Obstetrícia Flashcards

1
Q

Quais os parâmetros limítrofes para não precisar de atestado de óbito no aborto

A

20 a 22 semanas gestacionais, ou o peso do bebê até 500g

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2
Q

Como definir o melhor método para avaliar idade gestacional?

A

No padrão, se utiliza a DUM (data da última menstruação).

De preferência, a USG deve ser entre 8 sem e 13 sem 6 dias (1º trimestre). Se essa USG estiver com uma diferença maior que 5 dias para a DUM, deve-se considerar a USG.

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3
Q

Como calcular a IG pela DUM?

A

Somar os dias que se passaram desde a DUM até o dia atual (somar de mês em mês). Depois dividir tudo por 7. O resultado será as semanas, a sobra marcará os dias.

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4
Q

Fatores que indicam gravidez de alto risco

A
  1. Idade materna
  2. Presença de comorbidade materna, doença crônica, IST
  3. Condição socioeconômica e nível educacional
  4. Realização inadequada de pré-natal, dos exames e da suplementação
  5. Uso de fatores iatrogênicos, como álcool, cigarro e outras drogaa
  6. História obstétrica com complicação: bolsa rota prematura, eclâmpsia, aborto espontâneo, etc
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5
Q

FC cardíaca normal do RN

A

Entre 110 e 160 bpm
(Antes se tinha 120 bpm como mínima, isso mudou)

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6
Q

Delimite 1º, 2º e 3º trimestres gestacionais

A

1º trimestre: até 14 sem
2º trimestre: até 28 sem
3º trimestre: até nascer (40 semanas, em média)

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7
Q

Delimite a IG que o bebê deixa de ser embrião e passa a ser feto

A

Embrião: até 9 semanas e 6 dias
Feto: a partir de 10 semanas

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8
Q

Defina a regra de Nagaele (IG pela DUM)

A

Se utiliza a data da última menstruação (DUM) para calcular a data provável do parto (DPP), que é: DUM + 7 dias e - 3 meses

Ex: DUM 12/12/23
Então a data provável do parto será: 19/09/24

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9
Q

Defina a regra de McDonald

A

Correlação da IG (idade gestacional) e a AFU (altura de fundo de útero). OBS: Só utilizar entre 20 e 34 semanas gestacionais!

Cálculo:
IG = AFU x 8 / 7

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10
Q

Quais exames complementares se faz de rotina no pré-natal?

A
  1. Hemograma (1º, 2º e 3º T) > avaliar anemia
  2. Glicemia em jejum (1º e 3º T) > avaliar diabetes gestacional (92-126) e melitus (acima de 126 se supõe que seja prévio)
  3. Sumário de urina e urocultura (1º e 3º) > para avaliar ITU, uma das principais causas de parto prematuro
  4. TR de sífilis (1º e 3º T)
  5. TR de hepatite B = HBsAg (3º T, 34 semanas) > obs: hepatite C não faz de rotina, só se for grupo de risco. Se a mãe tiver hep B, fazer imunoglobulina ao nascer (soro) pelo risco de CA hepático
  6. Anti HBs > ver se tem anticorpos, alguns postos pedem comprovação que não vacinou, apesar de não ter necessidade
  7. TR de HIV (1º e 3º T) > se faz profilaxia antiretroviral durante toda a gestação e no nascimento faz AZT venoso
  8. Sorologia de toxoplasmose
    obs: rubéola está praticamente erradicada e não faz na gravidez, citomegalovírus não trata, então não faz de rotina nenhum dos dois
  9. CS + fator Rh Ag D > antígeno D é o mais mais associado a complicação obstétrica, se for o primeiro filho, o risco não é grande de complicar, mas para evitar que acometa o próximo filho, se faz imunoglobulina anti-AgD
  10. Coombs indireto
  11. TOTG (2º T, entre 24 e 28 sem) > teste oral de glicose a 75%, feito em todas as pacientes que não alteram GTT
    OBS: Hb glicada não se faz de rotina
  12. Citologia oncótica > CA de colo de útero é altíssimo no BR, precisa aproveitar o momento para investigar
  13. Eletroforese de Hb > para avaliar anemia falciforme
  14. USG > ao menos um durante a gravidez, preferencialmente de 1º T
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11
Q

Por que a pré-eclâmpsia só acomete o segundo filho?

A

Em contato com o Rh - da mãe e + do filho, pode ser produzido AgD.

Porque a o antígeno D produz primeiro IgM no contato com o primeiro filho, porém IgM é uma molécula muito grande (não avança a barreira placentária), depois que produz IgG, que acomete o próximo filho

O antígeno gera anemia, cardiopatia e pode evoluir para o evoluir para óbito

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12
Q

Paciente com glicose em jejum alterada. Como avaliar se é diabetes gestacional ou melitus?

