PRÉ OPERATÓRIO Flashcards

1
Q

Qual é a abordagem recomendada para avaliação pré-operatória?

A

Abordagem em equipe, envolvendo avaliação do cirurgião, anestesiologista, clínica geral e, se necessário, um especialista.

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2
Q

Qual é a importância de uma avaliação pré-operatória em equipe?

A

Permite avaliar os riscos e benefícios da cirurgia e garantir a melhor preparação do paciente.

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3
Q

Em que se baseia a avaliação funcional do paciente na avaliação pré-operatória?

A

Baseia-se no equivalente metabólico (MET’s), que estima o consumo de O₂/kg/m.

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4
Q

Quais são os critérios funcionais que um paciente deve atender para ser considerado apto para cirurgia?

A

O paciente deve pontuar pelo menos 4 MET’s, indicando a capacidade de realizar atividades como subir 2 lances de escada, limpar a casa, correr um pouco.

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5
Q

Quando é necessária a avaliação de um especialista além da equipe padrão na avaliação pré-operatória?

A

Quando há presença de comorbidades específicas que exigem atenção especializada, como em casos de geriatria.

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6
Q

O que avalia a escala de Karnofsky?

A

Avalia a capacidade funcional dos pacientes, variando de 100% (pacientes sem sintomas) a 0% (pacientes mortos).

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7
Q

O que significa uma pontuação de 100% na escala de Karnofsky?

A

O paciente é capaz de realizar autocuidados sem quaisquer sintomas.

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8
Q

O que indica uma pontuação de 80% na escala de Karnofsky?

A

O paciente é normal, mas apresenta alguns sintomas ou dificuldades leves.

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9
Q

Quais são as características dos pacientes com pontuação entre 60% e 40% na escala de Karnofsky?

A

Pacientes que precisam de autocuidados em casa (60%) ou que necessitam de ajuda esporádica (50%).

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10
Q

O que representa uma pontuação de 30% na escala de Karnofsky?

A

Pacientes que necessitam de intervenção médica e apresentam risco de vida, mas ainda não estão em estado terminal.

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11
Q

Quais são as condições dos pacientes com pontuação de 20% a 10% na escala de Karnofsky?

A

: Pacientes com 20% apresentam risco de óbito iminente e pacientes com 10% são aqueles moribundos ou mortos.

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12
Q

Como é classificado um paciente com pontuação de 90% na escala de Karnofsky?

A

Paciente normal com poucos sintomas.

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13
Q

Qual é o foco principal da escala ASA na avaliação pré-operatória?

A

Avaliar os riscos anestésicos dos pacientes.

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14
Q

Como a escala ASA classifica um paciente sem comorbidades, não tabagista e não etilista?

A

ASA 1.

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15
Q

O que caracteriza um paciente ASA 2?

A

Paciente com doença sistêmica leve, sem limitação funcional, como tabagismo, consumo de álcool, obesidade leve, gravidez ou hipertensão leve.

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16
Q

Quais são as condições de saúde associadas a um paciente classificado como ASA 3?

A

Paciente com doença sistêmica grave que limita a atividade, como hipertensão não controlada, diabetes mellitus com complicações, ou doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

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17
Q

O que caracteriza um paciente classificado como ASA 4?

A

Paciente com doença sistêmica grave que representa uma ameaça constante à vida, como infarto do miocárdio (IAM) ou acidente vascular cerebral (AVC) nos últimos 90 dias, insuficiência renal grave ou sepse.

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18
Q

Quem é classificado como ASA 5 na escala ASA?

A

Paciente moribundo que não sobreviverá sem a cirurgia, como aneurisma aórtico roto ou trauma cranioencefálico severo.

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19
Q

O que define um paciente como ASA 6?

A

Paciente com morte encefálica, cuja única indicação cirúrgica é a doação de órgãos.

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20
Q

Qual a importância da classificação ASA na prática clínica?

A

Ajudar a avaliar e minimizar os riscos anestésicos durante o perioperatório, orientando a tomada de decisões.

