QUEIMADOS e TERAPIA INTENSIVA Flashcards
Graus das queimaduras
1º = epiderme = eritema sem bolhas (solar) 2º = derme = flictenas e dor / mosqueado 3º = derme e subcutâneo = palidez e indolor 4º = músculos e ossos = couro / aspecto de cera (elétrica) => risco de rabdomiólise / IRA / sd compartimental
Regra de Wallace
Cabeça 9% MSD 9% MSE 9% Tronco anterior 18% Tronco posterior 18% MID 18% MIE 18% Genital 1%
Fórmula de Parkland
4 x Peso x SCQ% (1/2 volume em 8h e 1/2 em 16h)
Indicações de CTQ
Todas de 3º
2º com SCQ > 10%
Queimaduras envolvendo face / mãos / pés / genitais / períneo / articulações
Queimaduras químicas, elétricas e circunferenciais
Lesões por inalação
Neoplasia maligna que pode se formar na área queimada
Marjolin
Úlcera péptica específica de grandes queimados
Curling
O que é SCA
Sd compartimental abdominal é o aumento da PIA > 20 + nova disfunção ou falência orgânica
Graus HIA
I. 12-15
II. 16-20
III. 21-25
IV. > 25
Características e exemplos choques hipodinâmicos
Redução DC e aumento RVP
- Hipovolêmicos (hemorragia, desidratação…)
- Cardiogênicos (IAM, cardiomiopatias, valvulopatias…)
- Obstrutivos (TEP, tamponamento, pneumotórax hipertensivo…)
Características e exemplos choques hiperdinâmicos
Aumento DC e redução RVP
- Distributivos (sepse, anafilaxia, neurogênico…)
PVC representa
Pressão venosa central = pressão átrio D = volemia
PoAP representa
Pressão de oclusão da artéria pulmonar = pressão átrio E = hipertensão pulmonar
Principais marcadores de hipoperfusão
Débito urinário
Lactato
TTO geral choque hipovolêmico
Hidratação venosa rigorosa
Concentrado de hemácias, se hemorrágico
Vasopressores (noradrenalina)
TTO geral choque cardiogênico
Ionotrópicos (dobutamina)
Vasopressores (noradrenalina/dopamina)
Balão intra-aórtico, se mais graves e refratários
TTO geral choque obstrutivo
Pericardiocentese, se tamponamento cardíaco
Trombolíticos, se TEP
Toracocentese, se pneumotórax hipertensivo
TTO geral choque distributivo
Hidratação venosa rigorosa
Vasopressores (noradrenalina/dopamina)
CE, se insuficiência suprarrenal
Adrenalina IM ou EV, se anafilaxia
Critérios qSOFA
FR > 22
PAS < 100
ECG < 15
Critérios SOFA
PaO2/FiO2 ECG PAM Administração de drogas vasopressoras Cr sérica ou diurese Bilirrubinas Contagem de plaquetas
Definição choque séptico
Droga vasopressora para manter PAM >= 65
Lactato > 2 mmol/L ou 18 mg/dL
Quando começar ATB / CE / CH / CP / na sepse
ATB na 1ª hora, colher HMC antes
CE (hidrocortisona 200mg/dia) se PAM não responde a ressucitação volêmica
CH se Hb < 7
CP se plaquetas < 10 mil ou 20 mil (se alto risco sangramento)
Tipos de insuficiência respiratória
Tipo I = hipoxêmica (comprometimento da troca gasosa, doença pulmonar), gradiente alvéolo arterial de O2 > 15-20
Tipo II = hipercápnica (hipoventilação, distúrbio da mecânica respiratória), gradiente alvéolo arterial de O2 =< 15-20
Causas de insuficiência respiratória tipo I
Shunt = sangue passa por área sem ventilação / não corrige com O2
Distúrbio V/Q = ventilação está prejudicada / mas corrige quando oferta O2
Defina volume corrente, volume minuto e PEEP
VC = volume de ar mobilizado durante a respiração Vmin = VC x FR PEEP = pressão expiratória no final da expiração (serve para manter os alvéolos abertos), fisiológica entre 3-5
Indicações VNI
DPOC descompensado Crise asma EAP SARA PAC grave
Parâmetros VCV, PCV e PSV
VCV = ciclagem por volume, limitado pelo fluxo PCV = ciclagem por tempo, limitado pela pressão PSV = ciclagem por fluxo, limitado pela pressão
