q

Como deve ser a palpação das mamas?

A
  • Posição: em pé ou decúbito dorsal com as mãos na cabeça
  • Melhor período: após a menstruação
  • Técnica: uni ou bimanual, desde que seja realizada no sentido cranio-caudal. Geralmente, nas mamas, se inicia de forma circular, da periferia para o centro, depois de forma linear.
  1. Palpar clavícula e ir descendo pelo peitoral (buscar linfonodos e nódulos)
  2. Palpar região axilar (cauda de Spencer)
  3. Palpar as mamas > com mão espalmada ou ponta dos dedos, palpar todos os quadrantes
  4. Expressão papilar > bimanual, funciona como uma ordenha
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16
Q

Diferencie as técnicas de palpação das mamas de Vealpeau e Blood Good

A

Veaupeau: mão espalmada
Blood Good: ponta dos dedos

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17
Q

Roterize o exame físico ginecológico (6)

A
  1. Inspeção estática
  2. Inspeção dinâmica > manobra de Valsava
  3. Palpação > vulva, glândula de Bartholin, linfonodos e expressão da uretra
  4. Exame especular > durante, se for o caso, faz o citológico
  5. Exame vaginal > toque vaginal bimanual
  6. Exame anorretal > útil para avaliar pacientes vírgens sintomáticas, algumas famílias acham mais tranquilo
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18
Q

Descreva os critérios de avaliação no exame especular, onde precisa ser avaliado:
1- Parede vaginal
2- Colo
3- Conteúdo vaginal
4- Exames

A
  1. Parede vaginal: Tamanho, pregueamento, coloração (mulher jovem será mais roseada), secreções, elasticidade
  2. Colo: Tamanho, fenda cervical, coloração, epitelização ou mácula
  3. Conteúdo vaginal: Cor, odor, bolha, quantidade e sinais inflamatórios
  4. Exames: Colpocultura, biópsias, colposcopia (lente aumentada para avaliar o colo), etc
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19
Q

Descreva o teste de Whiff

A

Teste de Whiff: coloca KOH (hidroxido de potássio) a 10% na região do colo. Se houver infecção (geralmente vaginose bacteriana) as aminas da infecção se tornam mais voláteis (viram gás), aumentando o odor de “peixe podre”

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20
Q

Descreva o teste de Schiller

A

Durante o exame especular, passa iodo no colo. A reação do iodo com o colo formará normalmente uma película marrom, pela presença do glicogênio no epitélio escamoso. Nesse caso, o teste será iodo positivo e Schiller negativo

Na patologia, se parte do colo não corar de marrom, será um sinal de desquilíbrio e baixa de glicogênio na região. Nesse caso, seria teste de iodo negativo e teste de Schiller positivo

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21
Q

Como deve ocorrer o toque vaginal e o que ele avaliará

A

O avaliador deve estar em posição ortostática. O toque deve ser bimanual, com a mão dominante deve ser intravaginal e a contradominante sustenta a sínfise púbica e aproximando as estruturas.

Deve ser analisado:
- Posição do útero > anterovertido ou retrovertido
- Parede vaginal
- Colo e corpo do útero
- Fundo de saco posterior
- Anexos > de difícil palpação

Deve-se buscar se há massa pélvica, se sim, caracterizar

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22
Q

Instrumentos ginecológicos (cite o máximo que conseguir)

A
  • Foco de luz
  • Mesa ginecológica
  • Banco giratório
  • Luvas de procedimento
  • Algodão
  • Pinça Cherron
  • Espéculo vaginal (de Collins) > tem vários tamanhos: 0, 1, 2 e 3
  • Lâmina de vidro e recipiente > para citologia
  • Soro fisiológico
  • Lugol
  • Espátula de Ayre
  • Escovinha endocervical
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23
Q

Defina dor ginecológica nos seguintes aspectos:
- Aguda x crônica
- Cíclica x acíclica

A
  1. Dor aguda < 7 dias /Dor crônica > 6 meses
  2. Cíclica tem relação com ciclo menstrual (CM) , nem sempre durante a menstruação propriamente dita, inclui pré-menstruação por exemplo. Enquanto acíclica não tem relação com CM
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24
Q

Cite e defina as 3 causas de distúrbio da dor sexual

A

1.Dispareunia > dor durante penetração
- Superficial acomete vulva e vagina > pode ser por vulvovaginite, mioma,etc
- Profunda > acomete hipogástrio, intestino e mais associado a doenças mais complexas

2.Vaginismo > de origem psicogênica como: traumas, crenças
- Contração involuntária da mustulatura pélvica
- Medo ou ansiedade recorrente a dor em antecipação, durante a penetração ou depois por resultado dela

