PUERPERIO Flashcards
CLASSIFICAÇÃO DO PUERPÉRIO
Imediato: 1ª ao 10° dia
Tardio: 11ª ao 45ª dia
PUERPÉRIO NORMAL
Mama
- 1º dia colostro (até 48hrs);
- Apojadura (grande descida do leite) até o 3º dia;
Ovário
- Ovulação em 6 a 8 semanas (se não estiver amamentando)
- Pode ofertar progesterona mesmo em aleitamento
Útero
- Útero na cicatriz umbilical após parto, com variação de 1 a 2 dedos; intrapélvico em 2 semanas;
Colo
- Fechado em 1 semana
Vagina
- “Crise vaginal” é a atrofia tão intensa que impede o coito (como se fosse um vaginismo fisiológico) para evitar a entrada de patógenos pelo colo aberto
Lóquios
- Até 4º dia, avermelhado
- 4-10 dia acastanhado
- > 10 dias, esbranquiçados.
- Se vermelho após 1 semana, restos placentários?!
- Odor fétido, febre, pus = infecção!!
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
Infecções Puerperais: Temperatura axilar ≥ 38°C por mais de 48 horas, do 2ª ao 10° dia pós parto
ENDOMETRITE
- Fator de risco:
- Cesária é o maior;
- Desnutrição;
- Anemia;
- RPMO;
- Múltiplos toques
- Aminiorexe prolongada
- Etiologia:
- Polimicrobiana
- Diagnóstico:
- Febre (= 38º por mais de 48h)
- Lóquios fétidos,
- Útero (amolecido, subinvoluído e doloroso) - tríade de boom
- Colo pode estar aberto
- Calafrios
- Taquicardia
- Dor abdominal
- Tratamento:
- Internação, Clinda + Genta IV e curetagem uterina. Até 72 horas afebril e assintomática e depois cessa a medicação
- Endometrite pós décimo dia, pensar em clamídia
- Febre persistente apesar de ATB USG para procurar abscesso. Drenar e manter ATB
- Sem abscesso, tromboflebite pélvica séptica?! Heparina e manter ATB
- Histerectomia em último caso se as condutas anteriores forem ineficazes
HEMORRAGIA
- Causas: 4 Ts
- Tônus (atonia uterina)
- Trauma (laceração de canal)
- Tecido (restos placentários)
- Trombo (coagulopatia)
- Outras causas:
- Sindrome hipertensiva na gestação
- Multiparidade
- Placentacao anomala
- Trabalho de parto prolongado
ATONIA UTERINA
- Fator de risco:
- Gemelaridade
- Polidrâmnio
- Corioamnionite
- TP prolongado ou rápido demais ou lento demais
- Prevenção:
- 10 UI IM de ocitocina após expulsão fetal
- Conduta (MMORREU):
- Massagem de FU
- Manobra de Hamilton: massagem bimanual
- Ocitocina (2 ampolas no soro de 500ml, ou metilergonovina, misoprostol, transamin)
- Balão intrauterino
- Rafia Vascular
- Embolização ou ligamento de art. uterina 3
- Última alternativa: histerectomia
Obs: Na infecção puerperal com útero subinvoluido tratar Clindamicina + Gentamicina IV.
INGURGITAMENTO MAMARIO
(puerperio)
- É a distensão tecidual excessiva e consequente aumento no tamanho das mamas com presença de:
- Dor
- Hiperemia local
- Edema mamário
- Mamilos achatados que dificultam a pega do recém-nascido.
- A puérpera pode apresentar grande desconforto, febre e mal-estar.
- Pode haver evolução para mastite.
- Os fatores de risco são:
- Início tardio da amamentação
- Mamadas não frequentes e de pouca duração
- Utilização de suplementos
- Sucção ineficaz do recém-nascido
- Aumento repentino da produção de leite
- Lesão mamilar
- Não esvaziamento do leite restante após as mamadas.
