Exoftalmia Flashcards
Qual o conteúdo da órbita?
- Globo ocular
- Coxins de gordura
- Músculos extrínsecos oculares
- Vascularização arterial e venosa
- Nervos
Quais são os ossos que compõem a órbita?
- Parede superior; osso frontal e asa menor do esfenoide
- Parede lateral: zigomático e asa maior do esfenoide
- Parede medial: maxilar, lacrimal, etmoide (lâmina papirácea) e esfenoide
- Assoalho: zigomático, maxilar e palatino
O que é o septo orbitário?
Fáscia que liga o tarso ao periósteo do rebordo orbitário. Separa o conteúdo interno e externo da órbita.
Quais são perguntas importantes na história do paciente com exoftalmia?
- Dor: inflamação, infecção
- Progressão: aguda, crônica
Como é feita a medida da exoftalmia?
- Exoftalmômetro de Hertel. Mede-se da borda orbitária lateral até a superfície anterior (ápice) da córnea.
- Normal: 15-16mm
- Atentar a assimetrias > 2mm entre os dois olhos.
O que avaliar na palpação da órbita?
- Rebordo ósseo: continuidade, fraturas
- Massas: sobretudo se distopias (deslocamento horizontal ou vertical do globo) forem presentes
- Enfisema cutâneo: crepitações, no caso de deslocamento de ar dos seios da face para órbita por fratura
- Pulsação: frêmitos, em casos de fístulas carotídeas. Auscultar tb.
Quais os exames de imagem para avaliação da órbita?
- TC
- RNM
- USG globo ocular
O que é dacriocistite?
- Inflamação do saco lacrimal por obstrução da drenagem.
- Obstrução crônica cursa com infecção secundária, pela estase do líquido
Qual a clínica da dacriocistite?
SINAIS DE FLOGOSE
- Edema na topografia do saco lacrimal
- Hiperemia
- Dor, ppmte a palpação
Qual o tratamento da dacriocistite?
- Antibiótico oral (cefalexina)
- Compressa morna local
- Em casos crônicos e recorrentes: dacriocistectomia (comunica saco lacrimal ao meato nasal). Cirurgia não é feita se infecção ativa
Como ocorrem as celulites?
- Acometimento por continuidade de processos sinusais e faciais
Quais as principais causas de celulites?
- Sinusite bacteriana
- Infecção dentária
- Infecção de pele (hordéolo, dacriocistite)
- Trauma orbitário (porta de entrada)
Quais os principais agentes etiológicos das celulites?
- S. aureus
- S. pneumoniae
- S. pyogenes
- H. influenza
- Fungos
- Parasitas
Qual a definição de celulite pré-septal?
- Infecção do tecido subcutâneo anterior ao septo orbitário
- Conteúdo orbitário não está acometido
Quais os sinais de celulite pré-septal?
- Edema periorbitário unilateral
- Dor ao toque
- Hiperemia
- Não há proptose, alteração da motilidade ocular e diplopia
Qual exame de imagem deve ser feito para celulite pré-septal e o que se observa?
- TC: mostra opacificação anterior ao septo orbitário
Qual o tratamento da celulite pré-septal?
- Crianças: internar, colher hemograma e hemocultura, atb iv (vanco e ceftazidima)
- Adultos: tratamento em casa, atb via oral (amoxiclav), acompanhamento diário
Definição da celulite pós-septal
- Infecção do tecido subcutâneo posterior ao septo orbitário
Qual a clínica da celulite pós-septal?
- Dor intensa
- Quemose
- Febre e astenia
- Instalação súbita
- Proptose
- Alteração de motilidade
- Diplopia
Qual exame de imagem deve ser solicitado para celulite pós-septal e o que se observa?
- TC: acometimento de todo o conteúdo orbitário
Quais as possíveis complicações da celulite pós-septal?
- Oclusão de veia ou artéria central da retina
- Endoftalmite
- Abscesso subperiosteal
- Trombose do seio cavernoso
- Meningite
- Óbito
Qual o tratamento da celulite pós-septal?