3.Vulvodínia > sensação crônica de ardor/queimação vulvar sem causa específica, deve durar ao menos 3 meses
- Digestésica: Difusa é comum na pós-menopausa
- Vestibulodínea: Na região vestibular é mais comum em mulheres jovens

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25
Q

Defina a dismenorreia primária (fisiológica)

A
  • Inicia 1-2 dias antes da menstruação e regride 12 a 72h depois
  • Ocorre na maioria dos ciclos
  • Dor em cólica, intermitente mas pode ser contínua
  • Intensidade variável
  • Acomete região suprapúbica e abdome inferior, com irradiação para lombar e raiz da coxa > pela origem embriológica
  • Sintomas associados: náuseas, diarreia, fadiga, cefaleia e indisposição
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26
Q

Defina a dismenorreia secundária

A
  • Inicia após os 25 anos, mas endometriose e criptomenorreia iniciam antes
  • Dor pélvica fora da linha média > anormal!
  • Associado a sangramento uterino anormal, dispareunia ou disquezia
  • Curso progressivo (piora com o tempo)
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27
Q

Defina a doença inflamatória pélvica (DIP) e seus principais agentes

A

Inflamação ascendente por patógenos do colo do útero (cervicite), depois vai “subindo”

Agentes mais prevalentes:
Chlamydia trachomatis
Neisseria gonorrhoeae

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28
Q

Defina critérios de DIP (maiores, menores e elaborados)

A

3 critérios maiores + 1 critério menor
OU
1 elaborado

Critérios maiores:
* Dor no hipogástrio
* Dor à palpação dos anexos
* Dor à mobilização de colo uterino

Critérios menores:
* Temperatura axilar > 37,5°C ou temperatura retal > 38,3°C
* Conteúdo vaginal ou secreção endocervical anormal
* Leucocitose em sangue periférico
* Proteína C reativa ou velocidade de hemossedimentação (VHS) elevada
* Mais de cinco leucócitos por campo de imersão em material de endocérvice
* Massa pélvica
* Comprovação laboratorial de infecção
cervical por gonococo, clamídia ou
micoplasmas

Critérios elaborados:
* Presença de abscesso tubo-ovariano ou de fundo de saco de Douglas na imagem
* Evidência histopatológica de endometrite
* Laparoscopia com evidência de DIP

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29
Q

Defina a clínica clássica da endometriose

A
  • Dismenorreia secundária que evolui para dor crônica acíclica
  • Dispareunia profunda
  • Infertilidade
  • Exame físico inocente > pode haver retroversão uterina, pouca mobilidade, implante dos ligamentos útero-sacro
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30
Q

Forma grave da síndrome pré- menstrual

A

Síndrome disfórica pré-menstrual > com alteração na vida social, profissional, etc

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31
Q

Para diagnosticar Síndrome pré-menstrual, podem incluir sintomas psíquicos (emocionais), comportamentais e físicos. Quais os critérios?

A

Pela ISPMD:
1 sintoma (psicológico ou comportamental), com impacto na funcionalidade que melhora com a menstruação ou logo após, seguido de um intervalo livre de sintomas.

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32
Q

Defina síndrome anovulatória

A

Doença associada a não ovulação na maioria dos ciclos, com ciclo irregular podendo virar amenorreia secundária

Principal representante é a SOP (sindrome dos ovários policísiticos), como também Cushing, hiperprolactinemia, hipotireoidismo, uso de DOPA, etc

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33
Q

Sintomatologia da SOP

A
  1. Hiperandrogenismos > pelo, aumento da massa muscular, acne, dermatite seborreica
  2. Irregularidade menstrual, podendo levar a amenorreia secundária
  3. Pode estar associado a obesidade, resistência insulínica e S. metabólica
  4. Pode causar infertilidade
  5. Sangramento > menstruação intensa pelo fato do endométrio espessar muito pela anovulação + sangramento esporádicos (Spotting) pelo estímulo irregular do eixo
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34
Q

Defina amenorreia primária e secundária

A

Primária: não menstruou com 13 anos (na ausência de caracteres sexuais) ou 15 anos na presência de todos caracteres sexuais (telarca, por exemplo)

Secundária: ausência de menstruação por 3 meses consecutivos ou < 9 no ano. Secundário a uma doença de base, mas antes menstruava

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35
Q

Paciente com amenorreia primária + dor pélvica cíclica, deve-se investigar o que?