TRATAMENTO DE MASTITE
(puerperio)
FATORES DE RISCO -
CLINICA - Mamas volumosas, brilhantes, endurecidas, doloridas, com calor local
- Associado a Staphylococcus aureus
- Não interrompe amamentação (manter amamentação em ambas mamas)
- O melhor tratamento das mastites puerperais é:
- Massagem
- Ordenha manual antes da mamada (para diminuir tensão da auréola)
- Aumento da ingestão de líquidos
- Repouso
- Manter aleitamento materno exclusivo
- Aumentar frequência das mamadas
- Pode ser necessário o uso de analgésicos, antitérmicos e antibióticos.
- Os antibióticos mais indicados são as penicilinas ou as cefalosporinas.
- Complicação: abcesso ou sinais de sepse materna (internar e cirurgia para drenar, associado a atb EV
- DX diferencial ingurgitamento - Produção de leite maior que o bebê necessita, levando ao acúmulo de leite nas mamas causando (Dor e aumento das mamas), pode ter também febre. NÃO HÁ HIPEREMIA OU ÁREA SE FLUTUAÇÃO!!!!
MOMENTOIDEAL PRA INSERÇAO DE DIU NO PUERPERIO
O momento adequado de inserção do DIU no puerpério ainda é controverso:
- Se imediatamente após a dequitação placentária
- No pós-parto imediato (10 minutos a 48 horas)
- Após 4 a 6 semanas do parto.
- O desejável seria a inserção do DIU após, pelo menos, 4 semanas do parto; mas, em grupo de risco para intervalo intergestacional curto, tendo em vista a segurança do dispositivo no puerpério imediato, justifica-se a contracepção antes da alta hospitalar.
ACHADOS CLINICOS DA MASTITE PUERPERAL
- Inflamação focal (calor, rubor, endurecimento e dor)
- Febre
- Mal-estar geral
- Astenia
- Calafrios
- Prostração
- Abscessos
- Sepse.
- O tratamento inclui antibioticos, analgésicos e drenagem cirúrgica (se houver abscesso).
DISFORIA PUERPERAL
- É considerada a forma mais leve dos quadros puerperais e pode ser identificada em 50% a 85% das puérperas, dependendo dos critérios diagnósticos utilizados.
- Os sintomas geralmente se iniciam nos primeiros dias após o nascimento, atingem um pico no quarto ou quinto dia do pós-parto e remitem de forma espontânea em no máximo duas semanas.
Quadro Clínico
- Choro fácil
- Labilidade afetiva
- Irritabilidade
- Comportamento hostil para com familiares e acompanhantes.
- Algumas mulheres podem apresentar sentimentos de estranheza e despersonalização e outras podem apresentar elação.
- Mulheres com disforia pós-parto não necessitam de intervenção farmacológica.
- A abordagem é feita no sentido de manter suporte emocional adequado, compreensão e auxílio nos cuidados com o recém-nascido
QUADRO CLÍNICO DE INFECÇÃO PUERPERAL
- Febre
- Taquicardia
- Queda do estado geral
- Dor à palpação abdominal
- Tríade de Bumm (útero hipoinvoluído, amolecido e doloroso)
- Loquiação com odor fétido.
- A infecção puerperal é geralmente polimicrobiana, com bactérias que habitam o trato intestinal e colonizam o períneo, a vulva, a vagina e o colo uterino.
- O tratamento deve ser feito com antibióticos de amplo espectro. (GENTAMICINA e CLIDAMICINA) e Curetagem uterina
CONTRACEPÇÃO HORMONAL COM ESTROGENIO NO PUERPERIO
CONTRAINDICADA!!
- Não deve ser prescrita durante a lactação devido aos efeitos na qualidade e na quantidade do leite materno, na transferência de hormônios para o recém-nascido
ESTRERELIZAÇÃO VOLUTÁRIA
Permitida para mulheres:
- Maiores de 21 anos ou com 2 filhos vivos
- Prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico.
- Não há proibição de realização do procedimento no intraparto
- Não é mais vedada a esterilização cirúrgica durante período de parto, aborto ou até o 60 dias do pós-parto ou aborto.
- A solicitação para realização do procedimento deve ser realizada até 60 dias antes do parto.