A

Gestacional: 92-126 mg/dL
Melitus: acima de 126 se supõe que seja prévio

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13
Q

Exames complementares no pré-natal para pacientes hipertensas

A
  1. Ácido úrico
  2. Biomarcadores para pré-eclâmpsia
  3. Creatinina
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14
Q

Exames complementares no pré-natal para pacientes anêmicas

A
  1. Ferro sérico, ferritina
  2. Parasitológico de fezes
  3. Vitamina B12 (megaloblástica)
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15
Q

Vacinas da grávida

A
  • DTPa
  • Hepatite B
  • Influenza
  • Covid
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16
Q

O que é avaliado na estática fetal? Cite os 5 tópicos

A
  1. Atitude > eutócica ou distócica
  2. Situação > longitudinal, transversal e oblíquo
  3. Posição > dorso à esquerda ou à direita (sotuação longitudinal), dorso anterior ou posterior (situação transversa)
  4. Apresentação > cefálica ou pélvica na situação longitunidal, córmica na situação obíqua
  5. Altura > pelo plano de DeLee geralmente (-3 a +3)
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17
Q

Defina atitude no parto (estatica fetal)

A

Relação entre as parte do corpo fetal e a apresentação
Na apresentação cefálica:
- Atitude fisiológica é a flexão generalizada (mento encostado no esterno)
- Atitude anômala é a deflexão, em seus 3 estágios (1, 2 e 3)

Enquanto na apresentação pélvica:
- Atitude fisiológica é a pélvica completa (coxas fletidas aconchegadas no abdome e as pernas fetidas junto a coxa)
- Situação anômala é com as pernas estendidas

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18
Q

Defina situação fetal (estatica fetal)

A

É a relação entre o maior diâmetro fetal e o maior diâmetro da cavidade da mãe

Situação fetal pode ser:
- Longitudinal > eixos grandes na mesma direção (95% dos casos)
- Transversal > eixos grandes em direção oposta (exige cesária)
- Oblíqua (parto vaginal dificultado)

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19
Q

Defina posição fetal (estática fetal)

A

Posição do dorso do bebê em relação ao abdome da mãe

  • Se estiver na situação longitudinal, estará na posição direita ou posição esquerda
  • Se estiver na situação transversal, será Anterior ou posterior
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20
Q

Defina apresentação fetal (estática fetal)

A

Região fetal que ocupa o estreito superior da pelve, podendo ser
Na situação longitudinal:
- Apresentação cefálica > 95% dos casos
- Apresentação pélvica

Na situação transversal:
Apresentação córmica (o ombro encaixado, utiliza acrômio como referência)

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21
Q

Ao definir a posição que o feto está alojado, se usa pontos de referência do bebê e da mãe e os conecta. Explique a variedade de posição

A

Une letras, a primeira é o pontos de referência do bebê e a segunda o ponto de referência da mãe.

Na apresentação cefálica:
- Occipto, utiliza a lambda como referência (O) > cabeça fletida
- Bregma (B) > deflexão de 1º grau
- Naso (N) > deflexão de 2º grau
- Mento (M) > deflexão de 3º grau
Na apresentação pélvica:
- Sacro (S)

Na pelve da mãe:
- Púbis (P)
- Anterior direita ou anterior esquerda (DA ou EA)
- Transversa direita ou transversa esquerda (DT ou ET)
- Posterior direita ou posterior esquerda (DP ou EP)
- Sacro (S)

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22
Q

Defina a altura fetal e quais as duas formas de avaliá-la

A

É a altura que está apresentado o bebê em relação a pelve da mãe

  • Pelos planos de DeLee, pode ser de -3 a 3, sendo o nível médio 0 a altura da espinha isquiática > mais o menos 1cm a cada plano
  • Pelos planos de Hodge, será entre I e IV, sendo III a altura da espinha isquiática

Ao atingir o plano 0 de DeLee ou III de Hodge, o bebê estará incinuado, ou seja, “querendo nascer” ou “coroado”

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23
Q

Descrevas como ocorrem as 4 manobras de Leopold e qual parâmetro de cada uma delas avalia

A
  • 1a manobra: deprime o fundo do útero para avaliar situação (transversal, longitudinal ou oblíqua)
  • 2a manobra: desliza a mão do fundo de útero pelas laterais para o polo inferior do útero para sentir a posição do feto (direita/esquerda ou anterior/posterior)
  • 3a manobra: com o polegar e os dedos, pinçar o polo inferior do útero, procurando apresentação cefálica. Se estiver encaixada, a mobilidade será pequena
  • 4a manobra: avalia a altura, ou seja, o grau de penetração (grau de insinuação) da apresentação pélvica, o examinador fica de frente aos pés da gestante, exerce pressão da cabeça a entrada da pelve
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24
Q

Diferencie as contrações do tipo A e tipo B

A

Contrações tipo A:
- Desde o começo da gestação
- Menos intensidade, maior frequência
- Mais localizadas

Contrações tipo B ou de “treinamento””
- A partir das 28 semanas
- Maior intensidade, especialmente nas últimas 4 semanas de gestação

