IATROGENIA Flashcards

1
Q

O que é polifarmácia e qual sua relação com a população idosa?

A

Polifarmácia é o uso de cinco ou mais medicamentos e está fortemente associada aos idosos, devido ao aumento das doenças crônicas com a idade.

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2
Q

Quais são os riscos associados à polifarmácia em idosos?

A

: A polifarmácia aumenta o risco de reações adversas a medicamentos (RAM), que podem ser mais comuns neste grupo etário.

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3
Q

O que é a “Cascata de Prescrição” e como ela afeta o tratamento de idosos?

A

A “Cascata de Prescrição” é um ciclo onde efeitos colaterais de medicamentos são interpretados como novos sintomas, levando à prescrição de mais medicamentos, o que pode aumentar a lista de medicações e potencializar danos.

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4
Q

Como deve ser abordada a prescrição de medicamentos em idosos para evitar a Cascata de Prescrição?

A

A prescrição no idoso deve ser feita com cautela e embasamento científico, considerando as individualidades de cada paciente para evitar a polifarmácia e suas consequências.

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5
Q

Quais mudanças farmacocinéticas na absorção de medicamentos ocorrem com o envelhecimento?

A

Com o envelhecimento, podem ocorrer reduções na superfície de absorção, alterações no pH gástrico e fluxo sanguíneo esplâncnico, e diminuição da mobilidade gastrointestina, afetando a absorção de medicamentos.

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6
Q

Como as alterações no pH gástrico e no fluxo sanguíneo esplâncnico afetam a farmacocinética em idosos?

A

Alterações no pH gástrico podem afetar a dissolução e a absorção de medicamentos ionizáveis, e a redução do fluxo sanguíneo pode diminuir a taxa de absorção, impactando a biodisponibilidade de certos fármacos.

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7
Q

Quais são as considerações importantes relacionadas à distribuição de medicamentos na população idosa?

A

: Em idosos, alterações como o aumento da proporção de gordura/massa magra, redução da água corporal total e diminuição da albumina sérica podem afetar a distribuição de medicamentos, especialmente aqueles que são hidrofílicos ou altamente ligados a proteínas.

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8
Q

Como a diminuição da albumina sérica pode impactar a farmacoterapia em idosos?

A

A diminuição da albumina sérica pode aumentar a fração livre de medicamentos ligados a proteínas, como a varfarina, elevando o risco de toxicidade.

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9
Q

: O que é necessário considerar ao prescrever medicamentos como o diazepam ou a digoxina para idosos?

A

É necessário considerar o aumento do volume de distribuição e as mudanças na meia-vida, o que pode levar a níveis séricos mais elevados e prolongados, aumentando o risco de toxicidade.

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10
Q

Qual o impacto dos inibidores da bomba de prótons (IBP) na absorção de fármacos em idosos?

A

Os IBP inibem a enzima H+, K+ ATPase, aumentando a supressão da produção de HCl e alterando o pH intestinal, o que pode interferir ainda mais na absorção de nutrientes e fármacos, como vitamina B12, cálcio e magnésio.

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11
Q

: Por que pode ser necessário ajustar a dose de IBP em pacientes idosos?

A

: O uso crônico de IBP em idosos tem o potencial de ampliar as interferências na absorção de nutrientes e fármacos devido à alteração na produção de HCl gástrico que ocorre com o envelhecimento.

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12
Q

Como a atrofia da mucosa intestinal e a diminuição do trânsito gastrintestinal afetam a absorção de medicamentos em idosos?

A

A redução das células de absorção e a diminuição do trânsito gastrintestinal podem alterar a absorção de medicamentos, como a levodopa.

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13
Q

De que maneira o fluxo sanguíneo esplênico reduzido relacionado ao envelhecimento afeta a farmacocinética?

A

A redução do fluxo sanguíneo esplênico pode diminuir a taxa de absorção de nutrientes lipossolúveis e de medicamentos que dependem da primeira passagem pelo fígado, como o propranolol.

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14
Q

Qual é o efeito do envelhecimento cutâneo na absorção de fármacos de uso tópico ou transdérmico?

A

O envelhecimento cutâneo pode retardar a absorção de fármacos, particularmente os hidrossolúveis, por vias tópicas ou transdérmicas.

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15
Q

Como o envelhecimento afeta a função renal e quais são as implicações para a excreção de medicamentos?

