Neo 2º GQ Flashcards

1
Q

Sinais de alerta para afecções cirúrgicas (5)

A
  • Polidrâmnio
  • Distensão abdominal
  • Salivação excessiva
  • Ausência ou atraso da defecação de mecônio
  • Vômitos biliosos
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Q

Principais causas de polidrâmnio (5)

A
  • Malformações do SNC > mielomeningocele, anencefalia, hidrocefalia
  • Malformações do TGI > atresia de esôfago, atresia duodenal, hérnia diafragmática, gastrosquise, onfalocele, etc
  • Infecções
  • Diabetes materna mal controlada
  • Anastomoses ou tumores
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3
Q

Achados da atresia de esôfago (4)

A
  • Polidrâmnio
  • Vômitos não biliosos, salivação aerada
  • Desconforto respiratório
  • Impossibilidade de passar uma sonda (na maior parte dos casos)
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4
Q

Patologias associadas a atresia de esôfago

A

V > anomalia do corpo Vertebral
A > ânus imperfurado
C > cardiopatia congênita
TE > fístula Traqueo-Esofágica
R > atresia de Radio e agenesia Renal

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5
Q

Diferencie achados uma atresia de esôfago COM e SEM fístula traqueo-esofágica distal

A

Na atresia sem fístula:
- Abdome escavado
- Com ausência/diminuição de bolha gástrica

Na atresia com fístula:
- Abdome estará distendido
- Com bolha gástrica presente
- Pode desenvolver dificuldade respiratória por aspiração de conteúdo esofágico

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6
Q

Diagnóstico pré-natal de atresia de esôfago

A

USG pré-natal
- Bolha gástrica pequena ou ausente
- Visualização do coto esofágico
- Polidrâmnio

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7
Q

Diagnóstico pós-natal de atresia de esôfago

A

Achados clínicos:
- Salivação aerada
- Desconforto respiratório
- Impossibilidade de passar sonda
+
Achados RX:
- Ausência de bolha gástrica
- Presença de coto esofágico

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8
Q

Manejo da atresia de esôfago

A
  1. Aspirar coto esofágico
  2. Transferir para unidade de referência
  3. Decúbito elevado > principalmente se FTE
  4. Tratar cirurgicamente com anastomose primária dos cotos + ligadura de fístula
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9
Q

Explique a atresia de intestino

A

Ocorre por algum motivo (seja por gastrosquise, onfalocele, volvo, herniação, etc), progride para um encarceramento e evolui para isquemia e estrangulamento desse tecido, pode ocorrer ainda intra útero

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10
Q

Diagnóstico de atresia intestinal

A
  • Volume gástrico aumentado
  • Aumento da peristalse abdominal
  • Vômitos biliares
  • RX simples de tórax > mostrando sinal da dupla bolha ou sinal da casca de maça
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11
Q

Diferencie a atresia duodenal e de jejuno (achados e imagem)

A

Atresia de duodeno:
Quanto mais proximal a atresia, mais rápido iniciam os vômitos biliosos
- Sinal da dupla bolha > porção proximal distendida e a distal atrofiada

Atresia de jejuno/íleo:
Quanto mais distal a atresia, mais distendidas ficam as alças (pois acomete cada vez mais porções)
- Sinal da casca de maça > adelgaçamento generalizado da alça distendida

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12
Q

Tratamento da atresia intestinal

A

Após estabilizar, tratar cirurgicamente com retirada da porção atrofiada e anastomose primária das extremidades

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13
Q

Caracterize o megacólon congênito ou doença de Hirshprung

A

É um acometimento neural, com falha de migração neuronal, levando a uma paralisação da peristalise em uma zona de transformação de alça aganglionar

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14
Q

Defina a hérnia diafragmática e diferencie a de Bochdalek e de Morgagni

A

É um defeito do fechamento do forame pleuro peritoneal OU por falha do desenvolvimento da masculatura diafragmática, resultando em uma herniação

Bochdalek: bem mais comum, ocorre na porção posterior, próximo às vértebras
Morgagni: diagnóstico mais tardio, bem menos comum, acomete a parte anterior, próximo ao esterno

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15
Q

Diagnóstico da hérnia driafragmática

A

Sinais no RX como:
- Abdome escavado
- Alça intestinal no tórax
- Não visualização do hemidiafragma
- Redução de bolha gástrica
- Hipoplasia pulmonar e atelectasia compressiva

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16
Q

Tratamento da hérnia diafragmática

A
  • Estabilizar, evitar hipóxia e manter sat > 90%
  • Monitorar hipertensão pulmonar
  • Tratamento cirúrgico
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17
Q