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25
Q

Defina o que é o triplo gradiente descendente e como atua no período de dilatação do parto

A

Força em três diferentes gradientes, sendo maior no fundo do útero, que faz com que o útero seja empurrado de cima para baixo pelo estímulo decrescente > para ir preparando o útero a cada contração pré-parto

Assim, é possível definir o apagamento do colo, ou seja, o colo é grosso e vai se afinando/esvaiecendo ao passo que o gradiente atua. Marcado no parto grama por % de apagamento pela diminuição da espessura

E ocorre também a dilatação gradual do colo do útero, de forma que as paredes se separem

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26
Q

Diferencie o apagamento e a dilatação do colo do útero entre multíparas e primíparas

A

Multíparas:
Já têm o colo um pouco mais dilatado, por isso durante o trabalho de parto, vai dilatando e depois ocorre a afinação (apagamento) do colo

Primíparas:
Primeiro ocorre afinação do colo e depois ele vai se dilatando simultaneamente

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27
Q

Diferencie o termo multípara e primípara

A

Primípara: primeira gestação
Multípara: segunda gestação em diante

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28
Q

Roterize o mecanismo do parto propriamente dito

A
  1. Cabeça flutuando antes da insinuação (esvaiecimento e dilatação das partes moles)
  2. Insinuação e flexão da cabeça > insinuação = apresentação pélvica na pelve menor da mãe
  3. Rotação interna da cabeça na altura da espinha isquiática (Plano 0 de DeLee) > para que seu maior diâmetro se encaixe no maior diâmetro da mãe (posição occipto púbica), a rotação estará completa na altura da pelve menor
  4. Extensão (defleção) da cabeça > para exteriorizar a primeira parte, com desprendimento da cabeça
  5. Rotação externa (restituição) da cabeça > geralmente para o lado que estava antes para que o maior comprimento do tronco (ombro a ombro) passe pelo maior comprimento da mãe
  6. Liberação do ombro anterior > alguns obstetras abaixam a cabeça do bebê para isso
  7. Liberação do ombro posterior > para isso, elevam a cabeça do bebê, mas também nã precisa
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29
Q

Quando podemos considerar iniciado o trabalho de parto? Defina fase latente e fase ativa do primeiro período do parto

A

Por um conjunto de fatores, que incluem contrações dolorosas e rítmicas + dilatação uterina e alterações cervicais

  • Fase latente: até os 5 cm de dilatação
  • Fase ativa: a partir dos 5 cm até 10 cm de dilatação
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30
Q

Quando começar a marcar o partograma?

A

Na fase ativa do primeiro período do parto, ou seja, a partir dos 5 cm de dilatação do colo uterino com contrações ritmicas e dolorosas, esse será o “tempo 0” do partograma

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31
Q

Melhor momento para internação para trabalho de parto e conduta em cada período (falso trabalho de parto, fase latente e fase ativa)

A

Período dilatatório (ativo) se BA íntegra, se BA rota, independe de dilatação

Conduta:
- Se não estiver em trabalho de parto: alta médica e orientação dos sinais de alerta
- Se estiver na fase latente: examinar a cada 2h, evitar internamento precoce
- Na fase ativa: internamento

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32
Q

Quais são os sinais de alerta antes do trabalho de parto?

A
  • Contrações ritmicas a cada 5cm
  • Sangramento
  • Perda de líquido
  • Perceber dminuição da movimentação fetal
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33
Q

Durante internação para o parto, explique a conduta

A
  • Mínimo de intervenções possível, autonomia da paciente deve ser estimulada
  • Tem direito a ter um acompanhante
  • Partograma deve ser realizado na fase ativa
  • Alimentação nutritiva e ingesta de líquidos
  • Evitar decúbito dorsal, porque diminui o retorno venoso
  • Movimentar-se para estimular a dilatação
  • Ausculta com sonar a cada 15-30 min (depende)
  • Métodos não farmacológicos de alívio de sintomas, tais como: banho morno, bola de pilates, massagem, música, etc
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34
Q

Intervalo de tempo e como deve ser a ausculta fetal no trabalho de parto?

A

A cada 30 min > gestante de baixo risco
A cada 15 min > gestante de alto risco

Iniciar imediatamente após uma contração, mantendo-se por, no mínimo, mais duas contrações

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35
Q

Quais casos têm indicação de cardiotocografia no trabalho de parto?

A
  • Febre ou corioamnionite
  • Taquicardia materna
  • Placenta com mecônio
  • Sangramento
  • PA alterada
  • Contrações com duração > 60seg
  • Uso de ocitocina
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36
Q

Quando pensar em usar ocitocina para acelerar o parto?

A

Em caso de parada secundária de dilatação + diminuição das contrações (bradissistolia)

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37
Q

Quando pensar em usar analgesia durante o parto?