A

: Após os 40 anos, há uma redução progressiva na filtração glomerular e função tubular renal, o que pode levar a um declínio na excreção de medicamentos e a uma taxa maior de eventos adversos medicamentosos, especialmente se considerarmos a diminuição da massa muscular em idosos.

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16
Q

Quais mudanças na composição corporal ocorrem com o envelhecimento e como elas afetam a distribuição de medicamentos?

A

Com a idade, há um aumento do tecido adiposo e uma diminuição da massa magra e água corporal. Isso afeta o volume de distribuição e aumenta a meia-vida de fármacos lipossolúveis e interfere na distribuição de medicamentos hidrossolúveis.

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17
Q

: Como a alteração na massa magra afeta a distribuição de medicamentos em idosos?

A

A perda de massa magra pode interferir na distribuição de medicamentos hidrossolúveis como o atenolol, aumentando a suscetibilidade à intoxicação, como é o caso com a digoxina.

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18
Q

: O que acontece com as proteínas plasmáticas durante o envelhecimento e como isso afeta a farmacocinética?

A

Há uma redução na concentração sérica de albumina, resultando em maiores frações livres de fármacos que se ligam a essa proteína, como a amiodarona e a furosemida, aumentando o risco de intoxicações medicamentosas.

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19
Q

Por que são necessárias fórmulas especiais para o cálculo da dose correta de certos medicamentos em idosos?

A

Devido às alterações nas proteínas plasmáticas e na função renal, fórmulas especiais que levam em conta a concentração de albumina sérica, por exemplo, são necessárias para calcular a dose correta de fármacos como a fenitoína, evitando o risco de intoxicação.

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20
Q

Quais são as principais mudanças na absorção de fármacos que ocorrem com o envelhecimento?

A

Com o envelhecimento, há uma diminuição da superfície absorvente, redução do fluxo sanguíneo esplâncnico e alterações na motilidade gastrointestinal, o que pode levar a uma mudança na absorção de medicamentos.

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21
Q

Como as mudanças na distribuição de fármacos impactam o tratamento de idosos?

A

A diminuição de água corporal total e massa magra, juntamente com o aumento de gordura corporal, podem aumentar a concentração de medicamentos hidrossolúveis e prolongar a meia-vida de fármacos lipossolúveis.

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22
Q

O que a diminuição da albumina sérica indica sobre a farmacocinética em idosos?

A

A diminuição da albumina sérica sugere um aumento da fração livre de fármacos no plasma, já que há menos proteínas disponíveis para a ligação proteica, aumentando o risco de efeitos adversos.

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23
Q

Como a redução da função renal afeta a eliminação de medicamentos em idosos?

A

A redução do fluxo renal, da taxa de filtração glomerular e da função tubular leva à diminuição da eliminação renal de fármacos e seus metabólitos, exigindo ajustes na dosagem.

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24
Q

Qual o significado clínico das alterações na sensibilidade tecidual a medicamentos em idosos?

A

: Alterações no número e na afinidade dos receptores, bem como nas vias de sinalização celular, podem tornar os idosos “mais sensíveis” ou “menos sensíveis” a certos medicamentos, afetando a eficácia e a segurança do tratamento.

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25
Q

Por que é importante considerar as mudanças na ligação proteica e no metabolismo hepático ao prescrever medicamentos para idosos?

A

Mudanças na ligação proteica podem alterar a dinâmica de fármacos no corpo e a redução do fluxo sanguíneo hepático junto com a diminuição da fase 1 do metabolismo pode aumentar os níveis de fármacos, elevando o risco de toxicidade.

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26
Q

: Qual é a taxa estimada de não adesão ao tratamento de doenças crônicas e por que isso é importante?

A

As taxas de não adesão ao tratamento de doenças crônicas correspondem a cerca de 50%, o que é significativo, uma vez que o controle adequado de patologias crônicas depende em grande parte da adesão ao tratamento.

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27
Q

Quais são os fatores que influenciam a adesão ao tratamento?

A

A adesão ao tratamento é influenciada por fatores sociais e econômicos, fatores relacionados à terapia, ao paciente, e ao sistema de saúde, incluindo complexidade do regime de tratamento, compreendimento cognitivo, alfabetismo em saúde, e apoio social e familiar.

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28
Q

Quais métodos podem ser utilizados para avaliar a adesão ao tratamento?