A

Distúrbio anatômico, como hímen imperfurado, então menstruaria normal mas o sangue não consegue sair

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36
Q

Quadro clínico da adenomiose

A
  1. Menstruação volumosa ou prolongada
  2. Dismenorreia > quando há sangramento + dor, adenomiose deve estar no topo dos critérios!
  3. Pode haver dor pélvica crônica
  4. Útero aumentado de forma regular, globoso e amolecido > importante
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37
Q

Diferencie pólipo e mioma uterino do ponto de vista semiológico

A

Pólipo: geralmente assintomático, exame físico inocente.
Mioma: sangramento menstrual e intermenstrual, associado também a infertilidade e dor pélvica. Pode estar aumentado ao exame

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38
Q

Por que pode haver odor fétido no tumor maligno no colo/vagina?

A

Por necrose do tecido menstrual

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39
Q

Liste as principais vulvovaginites (3)

A

Vulvovaginite > infecção da vulva e vagina, não acomete colo uterino

  1. Candidíase (Candida albicans) > fungo
  2. Vaginose bacteriana
  3. Tricomoníase (trichomonas vaginalis) > protozoário
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40
Q

Descreva a candidíase:
sintomas, conteúdo vaginal, ectoscopia, pH, microscopia e teste de aminas

A

Sintomas: prurido, ardência, disúria, dispareunia
Corrimento: branco, grumoso, inodor
Ectoscopia: eritema, descamação do epitélio
pH: menor que 4,5
Microscopia: pseudo-hifas
Teste de aminas: negativo

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41
Q

Descreva a vaginose bacteriana:
sintomas, conteúdo vaginal, ectoscopia, pH, microscopia e teste de aminas

A

Sintomas: assintomático
Corrimento: branco-acizentado, perolado, fluido, com odor fétido
Ectoscopia: normal
pH: acima de 4,5
Microscopia: clue cells
Teste de aminas: positivo

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42
Q

Descreva a tricomoníase:
sintomas, conteúdo vaginal, ectoscopia, pH, microscopia e teste de aminas

A

Sintomas: prurido, dispareunia, disúria
Corrimento: amarelo-esverdeado, bolhoso e espumoso com odor fétido
Ectoscopia: eritema intenso com microulcerações que dão aspecto de morango
pH: entre 5 e 6
Microscopia: pode haver Tricomonas
Teste de aminas: pode ser positivo
Schiller positivo tigroide

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43
Q

Liste as cervicites/uretrites (infecção do colo do útero ou uretra)

A

Cervicite: clamídia ou gonorréia
Uretrite: Trichomonas vaginalis

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44
Q

Características da lesão herpetica

A
  • A lesão é ao centro, com uma coloração amarelada, ao redor se dissipa
  • Inicialmente há pústula (condiloma plano), depois eclode formando a úlcera, depois forma-se uma crosta > por isso é normal ter múltiplos tipos/formas de lesão (multiformes) pensar sempre em herpes
  • Causa dor intensa
45
Q

Caracterize o cancro mole

A
  • Lesões múltiplas
  • Pode fistulizar por um único orifício
  • Doloroso
  • Borda irregular
  • Fundo SUJO
  • Causado por Haemophilus ducreyi
46
Q

Caracterize o cancro duro da sífilis

A
  • Úlcera única
  • Indolor
  • Fundo LIMPO
  • Borda bem delimitada
  • Causado por Treponema pallidum
47
Q

Caracterize a donovanose ou granuloma venéreo

A
  • Ulcera vegetante, indolor
  • Fundo granulomatoso com granulações subcutâneas (pseudobubões)
  • Sangramento fácil
  • Pode fazer lesão em espelho > forma uma igual do lado da que tocou, como se houvesse um contágio
  • Agente: Klebsiela
48
Q

Conte a evolução natural da doença do linfogranuloma venéreo

A

Primeiro, forma-se uma papula (úlcera) única, indolor, geralmente não vista antes

Depois, ocorre adenopatia dolorosa (linfonodo femural aumentado) e pode gerar múltiplas fistulizações com múltiplos orifícios

Posteriormente, pode gerar sequelas por obstrução linfática > pode evoluir para elefantíase

Agente: Clamídia

49
Q

Sinais de presunção de gravidez

A
  • Amenorreia < 14 dias
  • Manifestações clínicas
  • Linha nigra
  • Sinal de Halban > surgimento de folículos pilosos na transição do epitélio capilar
  • Sinais nas mamas:
    1. Rede venosa de Haller
    2. Sinal de Hunter > desaparecimento da delimitação mamária
    3. Aparecimento de Tubérculos de Montgomery
50
Q