A

Em caso de parada secundária de dilatação + aumento das contrações (taquissistolia)

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38
Q

Há indicação de episiotomia no trabalho de parto? Defina e explique

A

Não tem indicação! Além de desnecessária, a incisão da musculatura do períneo (transverso superficial, bulbocavernoso e puborretal) pode atrapalhar o mecanismo fetal, pois ao topar no peritônio, o bebê realiza a rotação da cabeça

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39
Q

Depois do 1º período do parto (fase latente e ativa), inicia a fase de expulsão. Defina e explique o 2º período

A

Inicia com 10 cm de dilatação do colo uterino, associado ao aumento de contrações involuntárias (são esperadas 5 ou 6), geralmente associado aos “puxos” (vontade de empurrar, contrações voluntárias) e nesse momento pode ocorrer evacuação e/ou micção

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40
Q

No 2º período, a ausculta com sonar deve ser realizada de quanto em quanto tempo?

A

Alto risco: 5 min
Baixo risco: 15 min

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41
Q

O médico tem duas possíveis condutas durante o parto: hands off ou intervencionista, explique as duas

A
  1. Hands off não interfere no parto
  2. Intervencionista pode agir de diversas formas, como:
    - Compressas e lubrificantes
    - Manobra de Ritgen modificada > comprimindo a musculatura perineal com uma compressa em uma na mão, enquanto a outra controla a deflexão da cabeça
    - Atenção, episiotomia está obsoleta!
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42
Q

Nas informações do partograma, o que é importante anotar? (6)

A
  1. Nome
  2. Idade > avançada ou precoce
  3. Idade gestacional > prematuro, a termo ou pós-data
  4. Paridade
  5. Gravidez de risco ou não
  6. Comorbidades importantes
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43
Q

No partograma, há registro da membrana / BA (bolsa das águas) e mecônio. Explique como classificar

A

Membrana:
- I > Integra
- R > Rota

Mecônio:
- Passar um “-“ se ausente (íntegra estará sempre ausente)
- Se houver, classificar entre 1+, 2+, 3+ ou 4+
- Se não avaliado, marcar “?”

44
Q

Nem toda nova avaliação do partograma terá avaliação do colo, por quê?

A

A OMS recomenda toque vaginal durante o gráfico somente a cada 4h, porém pode ser feito antes se queixa ou alteração identificada > para assim avaliar apagamento e dilatação

45
Q

Sobre o partograma, defina a fase ativa prolongada / distorce funcional

A

Grávida não evolui 1cm por hora, sendo assim a curva de dilatação ultrapassa a linha de alerta e/ou linha de ação. Mas não indica necessariamente um parto distórcico, deve-se avaliar os outros parâmetros

46
Q

Conduta na fase ativa prolongada

A

A princípio, expectante e estimular deambulação ou realizar amniotomia.

Se não houver risco de desproporção céfalo-pélvica e atingir a linha de ação, pensar em ocitocina se contrações estiverem baixas

47
Q

Sobre o partograma, defina período expulsivo prolongado

A

Ocorre dilatação normalmente, a descida ocorre de forma lenta, porém constante

48
Q

Conduta no período expulsivo prolongado

A

Inicialmente: expectante
Se necessário: pensar em ocitocina, amniotomia ou fórceps
Em caso de DCP: cesária

49
Q

Sobre o partograma, defina a parada secundária da dilatação

A

Mais de 2h sem aumento de 1cm da dilatação.

50
Q

Duas principais causas da parada secundária da dilatação/descida

A
  1. Bebê macrossômico ou macrocefálico
  2. Situação, posição ou apresentação não propícias para parto vaginal
51
Q

Conduta na parada secundária da dilatação

A

Conduta:
DCP absoluta: cesária
DCP relativa
1. Amniotomia + deambulação + verticalização
2. Se < contrações: ocitocina
3. Se > contrações: analgesia
4. Cesária, ultima opção se atingir o tempo limite ou houver complicação

Quanto tempo aguardar para decidir por uma cesária?
- Até 4h se a diâmica uterina estiver satisfatória
- Se não estiver satisfatória e estiver em uso de ocitocina, aguartar até 6h

52
Q

Conduta na parada secundária da descida

A

DCP absoluta: cesária
DCP relativa: fórceps (se houver indicação e se o bebê estiver encaixado e sem anomalia na pelve da mãe)

53
Q

Sobre partrograma, defina parada secundária da descida

A

Mais de 2h sem alteração da altura da apresentação

54
Q

Acerca do partrograma, defina o parto precipitado

A

Parto abrupto, ocorrendo em menos de 4h. Pode causar lacerações (grau 3 ou 4), associado a taquissistolia (excesso de dilatação) e pode gerar sofrimento fetal

55
Q

Conduta no parto precipitado

A
  • Monitorar sinais vitais da mãe e bebê
  • Revisão do canal do parto em busca de lacerações
56
Q

Defina taquissistolia

A

Excesso de dilatação, associado a parto precipitado

57
Q

4 passos para avaliar, no partograma, se o parto é eutócico ou distócico

A

Passo 1: Registros gráficos a direita da linha de alerta?
- Se sim, pensar em um parto distócico

Passo 2: O que ultrapassa a linha de alerta?
- O triângulo indica: fase ativa prolongada OU parada secundária da dilatação
- O círculo indica: período expulsivo prolongado OU parada secundária da descida

Passo 3: Está havendo progressão?
- Se sim, fase ativa prolongada OU período expulsivo prolongado
- Se não, parada secundária da dilatação OU da descida

Passo 4: O parto ocorreu em menos de 4h?
Se sim, parto precipitado

58
Q

Em uma emergência, como decidir entre cesária e um fórceps, por exemplo?