A

Os métodos para avaliar a adesão ao tratamento incluem a contagem direta de comprimidos e o uso de marcadores químicos ou métodos indiretos, como questionários e avaliação clínica do paciente.

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29
Q

Por que os métodos indiretos de avaliação da adesão ao tratamento podem ter menor sensibilidade?

A

: Métodos indiretos, como questionários e avaliação clínica, podem ter menor sensibilidade porque dependem da memória e da sinceridade dos pacientes ao relatar sua adesão ao tratamento.

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30
Q

Como o envelhecimento pode afetar as interações farmacodinâmicas em idosos?

A

O envelhecimento pode alterar a interação do fármaco com seus receptores, como um aumento da sensibilidade a medicamentos anticolinérgicos e a fármacos agonistas alfa-adrenérgicos. Mudanças como a downregulation de receptores beta-adrenérgicos e alterações no receptor alfa-2 também podem ocorrer, afetando a resposta a determinados medicamentos.

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31
Q

Qual é a taxa estimada de não adesão ao tratamento de doenças crônicas e por que isso é importante?

A

As taxas de não adesão ao tratamento de doenças crônicas correspondem a cerca de 50%, o que é significativo, uma vez que o controle adequado de patologias crônicas depende em grande parte da adesão ao tratamento.

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32
Q

Quais são os fatores que influenciam a adesão ao tratamento?

A

A adesão ao tratamento é influenciada por fatores sociais e econômicos, fatores relacionados à terapia, ao paciente, e ao sistema de saúde, incluindo complexidade do regime de tratamento, compreendimento cognitivo, alfabetismo em saúde, e apoio social e familiar.

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33
Q

Quais métodos podem ser utilizados para avaliar a adesão ao tratamento?

A

Os métodos para avaliar a adesão ao tratamento incluem a contagem direta de comprimidos e o uso de marcadores químicos ou métodos indiretos, como questionários e avaliação clínica do paciente.

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34
Q

Por que os métodos indiretos de avaliação da adesão ao tratamento podem ter menor sensibilidade?

A

Métodos indiretos, como questionários e avaliação clínica, podem ter menor sensibilidade porque dependem da memória e da sinceridade dos pacientes ao relatar sua adesão ao tratamento.

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35
Q

O que são os critérios de Beers?

A

: Os critérios de Beers são um conjunto de diretrizes desenvolvidas para melhorar a tomada de decisão na prescrição de medicamentos para idosos, identificando fármacos potencialmente inadequados que devem ser evitados nessa população.

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36
Q

Quais são os três grupos de medicamentos destacados pelos critérios de Beers?

A

Os três grupos são:

1) drogas potencialmente inadequadas em idosos;

2) drogas potencialmente inadequadas em idosos com determinadas doenças e condições;

3) drogas que devem ser usadas com cautela em idosos.

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37
Q

Por que é importante considerar os critérios de Beers no manejo de medicamentos em idosos?

A

É importante porque muitos medicamentos podem ser associados a um maior risco de delírio, déficit cognitivo e outras complicações em idosos, como efeitos anticolinérgicos que podem levar a xerostomia, constipação e retenção urinária.

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38
Q

: Quais condições em idosos podem ser exacerbadas por medicamentos inapropriados segundo os critérios de Beers?

A

: Condições como delírio, déficit cognitivo, xerostomia, constipação e retenção urinária podem ser exacerbadas por medicamentos que possuem efeitos anticolinérgicos ou outros efeitos adversos.

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39
Q

Como os critérios de Beers são utilizados na prática clínica?

A

: Eles são amplamente utilizados como base para o manejo apropriado de medicamentos em idosos em diversos contextos de serviços de saúde.

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40
Q

Por que anti-histamínicos de primeira geração devem ser evitados em idosos, segundo os critérios de Beers?

A

Devem ser evitados devido ao seu forte efeito anticolinérgico e ao clearance reduzido em idades mais avançadas, aumentando o risco de confusão mental, boca seca e constipação.

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41
Q

Quais são alguns exemplos de anti-histamínicos de primeira geração listados nos critérios de Beers 2019?

A

: Exemplos incluem dexclorfeniramina, difenidramina, meclizina, hidroxizina, prometazina, entre outros.

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42
Q

Qual é o risco teórico associado ao uso de anti-histamínicos de primeira geração em idosos?

