Problema 3 - Choque Flashcards

1
Q

Defina choque.

A

É uma síndrome caracterizada pela incapacidade do sistema circulatório de fornecer oxigênio aos tecidos, o que pode levar a disfunção multissistêmica e morte.

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2
Q

Existem quatro tipos de choques não hemorrágicos reconhecidos, quais são eles?

A

distributivo, cardiogênico, hipovolêmico e obstrutivo.

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3
Q

Caracterize o choque distributivo.

A

É caracterizado por uma vasodilatação periférica muito grave que conduz ao estado de hipoperfusão orgânica. Essa vasodilatação é mediada por substâncias liberadas por diversas condições como: choque séptico, choque neurogênico, choque anafilático, choque induzido por drogas e toxinas, choque endócrino.

**choque séptico é a causa mais comum de choque distributivo e pode ser definido como uma resposta descontrolada do organismo humano a uma infecção generalizada

Vasodilatação periférica grave com ↓ da resistência vascular sistêmica = é o único pois os mec compensatórios não estão presentes já que a vasculatura lisa arteriolar está seriamente lesada não respondendo o mec simpático.

Vasodilatação periférica global à ↓ PEC à comprometendo o fornecimento de O2 pelos capilares e a captura de O2 pelos tecidos. DC preservado.

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4
Q

Caracterize o choque cardiogênico.

A

A origem do choque cardiogênico está dentro da própria bomba cardíaca, a qual tem a sua função reduzida bem como o seu débito.

Patologias cardíacas à ↓ DC (hipoperfusão sistêmica e hipotensão); geralmente associado a edema pulmonar

*causas: cardiomiopatias, arritimias e falhas mecanicas

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5
Q

Caracterize o choque hipovolêmico.

A

↓ volume intravascular (↓ pré-carga) à ↓ DC

Redução severa do volume intravascular com consequente redução do débito cardíaco. Pode ser divido em hemorrágico e não hemorrágico.

  • Hemorrágico: há uma perda direta de sangue e dentre as diversas causas é possível destacar o trauma penetrante, sangramentos digestivos (altos ou baixos), entre outros.
  • Não-hemorrágico: há redução do volume intravascular não pela perda direta de sangue, mas pela perda de outros fluidos (diarreia, vômitos, queimaduras, entre outros.
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6
Q

Caracterize o choque obstrutivo.

A

Ocorre devido às causas extra-cardíacas que culminam na falência da bomba cardíaca e está comumente associado à redução da ejeção de sangue do ventrículo. Também pode ser divido em duas categorias: mecânica e de vasos pulmonares.

  • mecânico: pneumotórax hipertensivo, tamponamento cardíaco, pericardite constritiva e cardiomiopatia restritiva.
  • vasos pulmonares: falência pulmonar devido a um quadro de embolia pulmonar ou hipertensão pulmonar, ou ainda, vasoconstricção. Nesses casos, há uma queda da função do VD, o qual não consegue impulsionar o sangue para os pulmões.
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7
Q

Ultrassom de beira de leito pode ajudar no diagnóstico de vários tipos de choque. Quais são os achados do ultrassom de acordo com cada tipo de choque?

A
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8
Q

O choque hipovolêmico é dividido em graus de gravidade onde são analisados varios fatores. Quais são esses graus e como são caracterizados?

A
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9
Q

Quais são os sinais de hipoperfusão tecidual?

A
  • Extremidade fria e sudoreica, com vasoconstrição e cianose → NÃO tem no choque distributivo
  • Debito urinário < 0,5 ml/kg/hr
  • Estado mental alterado, que inclui torpor, desorientação e confusão
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10
Q

Qual é o diagnóstico clínico do choque? (o que observar em um paciente que caracteriza choque)

A
  • TEC > 2 s + Livedo + ↓ Temperatura da Pele = CHOQUE
  • Hipotensão (PAS < 90 ou PAM < 70)
  • Taquicardia
  • Sinais de Hipoperfusão Tecidual
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11
Q

Paciente chocado, quais são as metas para estabilização?

A
  • PAM 65-70 mmHg
  • Lactato: quando > 3 mmol/L deve ser esperado mínimo ↓ 20% num período de 2hr.
  • SvO2: mínimo 70% durante as primeiras 6h, utilizando inotrópicos ou transfusão de hemácias para manter Ht >30%
  • Hb: HDA grave e sem cardiopatia = 7-9 g/dL
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12
Q

Em relaçaõ ao tratamento do choque, o que deve ser feito?

