Retinopatia Diabética Flashcards
Quais os fatores de risco para o desenvolvimento da retinopatia diabética?
- TEMPO DE DIAGNÓSTICO (DM1 tem um risco maior)
- CONTROLE IRREGULAR DA GLICEMIA
- HAS e DCV
- Dislipidemia (exsudatos duros)
- Nefropatia diabética
Qual a patogenia da retinopatia diabética?
- Lesão endotelial
- Espessamento da membrana basal
- Perda dos pericitos endoteliais (regulam a permeabilidade do vaso)
- Extravasamento de líquido e ptn para o interstício
- Aumento do núcleo da célula endotelial
- Redução do lúmen capilar
- Hipóxia e isquemia na retina
- Maior liberação de VEGF
- Neovascularização - neovasos no humor vítreo em vez da retina, mt frágeis, com risco de romper.
- Aumento da agregação plaquetária: estase sanguínea pela redução do lúmen capilar provoca essa maior agregação, contribuindo para o quadro isquêmico
Qual a principal causa de baixa da visão no paciente diabético?
Edema macular: espessamento da retina, com ou sem exsudatos. Causado pelo extravasamento de líquido para retina.
Qual a primeira alteração da retinopatia DM?
Microaneurismas (qd se rompem, causam microhemorragias)
Qual a classificação da retinopatia DM?
- Ausência de retinopatia diabética
- Retinopatia diabética não-proliferativa
- Retinopatia diabética proliferativa (tem neovasos)
O que podemos observar na fundoscopia de uma pessoa com retinopatia DM não proliferativa
- Exsudatos duros (pontinhos amarelos)
- Microaneurismas (pontinhos vermelhos)
- Exsudatos algodonosos (manchas amarelas claras na retina)
- Edema macular
O que são exsudatos duros?
Com a permeabilidade vascular aumentada, ocorre extravasamento de lipoptns para retina, formando os exsudatos duros.
Obs: por isso que dislipidemia é fator de risco, maior chance de formar exsudatos duros!
Obs2: se o exsudato não estiver na mácula, provavelmente a pessoa enxerga bem.
O que são exsudatos algodonosos?
Acumulo de corpos citoides na retina, ptns produzidas pela camada de fibras nervosas da retina ao sofrer isquemia.
Como é o exame de angiografia fluoresceínica e qual sua utilidade?
- Injeta-se fluoresceína na veia do pct, demonstrando a perfusão e vascularização da retina - corante fica dentro do vaso. (retina cinza e vasos brancos)
- Mostra vasos com a permeabilidade alterada e a área de edema da retina
- Permite planejar o ttmto
Como pode estar a angiografia fluoresceínica do pct com retinopatia DM não proliferativa?
- Identifica bem os microaneurismas;
- hemorragias;
- identifica o vaso com a permeabilidade alterada, havendo extravasamento do corante (geralmente coincide com área com exsudatos duros)
- identifica a área de edema
O que é a tomografia de coerência óptica (TCO)?
Exame que mostra corte histológico da retina, in vivo e em tempo real, avaliando sua estrutura anatômica.
Como é uma TCO normal e como é a TCO na retinopatia diabética?
- Normal: Uma camada da retina em cima da outra, com uma depressão na fóvea
- Retinopatia DM: espessamento da retina, líquido, edema macular.
Qual o ttmto da retinopatia diabética não proliferativa?
- Se não houver edema macular, o único ttmto é controle do DM
- CONTROLE DA GLICEMIA
- Fotocoagulação focal ou barreira
- Triancinolona intra-vítrea: injeção de corticoide
- Implante intra-vítreo de dexametasona
- Antiangiogênicos intra-vítreos (PRIMEIRA OPÇÃO)
No que consiste a fotocoagulação focal ou barreira?
Com auxílio de um laser, vasos com a permeabilidade alterada são queimados. Onde o laser queimar, será perdida a visão (áreas de escotomas), logo não pode ser feita na mácula nem no disco óptico.
O ttmto pode ser focal ou em barreira, quando uma área extensa em volta da mácula está com a permeabilidade alterada.
No que consistem os anti-angiogênicos intra-vítreos?
Injeção de anticorpos anti-VEGF, que ajuda a reduzir o edema.
É um ttmto novo, primeira opção, não é necessário laser, logo, não compromete a visão.
Porém, pct pode voltar a apresentar edema, sendo necessário repetir a injeção. Com o bom controle da glicemia, pct pode não voltar a ter o edema.