A

O risco teórico associado ao uso desses medicamentos em idosos inclui efeitos anticolinérgicos que podem levar a efeitos secundários indesejáveis, como confusão mental e boca seca.

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43
Q

Qual é a recomendação dos critérios de Beers para o uso de anti-histamínicos de primeira geração em idosos?

A

A recomendação é evitar o uso desses medicamentos em idosos.

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44
Q

Quais complicações podem ser exacerbadas pelo efeito anticolinérgico dos anti-histamínicos em idosos?

A

a: As complicações que podem ser exacerbadas incluem confusão mental, boca seca e constipação.

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45
Q

Por que o uso de antiparkinsonianos como triexifenidil e benztropina deve ser evitado em idosos?

A

Deve ser evitado porque existem tratamentos mais eficazes para a doença de Parkinson que têm menos efeitos anticolinérgicos.

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46
Q

Quais antiespasmódicos estão listados como medicamentos a serem evitados em idosos de acordo com os critérios de Beers?

A

Antiespasmódicos a serem evitados incluem escopolamina, atropina e propantelina devido ao seu forte efeito anticolinérgico.

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47
Q

Qual é o racional para evitar o uso de antiespasmódicos em idosos?

A

O racional para evitar esses medicamentos é o seu forte efeito anticolinérgico, que pode ser particularmente prejudicial em idosos.

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48
Q

: O que significa ter um “forte efeito anticolinérgico” em relação aos medicamentos?

A

Um forte efeito anticolinérgico significa que o medicamento pode inibir a ação do neurotransmissor acetilcolina, o que pode levar a efeitos secundários como boca seca, visão turva, constipação e confusão mental.

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49
Q

Por que deve-se evitar o uso de dipiridamol de curta duração em idosos?

A

: O uso de dipiridamol de curta duração deve ser evitado em idosos devido ao risco de hipotensão postural.

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50
Q

: Qual é a recomendação dos critérios de Beers para o uso de ticlopidina em idosos?

A

A recomendação é evitar o uso de ticlopidina, pois existem alternativas mais seguras disponíveis.

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51
Q

: Qual é o risco associado ao uso de dipiridamol de curta duração que justifica a sua evitação em idosos?

A

: O risco associado é a hipotensão postural, que pode aumentar a probabilidade de quedas e lesões em idosos.

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52
Q

O que os critérios de Beers sugerem sobre a existência de alternativas ao uso de ticlopidina?

A

: Os critérios sugerem que há alternativas mais seguras ao uso de ticlopidina para idosos, implicando que essas opções devem ser preferidas para minimizar riscos.

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53
Q

: Quais são os riscos associados ao uso prolongado de nitrofurantoína em idosos?

A

: O uso prolongado de nitrofurantoína em idosos está associado ao risco de toxicidade pulmonar, hepatotoxicidade e neuropatia periférica.

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54
Q

: Em quais indivíduos o uso de nitrofurantoína deve ser evitado?

A

: Deve ser evitado em indivíduos com clearance de creatinina inferior a 30 ml/min.

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55
Q

Por que a nitrofurantoína é contraindicada em pacientes com clearance de creatinina <30 ml/min?

A

A contraindicação deve-se ao risco aumentado de toxicidade em pacientes com função renal reduzida, já que a droga é excretada pelo rim e pode acumular-se em indivíduos com clearance de creatinina reduzido.

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56
Q

Por que bloqueadores alfa-1 periféricos como doxazosina são recomendados para ser evitados como anti-hipertensivos em idosos?

A

Eles devem ser evitados devido ao risco de hipotensão postural e porque existem melhores alternativas anti-hipertensivas disponíveis.

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57
Q

: Qual é a recomendação dos critérios de Beers para o uso de alfa-agonistas de ação central como a clonidina no tratamento da hipertensão em idosos?

A

: Alfa-agonistas de ação central devem ser evitados como anti-hipertensivos de primeira linha devido ao risco de eventos adversos, como hipotensão postural e bradicardia.

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58
Q

Quais são os riscos associados ao uso de reserpina em doses superiores a 0,1mg/dia em idosos?

A

A reserpina em doses superiores a 0,1mg/dia está associada a efeitos colaterais como hipotensão e bradicardia, e por isso seu uso deve ser evitado.

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59
Q

Qual é a recomendação para o uso de agentes com efeito inotrópico negativo em idosos?