A
  1. Ressuscitação Volêmica: melhora fluxo sanguíneo microcirculatório e ↑ DC.
  2. Drogas Vasoativas
  • Noraepinefrina
  • Dobutamina
  1. Oxigenoterapia: dispneia severa, hipoxemia, acidemia grave e persistente ou c/ rebaixamento do nível de consciência = ventilação mecânica invasiva à sequência rápida de intubação
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13
Q

Tratamento

Como é feita a ressucitação volêmica?

A

2 acessos venosos calibrosos + SF 0,9% ou Ringer Lactato 20-40 ml/kg nas 1ª horas (30m a 3h).

  • Bolus adicionais podem ser repetidos. Monitorização cardioscópica, FC, PA, TEC e avaliação das mucosas e pele.
  • Utilização de Ringer Lactato
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14
Q

O que pode ser feito para avaliar a resposta volêmica, antes de dar volume?

A
  • US POC (Protocolo rush) – avaliação direta e rápida da volemia e resposta hemodinâmica.
  • Manobra de elevação passiva das pernas (leg raising): ↑ ≥ 15% DC, avaliado no ECO POC.
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15
Q

Por que no tratamento do pacinete chocado deve ser usado o Ringer lactato?

A
  • Mais balanceado que SF, tem capacidade de tampão (lactato + H é convertido em CO2 e H2O no fígado), não causa coagulopatia e não causa acidose hiperclorêmica.
  • Não usar quando suspeita de hipercalemia em paciente com disfunção hepática (lactato é metabolizado no fígado, podendo se acumular).
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16
Q

Tratamento

Drogas vasoativas: quais usar e em qual dose?

A
  • Noraepinefrina: ↑ PAM, ↑ FC ou ↑ DC. Primeira escolha. Dose: 0,05-2 micrograma/kg/min
  • Dobutamina: agente ionotropico para ↑ DC. Usar no choque cardiogênico. Dose: 2-20 micrograma/kg/min
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17
Q

Quando fazer uma ventilação mecanica mais invasiva?

A

Dispneia severa, hipoxemia, acidemia grave e persistente ou c/ rebaixamento do nível de consciência = ventilação mecânica invasiva → sequência rápida de intubação

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18
Q

Quais são as fases fisiopatológicas do choque?

A
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19
Q

Quais são os achados de acordo com o tipo de choque e utilidade do US?

A
20
Q

Tratamento

Qual a quantidade de cristalóide a ser administrada ao pacinete chocado?

A

Em geral, de 20 a 40 mL/kg nas primeiras horas (30 min a 3 h).

21
Q

Em relacao a monitorização do paciente em choque, quais são as principais varáveis e suas metas na estabilização?

A
22
Q

Quando é indicada a transfussão sanguínea no adulto?

A
23
Q

Algoritmo choque hipovolêmico

A
24
Q

Algoritmo choque cardiogênico

A
25
Q

Algoritmo choque distributivo

A
26
Q

Algoritmo choque obstrutivo

A
27
Q

Cite 3 mecanismos compensatórios do corpo para o choque

A
  • Aumento da reabsorção de agua e sódio pelos rins
  • FC aumenta
  • Extração tecidual de O2 aumenta
  • Vasoconstricção
  • Redistribuição da volemia (SNC e coração)
28
Q

Quais são as indicações e as contra-indicações para transfusão de CH (concentrado de hemácias) em adultos?

A
29
Q

Qual a diferença entre hipotensão e choque?

A

Choque é a perfusão inadequada de órgãos vitais. Hipotensão é a pressão sanguínea sistólica menor do que 90 mm Hg ou pressão arterial média menor do que 65 mm Hg.

30
Q

Quais são os marcadores clínicos e laboratoriais de má perfusão?

A

CLÍNICO

  • PA média
  • Débito urinário
  • Nível de consciência
  • TEC
  • Perfusão de pele/livedo
  • Cianose de extremidades

LABORATORIAL

  • Lactato sérico
  • pH arterial, bicarbonato
  • Saturação mista de O2 venoso
  • pCO2 venosa
  • Oxigenação do tec musculoesquelético (StO2)
31
Q

Como realizar a reposição volêmica do paciente hipotenso?

A

O ATLS recomenda 1 litro de cristaloide ou 20 ml/kg, não havendo detalhes do tipo de cristaloide.

32
Q

Como realizar reposição volêmica em pacinete chocado?

A

Devemos antes definir qual o tipo e a quantidade de solução a ser usado em cada tipo de choque.