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21
Q

O que o anestesista deve avaliar além do ASA na avaliação pré-operatória?

A

Se há ou não uma via aérea difícil.

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22
Q

Qual é a definição de via aérea difícil?

A

Condição onde se prevê dificuldades para intubação ou ventilação, frequentemente avaliada pela classificação de Mallampati.

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23
Q

O que caracteriza uma via aérea de Mallampati Classe I?

A

Visualização completa das amígdalas, úvula e palato mole.

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24
Q

O que caracteriza uma via aérea de Mallampati Classe II?

A

Visualização da úvula e palato mole, mas não das amígdalas.

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25
Q

O que caracteriza uma via aérea de Mallampati Classe III?

A

Visualização apenas da base da úvula e palato mole.

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26
Q

O que caracteriza uma via aérea de Mallampati Classe IV?

A

Visualização apenas do palato duro, sem visualização da úvula.

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27
Q

Qual é o procedimento recomendado se o paciente não pode abrir a boca adequadamente?

A

Manter o pescoço do paciente em posição neutra e, se necessário, considerar a intubação difícil e preparar-se para manobras alternativas.

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28
Q

Quais são os critérios que indicam risco cardiovascular em um paciente pré-operatório?

A

Infarto do miocárdio (IM) nos últimos 60 dias, angina instável ao repouso, arritmias de alto grau, ou doença valvar hemodinamicamente relevante.

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29
Q

Quais exames complementares podem ser utilizados para avaliar a condição cardíaca de um paciente?

A

: Eletrocardiograma (ECG) para ver o ritmo, ecocardiograma para ver a mecânica, e cineangiocoronariografia para ver a hemodinâmica.

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30
Q

Quando é obrigatório realizar uma avaliação cardíaca pré-operatória?

A

Quando o paciente tiver IM há menos de 4-6 semanas, idade > 40 anos, ou cirurgia de médio porte (meq 4 horas).

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31
Q

Quais são as indicações para uma avaliação cardíaca pós-operatória?

A

Quando há risco cardiovascular pré-existente ou quando o paciente não teve boa recuperação pós-operatória.

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32
Q

Por que a avaliação cardíaca é importante no pré e pós-operatório?

A

Para garantir que o coração do paciente esteja em condição adequada para suportar o estresse da cirurgia e para monitorar possíveis complicações após a cirurgia.

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33
Q

Quais condições específicas exigem monitoramento rigoroso no perioperatório?

A

Infarto recente, angina instável, arritmias graves, e doença valvar relevante.

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34
Q

Para quais pacientes devem ser solicitados exames laboratoriais e complementares no pré-operatório?

A

Pacientes com idade > 40 anos, submetidos a cirurgia grande, com comprometimento cognitivo, com doenças como DPOC e DRPA II ou mais.

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35
Q

Quais exames devem ser pedidos para pacientes com hipertensão (HAS)?

A

: Investigação metabólica renal.

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36
Q

Quais exames são recomendados para pacientes com diabetes mellitus (DM)?

A

Investigação da função renal, glicemia, hemoglobina glicada.

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37
Q

Quais exames são indicados para pacientes com insuficiência cardíaca congestiva (ICC)?

A

Ecocardiograma.

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38
Q

Qual exame deve ser solicitado para pacientes com cor pulmonale?

A

Teste de esforço e cateterismo.

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39
Q

Quais exames são recomendados para pacientes com DPOC?

A

Radiografia de tórax e espirometria.

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40
Q

Quais exames devem ser feitos para pacientes com doença renal crônica (DRC)?

A

Ureia, creatinina, eletrolitos, hemograma e avaliação do nível de potássio (K).

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41
Q

Quais exames laboratoriais básicos devem ser incluídos na avaliação pré-operatória?

A

Eletrólitos (Na e K), função renal (ureia e creatinina), função hepática (TGO e TGP), glicemia, hemograma, ECG e radiografia de tórax.