Diferencie gastrosquise e onfalocele

A

Defeito da parede abdominal, não se sabe a causa, mas ambos são bastante comuns
Gastrosquise:
- Acomete a direita da linha média
- Não é envolvido por uma membrana
- Acomete geralmente delgado, mas costuma ser menor que a onfalocele (< 4cm)

Onfalocele:
- Localizado na linha média
- Envolvido por uma membrana gelatinosa constituída por > âmnio, geleia de Wharton e peritônio
- Mais associada a outras patologias, muitas vezes cursa com hipoplasia pulmonar

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18
Q

O que é crucial no manejo da onfalocele/gastrosquise?

A
  • Diagnóstico pré-natal
  • Avaliação anterior do tamanho da herniação e se há comprometimento hepático > pois nesse caso a indicação é cesária
  • O parto deve ser realizado em um centro com UTI neonatal e bloco cirúrgico
  • Ao nascer, encaminhar para UTI:
    - Berço aquecido
    - Jejum de VO, hidratação EV > manter taxa hídrica elevada pré cirurgia
    - Sonda orogástrica grossa
    - Antibioticoterapia profilática
    - Solicitar exames laboratoriais
    - Saco estéril para cobrir a onfalocele antes da cirurgia (corrigir em até 4-6h idealmente)
    - Suporte ventilatório
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19
Q

Anomalias anorretais: defina e explique como diagnostica-las

A

Geralmente caracterizado por
- Ânus imperfurado > inserido no ponto adequado, porém sem abertura
- Fístula anal > localizado anteriormente a onde deveria estar

Diagnóstico é clínico pelo exame físico pós-natal

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20
Q

Tratamento anomalias anorretais

A

Anorretoplastia a depender da indicação e colostomia (se não houver fístula)

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21
Q

Quais pacientes tem indicação de colostomia na anomalia anorretal?

A

Toda criança que NÃO possui fístula anorretal

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22
Q

Defina a VUP (válvula de uretra posterior)

A

É a estenose da válvula entre a uretra prostática e a bulbar > impossibilita a passagem de urina pelo pênis, levando a:
- Refluxo vesicoureteral
- Ureterocele > dilatação do ureter
- Comprometimento renal > diminuindo a produção de urina e diminuindo o líquido amniótico livre (oliâmnio severo)

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23
Q

Liste todas as afecções cirúrgicas neonatais (7)

A
  • Atresia de esôfago
  • Atresia intestinal
  • Megacólon congênito
  • Hérnia diafragmática congênita
  • Gastrosquise e onfalocele
  • Anomalias anorretais
  • VUP
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24
Q

Diferencie sepse de sepse grave e choque séptico

A
  • Sepse: resposta inflamatória sistêmica (SRIS) por infecção comprovada ou presumida
  • Sepse grave: sepse complicada por disfunção orgânica e hipotensão
  • Choque séptico: sepse + taquicardia + baixa perfusão tecidual + hipotensão +
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25
Q

Diferencie sepse suspeita, clínica e comprovada

A
  • Sepse suspeita: independente de ter sintomas, mas não tem diagnóstico comprovado (menos achados ou fatores de risco do que o necessário) > em caso de desconfiança, pedir exame laboratorial
  • Sepse clínica/presumida: presença de achados clínicos e laboratoriais, mas sem comprovação do agente
  • Sepse comprovada: diagnóstico clínico e laboratorial fechado + comprovação do agente
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26
Q

Defina sepse neonatal precoce e tardia

A

Sepse precoce: 0 a 48h de vida
Sepse tardia: a partir das 48h aos 28d de vida

27
Q

Caracterize o padrão de sepse precoce e tardia

A

Precoce:
- Por infecção intraútero ou no canal de parto
- Strepcococcus, E. coli e Listeria

Tardia:
- Infecção hospitalar > punção, cateter, cânula, etc
- Staphylococcus, Enterococcus, Fungo

28
Q

Diagnóstico de sepse

A

3 sinais clínicos
OU
2 sinais clínicos + fatores de risco maternos

Sinais clínicos:
- Instabilidade térmica
- Dificuldade respiratória
- Hipotonia, convulsões
- Irritabilidade ou letargia
- Recusa alimentar, vômitos, distensão abdominal
- Icterícia idiopática (> de bilirrubina direta)
- Palidez cutânea
- Sinais de sangramentos

29
Q

Sepse no exame laboratorial (7)