- Internação (colher hemograma e hemocultura)
- ATB IV (vanco e ceftazidime)
Qual a fisiopatologia da orbitopatia de Graves?
Fibroblastos da musculatura ocular extrínseca possuem receptores TRAbs, aumentando de tamanho no hipertireoidismo.
Isso causa um aumento de volume dos músculos e do tecido adiposo intraorbitário, fazendo com que o olho sofra proptose.
Quais os sinais da orbitopatia de Graves?
- Sinal de Dalrymple (mais comum!): retração palpebral na posição primária do olhar, com hiperatividade do músculo de Muller (do SNA), responsável pela elevação da pálpebra.
- Sinal de Kocher: aparência fixa e espantada dos olhos
- Sinal de von Graef (lid lag): retardo na descida da pálpebra superior ao olhar para baixo
- Proptose: 60% dos casos, pelo aumento do tecido adiposo/muscular
Quais as consequências das alterações palpebrais da oftalmopatia de Graves?
- Ressecamento ocular
- Hiperemia conjuntival
- Quemose
- Abrasões corneanas (predispõe ceratite e úlcera)
- Úlcera de córnea (risco de perfuração corneana)
Quais as consequências do aumento da musculatura na oftalmopatia de Graves?
- Estrabismo restritivo
- Compressão do nervo óptico: redução da acuidade visual, defeitos campimétricos, alteração nas cores, alteração do reflexo pupilar.
Qual o tratamento para casos leves e moderados de oftalmopatia de Graves?
- Não exige tratamento ativo
- Acompanhar junto do endócrino
- PTU, metimazol, ablação com iodo, tireoidectomia.
- Colírios lubrificantes
- Oclusão palpebral ao dormir com gel e gaze.
- Orientar a não fumar
- Diplopia leve: prescrever óculos com prismas
- Cirurgia para estrabismo restritivo se paciente estável
Qual exame que avalia neuropatia óptica compressiva na doença de Graves?
Campo visual com estímulo colorido
Qual o tratamento da orbitopatia de Graves em casos graves (compressão do nervo óptico, úlcera perfurante de córnea)?
- Internação
- Pulsoterapia inicial com metilprednisolona IV
- Continuar em casa com corticoide via oral
- Instituir radioterapia e azatioprina, anticorpos monoclonais
- Cirurgia para descompressão de urgência: reposicionar globo e descomprimir nervo óptico
- Tarsorrafia: sutura temporária da pálpebra inferior e superior, se cirurgia não for disponível
Definição e características do pseudotumor orbitário
Processo inflamatório benigno idiopático não granulomatoso na órbita.
- Diagnóstico diferencial: celulite orbitária
- 3a e 6a décadas de vida
Qual o quadro clínico do pseudotumor orbitário?
- Unilateral
- Dor à movimentação ocular
- Edema
- Hiperemia periorbitária
- Proptose
- Disfunção do nervo óptico
- Pode ter alteração do reflexo pupilar, acuidade visual, visão das cores
- VHS aumentado
Quais os exames para o diagnóstico do pseudotumor orbitário?
- TC: opacificação orbitária mal definida pós-septal e perda da definição do conteúdo orbitário.
- Exame histopatológico: infiltrado celular pleomórfico e fibrose reativa. Não é obrigatório fazer.
Qual o tratamento do pseudotumor orbitário?
- Observação
- AINE
- Esteroides sistêmicos
- Radioterapia
- Antimetabólitios
Características do hemangioma cavernoso (evolução, epidemio, indicação cirúrgica)
- Tumor orbitário mais comum no adulto
- Evolução lenta
- Massas muito grandes podem causar desconforto e proptose importantes
- Indicação cirúrgica em tumores volumosos
Qual o tumor orbitário mais comum na criança e quais suas características (evolução, tratamento)?
- Rabdomiossarcoma
- Evolução rápida
- Tratamento cirúrgico, avaliar indicação para qt.
Quais as características do glioma do nervo óptico?
- Proptose acentuada (glioma pode ocupar toda cavidade orbitária)
- Nesses casos, fazer exérese cirúrgica.
- Em crianças, associação com neurofibromatose tipo 1