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42
Q

Quais medicamentos devem ser mantidos no período pré-operatório?

A

Betabloqueadores, diuréticos, anti-hipertensivos, corticóides, levotiroxina.

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43
Q

Em que situações deve-se suspender o uso de betabloqueadores antes da cirurgia?

A

Em caso de bradicardia, BAV, estenose aórtica moderada a grave, ICC, DPOC.

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44
Q

Quando deve-se suspender o uso de inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) no pré-operatório?

A

Sete dias antes da cirurgia.

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45
Q

Qual é o prazo recomendado para a suspensão de clopidogrel no pré-operatório?

A

Cinco dias antes da cirurgia.

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46
Q

Quanto tempo antes da cirurgia deve-se suspender o uso de anticoagulantes como Xarelto ou enoxaparina?

A

Doze horas antes da cirurgia.

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47
Q

Como deve ser a substituição de warfarina no período pré-operatório?

A

Suspender a varfarina cinco dias antes, iniciar enoxaparina (Clexane) e suspender doze horas antes da cirurgia.

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48
Q

Quais são os cuidados com o uso de corticóides no pré-operatório?

A

Devem ser mantidos, podendo aumentar a dose, se necessário.

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49
Q

Quais são as complicações comuns em pacientes geriátricos submetidos a cirurgias?

A

Delirium, pneumonia, infecções, insuficiência renal, insuficiência pulmonar, cardiopatias e doenças preexistentes.

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50
Q

Qual complicação causa mais mortalidade em pacientes geriátricos pós-cirurgia?

A

Complicações cardíacas.

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51
Q

Quais são os fatores que aumentam o risco de complicações cirúrgicas em pacientes geriátricos?

A

Idade avançada, comorbidades, polifarmácia e condições funcionais reduzidas.

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52
Q

Por que as cirurgias são procedimentos de alto risco para pacientes geriátricos?

A

Devido à complexidade e invasividade das cirurgias que causam estresse significativo no corpo e na mente do paciente, incluindo riscos de imobilidade, síndrome da fragilidade e declínio funcional.

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53
Q

Como a escala ASA é utilizada em pacientes geriátricos?

A

É de extrema importância para avaliar o risco anestésico e implementar medidas preventivas.

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54
Q

Quais medidas podem ser tomadas para minimizar os riscos cirúrgicos em pacientes geriátricos?

A

Avaliação pré-operatória rigorosa, otimização das condições médicas, ajuste de medicamentos e planejamento cuidadoso do perioperatório.

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55
Q

Quais são os principais fatores de risco a serem avaliados em pacientes idosos antes de uma cirurgia?

A

Idade, comorbidades, polifarmácia e estado funcional.

56
Q

Quais são os aspectos que devem ser avaliados em pacientes idosos no pré-operatório?

A

Cognição, funcionalidade, depressão, delirium, fragilidade, polifarmácia e estado nutricional.

57
Q

O que representa a capacidade funcional em termos de equivalentes metabólicos (METs) e atividades de vida diária (AVDs)?

A

: Capacidade funcional adequada é representada por um METs de ≥3,5 ml/kg/min e AVDs completas de 1-2 ml/kg/m.

58
Q

Qual é a classificação de risco para um paciente com uma pontuação MET de 4-10?

A

Paciente com risco intermediário.

59
Q

Quais são as recomendações de jejum pré-operatório para evitar broncoaspiração?

A

8 horas para alimentos sólidos, 6 horas para refeições leves, 6 horas para líquidos não claros e 2 horas para líquidos claros.

60
Q

Quais cuidados especiais são necessários para pacientes diabéticos no período de jejum pré-operatório?

A

Monitorar glicemia, ajustar a insulina conforme necessário, e administrar 1000 ml de glicose a 10% em 24 horas.

61
Q

Por que é importante avaliar a funcionalidade e o estado nutricional de idosos antes da cirurgia?

A

Para identificar riscos adicionais, como fragilidade e deficiência nutricional, que podem impactar a recuperação pós-operatória.