Sinais de probabilidade de gravidez

A
  • Aumento do volume uterino
  • Sinal de Piskacek > crescimento assimétrico do útero
  • Sinal de Jacquemier > hipervascularização da vulva
  • Sinal de Kluge > hipervascularização da vagina
  • Sinal de Hegar > amolecimento do istmo do útero, facilitando sua mobilidade
  • Sinal de Nobile-Budin > preenchimento do fundo de saco
  • Sinal de Osiander > pulsação de artéria vaginal
  • Regra de Goodel > colo com consistência mais complacente
51
Q

Nomeie os seguintes sinais de probabilidade de gravidez:
1- Aumento assimétrico do útero
2- Hipervascularização da vulva
3- Hipervascularização da vagina
4- Mobilidade do istmo do útero

A

1- Sinal de Piskacek
2- Sinal de Jacquemier
3- Sinal de Kluge
4- Sinal de Hegar

52
Q

Nomeie os seguintes sinais de probabilidade de gravidez:
1- Preenchimento do fundo de saco
2- Percepção do pulso da artéria vaginal
3- Consistência do colo mais complacente

A

1- Sinal de Nobile Budin
2- Sinal de Osianer
3- Regra de Goodel

53
Q

Sinais de certeza de gravidez

A
  • USG
  • Beta HCG
  • Sinal de Puzos > rechaço uterino
  • BCF presente ou movimentação fetal
54
Q

Cartão da gestante, o que preencher

A
  • Identificação
  • GPA
  • DUM e DTP
  • PA e BCF
  • Altura uterina
  • Antecedentes
  • Comorbidades da gestante
  • Vacinação > hepatite B, DTPa, influenza e covid
  • Exames complementares > Hb, Ht, sumário de urina, fator RH, coombs indireto, teste de HIV, sorologia de toxo, Hb-Ag, VDRL, glicemia em jejum, TOTG
  • Suplementação > acido fólico (pré gestação e no 1º T) e sulfato ferroso
  • Gráfico nutricional > Kg / IG
  • Gráfico de crescimento > AFU / IG
55
Q

Regra de Nagaele para data provável do parto

A

DUM + 7 dias + 9 meses

56
Q

Regra de McDonalds para IG

A

IG = AFU x 8 /7

57
Q

Exame físico no pré-natal

A
  • Estado geral
  • Sinais vitais
  • Dados antropométricos
  • Inspeção > valorizar:
    1. Estrias gravídicas
    2. Linha nigra
    3. Varizes
    4. Cloasma gravídico
    5. Edema de MMII
    6. Palidez
  • Exame do abdome
    1. Manobras de Leopold
    2. Medida de AFU
    3. Sonar para medir BCF
  • Toque obstétrico
58
Q

Descreva as manobras de Leopold e o que cada uma avalia na estática fetal

A

1a manobra: palpa o o fundo de útero > avalia situação
2a manobra: palpa laterais > avalia posição
3a manobra: palpa próximo a pelve, localizando a cabeça > avalia apresentação
4a manobra: rechaço da cabeça > avalia altura

59
Q

Explique a semiotécnica da medida de AFU e explique sua associação com a IG

A

Com uma fita métrica, uma mão sustenta o ponto 0 da fita na sínfise púbica da grávida, enquanto a outra mão, com a fita entre os dedos, mede onde a mão afunda > delimitando assim, o comprimento do útero.
- Na 12a semana: atinge a borda da sínfise púbica
- Na 16a semana: entre a sínfise e a cicatriz umbilical
- Na 20a semana: altura da cicatriz umbilica;
- Na 20a a 32a semana: altura será correspondente a IG
- Na 40a semana: nível do apêndice xifoide

60
Q

Janela de tempo que a AFU é proporcional a IG

A

20a semana até a 32a semana de gestação

61
Q

Qual o BCF normal para a gestação? Explique como deve ser avaliado

A

Entre 110 e 160bpm
Avaliar através do sonar no foco dorsal do bebê

62
Q

Propedêutica da anamnese do trabalho de parto

A
  • Idade
  • GPA
  • DUM
  • Queixas
  • Antecedentes pré-natais
  • Medicações em uso, cirurgia prévia e comorbidades
63
Q

Propedêutica do exame físico na assistência ao parto (5)

A
  • Sinais vitais
  • Ausculta cardiofetal
  • Dinâmica uterina
    • Triplo gradiente descendente > palpar no fundo do útero
    • Contar o platô da contração
    • 3 / 10’ / 40’’
  • Tônus uterino
    • Quando o tônus não relaxa completamente > hipertonia
    • Comum no uso de ocitocina
  • Toque vaginal
  • Cardiotocografia > a depender do caso
64
Q

Importância do toque vaginal no trabalho de parto

A

Dilatação, Consistência, Apagamento e Posição do colo
Altura da apresentação – Plano de DeLee
Variedade de posição e Assinclitismo
Ruptura de membranas (Aspecto do LA: Claro, turvo, meconial, sanguinolento)

65
Q

Descreva a reavaliação durante a assistência ao parto na fase ativa

A

Ausculta fetal:
- Período de dilatação > 30min baixo risco, 15 min alto risco
- Período de expulsão > 15 min baixo risco, 5 min alto risco

Dinâmica e tônus:
1/1h

Sinais vitais:
FC 1/1h
PA 4/4h
Tax 4/4h

66
Q

Quando considerar que o parto está finalizado?