A

Se o paciente já passou pelo plano 0 de DeLee, significa que a parte mais estreita passou (apresentação insinuada), então pode-se utilizar um fórceps para “puxar”a cabeça, por exemplo.

Em uma suspeita de desproporção cefalopélvica (DCP), preferir cesária

59
Q

Indicações de utilizar fórceps

A
  1. Comorbidade materina
  2. Sofrimento fetal agudo
  3. Variedade de posição transversa/oblíqua
  4. Distócia de rotação
  5. Cabeça derradeira no parto pélvico
  6. No período expulsivo prolongado, se houver:
    • Exaustão materna
    • Analgesia prolongada
    • Resistência dos tecidos

OBS:
Período expulsivo prolongado
Primíparas sem analgesia 3h / com analgesia 4h
Multíparas sem analgesia 2h / com analgesia 3h

60
Q

Resumo da conduta inicial nas seguintes distorces:
1. Fase ativa prolongada
2. Parada secundária da dilatação
3. Período expulsivo prolongado
4. Parada secundária da descida
5. Parto precipitado

A
  1. Expectante: sugerir deambulação e posição vertical, realizar amniotomia (se não DCP)
  2. Se bradicardia ou taquicardia: cesária
    Se não: expectante c/ deambulação e amniotomia, se necessário ocitocina / analgesia
    Após muito tempo: cesária
  3. Expectante, se necessário pensar em fórceps (se insinuado) ou cesária
  4. Se bradicardia ou taquicardia: cesária
    Se não: expectante, se necessário ocitocina, analgesia, fórceps.
    Após muito tempo: cesária
  5. Monitorar sinais vitais e inspecionar pelve em busca de laceração
61
Q

Indicação imediata de cesárea na sala de parto

A

FC abaixo de 110 ou acima de 160

Atenção, desproporção cefalo-pélvica não é facilmente vista, é uma causa de parada secundária, porém só se percebe quando o bebê não nasce depois de muito tempo tentando

62
Q

Explique a fase latente fase ativa do primeiro período do parto

A

O primeiro período do parto consiste na fase de dilatação e afinamento do colo.

  • A fase latente (preparatória) ocorre nas primeiras horas, com dilatação inferior a 5cm, se mantendo quase que um platô
  • A fase ativa (dilatatória) tem um período de acerelação da dilatação, período máximo de velocidade de dilatação (quando inicia a descida do bebê com maior intensidade também) e depois há uma desaceleração na dilatação. Acaba com 10cm de dilatação, quando inicia o segundo período (de expulsão)
63
Q

Quais são os 4 períodos do parto?

A
  1. Dilatatório
  2. De expulsão
  3. Dequitação
  4. Greenberg
64
Q

Na paciente com hipertensão durante a gestação, qual a PA adequada no manejo

A

O objetivo do tratamento é manter a PAS 140 e a PAD 90

Medicar o mínimo possível, por isso esse nível mais elevado é o indicado na hipertensa.

65
Q

Grávida com IgG negativo para toxoplasmose, o que recomendar?

A
  • Evitar alimentos fora de casa
  • Higienizar bem os vegetais e frutas
  • Evitar alimentos crus

Pois indica que não houve contato com o protozoário toxoplasma, por isso não tem imunidade

66
Q

Diagnóstico de diabetes gestacional, como dar ao exame laboratorial?

A

Glicemia em jejum acima de 90, abaixo de 126 > 126 predispõe diabetes prévia.
OU
Se a glicemia não encontrar alteração, deve-se fazer teste oral de tolerância a glicose a 75%, se alterar em alguma das avaliações (0h, 1h e 2h) também indicará diabetes.