62
Q

Quais procedimentos cirúrgicos são classificados como de baixo risco cardíaco (<1%)?

A

Procedimento endoscópico, procedimentos superficiais, cirurgia de catarata, cirurgia de mama, cirurgia ambulatorial.

63
Q

Quais procedimentos são considerados de risco cardíaco intermediário (≥1% e <5%)?

A

Cirurgia intraperitoneal ou intratorácica, endarterectomia de carótida, cirurgia de cabeça ou pescoço, cirurgia ortopédica, cirurgia de próstata.

64
Q

Quais procedimentos são classificados como de alto risco cardíaco (≥5%)?

A

Cirurgia aórtica, cirurgia de grandes vasos, cirurgia vascular periférica

65
Q

Qual a porcentagem de risco cardíaco associado a procedimentos endoscópicos?

A

Menor que 1%.

66
Q

Que tipo de cirurgia é classificada como de alto risco cardíaco e envolve grandes vasos?

A

Cirurgia de grandes vasos.

67
Q

A cirurgia de catarata se enquadra em qual categoria de risco cardíaco?

A

Baixo risco cardíaco (<1%).

68
Q

Como deve ser manejada a hipertensão arterial sistêmica (HAS) no pré-operatório?

A

Pacientes com HAS leve a moderada sem alterações metabólicas ou cardiovasculares podem ser operados. Se houver crise ou pressão não controlada, devem aderir aos medicamentos antes da cirurgia.

69
Q

Como deve ser controlada a glicemia no pré-operatório para evitar hipoglicemia?

A

A glicemia deve ser monitorada minuciosamente, evitando jejum prolongado e mantendo um balanço negativo. Pacientes devem ser operados no primeiro horário do dia, monitorando a glicemia capilar a cada 6 horas e mantendo-a entre 100-180 mg/dL.

70
Q

Qual é o protocolo de monitoramento da glicemia para pacientes em uso de insulina?

A

Monitorar a glicemia capilar a cada 4 horas em usuários de insulina, visando manter a glicemia entre 100-180 mg/dL.

71
Q

Qual é a importância de calcular o tempo de jejum para pacientes diabéticos no pré-operatório?

A

Para evitar jejum desnecessário e balanço negativo, prevenindo hipoglicemia.

72
Q

Quando os hipoglicemiantes devem ser suspensos em pacientes diabéticos no pré-operatório?

A

Devem ser suspensos no dia da cirurgia e retomados no dia posterior.

73
Q

Qual é a conduta específica em relação ao uso da metformina no pré-operatório?

A

A metformina deve ser suspensa no dia da cirurgia e sua reintrodução deve ser condicionada à função renal estável e segura para evitar acidose láctica.

74
Q

Qual é a recomendação para pacientes que usam insulina no dia da cirurgia?

A

Eles vão precisar de uma dose pela metade da usual.

75
Q

Por que a reintrodução da metformina deve ser condicionada à função renal estável?

A

Para evitar o risco de acidose láctica.

76
Q

Qual é a razão para suspender os hipoglicemiantes orais no dia da cirurgia?

A

: Para evitar hipoglicemia durante o período de jejum e o procedimento cirúrgico.

77
Q

Qual é a probabilidade de desenvolver tromboembolismo em cirurgias neurológicas e abdominais?

A

Pode chegar a 50%.

78
Q

Quais são os fatores de risco para tromboembolismo?

A

Idade > 60 anos, insuficiência venosa periférica, síndrome da imobilidade, doença inflamatória intestinal e histórico familiar de tromboembolismo.

79
Q

Como deve ser ajustada a administração de HBPM (heparina de baixo peso molecular) para profilaxia de tromboembolismo?

A

Deve ser baseada na função renal do paciente.

80
Q

Quais são os fatores que classificam um paciente em risco baixo de tromboembolismo?

A

Procedimentos cirúrgicos menores, sem fatores de risco adicionais significativos.

