PRÉ OPERATÓRIO Flashcards
Qual é a abordagem recomendada para avaliação pré-operatória?
Abordagem em equipe, envolvendo avaliação do cirurgião, anestesiologista, clínica geral e, se necessário, um especialista.
Qual é a importância de uma avaliação pré-operatória em equipe?
Permite avaliar os riscos e benefícios da cirurgia e garantir a melhor preparação do paciente.
Em que se baseia a avaliação funcional do paciente na avaliação pré-operatória?
Baseia-se no equivalente metabólico (MET’s), que estima o consumo de O₂/kg/m.
Quais são os critérios funcionais que um paciente deve atender para ser considerado apto para cirurgia?
O paciente deve pontuar pelo menos 4 MET’s, indicando a capacidade de realizar atividades como subir 2 lances de escada, limpar a casa, correr um pouco.
Quando é necessária a avaliação de um especialista além da equipe padrão na avaliação pré-operatória?
Quando há presença de comorbidades específicas que exigem atenção especializada, como em casos de geriatria.
O que avalia a escala de Karnofsky?
Avalia a capacidade funcional dos pacientes, variando de 100% (pacientes sem sintomas) a 0% (pacientes mortos).
O que significa uma pontuação de 100% na escala de Karnofsky?
O paciente é capaz de realizar autocuidados sem quaisquer sintomas.
O que indica uma pontuação de 80% na escala de Karnofsky?
O paciente é normal, mas apresenta alguns sintomas ou dificuldades leves.
Quais são as características dos pacientes com pontuação entre 60% e 40% na escala de Karnofsky?
Pacientes que precisam de autocuidados em casa (60%) ou que necessitam de ajuda esporádica (50%).
O que representa uma pontuação de 30% na escala de Karnofsky?
Pacientes que necessitam de intervenção médica e apresentam risco de vida, mas ainda não estão em estado terminal.
Quais são as condições dos pacientes com pontuação de 20% a 10% na escala de Karnofsky?
: Pacientes com 20% apresentam risco de óbito iminente e pacientes com 10% são aqueles moribundos ou mortos.
Como é classificado um paciente com pontuação de 90% na escala de Karnofsky?
Paciente normal com poucos sintomas.
Qual é o foco principal da escala ASA na avaliação pré-operatória?
Avaliar os riscos anestésicos dos pacientes.
Como a escala ASA classifica um paciente sem comorbidades, não tabagista e não etilista?
ASA 1.
O que caracteriza um paciente ASA 2?
Paciente com doença sistêmica leve, sem limitação funcional, como tabagismo, consumo de álcool, obesidade leve, gravidez ou hipertensão leve.
Quais são as condições de saúde associadas a um paciente classificado como ASA 3?
Paciente com doença sistêmica grave que limita a atividade, como hipertensão não controlada, diabetes mellitus com complicações, ou doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
O que caracteriza um paciente classificado como ASA 4?
Paciente com doença sistêmica grave que representa uma ameaça constante à vida, como infarto do miocárdio (IAM) ou acidente vascular cerebral (AVC) nos últimos 90 dias, insuficiência renal grave ou sepse.
Quem é classificado como ASA 5 na escala ASA?
Paciente moribundo que não sobreviverá sem a cirurgia, como aneurisma aórtico roto ou trauma cranioencefálico severo.
O que define um paciente como ASA 6?
Paciente com morte encefálica, cuja única indicação cirúrgica é a doação de órgãos.
Qual a importância da classificação ASA na prática clínica?
Ajudar a avaliar e minimizar os riscos anestésicos durante o perioperatório, orientando a tomada de decisões.
O que o anestesista deve avaliar além do ASA na avaliação pré-operatória?
Se há ou não uma via aérea difícil.
Qual é a definição de via aérea difícil?
Condição onde se prevê dificuldades para intubação ou ventilação, frequentemente avaliada pela classificação de Mallampati.
O que caracteriza uma via aérea de Mallampati Classe I?
Visualização completa das amígdalas, úvula e palato mole.
O que caracteriza uma via aérea de Mallampati Classe II?
Visualização da úvula e palato mole, mas não das amígdalas.
O que caracteriza uma via aérea de Mallampati Classe III?
