Sangramentos na gestação Flashcards
Marco divisório dos sangramentos da 1ª e 2ª metade
20ª semana de gestação
2 definições de abortamento
- perda gestacional com < 20-22 semanas
- peso < 500g
Definição de abortamento habitual/recorrente
3 ou mais perdas gestacionais consecutivas
Definição de abortamento precoce
≤ 12s6d
Definição de abortamento tardio
≥ 13s
% dos abortamentos que são precoces
80%
Principal causa de abortamento
Cromossomopatias → aneuploidias (trissomias)
Principal malformação mulleriana relacionada com abortamento
Útero septado
Qual o tipo de abortamento?
- colo fechado
- BCF (+)
- útero compatível com IG
Ameaça
Qual o tipo de abortamento?
* colo fechado
* útero vazio e reduzido
* eco endometrial < 20mm
Completo
Conduta na ameaça de abortamento (2)
- sintomáticos
- repouso relativo
Qual o tipo de abortamento?
- colo fechado
- BCF (-)
- útero compatível ou reduzido para IG
Retido
Conduta + clássica para abortamento retido
Esvaziamento uterino
Qual o tipo de abortamento?
* colo aberto
* BCF (+) ou (-)
* útero compatível ou reduzido
Inevitável → flagra o processo
Quadro clínico clássico de abortamento inevitável
Sangramento e cólica intensos
Qual o tipo ade abortamento?
* colo aberto
* restos ovulares
* útero reduzido para IG
Incompleto
Qual o tipo de abortamento?
* colo aberto
* restos ovulares
* febre
Infectado
Conduta no abortamento completo
Apenas seguimento da gestante
2 tipos de abortamento que é preferível o manejo conservador
- retido
- incompleto
Explique como é feito o TTO conservador do abortamento
Aguardar até 4s para evolução do abortamento
ATBterapia de 1ª linha no abortamento infectado
Genta + clinda/metronidazol + ampicilina
ATBterapia de 3ª linha no abortamento infectado
Levofloxacina + metronidazol
Tempo de TTO do abortamento infectado
Até 48h da paciente afebril → MS recomenda 10-14 dias
ATBterapia por VO para abortamento infectado (2)
Doxiciclina + metronidazol
“Dica” para saber em quais tipos de abortamento o colo encontra-se aberto
Os que começam com “IN” tem colo aberto → inevitável, incompleto, infectado
Fármaco usado no esvaziamento uterino medicamentoso
Misoprostol
Método usado no esvaziamento uterino cirúrgico em < 12-14 semanas
AMIU
Método usado no esvaziamento uterino cirúrgico em > 12-14 semanas
Curetagem uterina
Conduta obrigatória antes da realização do esvaziamento cirúrgico
Preparo do colo uterino → misoprostol
Exame obrigatório após paciente que abortou
Solicitação de ABO/Rh
Exame que deve ser solicitado após 30 dias do abortamento
BHCG → descartar DTG
Principal trombofilia adquirida que é causa de abortamento
SAAF
Principal trombofilia hereditária que é causa de abortamento
Mutação fator V de Leiden
3 fatores endócrinos que são fator de risco para abortamento
- SOP
- hipo/hipertireoidismo
- ins. lútea
2 principais causas de abortamento recorrente/habitual
- incompetência istmo-cervical
- SAAF
Causa + frequente de abortamento tardio e parto prematuro
Incompetência istmo-cervical
Diagnóstico: abortamentos indolores em idades gestacionais cada vez menores?
Incompetência istmocervical
Achados no USG de incompetência istmo-cervical (2)
- colo uterino < 2,5cm
- imagem em ponta “de lápis”
Conduta preferível na incompetência istmocervical
Cerclagem uterina
Técnica + usada na cerclagem uterina
McDonald → confecção da bolsa de tabaco
IG para realização de cerclagem em paciente com diagnóstico prévio de incompetência istmocervical
12 - 16 semanas
Até qual IG pode ser feita cerclagem de emergência?