81
Q

Quais são os fatores que classificam um paciente em risco moderado de tromboembolismo?

A

Procedimentos cirúrgicos maiores com um ou dois fatores de risco adicionais.

82
Q

Quais são os fatores que classificam um paciente em risco alto de tromboembolismo?

A

Procedimentos cirúrgicos maiores com múltiplos fatores de risco, como história de tromboembolismo anterior, câncer ou trombofilia conhecida.

83
Q

Que medidas profiláticas são recomendadas para pacientes com risco baixo de tromboembolismo?

A

Medidas não farmacológicas, como mobilização precoce e meias de compressão.

84
Q

Que medidas profiláticas são recomendadas para pacientes com risco alto de tromboembolismo?

A

Medidas farmacológicas, como anticoagulação com HBPM ou anticoagulantes orais, além de medidas não farmacológicas.

85
Q

Quais são os parâmetros para avaliação do estado nutricional?

A

IMC (Índice de Massa Corporal), albumina e perda ponderal por meio da Miniavaliação Nutricional (MNA).

86
Q

Quais são os componentes da escala de funcionalidade de Katz para atividades básicas de vida diária (ABVD)?

A

Tomar banho, vestir-se, higiene pessoal, transferência de local, continência e alimentar-se sozinho.

87
Q

Quais são os componentes da escala de Katz para atividades instrumentais de vida diária (AIVD)?

A

Usar telefone, usar transporte (ônibus, automóvel), fazer compras, preparar refeições, fazer tarefas de casa, lavar roupas, administrar medicações e gerenciar dinheiro

88
Q

Como é avaliada a independência funcional de um paciente utilizando a escala de Katz?

A

Através de pontuações para ABVD (total de 6) e AIVD (total de 9).

89
Q

Qual é a importância da avaliação do estado nutricional no pré-operatório?

A

Identificar desnutrição e risco nutricional para melhorar a recuperação e reduzir complicações pós-operatórias.

90
Q

Quais são os valores de referência para a escala de Katz?

A

ABVD é avaliada de 1 a 6 e AIVD de 1 a 9.

91
Q

Qual é a função da Miniavaliação Nutricional (MNA) na prática clínica?

A

Avaliar de forma rápida e eficaz o estado nutricional dos pacientes, especialmente idosos.

92
Q

Como a funcionalidade e a autonomia dos pacientes podem impactar os cuidados pré e pós-operatórios?

A

Pacientes com maior funcionalidade e autonomia geralmente têm melhores desfechos e recuperação mais rápida.

93
Q

O que indica uma capacidade funcional “Excelente” na escala de Duke?

A

Equivalente metabólico (EM) > 7, capacidade de realizar atividades como futebol, natação, tênis e corridas.

94
Q

Quais atividades correspondem a uma capacidade funcional “Moderada” na escala de Duke?

A

: Corridas de curta distância, caminhadas a 6,4 km/h.

95
Q

O que caracteriza uma capacidade funcional “Ruim” na escala de Duke?

A

EM entre 1 e 4, capacidade de realizar pouca atividade, como cuidar de si mesmo, vestir-se e caminhar curtas distâncias (dois quarteirões) a uma velocidade máxima de 4,8 km/h.

96
Q

O que significa um EM < 1 na escala de Duke?

A

Paciente acamado, sem capacidade de realizar atividades físicas.

97
Q

Como é classificada a capacidade funcional de um paciente que pode caminhar curtas distâncias a 6,4 km/h?

A

Moderada (4 a 7 EM).

98
Q

Qual é a importância de avaliar a capacidade funcional usando a escala de Duke no contexto pré-operatório?

A

Para determinar a aptidão física do paciente e prever a capacidade de tolerar o estresse cirúrgico.

99
Q

Qual é a capacidade funcional de um paciente que apenas pode cuidar de si mesmo ?

A

Resposta: Ruim (1 a 4 EM).

100
Q

Quais são as recomendações para pacientes com DPOC no pré-operatório?