Visualização apenas da base da úvula e palato mole.
O que caracteriza uma via aérea de Mallampati Classe IV?
Visualização apenas do palato duro, sem visualização da úvula.
Qual é o procedimento recomendado se o paciente não pode abrir a boca adequadamente?
Manter o pescoço do paciente em posição neutra e, se necessário, considerar a intubação difícil e preparar-se para manobras alternativas.
Quais são os critérios que indicam risco cardiovascular em um paciente pré-operatório?
Infarto do miocárdio (IM) nos últimos 60 dias, angina instável ao repouso, arritmias de alto grau, ou doença valvar hemodinamicamente relevante.
Quais exames complementares podem ser utilizados para avaliar a condição cardíaca de um paciente?
: Eletrocardiograma (ECG) para ver o ritmo, ecocardiograma para ver a mecânica, e cineangiocoronariografia para ver a hemodinâmica.
Quando é obrigatório realizar uma avaliação cardíaca pré-operatória?
Quando o paciente tiver IM há menos de 4-6 semanas, idade > 40 anos, ou cirurgia de médio porte (meq 4 horas).
Quais são as indicações para uma avaliação cardíaca pós-operatória?
Quando há risco cardiovascular pré-existente ou quando o paciente não teve boa recuperação pós-operatória.
Por que a avaliação cardíaca é importante no pré e pós-operatório?
Para garantir que o coração do paciente esteja em condição adequada para suportar o estresse da cirurgia e para monitorar possíveis complicações após a cirurgia.
Quais condições específicas exigem monitoramento rigoroso no perioperatório?
Infarto recente, angina instável, arritmias graves, e doença valvar relevante.
Para quais pacientes devem ser solicitados exames laboratoriais e complementares no pré-operatório?
Pacientes com idade > 40 anos, submetidos a cirurgia grande, com comprometimento cognitivo, com doenças como DPOC e DRPA II ou mais.
Quais exames devem ser pedidos para pacientes com hipertensão (HAS)?
: Investigação metabólica renal.
Quais exames são recomendados para pacientes com diabetes mellitus (DM)?
Investigação da função renal, glicemia, hemoglobina glicada.
Quais exames são indicados para pacientes com insuficiência cardíaca congestiva (ICC)?
Ecocardiograma.
Qual exame deve ser solicitado para pacientes com cor pulmonale?
Teste de esforço e cateterismo.
Quais exames são recomendados para pacientes com DPOC?
Radiografia de tórax e espirometria.
Quais exames devem ser feitos para pacientes com doença renal crônica (DRC)?
Ureia, creatinina, eletrolitos, hemograma e avaliação do nível de potássio (K).
Quais exames laboratoriais básicos devem ser incluídos na avaliação pré-operatória?
Eletrólitos (Na e K), função renal (ureia e creatinina), função hepática (TGO e TGP), glicemia, hemograma, ECG e radiografia de tórax.
Quais medicamentos devem ser mantidos no período pré-operatório?
Betabloqueadores, diuréticos, anti-hipertensivos, corticóides, levotiroxina.
Em que situações deve-se suspender o uso de betabloqueadores antes da cirurgia?
Em caso de bradicardia, BAV, estenose aórtica moderada a grave, ICC, DPOC.
Quando deve-se suspender o uso de inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) no pré-operatório?
Sete dias antes da cirurgia.
Qual é o prazo recomendado para a suspensão de clopidogrel no pré-operatório?
Cinco dias antes da cirurgia.
Quanto tempo antes da cirurgia deve-se suspender o uso de anticoagulantes como Xarelto ou enoxaparina?
Doze horas antes da cirurgia.
Como deve ser a substituição de warfarina no período pré-operatório?
Suspender a varfarina cinco dias antes, iniciar enoxaparina (Clexane) e suspender doze horas antes da cirurgia.
Quais são os cuidados com o uso de corticóides no pré-operatório?
Devem ser mantidos, podendo aumentar a dose, se necessário.
Quais são as complicações comuns em pacientes geriátricos submetidos a cirurgias?
Delirium, pneumonia, infecções, insuficiência renal, insuficiência pulmonar, cardiopatias e doenças preexistentes.