A
  • Hemocultura em veia periférica > padrão ouro
  • Proteína C reativa > análise seriada é mais interessante, procalcitonina seria bom mas não é muito disponível
    Aumenta em 24h, mas o pico ocorre entre 2-3 dias
    Ajuda para decisão de suspender ATB e quando afastar sepse se hemocultura negativa
  • Hemograma completo > entre 6-12h de vida
    Leucocitose (> 25.000) > inespecífico
    Leucopenia (< 5.000) > inespecífico
    Neutropenia (< 1.500)
    Relação neutrófilos imaturos / totais (>= 0,2)
    Plaquetopenia (< 100.000) > só aumenta tardiamente
  • Coleta de líquor > se estiver sintomático e estável, pois a punção de LCR em RN é mais complexa
    Indicação de meningite: aumento de células, aumento de proteínas, diminuição da glicose
    Na sepse tardia, pedir LCR de ROTINA
  • Imagem
    RX de tórax mostrando sinais de desconforto respiratório
    USG renal, cintilografia ou uretrocistografia só em caso de suspeita de ITU (nesse caso, associar a urocultura)
  • Exame histopatológico > coleta de placenta, membrana amniótica, cordão umbilical (em caso de sepse precoce)
  • Coloração GRAM
30
Q

Padrão ouro no diagnóstico comprovado de sepse neonatal

A
  1. Com a suspeita, aplicar achados clínicos e fatores de risco de sepse
  2. Solicitar exames laboratoriais (hemocultura é padrão ouro, PCR e hemograma até podem ajudar também)
  3. Com a sepse clínica comprovada, solicitar cultura para descobrir o agente da sepse
31
Q

Tratamento da sepse precoce no RN sintomático

A
  • Exames laboratoriais > hemograma, hemocultura, PCR e LCR
  • RX de tórax se sintomas respiratórios
  • Iniciar antibioticoterapia:
    Penicilina cristalina + amicacina
    OU
    Ampicilina + gentamicina

Sintomático com hemocultura negativa: 10 dias
Sintomático com hemocultura positiva: 14 dias
LCR alterado: 21 dias

32
Q

Tratamento da sepse neonatal tardia

A
  • Em staphlococcus multirresistente (MRSA) > vancomicina
  • Em staphlococcus multissensível (MSSA) > oxacilina
  • GRAM negativos: cefotaxima e cefepime
  • Fungos: anfotericina B

Agente GRAM positivo: 14 dias
Agente GRAM negativo: 21 dias

33
Q

Defina corioamnionite e explique os achados associados

A

É a infecção ascendente do corio e amnio, geralmente acomete grávidas pós RPM

Achados:
- Hipertermina
- Líquido amniótico com odor fétido e/ou purulento
- Sensibilidade abdominal
- Leucocitose
- Taquicardia materna e/ou fetal
- Hipotonia uterina

34
Q

Cuidados gerais na UTI de um RN com sepse (5)

A
  • Controle de temperatura
  • Balanço hídrico, equilíbrio de HE, AB e metabólico
  • Suporte nutricional > leite materno é o ideal
  • Estabilização hemodinâmica > avaliar anemia e necessidade de drogas vasoativas
  • Manter oxigenação adequada
35
Q

Prevenção de sepse neonatal

A
  • Pré-natal adequado
  • Assistência ao parto e ao RN na sala de parto
  • Equipes treinadas e materiais corretos
  • Aleitamento materno
  • Prevenção de infecção cruzada
  • Uso criteriosos de ATB
  • Evitar procedimentos invasivos desnecessários em RN
  • Restringir entrada de familiares e profissionais com infecção aguda no CPN
  • Seguir a indicação de profilaxia para EGB
36
Q

Indicações de profilaxia para EGB (4)

A
  • RN anterior com doença pelo EGB
  • Cultura positiva durante gestação > mesmo se devidamente tratada
  • Bacteriúria assintomática ou ITU na gestação
  • Cultura desconhecida ou ausente para EGB + um dos achados abaixo:
    RPM > 18h
    Temperatura materna intra parto de 38 ºC
    RN prematuro
37
Q

Explique o esquema de profilaxia para EGB

A
  • Penicilina G: 5M de UI de ataque + 2,5M de 4/4h
  • Ampicilina: 2g de ataque + 1g de 4/4h

Em caso de alergia a Penicilina, utilizar Cefazol ou Clindamicina

Depois, observar por 48h

38
Q

Explique a icterícia neonatal

A

Ocorre hiperbilirrubinemia indireta (não conjugada, circula com a albumina na circulação), quando > ou = a 5 mg/dL