A

Avaliação e acompanhamento de possíveis complicações pulmonares, uso profilático de antibióticos se houver infecção, e administração de ipratrópio ou tiotrópio.

101
Q

Pacientes com asma têm maior risco de complicações pulmonares no pós-operatório?

A

Pacientes com asma controlada não apresentam risco elevado de complicações, exceto se houver grandes ressecções pulmonares.

102
Q

Quais são os fatores de risco relacionados ao procedimento cirúrgico para complicações pulmonares?

A

Cirurgia torácica ou abdominal alta, duração da cirurgia maior que 3 horas, anestesia geral (considerar bloqueio regional), e anestesia combinada.

103
Q

Qual é o risco de pneumonia para cirurgias com duração superior a 4 horas?

A

O risco de pneumonia é de 40%.

104
Q

Quais procedimentos apresentam menor risco de complicações pulmonares?

A

Procedimentos videolaparoscópicos.

105
Q

O que deve ser considerado para anestesia em pacientes com risco de complicações pulmonares?

A

Considerar bloqueio regional em vez de anestesia geral, se possível.

106
Q

Quais medidas devem ser tomadas para pacientes com asma no pré-operatório?

A

Preparar o paciente com broncodilatadores e corticosteroides.

107
Q

Quais são as principais indicações para a realização de espirometria pré-operatória segundo o American College of Physicians?

A

Pacientes candidatos à ressecção pulmonar, cirurgia abdominal alta com história de tabagismo ou dispneia, suspeita de doença pulmonar de causa incerta, pacientes com DPOC, e revascularização miocárdica com história significativa de tabagismo.

108
Q

Por que os pacientes tabagistas são mais propensos a desenvolver complicações pulmonares no pós-operatório?

A

Devido ao comprometimento da função pulmonar e maior susceptibilidade a infecções.

109
Q

Qual é a recomendação para pacientes tabagistas antes da cirurgia para reduzir o risco de complicações pulmonares?

A

Suspensão do tabaco por 8 semanas antes da cirurgia.

110
Q

Quais pacientes devem obrigatoriamente realizar espirometria antes da cirurgia?

A

Todos os pacientes candidatos à ressecção pulmonar.

111
Q

Em quais condições a espirometria é recomendada para pacientes com história de tabagismo?

A

Cirurgia abdominal alta, doença pulmonar suspeita e revascularização miocárdica.

112
Q

Por quanto tempo é recomendada a suspensão do tabagismo antes da cirurgia?

A

: Por 8 semanas antes da cirurgia.

113
Q

Quais são os benefícios da suspensão do tabagismo antes da cirurgia?

A

Redução do risco de complicações pulmonares e melhora da função respiratória.

114
Q

Qual é a relação entre a espirometria e a identificação de risco cirúrgico?

A

A espirometria ajuda a avaliar a função pulmonar e identificar pacientes com risco aumentado de complicações respiratórias.

115
Q

Quais são os fatores de risco considerados na escala de risco pulmonar de Canet?

A

Idade, saturação de oxigênio pré-operatória (SaO₂), infecção respiratória no último mês, anemia pré-operatória, tipo de incisão cirúrgica, duração da cirurgia, e se a cirurgia é de emergência.

116
Q

Qual é a pontuação atribuída a um paciente com mais de 80 anos na escala de risco pulmonar de Canet?

A

16 pontos.

117
Q

Como a saturação de oxigênio pré-operatória (SaO₂) afeta a pontuação de risco pulmonar?

A

SaO₂ ≥ 96% atribui 0 pontos, 91-95% atribui 8 pontos, e ≤ 90% atribui 24 pontos.

118
Q

Qual é o risco pulmonar e a taxa de complicações para um paciente com pontuação total de 26 a 44 pontos?

A

Risco pulmonar intermediário com uma taxa de complicações de 13,3%.

119
Q

Qual é a pontuação atribuída a uma cirurgia de emergência na escala de risco pulmonar de Canet?