CHOQUE HEMORRÁGICO

  • Pct está perdendo sangue, então devemos dar sangue -> devemos dar 1L de solução cristaloide até a chegada da bolsa de sangue, caso o pct se mantenha hipotenso

CHOQUE NÃO HEMORRÁGICO

  • Adm pequenas aliquotas (250-500mL) de cristaloides EV e ir reavaliando o paciente à beira leito (PA, TEC, diurese e auscuta)

**Ressuscitação Volêmica: melhora fluxo sanguíneo microcirculatório e ↑ DC. 2 acessos venosos calibrosos + SF 0,9% ou Ringer Lactato 20-40 ml/kg nas 1ª horas (30m a 3h).

33
Q

Por que não podemos dar apenas cristaloides? O que pode acontecer?

A

A adm de cristaloides pode levra a coagulopatia por diluição dos fatores de coagulação e destruicao de coagulos que ja estejam tamponando algum foco de sangramento.

34
Q

Quais são os métodos pra prever a responsividade a volume?

A
35
Q

Quando é indicado o uso de DVA (drogas vasoativas)?

A

Em pacientes que não conseguem corrigir a hipotensão com solução cristaloide ou naqueles que já apresentam grave hipotensão, o uso de vasopressor é recomendado (é aceitável iniciar um vasopressor temporariamente enquanto a reposição de fluidos é conduzida, com a meta de descontinuá-la, se possível, após a hipovolemia ser corrigida)

36
Q

Qual o mecanismo de ação da noradrenalina?

A

Catecolamina natural com efeitos α e β-adrenérgicos, provocando intensa vasoconstrição. Foi demonstrado que em pacientes sépticos, adequadamente ressuscitados do ponto de vista volêmico, a noradrenalina aumenta o ritmo de filtração glomerular. Hoje, a noradrenalina é a primeira escolha quando há a necessidade de rapidamente elevar-se a PAM no paciente em choque não responsivo à cristaloide (comparada com a dopamina, a noradrenalina causa menos arritmias e se associa a menor mortalidade).

37
Q

Qual mecanismo de ação da vasopressina?

A

A epinefrina pode ser a primeira escolha nos pacientes com choque anafilático, pois ela tem propriedade broncodilatadora, reduz o edema de vias aéreas, aumenta a contratilidade cardíaca e é um potente vasoconstritor. Também pode ser associada à noradrenalina nos casos que o paciente persiste em choque e já está em uso de altas doses de noradrenalina (terapia de “resgate”). Nessa circunstância, a epinefrina apresenta vários eventos adversos, que incluem: taquiarritmias, piora do fluxo esplâncnico e aumento do lactato.

38
Q

Como funciona o sistema de classificação de risco de Manchester (MTS)?

A
  • VERMELHO: Traumatismo, dor torácica
  • LARANJA: Acidente vascular encefálico, confusão mental, dor severa
  • AMARELO: Processos infecciosos
  • VERDE: Pequenos ferimentos, pequenas infecções, resfriados
  • AZUL: Resto
39
Q

Qual o quadro clínico da IRpA?

A
  • Alterações de consciência
  • Taquipneia e uso de musc acessória
  • MV diminuido, estertores creptantes e sibilos
  • Cianose, sudorese, taquicardia
40
Q

O qSOFA pode rastrear precocemente pacientes com sepse quando houver pelo menos dois parâmetros dos três… Quais são eles?

A
  • Alteração do estado mental (qualquer redução na escala de coma de Glasgow)
  • Pressão sistólica arterial (PAM) ≤ 100 mmHg
  • Frequência respiratória (FR) ≥ 22/ min.
41
Q

Genezio 48 anos da entrada no PS com dispneia súbita e dor torácica.FR: 28ipm FC: 126bpm Saturação 88% PA: 90/50mmHgPassou pela triagem da enfermeira que indicou etiqueta vermelha e encaminhou o paciente para a emergência.Chamando o médico para avaliar o paciente.Escala de triagem de Manchester dos casos de urgência: vermelha Você ira atender o paciente13.1. Qual a conduta inicial na sala de emergência? Explique de forma clara os passos do atendimento. Não é necessário explicar todos os detalhes, aponte as principais avaliações e condutas que devem realizadas no momento inicial do atendimento.

A

MOV: monitorização, oximetria e acesso venoso calibroso, com solicitação de exames laboratoriais ABCDE SAMPLE Exame físico mínimo

42
Q

Quais são os sinais clínicos de choque obstrutivo?

A
43
Q

Quais os diagnósticos sindrômicos do choque?

A

Choque

44
Q

Quais os diagnósticos etiológicos do choque?

A

Tipo de cada choque p. ex. choque séptico, choque hipovolêmico

45
Q
A