Qual complicação causa mais mortalidade em pacientes geriátricos pós-cirurgia?
Complicações cardíacas.
Quais são os fatores que aumentam o risco de complicações cirúrgicas em pacientes geriátricos?
Idade avançada, comorbidades, polifarmácia e condições funcionais reduzidas.
Por que as cirurgias são procedimentos de alto risco para pacientes geriátricos?
Devido à complexidade e invasividade das cirurgias que causam estresse significativo no corpo e na mente do paciente, incluindo riscos de imobilidade, síndrome da fragilidade e declínio funcional.
Como a escala ASA é utilizada em pacientes geriátricos?
É de extrema importância para avaliar o risco anestésico e implementar medidas preventivas.
Quais medidas podem ser tomadas para minimizar os riscos cirúrgicos em pacientes geriátricos?
Avaliação pré-operatória rigorosa, otimização das condições médicas, ajuste de medicamentos e planejamento cuidadoso do perioperatório.
Quais são os principais fatores de risco a serem avaliados em pacientes idosos antes de uma cirurgia?
Idade, comorbidades, polifarmácia e estado funcional.
Quais são os aspectos que devem ser avaliados em pacientes idosos no pré-operatório?
Cognição, funcionalidade, depressão, delirium, fragilidade, polifarmácia e estado nutricional.
O que representa a capacidade funcional em termos de equivalentes metabólicos (METs) e atividades de vida diária (AVDs)?
: Capacidade funcional adequada é representada por um METs de ≥3,5 ml/kg/min e AVDs completas de 1-2 ml/kg/m.
Qual é a classificação de risco para um paciente com uma pontuação MET de 4-10?
Paciente com risco intermediário.
Quais são as recomendações de jejum pré-operatório para evitar broncoaspiração?
8 horas para alimentos sólidos, 6 horas para refeições leves, 6 horas para líquidos não claros e 2 horas para líquidos claros.
Quais cuidados especiais são necessários para pacientes diabéticos no período de jejum pré-operatório?
Monitorar glicemia, ajustar a insulina conforme necessário, e administrar 1000 ml de glicose a 10% em 24 horas.
Por que é importante avaliar a funcionalidade e o estado nutricional de idosos antes da cirurgia?
Para identificar riscos adicionais, como fragilidade e deficiência nutricional, que podem impactar a recuperação pós-operatória.
Quais procedimentos cirúrgicos são classificados como de baixo risco cardíaco (<1%)?
Procedimento endoscópico, procedimentos superficiais, cirurgia de catarata, cirurgia de mama, cirurgia ambulatorial.
Quais procedimentos são considerados de risco cardíaco intermediário (≥1% e <5%)?
Cirurgia intraperitoneal ou intratorácica, endarterectomia de carótida, cirurgia de cabeça ou pescoço, cirurgia ortopédica, cirurgia de próstata.
Quais procedimentos são classificados como de alto risco cardíaco (≥5%)?
Cirurgia aórtica, cirurgia de grandes vasos, cirurgia vascular periférica
Qual a porcentagem de risco cardíaco associado a procedimentos endoscópicos?
Menor que 1%.
Que tipo de cirurgia é classificada como de alto risco cardíaco e envolve grandes vasos?
Cirurgia de grandes vasos.
A cirurgia de catarata se enquadra em qual categoria de risco cardíaco?
Baixo risco cardíaco (<1%).
Como deve ser manejada a hipertensão arterial sistêmica (HAS) no pré-operatório?
Pacientes com HAS leve a moderada sem alterações metabólicas ou cardiovasculares podem ser operados. Se houver crise ou pressão não controlada, devem aderir aos medicamentos antes da cirurgia.
Como deve ser controlada a glicemia no pré-operatório para evitar hipoglicemia?
A glicemia deve ser monitorada minuciosamente, evitando jejum prolongado e mantendo um balanço negativo. Pacientes devem ser operados no primeiro horário do dia, monitorando a glicemia capilar a cada 6 horas e mantendo-a entre 100-180 mg/dL.
Qual é o protocolo de monitoramento da glicemia para pacientes em uso de insulina?
Monitorar a glicemia capilar a cada 4 horas em usuários de insulina, visando manter a glicemia entre 100-180 mg/dL.