É um achado regular, porém quando há hiperbilirrubinemia direta, costuma estar associado a infecção congênita ou sepse

39
Q

Explique a circulação da bilirrubina indireta

A

Na circulação sanguínea, a bilirrubina circula com a albumina. No plasma, circula livremente, pois é lipossolúvel

40
Q

Classifique a hiperbilirrubinemia indireta significativa, grave e extrema

A
  • Significativa > a partir de 12mg/dL requer fototerapia
  • Grave > a partir de 20mg/dL
  • Extrema > a partir de 25 mg/dL
41
Q

Quais os fatores que geram a icterícia fisiológica (tardia)?

A
  • Maior volume eritrocitário
  • Menor tempo de meia vida das hemácias
  • Menor capacidade conjugação hepática dessa bilirrubina
  • Sujeito a doenças hemolíticas do RN
42
Q

Explique a icterícia fisiológica

A

Termo:
- Começa após as 24h de vida > icterícia tardia
- Tem um pico no 3º/4º dia
- O máximo fisiológico é de 12 mg/dL
- Normal durar até 7 dias

Pré-termo:
- Também inicia em 24h > tardia
- Tem um pico entre 4-7 dias
- O máximo passa a ser 15 mg/dL
- Será normal até 14-21 dias

43
Q

Exames complementares na icterícia neonatal

A
  • Hemoglobina e hematócrito > avaliar se tem anemia associada
  • Dosagem de bilirrugina total e frações
  • Reticulócitos
  • Tipagem sanguínea
  • Coombs direto e indireto
  • Pesquisa de anticorpos se necessário
  • USG transfontanela > se hematoma, hemorragia pós natal
44
Q

Quando investigar icterícia patológica?

A
  • Prematuro, asiático
  • História de doença hemolítica, cefalohematomas ou equimoses
  • Icterícia nas primeiras 24h > indicativo de causa patológica!
  • Dosagem de bilirrubina total elevada
45
Q

Método clínico de determinação da zona de icterícia por inspeção

A
  • Zona 1: atinge apenas o rosto > BT entre 4 e 8
  • Zona 2: atinge do pescoço à cicatriz umbilical > BT entre 5 e 12
  • Zona 3: atinge da cicatriz ao joelho > BT em média 15
  • Zona 4: tornozelo e antebraço
  • Zona 5: região palmar e plantar
46
Q

Explique a nomenclatura de Bhutani

A

Divide as zonas de baixo, moderado baixo, moderado alto e alto risco de icterícia patológica.

A partir do P75, o que inclui a zona de moderado alto e a zona de alto risco > deve-se colher exames para investigar

47
Q

Conduta icterícia neonatal

A

Quando precoce:
Colher exames + iniciar fototerapia

Quando tardia:
- Se atingir somente zona 1 (rosto) > observação clínica
- Se atingir zona 2 em diante > colher exames
- Se Bhutani foi >P75: iniciar fototerapia + solicitar reserva de sangue + reavaliar em 3h
- Se Bhutani for < P75: observação clínica

48
Q

Explique o funcionamento da fototerapia

A

Com a exposição a luz azul sob a epiderme, ocorre a fotoisomerização, o que converte a bilirrubina não conjugada em unidades solúveis em água.

Parte dessa bilirrubina será excretada pela conjugação hepática na bile, enquanto outra parte será eliminada na urina

49
Q

Cuidados com a fototerapia

A
  • Temperatura do RN > pode haver hipoe hipertermia
  • Controlar a oferta hídrica > porque há um aumento da perda
  • Proteção ocular radiopaca
  • Reavaliar BT e frações a cada 4-8h
  • Suspender quando BT < 8-10 mg/dL
50
Q

Quando dar alta na icterícia neonatal? (3)

A
  • Quando Bhutani estiver abaixo de P75 (intermediário baixo ou baixo)
  • Após 48h sem icterícia
  • Se icterícia a inspeção estiver na zona 1

Mas cuidado: solicitar retorno ambulatorial em 48-72h para avaliar icterícia por AME

51
Q

A triagem neonatal inclui quais testes de triagem?