A

Quando a placenta sai do útero da mãe > loquiação da placenta. A não expulsão em 1h pode ser fator de hemorragia pós-parto

67
Q

Logo após o parto, o que avaliar?

A
  • Tônus do bebê
  • FC
  • Choro
68
Q

Defina puerpério imediato, tardio e remoto

A

Imediato: 1º ao 10º dia
Tardio: 11º ao 42º dia
Remoto: 42º dia até 6-8 semanas

69
Q

Como será a evolução do útero, colo e endométrio pós parto?

A

Útero:
- Pós imediato na cicatriz umbilical
- 15º dia intrapélvico
- 30º dia na posição pré-gravídica

Endométrio:
- 15-30 dias estará na posição pré-gravídica

Colo:
- Nos primeiros dias, dilatação de 2-3 cm
- 1 semana estará fechado em fenda

70
Q

Anamnese puerperal (5)

A
  • Perguntar de queixas e desconfortos maternos
  • Incentivo à amamentação
  • Perguntar e ajudar na anticoncepção 24h após PN e 48h após PC
  • Estar atento a hemorragia, sinais de infecção e TVP
  • Estar atento a questões psicológicas: blues puerperal, depressão pós-parto e psicose puerperal
71
Q

Exame físico puerperal (7)

A
  • Sinais vitais
  • Coloração > pesquisa de anemia
  • Ausculta
  • Exame das mamas > está saindo colostro? papila invertida? fissuras ou lesões? como está a pega?
  • Exame do abdome > buscar sinais de infecção e avaliar involução do útero
  • Exame perineal > avaliar presença de fissuras
  • Avaliar extremidades > buscar e caracterizar edema e demais sinais de TVP
72
Q

Explique por que há risco cardiovascular aumentado no puerpério

A
  1. Fase de extrema coagulabilidade, predispondo eventos tromboembólicos
  2. Descompensação hemodinâmica
  3. Persistência de comorbidades anteriores
73
Q

O que a neonatologista deve questionar do trabalho de parto? (6)

A
  • Duração
  • Complicação
  • Tipo de parto, se cesário por quê?
  • Apresentação fetal
  • Uso de analgesia ou ocito
  • Características da placenta
    1. Aspecto do líquido amniótico
    2. Se bolsa rota, quanto tempo
    3. Número de vasos do cordão
74
Q

Como deve agir a neonatologista no momento pós-parto?

A
  • Gold minute: avaliar tônus, choro, FC
  • Registrar data e hora
  • Apgar de 1º e 5º min
  • Calcular capurro somático (antes de 12h)
  • Secar bem o bebê, colocar um gorro e trocar o pano
  • Dados antropométricos > comprimento, peso, perímetro cefálico e torácico
  • Contato pele a pele e estimular amamentação
  • Avaliar necessidade de:
    1. Reanimação neonatal
    2. Suporte respiratório
    3. Fototerapia
    4. ATB e outros medicamentos
  • Exame físico detalhado posteriormente
75
Q

Defina:
- RN pré-termo extremo, precoce e tardio
- RN a termo
- RN pós termo

A

RN pré-termo
- Extremo: < 28 semanas
- Precoce: entre 28 e 33
- Tardio: entre 34 e 36

RN a termo
37 a 41 semanas

RN pós-termo
42 semanas em diante

76
Q

Tempo de bolsa rota superior a 18h, como o neonatologista procede?