Qual é a importância de calcular o tempo de jejum para pacientes diabéticos no pré-operatório?
Para evitar jejum desnecessário e balanço negativo, prevenindo hipoglicemia.
Quando os hipoglicemiantes devem ser suspensos em pacientes diabéticos no pré-operatório?
Devem ser suspensos no dia da cirurgia e retomados no dia posterior.
Qual é a conduta específica em relação ao uso da metformina no pré-operatório?
A metformina deve ser suspensa no dia da cirurgia e sua reintrodução deve ser condicionada à função renal estável e segura para evitar acidose láctica.
Qual é a recomendação para pacientes que usam insulina no dia da cirurgia?
Eles vão precisar de uma dose pela metade da usual.
Por que a reintrodução da metformina deve ser condicionada à função renal estável?
Para evitar o risco de acidose láctica.
Qual é a razão para suspender os hipoglicemiantes orais no dia da cirurgia?
: Para evitar hipoglicemia durante o período de jejum e o procedimento cirúrgico.
Qual é a probabilidade de desenvolver tromboembolismo em cirurgias neurológicas e abdominais?
Pode chegar a 50%.
Quais são os fatores de risco para tromboembolismo?
Idade > 60 anos, insuficiência venosa periférica, síndrome da imobilidade, doença inflamatória intestinal e histórico familiar de tromboembolismo.
Como deve ser ajustada a administração de HBPM (heparina de baixo peso molecular) para profilaxia de tromboembolismo?
Deve ser baseada na função renal do paciente.
Quais são os fatores que classificam um paciente em risco baixo de tromboembolismo?
Procedimentos cirúrgicos menores, sem fatores de risco adicionais significativos.
Quais são os fatores que classificam um paciente em risco moderado de tromboembolismo?
Procedimentos cirúrgicos maiores com um ou dois fatores de risco adicionais.
Quais são os fatores que classificam um paciente em risco alto de tromboembolismo?
Procedimentos cirúrgicos maiores com múltiplos fatores de risco, como história de tromboembolismo anterior, câncer ou trombofilia conhecida.
Que medidas profiláticas são recomendadas para pacientes com risco baixo de tromboembolismo?
Medidas não farmacológicas, como mobilização precoce e meias de compressão.
Que medidas profiláticas são recomendadas para pacientes com risco alto de tromboembolismo?
Medidas farmacológicas, como anticoagulação com HBPM ou anticoagulantes orais, além de medidas não farmacológicas.
Quais são os parâmetros para avaliação do estado nutricional?
IMC (Índice de Massa Corporal), albumina e perda ponderal por meio da Miniavaliação Nutricional (MNA).
Quais são os componentes da escala de funcionalidade de Katz para atividades básicas de vida diária (ABVD)?
Tomar banho, vestir-se, higiene pessoal, transferência de local, continência e alimentar-se sozinho.
Quais são os componentes da escala de Katz para atividades instrumentais de vida diária (AIVD)?
Usar telefone, usar transporte (ônibus, automóvel), fazer compras, preparar refeições, fazer tarefas de casa, lavar roupas, administrar medicações e gerenciar dinheiro
Como é avaliada a independência funcional de um paciente utilizando a escala de Katz?
Através de pontuações para ABVD (total de 6) e AIVD (total de 9).
Qual é a importância da avaliação do estado nutricional no pré-operatório?
Identificar desnutrição e risco nutricional para melhorar a recuperação e reduzir complicações pós-operatórias.
Quais são os valores de referência para a escala de Katz?
ABVD é avaliada de 1 a 6 e AIVD de 1 a 9.
Qual é a função da Miniavaliação Nutricional (MNA) na prática clínica?
Avaliar de forma rápida e eficaz o estado nutricional dos pacientes, especialmente idosos.
Como a funcionalidade e a autonomia dos pacientes podem impactar os cuidados pré e pós-operatórios?
Pacientes com maior funcionalidade e autonomia geralmente têm melhores desfechos e recuperação mais rápida.
O que indica uma capacidade funcional “Excelente” na escala de Duke?
Equivalente metabólico (EM) > 7, capacidade de realizar atividades como futebol, natação, tênis e corridas.