A

8 pontos.

120
Q

Quais são as implicações de uma anemia pré-operatória (Hb ≤ 10 g/dL) na pontuação de risco pulmonar?

A

: Adiciona 11 pontos à escala de risco pulmonar de Canet.

121
Q

Qual é a taxa de complicações associada a um risco pulmonar alto (≥ 45 pontos) na escala de Canet?

A

42,1%.

122
Q

Como a duração da cirurgia influencia a pontuação na escala de risco pulmonar de Canet?

A

Duração de ≤ 2 horas atribui 0 pontos, 2-3 horas atribui 15 pontos, e ≥ 3 horas atribui 23 pontos

123
Q

Quais fatores estão associados ao risco renal no pós-operatório?

A

Idade avançada, diabetes mellitus, imunoterapia, doença vascular periférica (DVP), insuficiência cardíaca congestiva (ICC), e DPOC.

124
Q

Quais exames laboratoriais devem ser pedidos para avaliar a função renal no pré-operatório?

A

Ureia, creatinina, albumina, e urina com cultura.

125
Q

Qual é a definição de alto risco renal no pós-operatório com base na creatinina?

A

Creatinina maior que 1,2 mg/dL ou relação ureia/creatinina maior que 40.

126
Q

Qual é a recomendação para pacientes com creatinina > 2 mg/dL?

A

Devem ser avaliados por um nefrologista.

127
Q

Quais medicamentos devem ser evitados em pacientes com risco renal elevado?

A

Aminoglicosídeos e anti-inflamatórios não esteroides (AINEs).

128
Q

Qual é a recomendação em relação ao uso de contraste iodado em pacientes com risco renal?

A

: Evitar o uso, mas se necessário, hidratar o paciente adequadamente e evitar doses altas.

129
Q

Quais são os fatores de risco que aumentam o hazard ratio (HR) para insuficiência renal aguda no pós-operatório de cirurgia não cardíaca?

A

Cirurgia intraperitoneal, insuficiência renal leve a moderada, idade > 56 anos, ICC, diabetes mellitus, uso de insulina, e uso de imunossupressores.

130
Q

Qual é a estratificação de risco para insuficiência renal aguda com base no número de fatores de risco?

A

Classe I (1-2 fatores de risco): Risco baixo (HR 1,6).

Classe II (3-4 fatores de risco): Risco baixo (HR 2,5).

Classe III (5-6 fatores de risco): Risco moderado (HR 5,5).

Classe IV (7-8 fatores de risco): Risco moderado (HR 11,2).

Classe V (9-10 fatores de risco): Risco alto (HR 46,3).

131
Q

Qual é a importância da hidratação venosa para pacientes com risco renal?

A

Manter hidratação venosa adequada é crucial em casos de jejum ou baixa ingestão oral para proteger a função renal.

132
Q

O que deve ser sugerido para pacientes de alto risco renal no pós-operatório?

A

Acompanhamento com um nefrologista devido à possibilidade de terapia de substituição renal.

133
Q

Quais são as recomendações para o uso de contraste venoso em pacientes com risco renal?

A

Hidratação venosa com solução salina (SF 0,9%) a 1 mL/kg/hora, 12 horas antes e após o procedimento.

134
Q

Qual é a recomendação em situações de emergência para prevenir nefropatia por contraste?

A

Prescrever bicarbonato de sódio 8,4% 150 mL + solução glicosada 5% 850 mL, administrando 3 mL/kg/hora 1 hora antes e 1 mL/kg/hora 6 horas após o procedimento.

135
Q

Qual é a dosagem de N-acetilcisteína recomendada para reduzir o risco de nefropatia por contraste?

A

1.200 mg via oral, 12 horas antes e 12 horas após o procedimento (uso controverso).

136
Q

Por que é recomendada a hidratação venosa antes e depois do uso de contraste venoso?

A

: Para prevenir a nefropatia induzida pelo contraste, protegendo a função renal.

137
Q
A