A

Profilaxia de Streptococo, normalmente Ampicilina > maior risco de contato com bactérias do canal vaginal

77
Q

Explique os critérios do Apgar de um RN

A

Cor da pele
- 0 cianose central
- 1 cianose de extremidades
- 2 ausência de cianose
FC
- 0 bpm
- < 100 bpm
- > 100 bpm
Irritabilidade reflexa
- 0 ausente
- 1 alguma reação
- 2 espirros
Tônus muscular
- 0 flácido total
- 1 alguma flexão
- 2 boa movimentação
Respiração
- 0 ausente
- 1 irregular
- 2 regular

78
Q

Classifique quanto ao peso:
1- Macrossomia
2- Adequado
3- Microssomia

A

1- Acima de 4kg
2- Entre 4kg e 2,5kg
3- Abaixo de 2,5kg

79
Q

Classifique o peso quanto a IG:
1- GIG
2- AIG
3- PIG

A

1- Grande para idade gestacional: acima do percentil 90
2- Adequado para idade gestacional: entre o percentil 10 e o 90
3- Pequeno para idade gestacional: abaixo do percentil 10

80
Q

Explique capurro somático

A
  1. Formação do mamilo
  2. Textura da pele
  3. Glândula mamária
  4. Forma da orelha
  5. Pregas plantares

Soma os 5 critérios com 204 / 7

81
Q

Explique capurro neurológico

A
  1. Textura da pele
  2. Glândula mamária
  3. Forma da orelha
  4. Pregas plantares
  5. Sinal do cachecol
  6. Posição da cabeça

Soma-se os 6 critérios com 200 / 7

82
Q

O exame físico do RN deve ser direcionado para avaliar o que? (5)

A
  1. Vitalidade
  2. Anomalia congênita
  3. Fatores de risco > forma de parto, alangesia, etc podem afetar o RN
  4. Tocotraumatismos
  5. Alterações cardiorrespiratórias
83
Q

O que avaliar no padrão respiratório do RN? (5)

A
  1. Batimento de asa do nariz
  2. Presença de tiragem > Boletim de Silver Anderson
  3. Germência
  4. Profundidade
  5. Ritmo
84
Q

Exame físico geral do RN (10)

A
  1. Antropometria > peso, altura, perímetro cefálico e perímetro torácico
  2. Sinais vitais
    - FC > 110 a 160
    - PA
    - FR > 40 a 60 ipm
    - Temperatura > 36,5 – 37,4ºC
    - Saturação > acima de 95%
  3. Postura
  4. Fascies
  5. Pele
    - Textura
    - Umidade
    - Cor
    - Achados benignos x achados de risco
  6. Tônus
  7. Choro
  8. Palpar gânglios > atenção ao excesso de linfadenopatia
  9. Membros
    - Inspecionar número de dedos
    - Simetria e forma dos membros
    - Buscar dor a palpação
    - Avaliar mobilidade e inervação
    - Avaliar articulação do quadril
  10. Dorsal
85
Q

Achados benignos da pele do RN (5)

A
  1. Vérmix caseoso > material cremoso esbranquiçado que protege a pele durante a gestação
  2. Millium sebáceo > acúmulo de queratina nos folículos sebáceos, ficam acumulados obstruindo pela ação do estrogênio materno
  3. Lanugo > pelos finos que recobrem ombro e escápula
  4. Maácula vasculares (hemangiomas capilares) > manchas avermelhadas na região occiptal que desaparecem sob pressão
  5. Manchas mongólicas (melanocitose dérmica) > manchas azul-acizentadas locadas no dorso e glúteo, ocorre pela imaturidade dos melanócitos
86
Q

Achados de risco na pele do RN, aqueles que devem ser melhor avaliados (10)

A
  1. Eritema tóxico > pápula amarelo-esbranquiçada com hiperemia marginal (reação de hipersensibilidade ao ambiente)
  2. Equimose > lesões de pele benignas, associadas a traumas durante o parto. A equimose de face se chama máscara cianótica (ocorre na apresentação de face)
  3. Petéquias > quando exclusivo a face, não há risco pois trata-se de lesão de parto, quando acomete o corpo deve-se investigar
  4. Hemangiomas cavernosos > lesões vasculares elevadas, podendo formar crostas, constituidas de elementos vasculareas agrupados. Pode conferir risco de angioma das leptomeninges, mas a maioria é benigno
  5. Fenômeno de Arlequim > discromia de uma metade do corpo. Ocorre por instabilidade vascular temporária do centro hipotalâmico, mas pode estar associado a HPRN
  6. Icterícia > normal surgir no 2-3º dia de vida e sumir em 1 semana. Mas pode estar associado a doença hemolítica, especialmente a icterícia persistente ou tardia
  7. Cutis marmorata > padrão vascular visível, comum ocorrer por resposta a resfriamento
  8. Cianose > coloração azulada, ocorre pela dessaturação de Hb. Comum cianose de extremidade ao nascimento, tende a desaparecer nas primeiras horas de vida
  9. Melanose pustulosa neonatal transitória > frequente em RN negros, combinação de pústulas, escamas e máculas hiperemiadas, desaparece espontaneamente
87
Q

Impetigo é uma das alterações de pele comum no RN, defina e conduza

A

Infecção piogenica causada pelo S. aureus, gera lesões eritematosas com bolhas amareladas.