Causas de obstrução ao fluxo respiratório na capnografia e como fica a curva
Hipercapnia associada a BE (asma, DPOC)
Obstrução mecânica (aspiração de CE, rolha de secreção)
Curva se altera! Platô fica em curva ascendente + encurta a largura da curva como um todo
Causas de hipoventilação alveolar na capnografia e como fica a curva
Redução do drive respiratório: barbitúricos, narcóticos
Morfologia da curva se mantém! Só há aumento da concentração do CO2 a cada nova curva
Causas de hiperventilação alveolar na capnografia e como fica a curva
Redução da perfusão pulmonar, hipotermia
Morfologia da curva se mantém! Só há redução da concentração do CO2 a cada nova curva
Critérios de Berlim SDRA
Tempo = síndrome do desconforto respiratório agudo, em 7 dias
Origem = edema pulmonar não cardiogênico, de origem pulmonar ou não (sepse mais comum)
Radiologia = opacidade bilaterais
Oxigenação PaO2/FiO2 = leve se 300-200 / moderada se 200-100 / grave se < 100
Fases da SDRA
Exsudativa = 1ªsemana, lesão dos capilares alveolares e do pneumócito tipo I + infiltrado rico em proteínas e neutrófilos + membrana hialina Proliferativa = 7º - 21ºdia, regeneração dos pneumócitos tipo I pelos tipo II, com infiltrado mononuclear Fibrótica = após 4 semanas, não recupera, forma enfisema
TTO SDRA
Suporte ventilatório = ventilação com baixos volumes (hipercapnia permissiva) + limitação da pressão de platô + PEEP elevada
CE é controverso
Pacientes graves = ventilação em posição prova + manobras de recrutamento pulmonar + ECMO + óxido nítrico inalatório + insuflação traqueal de gás contínua + NAVA (ventilação assistida com ajuste neural)
Dx de morte encefálica
Causa de coma conhecida e estabelecida
Dois exames neurológicos por dois médicos diferentes (sendo um neurologista) com 6h de intervalo + exame complementar (EEG / TC com xenônio, emissão de foton, pósitrons / cintilografia / angiografia / Doppler transcraniano
EF coma aperceptivo + pupilas fixas e arreativas / ausência de atividade espinhal / ausência dos reflexos corneopalpebral, oculocefálico, da tosse / ausência de resposta as provas calóricas + apneia
Indicações suporte nutricional
Pré-operatório = desnutrição grave Pós-operatório = jejum prolongado
Avaliação do status nutricional
Medidas antropométricas = pregas cutâneas (gordura), IMC, circunferência braquial (proteína)
Bioquimica = proteinas séricas (albumina, tranferrina, pré-albumina)
Indicações suporte enteral
Grande deficiência proteicocalórica Disfagia severa Incapacidade neurológica Fístulas de baixo débito Grande queimado Cirurgia gastrointestinais
Indicações suporte parenteral
Fístulas Enterite por radiação Sd do intestino curto Íleo paralítico Pré-operatório Queimaduras (concomitante com a enteral) Falência renal ou hepática aguda
Complicações suporte enteral
Broncoaspiração
Abscesso septo nasal
Otite média
Diarreia / constipação
Complicações suporte parenteral
Pneumotórax Lesão de vasos Lesão de ducto torácico Sepse por cateter Trombose venosa Embolia gasosa
Alterações laboratoriais na Sd de Realimentação
Hipofosfatemia + hipocalemia + hipomagnesemia
Deficiência de tiamina
SvO2 representa
Saturação na veia cava superior = reflete a oferta de O2 aos tecidos (DO2 = DC x conteúdo arterial de O2)
Falsamente elevada em pacientes em suporte ventilatório e hiperóxia
Reduzida em condições de maior extração tecidual de O2 (se excluir anemia = sepse por redução do DC)
SvO2 < 70% = entra com Dobutamina