Olho Vermelho Flashcards
Como é o exame biomicroscópico?
Exame com lâmpada de fenda, que aumenta 40x a imagem. Permite a avaliação de estruturas, como profundidade na câmara anterior
O que é a linha cinzenta?
- Marco anatômico que separa a pálpebra anterior (onde se inserem os cilios) e posterior (onde estão as gls de Meibomius)
O que é carúncula? Qual sua função?
Uma glândula sebácea localizada no canto medial do olho. Ela tem função de proteção, evitando que corpos estranhos entrem em contato com a conjuntiva.
Do que é composta a parede do globo ocular?
- Conjuntiva (mais superficial)
- Episclera
- Esclera
Anatomia do sistema lacrimal
- Produção: glândula lacrimal (parte aquosa), localizada na região temporal superior
- Drenagem: pontos lacrimais superior e inferior. Estes se comunicam e formam um canalículo comum, desaguando no saco lacrimal. Este leva pelo canal nasolacrimal o conteúdo para o meato nasal inferior.
Onde se localizam as glândulas de Meibomius e qual sua função?
- Localizam-se no interior da placa tarsal das pálpebras. visualizamos apenas dos orifícios em que essas glândulas se abrem
- A função é a produção do componente oleoso da lágrima, que forma a camada externa do filme lacrimal e impede que a lágrima evapore. Também lubrifica e facilita o piscar
Anatomia da conjuntiva
A conjuntiva começa a partir da linha cinzenta e recobre toda a pálpebra interna (conjuntiva tarsal) e globo ocular (conjuntiva bulbar). essas duas partes se unem no fundo de saco ou fórnice, terceira “parte” da conjuntiva.
O que é blefarite?
Inflamação da margem palpebral, anterior e/ou posterior
Como é caracterizada a blefarite anterior?
Alterações na base dos cílios, com material oleoso, semelhante a caspa
Qual o quadro clínico da blefarite anterior?
- Bilateral e simétrico
- Sensação de corpo estranho
- Prurido
- Crostas em pálpebras e cílios
- Hiperemia da margem palpebral e conjuntival: o material em contato com o filme lacrimal muda a composição da lágrima, irritando a conjuntiva
- Outra possível apresentação: Hiperemia da margem palpebral, com telangectasias e cilios aderidos por material oleoso.
A blefarite anterior possui relação com quais fatores?
- Oleosidade da pele
- Dermatite seborreica
- Infecção por S. aureus,
Como é caracterizada a blefarite posterior ou meibomite?
- Inflamação da pálpebra posterior e das glândulas de Meibomius, ocorrendo um excesso de secreção oleosa ou espessa.
Como é o quadro clínico da meibomite?
- Bilateral
- Prurido
- Sensação de corpo estranho
- Turgência do orifício das glândulas de Meibomius
- Presença de conteúdo espumoso
- Hiperemia da margem palpebral pela alteração do filme lacrimal e irritação da conjuntiva
Qual o tratamento das blefarites?
- Higiene palpebral
- Compressas mornas
- Lavagem com shampoo neutro, com intuito de remover conteúdo gorduroso
- Se inflamação intensa, associar atb tópico e corticoide
- Se quadro muito severo, recorrente e refratário, utilizar abt oral da classe das tetraciclinas, como a doxicilina, que controla a produção de ácidos graxos, além de antimicrobiana e antiinflamatória, por 30 dias
Quais as possíveis origens de um olho seco e fisiopatologia?
- Blefarite
- Meibomite
- Alteração hormonal
- Uso de medicações
- Sd de Sjogren
- Fatores ambientais (ar condicionado)
Todas essas condições causam uma instabilidade do filme lacrimal, tornando o olho seco. Pode provocar áreas de deseptelização da córnea.
Qual o qudro clínico do olho seco?
- Hiperemia difusa bilateral, simétrica
- Prurido
- Ardência
- Sensação de areia
O que é BUT e como ele está no olho seco?
- Exame oftalmológico do tempo de ruptura do filme lacrimal.
- É utilizado o colírio de fluoresceína e a luz azul de cobalto.
- No olho seco, o tempo que demora para ocorrer a desestabilização do filme lacrimal está encurtado.
O que é o teste de Schirmer e como ele está no olho seco?
- Papel filtro milimetrado é posicionado no fórnice inferior entre o terço lateral e médio da pálpebra, para avaliar a produção de lágrima
- No olho seco, há diminuição da produção de lágrima, com < 10 mm marcado no papel.
Qual o tratamento do olho seco?
- Colírios
- Gel lubrificante
- Oclusão do ponto lacrimal
- Evitar fatores agravantes (ar condicionado, ficar mt tempo na frente do computador)
- Tratar doença base
O que é o hordéolo?
Infecção aguda de uma glândula meibomiana na qual ocorre a formação de abscesso no interior da placa tarsal
Quais os fatores de risco, quadro clínico e diagnóstico do hordéolo?
- Fator de risco: blefarite e meibomite
- Quadro clínico: nodulação na pálpebra com sinais flogísticos. Em casos leves, pode ocorrer regressão espontânea, sendo absorvido na maioria das vezes
- Diagnóstico clínico
Como é o tratamento do hordéolo?