Tratamento com antibioticoterapia

88
Q

Durante o exame físico das extremidades do RN, o que observar? (5)

A
  1. Deformidade óssea
  2. Dor a palpação
  3. Inadequação de mobilidade > paralisia de plexo braquial
  4. Articulação do quadril
  5. Anomalia de dígito
89
Q

Explique a paralisia de plexo braquial superior x inferior

A

Superior: Afeta ombro e braço
- Postura em “gorgeta de garçom” > adução e rotação interna do ombro antebraço pronado
- Não altera sensibilidade tátil
- Reflexo de preensão preservado

Inferior: Afeta antebraço e mão
- Provoca fraqueza de mão e punho
- Alteração da sensibilidade
- Reflexo de preensão ausente

Ambos:
- Braço de “boneca de pano” > flácido
- Reflexo de preensão ausente

90
Q

Quais são as situações de deformidade óssea e alteração de dígito mais encontradas? (3)

A
  • Pé torto congênito
  • Cindactilia > dedo a menos
  • Polidactilia > dedo a mais
91
Q

Qual a alteração articular do quadril é normalmente encontrada no RN? Explique o exame físico para identificar

A

Displasia de quadril
Realiza-se as manobras de Barlow e Ortolani para avaliar situações de instabilidade coxofemoral

1.Ortolani:
- Decúbito dorsal com joelhos flexionados e
- Deve ser feito o movimento de abdução da coxa e leve pressão no joelho
- Haverá o encaixe do quadril para fora do acetábulo

2.Barlow
- Adução de quadril
- Haverá um deslocamento do quadril para dentro do acetábulo

92
Q

Defeitos no fechamento da coluna do RN

A

Disrafismo oculto da espinha > fechamento inadequado do tubo neural, resultando em má formação do corpo vertebral e/ou coluna.
- Meningocele > acometimento das meninges
- Mielocele > acometimento da coluna
- Ou ambos > mielomeningocele

Pode haver acúmulo de gordura, pilosidade, hemangioma, etc

93
Q

Na avaliação do crânio do RN, deve-se examinar (6):

A
  • Buscar Tocotraumatismos
  • Buscar craniossinostoses
  • Palpar suturas e cavalgamentos
  • Medir fontanelas e PC
  • Avaliar simetria, tamanho e formato da face
  • Buscar craniotabes > presença de uma região externa da tábua óssea com consistência semelhante a uma bola de ping-pong
94
Q

Explique os 3 tipos de tocotraumatismo mais encontrados na avaliação do RN

A

1.Bossa serosanguinolenta
- Edema de couro cabeludo causado por pressão no segmento cefálico durante o parto
- Ultrapassa as suturas > abaixo somente da pele
- Geralmente na região occiptal ou parietal
- Reabsorção em 1-2 dias

2.Céfalo-hematoma
- rompimento de vaso subperiostal secundário ao traumatismo do parto
- Restringe-se aos limites das suturas
- Geralmente no logo parietal
- Pode estar associado a anemia e icterícia

3.Hemorragia subgaleal
- Sangramento sob a aponeurose
do músculo occipitofrontal, causa uma tumefação mole que flui livremente da nuca para a testa
- Bem mais raro

95
Q

Na avaliação dos olhos do RN, o que observar? (5)

A
  • Tamanho e simetria > em busca de mal formação como down
  • Estrabismo
  • Edema periorbitário > usar colírio para prevenir conjuntivite
  • Hemorragia conjuntival > o corpo reabsorve esse sangue, ocorre pelo trauma do parto
  • Catarata > perda do reflexo vermelho
96
Q

Alterações comuns na orelha do RN (2)

A
  1. Microtia > atrofia da orelha
  2. Apêndice pré-auricular > por vezes associado a mal formação renal, mas tem caráter benigno, geralmente com fundo cego
97
Q

Alterações (mal formações) na boca do RN (6)

A
  1. Lábio leporino
  2. Fenda palatina
  3. Pérolas de Epstein > cistos de
    retenção epitelial, esbranquiçados, localizados na linha média do palato duro
  4. Rânula > cisto de muco localizado no assoalho da cavidade oral
  5. Macroglossia > associado a hipotireoidismo
  6. Anquiloglossia > afastar atresia de esôfago
98
Q

Alterações (mal formações) na pescoço do RN (4)

A
  1. Torcicolo congênito
  2. Bócio
  3. Pescoço alado > associado a Tunner
  4. Pele redundante > associado a Down
99
Q

Avaliações mandatórias do tórax do RN (5)