A
  • Teste do pezinho
  • Teste da orelhinha
  • Teste do olhinho
  • Teste do coraçãozinho
52
Q

Descreva como e quando coletar o teste do pezinho

A

A coleta deve ser feita com o pé esterilizado, utilizando luvas e com lancetas apropriadas
- O calcanhar deve ser puncionado em uma das laterais da região plantar > para haver menos chance de atingir um osso
- Desprezar a primeira gota e limpá-la
- Depois aplicar o sangue no papel filme

Deve ser, preferencialmente coletado entre o 3º e 5º dia de vida

53
Q

Patologias identificadas no teste do pezinho (6)

A
  • Fenilcetonúria
  • Hipotireoidismo congênito
  • Doença falciforme
  • Fibrose cística
  • Hiperplasia adrenal congênita
  • Deficiência de biotinidase
54
Q

Explique o teste do olhinho: o que indica, como e quando realizar

A

Como realizar: Oftalmoscópio se utiliza uma luz a cerca de 50cm de distância dos olhos, devendo haver um reflexo vermelho simétrico

Uma alteração pode indicar: catarata, glaucoma, retinoplastoma, etc

Quando realizar: antes da alta da maternidade, antes da alta do RN, mas pode ser realizado ao longo do 1º mês de vida

55
Q

Explique o teste do coraçãozinho: o que indica, como e quando realizar

A

Indica: cardiopatia congênita pela diferença de saturação entre as aferições periféricas > se alterado em duas aferições distintas, deve realizar um eco dentro de 24h

Como: Aferição da saturação do membro superior direito (MSD) e um dos membros inferiores. O resultado normal consiste na saturação >= 95%, sendo a diferença menor que 3% entre as duas aferições

Quando: antes da alta da maternidade

56
Q

Explique o teste da orelhinha: o que indica, como e quando realizar

A

Quando: entre 24-48h de vida ou antes da alta da maternidade

Indica: risco de deficiência auditiva (pré-neural ou coclear)

Como: Emissões otoacústicas (OEAE)

57
Q

Quais são as 3 principais etilogias de hipoglicemia neonatal?

A
  1. Baixa reserva de glicogênio > quando nasce, o RN depende da reserva depositada no 3º trimestre para manter os níveis basais
  2. Maior utilização da glicose > maior gasto, maior demanda
  3. Causas mistas
58
Q

Fatores associados a baixa reserva de glicogênio

A
  • PIG
  • RCIU
  • Prematuro
  • Baixo peso ao nascer
59
Q

Fatores associados a hipoglicemia por alto consumo de glicose

A

Hiperinsulinemia
- Diabetes materna > hiperglicemia passa de mãe para o filho, estimulando a produção de insulina no bebê. Quando nasce, para de passar glicose da mãe, mas os níveis de insulina continuam alto
- Eritroblastose fetal
- Síndrome de Beckwith-Wiedemann
- Uso de tocolítico, entre outros

Situações de estresse do RN
- Sepse
- Síndrome respiratória aguda
- Hipotermia

60
Q

Quadro clínico da hipoglicemia

A
  • Tremores
  • Hipotonia
  • Irritabilidade
  • Letargia, torpor, fraqueza
  • Hipotermia
  • Taquipneia com crises de apneia, cianose
  • Bradicardia
  • Reflexo de moro exagerado
61
Q

Recomendação triagem na hipoglicemia

A

Não é recomendado para RN assintomático ou sem fator de risco.

Então, realizar a triagem se:
- Sintomático
- Amamentação inadequada nas primeiras horas
- Macrossômico > risco de hipoglicemia por hiterinsulinemia, nesse caso iniciar a triagem cedo, mas intervalar até as primeiras 24h de vida
- PIG/RCIU > risco por baixo armazenamento, iniciar a triagem 3h depois do nascimento, porém manter até os primeiros 3d de vida

Na triagem, utiliza-se a Dextro (fita reagente) no acompanhamento da hipoglicemia, porém o valor mínimo não é consenso, mas roda em torno de 40-45 mg/dL

62
Q

Conduta na triagem de hipoglicemia

A

Dextro iniciado 30 min após a primeira mamada:
- Se estiver entre 25-45 mg/dL: amamentar mais e repetir dextro após 1h
- Se estiver abaixo de 25 mg/dL:
- Iniciar PUSH de 2mg/kg de soro glicosado a 10%, em veolucidade de 1mL/min
- Depois, fazer infusão contínua entre 5 e 8 mg/kg/min

Na reavaliação, se estiver abaixo de 35 mg/dL, continuar a infusão. Se estiver acima, manter só em observação.

63
Q

Além do soro glicosado, pode ser necessário iniciar outras drogas. Quais podem ser?

A
  • Glucagon > primeira opção
  • Glicocorticoide (hidrocortisona)
  • Diaxódico ou oxtreotide > em caso de hiperinsulinemia persistente