67
Q

No hemograma, como indicar anemia na avaliação trimestral do pré-natal

A

Hb normal acima de 11g/dL (abaixo será anemia)

68
Q

Sinais de síndrome de Dandy Walker

A

Principais:
- Agenesia de verme cerebelar
- Cisterna magna > gerando afastamento / achatamento dos hemisférios cerebelares

Ademais:
- Ventrículomegalia, com calcificação próxima aos ventrículos
- A princípio, terá microcefalia
- Fossa posterior alargada

69
Q

Risco de método contraceptivo com estrogênio no puerpério

A

Risco de tromboembolismo e atrapalha a amamentação

70
Q

A hipertensão arterial crônica na gravidez pode estar associada a… (6)

A
  1. Pré-eclâmpsia sobreposta a HAS
  2. Descolamento prematuro de placenta (DPP)
  3. Baixo peso ao nascer ou prematuridade
  4. Restrição do crescimento fetal (RCF)
  5. Edema pulmonar
  6. Insuficiência renal
71
Q

Principal parâmetro diagnóstico para grávida com hipertensão crônica (pré-gestacional)

A

PAS > ou = a 140 e/ou PAD > ou = a 90 antes da gestação ou manutenção da PA alterada 12 semanas após o parto

A avaliação deve ser sentada, com calma, com aparelho adequado, roupa frouxa, com as pernas estirada e realizar nos dois braços.

Deve ser visto em mais de uma ocasião com 4h de intervalo.

72
Q

Parâmetros de proteinúria

A
  1. Proteinúria de 24 >300mg
  2. Relação proteinúria / creatinina >= 0,3
  3. Proteinúria defita >= 2+
73
Q

O que fazer no pré-natal da paciente hipertensa crônica? (8)

A
  1. Identificar a comorbidade e buscar outras associadas
  2. Questionar medicamentos e substituir o que for necessário
  3. Solicitar exames para avaliar função renal > relação proteinúria/creatinúria (P/C) + proteinúria de 24h
  4. Solicitar ECG
  5. Avaliar necessidade de exames de imagem para função cardíaca
  6. Orientar controle domiciliar da PA
  7. Buscar fatores de risco modificáveis
  8. USG morfológico de 1º e 2º trimestre, se possível. Além de USG obstétrico em maior frequência > daí, avaliar necessidade de dopplervelocimetria
74
Q

Como prevenir pré-eclâmpsia na paciente de maior risco? (2)

A
  1. Atividade física intensa (140 min por semana, no mínimo) e OHD
  2. Administração de AAS a partir das 12 semanas (iniciar até a 20a semana), se pré-eclâmpsia diagnosticada, suspender > se tover um sinal de alto risco ou dois de moderado
  3. Administrar cálcio no 1º T até o final da gestação, doses fracionadas pelas refeições
75
Q

Clínica de pré-eclâmpsia sobreposta (6)

A
  • Gestantes com elevação tensional repentina
  • Ganho de peso > 1kg por semana
  • Edema em mãos e face
  • Cefaleia persistente
  • Escotomas visuais
  • Epigastralgia
76
Q

Diagnóstico padrão de pré-eclâmpsia sobreposta

A

Após 20 semanas de gestação, em pacientes previamente normotensas, será pré-eclâmpsia quando houver: HAS + proteinúria >300mg ou Proteinúria/creatinina >0,3

Se não houver alteração de proteinúria, avaliar:
- Clínica: escotomas visuais, cefaleia, epigastralgia
- Alteração de órgão alvo: elevação de transaminase (TGO/TGP), plaquetopenia (< 100.000) ou elevação de creatinina >1,1mg/dL
- Edema pulmonar

77
Q

Conduta da HAC nas gestantes

A
  1. Dieta
  2. Atividade física
  3. Ajuste medicamentoso
  4. AAS e cálcio profilático (usar até 36-37 semanas)
  5. Monitoramento de PA, exames laboratoriais e crescimento / vitalidade fetal
  6. Avaliar indicação de internamento > com alteração de padrão de monitoramento
  7. Avaliar necessidade de interrupção da gestação
78
Q

Conduta da pré-elcâmpsia sem sinais de gravidade nas gestantes

A
  1. Dieta
  2. Atividade física
  3. Ajuste medicamentoso
  4. Monitoramento de PA, exames laboratoriais, crescimento / vitalidade fetal e sinais e sintomas de gravidade
  5. Avaliar necessidade de de internamento > pode internar toda pré-eclâmpsia, mas sem sinais de gravidade, não é uma obrigação
  6. Avaliar necessidade de interrupção da gestação
79
Q

Conduta de hipertensão gestacional

A

Geralmente no 3º trimestre, manter vigilância para avaliar progressão para pré-eclâmpsia

80
Q

Conduta pré-eclâmpsia com sinais de gravidade

A
  • INTERNAMENTO OBRIGATÓRIO
  • Tratamento de emergência hipertensiva
  • Já tem indicação de profilaxia de pré-eclâmpsia
  • Inicar corticoterapia (usar até 34 semanas)
  • Avaliar indicação de interrupção (IG > 34 ou risco de vida materno)
  • Antihipertensivo
81
Q

Quando interromper a gestação na pré-eclâmpsia de alto risco?