A
  • Analisar formato e simetria > buscar pectus excavatum ou assimetria torácica
  • Analisar presença de brotos mamários /
    saída de leite
  • Observar ponta do apêndice xifóide
  • Observar sinais de desconforto
    respiratório > FR, ritmo, intensidade, ausculta, tiragem, batimento de asa de nariz, etc
  • Palpar clavícula > em buscar de dor a palpação, pois será indicação de fratura
100
Q

Avaliação do aparelho cardiovascular do RN

A
  1. Avaliar abaulamentos
  2. Buscar frêmitos e sopros
  3. FC e PA
  4. Ausculta atenta > desdobramento de B2 pode ser normal
  5. Avaliar perfusão

Cardiopatia pode não cursar com sopro, nem todo sopro é mandatório de cardiopatia também

101
Q

Avaliação do abdome do RN (5)

A
  1. Forma: deve ser semigloboso, e escavado
    - Quando escavado > pensar em hérnia diafragmática
    - Quando globoso e distendido > pensar em obstrução intestinal
    - Abaulamento visível > hérnia umbilical de solução expontânea, por diástase do reto abdominal
    2.Palpação
    - Fígado deve ser palpável a 1-2 cm do rebordo costal direito
    - Baço habitualmente não é palpável
    - Rins podem ser palpáveis nas primeiras horas de vida, especialmente o direito
    3.O cordão umbilical > gelatinoso e tem duas artérias e uma veia umbilical
    4.Buscar defeitos de parede abdominal > sugestivo de onfalocele ou gastrosquise
    5.Ausculta atenta
102
Q

Diferencie onfalocele e gastrosquise

A

Ambos tratam-se da exteriorização de vísceras intrabadominais, muitas vezes intestino delgado.

Onfalocele trata-se dessa extrusão com uma membrana composta de peritônio e amnio recobrindo-a. Enquanto a gastrosquise não

103
Q

Avaliação do aparelho genitourinário do RN

A

Na avaliação masculina:
1.Palpar o pênis
- Fimose fisiológica > normal o prepúcio se desgrudar ao longo dos primeiros anos de vida
- Pode haver glande naturalmente exposta associada a hipospádia ou epispádia

2.Buscar testículos
- Sob pressão podem ser retráteis
- Ou podem estar alojados fora da bolsa escrotal, geralmente no caminho inguinal > criptorquidia
- Pode haver hidrocele

Na avaliação feminina:
- Avaliar grandes lábios, tamanho depende da IG, mas pode haver edema na região
- Nos pequenos ládos pode haver sinéquias ou vernix
- Hímen pode estar com prolapso himenal
- Pode haver secreção esbranquiçada ou até sanguinolenta nos primeiros dias (0-3 dias)
- Pode haver clitóris hipertrofiado
- Saída de mecônio na vagina indica presença de fístulas

OBS: inspeção obrigatória do ANÛS

104
Q

Por que é normal que a primeira urina do RN seja avermelhada?

A

Porque pode ser composta de cristais de urato amorfos, que são precipitações de sais de urina, submetidos a algumas variações: temperatura, pH e concentração

105
Q

Avaliação do neurológica do RN

A

Primeiro, avalia-se: postura, movimentação, choro e tônus

Depois, avalia-se os reflexos primitivos presentes. A grande maioria regride, pois depois o SNC promove ação inibitória

106
Q

Quais são os 11 reflexos primitivos avaliados no RN?

A
  1. Reflexo de sucção > até 5 meses
  2. Pontos cardeais > até 3 meses
  3. Preensão palmar > até 4-6 meses
  4. Preensão plantar > até 15 meses
  5. Cutâneo plantar (Babinski) > até 18 meses
  6. Fuga à asfixia
  7. Marcha > até 2 meses
  8. Moro > até 6 meses
  9. Magnus de Klen (esgrimista) > até 3 meses
  10. Babki > até 3 meses
  11. Olhos de boneca > até 3 meses
107
Q

Paciente puérpera com febre, taquicardia e taquipneia. O que pensar? Quais os achados?

A

Endometrite puerperal.
Usar tríade de Bumm:
- Útero amolecido + dolorido + invuído

108
Q

Cite os reflexos primitivos na ordem de desaparecimento
- 2 meses (1)
- 3 meses (4)
- 4-6 meses (1)
- 5 meses (1)
- 6 meses (1)
- 15 meses (1)
- 18 meses 1)

A
  • 2M Reflexo da marcha
  • 3M Reflexo dos sinais cardeais, Babik, olho de boneca e esgrimista
  • 5M Reflexo de sucção
  • 4-6M Reflexo de prensão palmar
  • 6M Moro
  • 15M Reflexo de prensão plantar
  • 18M Babinski