24 - 26 semanas
3 contraindicações à realização de cerclagem uterina
- sangramento
- contrações
- membranas rompidas
Conduta USGTV demonstrando colo uterino < 25mm
Cerclagem
Conduta USGTV demonstrando colo uterino 26-30mm
Seguimento semanal até 26ª semana
Conduta USGTV demonstrando colo uterino > 30mm
Seguimento semanal até 26ª semana
3 anticorpos da SAAF
- anticardiolipina
- anticoagulante lúpico
- anti-B2-glicoproteína 1
Intervalo de tempo para ocorrência dos episódios clínicos na SAAF
> 12 semanas e < 5 anos entre eles
Critério laboratorial de SAAF
Autoanticorpos (+) 2x com intervalo de 12s
TTO profilático de SAAF na gestação (2)
- AAS 100mg
- HBPM 40mg/dia
TTO de SAAF na gestação se tromboembolismo prévio
Dose terapêutica de HBPM + AAS
Por quanto tempo deve-se manter a heparina profilática após o parto de paciente com SAAF?
6-12 semanas
2 malformações uterinas que podem ser causa de abortamento de repetição
- útero septado
- útero bicorno
Local + comum de implantação da gestação ectópica
Tuba uterina → ampola tubária
Tipo de risco que o DIU aumenta de gestação ectópica
Aumenta o risco** relativo** de gestação ectópica
Etnia que aumenta risco de gestação ectópica
Negros
Faixa etária que aumenta risco de gestação ectópica
> 35 anos
Definição de gestação heterotópica
Gravidez espontânea intrauterina + gravidez ectópica
Manifestação clínica que + chama atenção na gravidez ectópica
Dor abdominal
Sinal de Proust? (gestação ectópica)
Dor à mobilização do colo, “grito de Douglas”
Sinal de Laffont? (gestação ectópica)
Dor referida no ombro direito
Fisiopatologia da dor escapular na gestação ectópica
Irritação do diafragma
3 pilares do diagnóstico de gestação ectópica
- clínica
- BHCG
- USG
Padrão de ascensão do BHCG característico de gestação ectópica?
Ausência de duplicação a cada 48h
Achado clássico de gestação ectópica na USG
Anel tubário
2 indicações de laparotomia na gestação ectópica
- instabilidade
- hemoperitônio
Conduta cirúrgica de escolha na gravidez ectópica íntegra
Salpingostomia
Conduta cirúrgica de escolha na gravidez ectópica rota
Salpingectomia
Conduta? (gestação ectópica)
* estável clinicamente
* massa > 3,5cm
Laparoscopia
Conduta? (gestação ectópica)
* estável clinicamente
* massa < 3,5 cm
* BHCG > 5.000
Laparoscopia
Conduta? (gestação ectópica)
* estável clinicamente
* massa < 3,5 cm
* BHCG < 2000
Expectante
Conduta? (gestação ectópica)
* estável clinicamente
* massa < 3,5 cm
* BHCG entre 2 e 5 mil
MTX
Para uso do MTX na gestação ectópica, o que é obrigatório?
BCF (-)
Definição de DTG
Proliferação anormal do trofoblasto → principalmente do sincicio
Forma maligna + comum de DTG
Mola invasora
2 formas benignas de DTG
- mola completa
- mola incompleta/parcial
3 formas malignas de DTG
- mola invasora
- coriocarcinoma
- tumor trofoblástico
Característica do sangramento vaginal da DTG
“suco de ameixa”
Único sangramento da 1ª metade que cursa com volume uterino aumentado para a IG
DTG
Fisiopatologia do hipertireoidismo causado pela DTG
hCG parece com TSH → ação na tireoide → aumenta níveis de T4L
Aspecto macroscópico da DTG
“cachos de uva” → vesículas
Achado de DTG no USG
“tempestade de neve” → vesículas de aspecto hipoecoico
Principal fator de risco para DTG
Mola anterior
Cariótipo da mola completa (2)
- 46 XX
- 46 XY
Cariótipo da mola parcial (3)
- 69 XXX
- 69 XXY
- 69 XYY
Material genético que compõe a mola completa
Apenas material genético paterno
Material genético que compõe a mola parcial
Material genético materno ou paterno
Tipo de mola que há tecido fetal
Parcial/completa
% de casos de mola completa que evolui para Neoplasia Trofoblástica
20%
% de casos de mola incompleta que evolui para Neoplasia Trofoblástica
5%
Tumor resultante da invasão local da mola completa
Mola invasora
Tipo de mola que os níveis de BHCG são ↑↑↑ elevados
Completa → por isso o risco de malignidade é maior
Tratamento de eleição da DTG
Esvaziamento uterino → AMIU ou vácuo-aspiração
Por que a curetagem uterina não é muito indicada na DTG?