- Compressas de água morna
- Em hordéolos grandes: associar pomada de atb com corticoide (ciprofloxacina + dexametasona) 3x por dia por 7 a 10 dias para facilitar drenagem ou absorção.
O que é calázio?
- Granuloma na placa tarsal
- Pode ser evolução de um hordéolo ou não
- Lesão inflamatória crônica, sem sinais flogísticos
- Exérese cirúrgica em casos de calázios grandes
Qual a possível complicação de hordéolos e calázios de repetição?
Celulite, caso não seja mantida higiene adequada.
O que é pterígio?
- Crescimento fibrovascular subepitelial e triangular de tecido conjuntival degenerativo que atravessa o limbo e invade a córnea.
Qual o quadro clínico do pterígio?
- Hiperemia recorrente
- Sensação de corpo estranho
- Ardência
- Astigmatismo
Quais os fatores de risco do pterígio?
- Exposição UV
- Prevalência em regiões equatoriais
Qual a classificação do pterígio por tamanho?
- Tipo 1: < 2 mm de invasão da córnea
- Tipo 2: 2-4 mm de invasão da córnea
- Tipo 3: > 4 mm de invasão da córnea
Qual o tratamento do pterígio tipo 1?
- Compressas frias
- Lubrificação ocular
- Vasoconstritores tópicos
- Corticoide tópico por curtos períodos (a longo prazo aumenta a PIO, podendo causar glaucoma e catarata)
- Reduzem a hiperemia e o desconforto, mas não regridem o quadro
Qual o tratamento do pterígio 2 e 3?
- Exérese e transplante autólogo de conjuntiva (superior globo ocular)
- De preferencia em pcts mais velhos
- Alto índice de recidiva em jovens, sobretudo se a técnica for inadequada e a exposição a raios UV continuar.
Qual é a conjuntivite mais comum?
Viral
Como é a transmissão da conjuntivite viral e agentes etiológicos?
- Transmissão: via respiratória ou secreções oculares - ALTAMENTE CONTAGIOSA
- Agt et: adenovírus 8 e 19, coronavirus
Qual o quadro clínico da conjuntivite viral?
- Geralmente começa unilateral, mas pode evoluir para o outro olho, que em geral tem menor intensidade
- Tríade: hiperemia conjuntival + linfadenopatia pré-auricular e submandibular + reação folicular (aspecto rugoso da conjuntiva tarsal)
- Edema palpabral
- Fotofobia
- Pseudomembranas (exsudato proteico aderido a conjuntiva tarsal em conjuntivites mais arrastadas)
Qual o tratamento da conjuntivite viral e quais orientações devem ser dadas?
- Compressas frias, limpeza local, colírios lubrificantes
- Orientações: afastamento do trabalho, evitar contato social, separar toalhas, roupas de cama, evitar piscina
Como é a transmissão e agentes etiológicos da conjuntivite bacteriana?
- Transmissão: contato direto. autolimitada e mais rara.
- Agentes etiológicos: pneumococo, estafilo aureus, moraxella catarrhalis, haemophilus influenza
Qual o quadro clínico da conjuntivite bacteriana?
- Bilateral
- Hiperemia difusa + secreção mucopurulenta + reação papilar (papilas gigantes na conjuntiva tarsal superior - áreas de nodulação , separadas)
- Fotofobia
- Pálpebras coladas ao acordar
Qual o tratamento da conjuntivite bacteriana?
- Compressas frias
- Limpeza local
- Lubrificante ocular
- Colírio antibiótico (tobramicina, ciprofloxacina) com corticoide
- Orientar medidas de precaução
Conjuntivite neonatal por Chlamydia trachomatis - clínica
- Início: 5-15 dias
- Edema palpebral
- Secreção mucopurulenta
- Pseudomembranas
Qual o tratamento da conjuntivite neonatal por clamídia?
- Compressa de água fria
- Limpeza
- ATB via oral (eritromicina) - risco de evoluir com pneumonia, por isso necessita de ttmto sistêmico
Conjuntivite neonatal por Neisseria gonorrheae - clínica
- Início: 2-5 dias de vida.
- Secreção mucopurulenta volumosa
- Hiperemia
- Quemose
Qual a profilaxia e tratamento da conjuntivite neonatal por gonorreia?
- Profilaxia: credé ao nascimento (nitrato de prata), iodopovidona 5%. Por isso a incidência é menor
- Tratamento tópico (eritromicina) e sistêmico (ceftriaxona, cefotaxima IV)
Conjuntivite alérgica - etiologia
- Hipersensibilidade tipo 1
- Relacionada com atopia
Qual a clínica da conjuntivite alérgica?
- Episódios transitórios e agudos de inflamação conjuntival
- Edema palpebral
- Lacrimejamento excessivo
- Hiperemia conjuntival difusa
- Prurido intenso
- Quemose
- REAÇÃO PAPILAR GIGANTE SEM SECREÇÃO PURULENTA
Qual o tratamento da conjuntivite alérgica?
- Controle ambiental: evitar alérgenos
- Compressas frias
- Lubrificantes oculares
- Colírios anti-alérgicos: anti-histamínicos, estabilizadores de membrana de mastócitos ou classe que atua em ambas as vias