Quais atividades correspondem a uma capacidade funcional “Moderada” na escala de Duke?
: Corridas de curta distância, caminhadas a 6,4 km/h.
O que caracteriza uma capacidade funcional “Ruim” na escala de Duke?
EM entre 1 e 4, capacidade de realizar pouca atividade, como cuidar de si mesmo, vestir-se e caminhar curtas distâncias (dois quarteirões) a uma velocidade máxima de 4,8 km/h.
O que significa um EM < 1 na escala de Duke?
Paciente acamado, sem capacidade de realizar atividades físicas.
Como é classificada a capacidade funcional de um paciente que pode caminhar curtas distâncias a 6,4 km/h?
Moderada (4 a 7 EM).
Qual é a importância de avaliar a capacidade funcional usando a escala de Duke no contexto pré-operatório?
Para determinar a aptidão física do paciente e prever a capacidade de tolerar o estresse cirúrgico.
Qual é a capacidade funcional de um paciente que apenas pode cuidar de si mesmo ?
Resposta: Ruim (1 a 4 EM).
Quais são as recomendações para pacientes com DPOC no pré-operatório?
Avaliação e acompanhamento de possíveis complicações pulmonares, uso profilático de antibióticos se houver infecção, e administração de ipratrópio ou tiotrópio.
Pacientes com asma têm maior risco de complicações pulmonares no pós-operatório?
Pacientes com asma controlada não apresentam risco elevado de complicações, exceto se houver grandes ressecções pulmonares.
Quais são os fatores de risco relacionados ao procedimento cirúrgico para complicações pulmonares?
Cirurgia torácica ou abdominal alta, duração da cirurgia maior que 3 horas, anestesia geral (considerar bloqueio regional), e anestesia combinada.
Qual é o risco de pneumonia para cirurgias com duração superior a 4 horas?
O risco de pneumonia é de 40%.
Quais procedimentos apresentam menor risco de complicações pulmonares?
Procedimentos videolaparoscópicos.
O que deve ser considerado para anestesia em pacientes com risco de complicações pulmonares?
Considerar bloqueio regional em vez de anestesia geral, se possível.
Quais medidas devem ser tomadas para pacientes com asma no pré-operatório?
Preparar o paciente com broncodilatadores e corticosteroides.
Quais são as principais indicações para a realização de espirometria pré-operatória segundo o American College of Physicians?
Pacientes candidatos à ressecção pulmonar, cirurgia abdominal alta com história de tabagismo ou dispneia, suspeita de doença pulmonar de causa incerta, pacientes com DPOC, e revascularização miocárdica com história significativa de tabagismo.
Por que os pacientes tabagistas são mais propensos a desenvolver complicações pulmonares no pós-operatório?
Devido ao comprometimento da função pulmonar e maior susceptibilidade a infecções.
Qual é a recomendação para pacientes tabagistas antes da cirurgia para reduzir o risco de complicações pulmonares?
Suspensão do tabaco por 8 semanas antes da cirurgia.
Quais pacientes devem obrigatoriamente realizar espirometria antes da cirurgia?
Todos os pacientes candidatos à ressecção pulmonar.
Em quais condições a espirometria é recomendada para pacientes com história de tabagismo?
Cirurgia abdominal alta, doença pulmonar suspeita e revascularização miocárdica.
Por quanto tempo é recomendada a suspensão do tabagismo antes da cirurgia?
: Por 8 semanas antes da cirurgia.
Quais são os benefícios da suspensão do tabagismo antes da cirurgia?
Redução do risco de complicações pulmonares e melhora da função respiratória.
Qual é a relação entre a espirometria e a identificação de risco cirúrgico?
A espirometria ajuda a avaliar a função pulmonar e identificar pacientes com risco aumentado de complicações respiratórias.
Quais são os fatores de risco considerados na escala de risco pulmonar de Canet?
Idade, saturação de oxigênio pré-operatória (SaO₂), infecção respiratória no último mês, anemia pré-operatória, tipo de incisão cirúrgica, duração da cirurgia, e se a cirurgia é de emergência.
Qual é a pontuação atribuída a um paciente com mais de 80 anos na escala de risco pulmonar de Canet?