Há maior risco de perfuração
TTO de escolha da DTG em > 40 anos com prole definida
Histerectomia total
Seguimento dos pacientes com DTG
BHCG seriado
Como fazer seguimento da DTG com o BHCG?
Semanal ou quinzenal até zerar (3x) → depois mensal por + 3 meses
Forma de investigar metástase vaginal de DTG
Exame especular
Forma de investigar metástase pulmonar de DTG
Rx tórax
Forma de investigar metástase miometrial de DTG
USG
Método contraceptivo contraindicado sempre na DTG
DIU → é categoria 3 na DTG
Melhor método contraceptivo na DTG
ACO
Critério diagnóstico de Neoplasia Trofoblástica Gestacional → 2 semanas
Elevação do BHCG em 2 semanas
Critério diagnóstico de Neoplasia Trofoblástica Gestacional → 3 semanas
BHCG estável por 3 semanas
Critério diagnóstico de Neoplasia Trofoblástica Gestacional → 6 meses
Nível sérico de BHCG detectável por 6 meses
Forma de DTG + relacionado com metastáses
Coriocarcinoma
Hormônio aumentado no tumor trofoblástico do sítio placentário
Hormônio lactogênio placentário
Tipo de DTG que não responde à QT
Tumor epiteloide
Tipo de DTG que o marcador é a proteína p63
Tumor epitelioide
TTO de escolha da DTG
QT
Escore de risco de neoplasia trofoblástica gestacional ≥ 7: significado?
Alto risco para metastáses
Conduta DTG com baixo risco de metastáses
Monoquimioterapia → MTX
Conduta DTG com alto risco de metastáses
Poliquimioterapia
NTG estádio 1
Restrito ao corpo do útero
NTG estádio 2
Atinge estruturas genitais
NTG estádio 3
Atinge pulmões
NTG estádio 4
Outros sítios de metástases
Definição de placenta prévia
Implantação da placenta entre a apresentação fetal e o colo após a 28ª semana
Motivo de nos últimos anos ter tido aumento de casos de placenta prévia
“epidemia de cesarianas”
Principal fator de risco para placenta prévia
Cesariana
Mnemônico “PRÉVIA” para lembrar das características do sangramento da placenta prévia
Paridade que é fator de risco para placenta prévia
Multiparidade
Idade materna que é fator de risco para placenta prévia
> 35 anos
2 drogas que aumentam risco de placenta prévia
- tabaco
- cocaína
Origem do sangramento da placenta prévia é ——- (materno / fetal)
Materno
1º exame complementar em casos de suspeita de placenta prévia
USGTV
Importância do USG com doppler ou RM no contexto de placenta prévia
Investigação de acretismo placentário
3 fatores que vão indicar a conduta na placenta prévia
- IG
- estabilidade clínica
- trabalho de parto
Conduta placenta prévia com sangramento ativo e IG > 36-37 semanas
Resolução → cesariana
Conduta placenta prévia com sangramento ativo e IG < 36-37 semanas + estável clinicamente
Internação + observação
Conduta placenta prévia com sangramento ativo e IG < 36-37 semanas + instável clinicamente
Resolução imediata
Tipo de placenta prévia em que pode ser feito parto vaginal
Marginal
Complicação + temida de placenta prévia
Acretismo → placenta adere ao endométrio ou parede uterina
Definição de placenta acreta
Invasão do endométrio
Definição de placenta increta
Invade miométrio
Definição de placenta percreta
Invasão da serosa
Por que a placenta prévia aumenta muito a morbidade perinatal?
Prematuridade
Por que a placenta prévia aumenta muito a morbidade perinatal?
Prematuridade
Parte do exame físico que é contraindicado na placenta prévia
Toque vaginal
2 possíveis etiologias de DPP
- traumática
- não traumática
Principal fator de risco para DPP
Hipertensão arterial
Em paciente com hemorragia na 2ª metade e dor: qual a 1ª hipótese diagnóstica?