A
  • 21-22 semanas: interromper a gestação, não é viável
  • A partir disso, avaliar tentativa de manter a gestação
  • A partir de 34 semanas, interromper a gestação
82
Q

Anti-hipertensivos recomendados na gravidez (4), explique-os

A
  1. Alfametildopa > inibidor adrenérgico
  2. Nifedipino ou Anlodipiono > bloqueador dos canais de cálcio
  3. Hidratazina > vasodilatador periférico
  4. Metropolol > betabloqueador
83
Q

Manejo da crise hipertensiva

A
  • Hidralazina > via EV, mais efeito hipotensor
  • Nifedipino > oral, efetivo e com menos efeitos colaterais
84
Q

Como agir na crise hipertensiva durante gestação?

A

O foco não é estabilizar a PA! E sim, diminuí-la, pois se estiver muito elevada, o decrécimo abrupto pode gerar dano importante ao bebê. Por isso, deve-se estimular a autoregulação hemodinâmica

Conduta:
1. Paciente em decúbito lateral esquerdo
2. Infundir soro glicosado a 5%
3. Administrar sulfato de magnésio
4. Administrar hipotensor de ação rápida > nifedipina VO ou hidralazida EV
5. Verificar a PA a cada 5 minutos por 20 min > se continuar na crise, repetir a medicação

85
Q

Como deve ser o parto da paciente com HAC?

A

Quanto a via de parto, não deve haver interferência. Não há indício de melhor prognóstico se cesária

Antecipação eletiva:
HAD leve: não antecipar
HAD moderada: antecipar para 38 semanas
HAD grave ou com acometimento de órgão alvo: antecipar para 37 semanas

Se crise hipertensiva: segurar, no mínimo, 34 semanas.
Equipe multi atenta, inclusive no puerpério

86
Q

Dois estágios da pré-eclâmpsia

A

No primeiro:
Alterações no desenvolvimento placentário > gerando hipóxia do tecido placentário, levando a episódios de hipóxia e reoxigenação, os quais causam estresse oxidativo e inflamação

No segundo:
Disfunção placentária lesa o endotélio, levando a hipertensão arterial e comprometimento de órgãos alvo

87
Q

Diferencie os conceitos:
1. Hipertensão arterial crônica
2. Hipertensão gestacional
6. Crise hipertensiva
7. Emergência hipertensiva

A
  1. PAS > 140 e/ou PAD > 90 antes da gestação, antes das 20 semanas de gestação ou HAS mesmo após 12 semanas de puerpério
  2. Diagnóstico de exclusão, geralmente após 20 semanas de gestação em gestante previamente normotensa, tendem ao equilíbrio pressórico com mudança no estilo de vida
  3. PAS>160 e/ou PAD>110 após 15 minutos de avaliação
  4. Crise hipertensiva, só que com sintomatologia associada, não requer 15 min de avaliação
88
Q

Diferencie os conceitos:
1. Pré-eclâmpsia sem sinais de gravidade
2. Pré-eclâmpsia sobreposta a HAS
3. Pré-eclâmpsia com sinais de gravidade
4. Iminência de eclâmpsia
5. Eclâmpsia
6. Síndrome HELLP

A
  1. Hipertensão associada a proteinúria sem sinais de gravidade
  2. Pré-eclâmpsia durante gestação, em grávida com HAC prévia > diagnosticar com piora ou surgimento de proteinúria ou surgimento de lesão de órgãos alvo
  3. Pré-eclâmpsia com sinais de gravidade associados como pico hipertensivo recorrente e demais acometimentos de órgãos alvo (plaquetopenia, transaminase aumentada, creatinina aumentada, etc)
  4. Clínica associada a pré-eclâmpsia laboratorial, como: cefaleia frontal, epigastralgia, fotofobia, diminuição da acuidade visual, exaltação dos reflexos
  5. Desfecho convulsivo (tônico-clônico) em paciente com pré-eclâmpsia
  6. Complicação da pré-eclâmpsia marcada por: hemólise (esfregaço de sangue anormal OU bilirrubinal aumentada) + transaminases elevadas (TGO > 70) + plaquetopenia < 100.000
89
Q

Paciente com descolamento prematuro de placenta ou alteração doppler do bebê, o que indicará?

A

Pode ser um sinal de pré-ecâmpsia sobreposta (ou superposta)

90
Q

Diferencie crise hipertensiva e emergência hipertensiva

A

Ambos tratam-se de uma exarcebação da PA, atingindo: PAS >160 e/ou PAD >110

Porém, na crise hipertensiva não há sintoma associado, deve-se esperar 15 min para confirmar diagnóstico. Enquanto na emergência hipertensiva, tem clínica exuberante associada.

Ambos exigem conduta rápida de sulfato de magnésio + anti-hipertensivo

O objetivo não é regularizar a PA rapidamente, e sim, diminuí-la aos poucos

91
Q

Pré-eclâmpsia precoce e tardia, diferencie-os e explique

A

Precoce:
- Antes das 34 semanas gestacionais
- Prognóstico geralmente pior
- Associado a comprometimento placentário por fatores primários

Tardia
- Depois das 34 semanas gestacionais
- Associado a síndrome metabólica e doenças crônicas de base
- Se controlada a causa, o prognóstico tende a ser melhor

92
Q

Causas estudadas da pré-eclâmpsia

A
  • Fatores genéticos
  • Má aceitação do corpo em relação a metade do RH do bebê
  • Trombofilias, lupus, etc podem levar a má placentação

Diferentes causas, complexas, levam a cascata de inflamação e lesão vascular

93
Q

Já se utiliza os fatores angiogênicos e inflamatórios no diagnóstico da pré-eclâmpsia?