16 pontos.
Como a saturação de oxigênio pré-operatória (SaO₂) afeta a pontuação de risco pulmonar?
SaO₂ ≥ 96% atribui 0 pontos, 91-95% atribui 8 pontos, e ≤ 90% atribui 24 pontos.
Qual é o risco pulmonar e a taxa de complicações para um paciente com pontuação total de 26 a 44 pontos?
Risco pulmonar intermediário com uma taxa de complicações de 13,3%.
Qual é a pontuação atribuída a uma cirurgia de emergência na escala de risco pulmonar de Canet?
8 pontos.
Quais são as implicações de uma anemia pré-operatória (Hb ≤ 10 g/dL) na pontuação de risco pulmonar?
: Adiciona 11 pontos à escala de risco pulmonar de Canet.
Qual é a taxa de complicações associada a um risco pulmonar alto (≥ 45 pontos) na escala de Canet?
42,1%.
Como a duração da cirurgia influencia a pontuação na escala de risco pulmonar de Canet?
Duração de ≤ 2 horas atribui 0 pontos, 2-3 horas atribui 15 pontos, e ≥ 3 horas atribui 23 pontos
Quais fatores estão associados ao risco renal no pós-operatório?
Idade avançada, diabetes mellitus, imunoterapia, doença vascular periférica (DVP), insuficiência cardíaca congestiva (ICC), e DPOC.
Quais exames laboratoriais devem ser pedidos para avaliar a função renal no pré-operatório?
Ureia, creatinina, albumina, e urina com cultura.
Qual é a definição de alto risco renal no pós-operatório com base na creatinina?
Creatinina maior que 1,2 mg/dL ou relação ureia/creatinina maior que 40.
Qual é a recomendação para pacientes com creatinina > 2 mg/dL?
Devem ser avaliados por um nefrologista.
Quais medicamentos devem ser evitados em pacientes com risco renal elevado?
Aminoglicosídeos e anti-inflamatórios não esteroides (AINEs).
Qual é a recomendação em relação ao uso de contraste iodado em pacientes com risco renal?
: Evitar o uso, mas se necessário, hidratar o paciente adequadamente e evitar doses altas.
Quais são os fatores de risco que aumentam o hazard ratio (HR) para insuficiência renal aguda no pós-operatório de cirurgia não cardíaca?
Cirurgia intraperitoneal, insuficiência renal leve a moderada, idade > 56 anos, ICC, diabetes mellitus, uso de insulina, e uso de imunossupressores.
Qual é a estratificação de risco para insuficiência renal aguda com base no número de fatores de risco?
Classe I (1-2 fatores de risco): Risco baixo (HR 1,6).
Classe II (3-4 fatores de risco): Risco baixo (HR 2,5).
Classe III (5-6 fatores de risco): Risco moderado (HR 5,5).
Classe IV (7-8 fatores de risco): Risco moderado (HR 11,2).
Classe V (9-10 fatores de risco): Risco alto (HR 46,3).
Qual é a importância da hidratação venosa para pacientes com risco renal?
Manter hidratação venosa adequada é crucial em casos de jejum ou baixa ingestão oral para proteger a função renal.
O que deve ser sugerido para pacientes de alto risco renal no pós-operatório?
Acompanhamento com um nefrologista devido à possibilidade de terapia de substituição renal.
Quais são as recomendações para o uso de contraste venoso em pacientes com risco renal?
Hidratação venosa com solução salina (SF 0,9%) a 1 mL/kg/hora, 12 horas antes e após o procedimento.
Qual é a recomendação em situações de emergência para prevenir nefropatia por contraste?
Prescrever bicarbonato de sódio 8,4% 150 mL + solução glicosada 5% 850 mL, administrando 3 mL/kg/hora 1 hora antes e 1 mL/kg/hora 6 horas após o procedimento.
Qual é a dosagem de N-acetilcisteína recomendada para reduzir o risco de nefropatia por contraste?
1.200 mg via oral, 12 horas antes e 12 horas após o procedimento (uso controverso).
Por que é recomendada a hidratação venosa antes e depois do uso de contraste venoso?
: Para prevenir a nefropatia induzida pelo contraste, protegendo a função renal.