DPP
Fisiopatologia do DPP
Ruptura das aa. espiraladas na decídua basal
% dos DPPs que tem sangramento oculto
20%
3 características do sangramento do DPP
Principal marco clínico do DPP
Hipertonia uterina
Achado clínico?
Útero de Couvelaire ou apoplexia útero-placentária → DPP
3 complicações graves de DPP
- sd. Shehan
- choque hemorrágico
- CIVD
Classificação grau 1 de Sher (DPP)
Apenas sangramento
Classificação grau 2 de Sher (DPP)
Sofrimento fetal + dor abdominal
Classificação grau 3a de Sher (DPP)
Óbito fetal sem coagulopatia
Classificação grau 3b de Sher (DPP)
Óbito fetal com coagulopatia
Diagnóstico de DPP
Clínico
Conduta fundamental em casos de DPP → sempre indicada
Amniotomia
Conduta + indicada de forma imediata na DPP
Interrupção da gestação o + rápido possível
Conduta DPP com feto vivo e com TP iminente
Via de parto + rápida → pode ser vaginal
Conduta DPP com feto morto
Via vaginal rápida
Conduta DPP com instabilidade materna
Cesárea
Conduta DPP com feto vivo e sem TP iminente
Cesariana
2 condutas possíveis em casos de Útero de Couvelaire
- uterotônicos
- sutura B-Lynch
Principal causa de sangramento em gravidez avançada
Rotura de seio marginal
Principal diagnóstico # da rotura de seio marginal
Placenta prévia
Como # placenta prévia de rotura do seio marginal?
Rotura do seio marginal → placenta normoinserida
Conduta rotura do seio marginal
Assistência ao parto com boa monitorização fetal
Sangramento da 2ª metade que é de origem fetal
Rotura de vasa prévia
Grande perigo da rotura de vasa prévia
Sofrimento fetal agudo com óbito fetal → sangramento de origem fetal
Grande perigo da rotura de vasa prévia
Sofrimento fetal agudo com óbito fetal → sangramento de origem fetal
Achado clínico?
Inserção velamentosa do cordão umbilical → rotura de vasa prévia
Quando suspeitar de rotura de vasa prévia?
Sangramento vermelho vivo após ruptura da bolsa amniótica
Achado na CTG da rotura de vasa prévia
Traçado sinusoidal
Conduta rotura de vasa prévia durante o TP
Cesariana de emergência
Principal fator de risco para rotura uterina
Cicatriz uterina prévia
Definição de rotura uterina 1ª
Útero sem cicatrizes prévias
Definição de rotura uterina 2ª
Útero com cicatrizes prévias
Achado de rotura uterina ao toque vaginal
Subida da apresentação fetal → dá pra identificar partes fetais
Sinal de Bandl?
Segmento uterino inferior distendido
Sinal de Frommel?
Ligamentos redondos com estiramento
Achado clínico?
Útero em fromato de 8 → rotura uterina
3 sinais clínicos que significam rotura uterina consumada
- Laffont
- Clark
- Reasons
2 sinais de iminência de rotura uterina
- Bandl
- Frommel
Sinal de Laffont?
Dor referida no ombro direito → rotura uterina consumada
Sinal de Clark?
Crepitação à palpação abdominal →rotura uterina consumada
2 medidas em rotura uterina consumada
- suporte hemodinâmico
- laparotomia
2 possíveis abordagens cirúrgicas na laparotomia da rotura uterina
- histerorrafia
- histerectomia
Incisão da cesariana se visualização de vasos calibrosos sobre o local da placenta no segmento inferior → acretismo
Mediana
Tipo de histerectomia se visualização de vasos calibrosos sobre o local da placenta no segmento inferior → acretismo
Fúndica longitudinal
4 exames que devem ser feitos antes do início do MTX
- transaminases
- função renal
- TS
- hemograma
Importância da solicitação de hemograma antes do MTX
Linfopenia associada
% de queda do BHCG após 7 dias do uso de MTX que indica sucesso no TTO da gestação ectópica
> 15%
Medida de avaliação rápida a beira do leito para avaliação do estado de coagulação em casos de DPP
Teste do coágulo (teste de Weiner)