A

Não, não se recomenda diagnóstico por esses fatores, já se usa como rastramento na rede particular

94
Q

4 Ps da pré-eclâmpsia

A
  • Prevenção (predição e profilaxia)
  • Precocidade do diagnóstico
  • Parto oportuno > única cura é a interrupção da gestação na hora certa
  • Puerpério seguro
95
Q

Marcadores preditores de pré-eclâmpsia pré-termo

A

Marcadores clínicos maternos
– Pressão arterial média (PAM)
– Índice de pulsatilidade da artéria uterina > doopler feito por especialista em medicina fetal
– Fator de crescimento placentário (PLGF) (11 e 14 semanas) > bem caro

96
Q

Fatores de risco de pré-eclâmpsia

A

Ao menos UM de ALTO risco:
- Diabetes
- HAC
- Gestação múltipla
- História de pré-eclâmpsia
- Doença renal
- Doenças autoimunes
- Gestação com FIV recorrente

Ao menos DOIS de MODERADO risco:
- Nuliparidade
- História familiar de pré-eclâmpsia
- Idade > 35 anos
- Gravidez prévia por desfecho adverso
- Intervalo > 10 anos entre duas gestações

97
Q

Droga de escolha no manejo inicial da iminência de eclâmpsia ou eclâmpsia

A

Sulfato de magnésio: tratar eclâmpsia, diminui risco de crise consulsiva, menos efeitos fetais, menor mortalidade materna, menos risco de depressão respiratória

98
Q

Manejo da eclâmpsia (ABCDEFG)

A

Manejo do ABCDEFG
- A > assegurar via aérea utilizando cândula de Guedel para aspirar secreções e proteger via aérea
- B > assegurar oxigenação com suporte de O2
- C > estabelecer dois acessos venosos periféricos
- D > prevenção de dano cerebral com SULFATO DE MAGÉSIO e antihipertensivo (hidralazina ou nifedipino)
- E > Exame clínico, obstétrico, monitorar e solicitar exames laboratoriais
- F > avaliação Fetal (BCF, cardiotoco, doppler, corticoide (< 34 sem)
- G > interromper Gravidez

99
Q

Conduta obstétrica na pré-eclâmpsia sem sinais de gravidade (4)

A
  1. Controle da PA (domiciliar também)
  2. Monitoramento laboratorial > hemograma, creatinina, TGO e bilirrubina (proteinúria, TGP e ácido úrico não são necessários na relavaliação)
  3. Acompanhamento ambulatorial do bem-estar e crescimento fetal
  4. Manter anti-hipertensivo
100
Q

Conduta obstétrica na pré-eclâmpsia com sinais de gravidade (7)

A
  1. Controle da PA
  2. Uso de sulfato de magnésio
  3. Atentar-se para sinais de iminência de eclâmpsia
  4. Acompanhamento ambulatorial do bem-estar e crescimento fetal
  5. Corticoterapia para função pulmonar, se necessário
  6. Manter monitoramento laboratorial
  7. Manter anti-hipertensivo
101
Q

Puerpério imediato da paciente com pré-eclâmpsia (7)

A
  1. Monitorar PA a cada 4h
  2. Não utilizar drogas supressoras da lactação > trombogênicas
  3. Se lesãorenal associada, evitar corticoterapia
  4. Pacientes em uso de magnésio, manter no mínimo 24h
  5. Manutenção dos anti-hipertensivos > agora, além da metildopa e nifedipina, pode utilizar IECAs (captopril e enalapril) e diuréticos
  6. Manter monitoramento hospitalar por mais 3 dias
  7. Reavaliação em 7 dias depois da alta
102
Q

Puerpério tardio da paciente com pré-eclâmpsia

A

6 a 8 semanas após o parto, deve-se avaliar:
- Repetir PA
- Repetição dos exames laboratoriais
- Contracepção sem estrógenos
- Modificação do estilo de vida > reduzir IMC, abolir tabagismo
- Identificar sinais de doença cardiovascular
- Avaliar necessidade de medicamento continuado

103
Q

Defina a síndrome da encefalopatia posterior reversível

A

É a evolução edemaciada do crânio e vasoespasmo, estado reversível e comum na eclâmpsia

104
Q

Manejo na síndrome HELLP

A
  • Interromper gestação
  • No máximo, esperar a ação do corticoide
  • No pós-parto, fazer suporte
105
Q

Complicações de síndrome HELLP

A

Hematoma subcapsular no fígado: indicação de cesária, risco de vida importante