A

Agentes com efeito inotrópico negativo devem ser evitados devido ao seu potencial para exacerbar a insuficiência cardíaca.

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60
Q

Por que o uso de disopiramida é desaconselhado em idosos?

A

A disopiramida é um potente inotrópico negativo que pode induzir insuficiência cardíaca e tem um forte efeito anticolinérgico. Existem melhores alternativas terapêuticas disponíveis, tornando o uso de disopiramida menos aconselhável para idosos.

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61
Q

Qual é a recomendação dos critérios de Beers para o uso de digoxina em idosos?

A

Deve-se evitar usar digoxina como primeira linha em fibrilação atrial, já que há melhores alternativas disponíveis. Também se recomenda evitar doses maiores que 0,125 mg/dia, pois podem estar associadas a um aumento da mortalidade em idosos, especialmente em presença de insuficiência renal.

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62
Q

Quais são os efeitos adversos associados ao uso de meperidina?

A

Neurotoxicidade e delirium.

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63
Q

Por que o uso crônico de AINEs deve ser evitado?

A

Risco de sangramento gastrointestinal, úlcera péptica, aumento da pressão arterial e lesão renal.

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64
Q

Cite três AINEs comuns que podem aumentar o risco de eventos adversos gastrointestinais e renais.

A

: Ibuprofeno, diclofenaco e naproxeno.

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65
Q

: O que é AAS e por que seu uso crônico pode ser problemático?

A

: AAS refere-se ao ácido acetilsalicílico, e seu uso crônico pode levar a riscos gastrointestinais e renais.

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66
Q

Quais são as consequências do uso de relaxantes musculares em idosos?

A

Má tolerância, efeitos anticolinérgicos, sedação e aumento do risco de fraturas.

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67
Q

Cite três exemplos de relaxantes musculares que devem ser usados com cautela em idosos.

A

Carisoprodol, clorozoxazona e ciclobenzaprina.

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68
Q

Qual é o efeito adverso comum da indometacina e do cetorolaco que deve ser considerado?

A

Aumento do risco de úlcera péptica e sangramento gastrointestinal.

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69
Q

Além dos efeitos gastrointestinais, quais outros riscos estão associados ao uso de indometacina e cetorolaco?

A

Lesão renal aguda e efeitos no sistema nervoso central (SNC).

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70
Q

: Qual é a recomendação geral para o uso de relaxantes musculares e anti-inflamatórios como indometacina e cetorolaco?

A

Evitar.

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71
Q

O que é o método de Delphi utilizado nos critérios STOPP e START?

A

: É uma técnica de consulta a especialistas para atingir um consenso.

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72
Q

: Qual é a principal diferença entre os critérios STOPP e os critérios de Beers?

A

STOPP categoriza medicamentos por sistemas e é baseado em doenças, doses ou condições específicas.

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73
Q

Por que uma prescrição pode ser considerada inapropriada segundo os critérios STOPP?

A

Se estiver baseada em doenças, doses ou condições que a tornam inadequada para o paciente.

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74
Q

Qual é o propósito dos critérios START?

A

Evitar a omissão de terapias necessárias em idosos.

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75
Q

: Por que é importante sempre considerar a possibilidade de interações medicamentosas em idosos?

A

Devido ao alto consumo de medicamentos nessa faixa etária e o risco ser proporcional ao número de fármacos usados.

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76
Q

Que tipos de interações medicamentosas podem ocorrer em idosos?

A

Fármaco-fármaco, fármaco-doença, fármaco-alimentos, fármaco-álcool, fármaco-fitoterápicos e fármaco-estado nutricional.

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77
Q

Cite um exemplo de interação fármaco-fármaco comum em idosos.

A

: AINEs e dicumarínicos.

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78
Q

Dê um exemplo de interação fármaco-doença que deve ser considerada na prescrição para idosos.

A

Metoclopramida em pacientes com doença de Parkinson.

79
Q

: O que caracteriza uma interação medicamentosa da Categoria (1) segundo Mallet et al. (2007)?

A

São interações frequentes e conhecidas, envolvendo fármacos com índice terapêutico estreito e algumas interações fármaco-doença específicas.

80
Q

Quais fármacos geralmente estão envolvidos nas interações medicamentosas da Categoria (1)?

A

Fármacos com índice terapêutico estreito, como digoxina, varfarina, fenitoína e outros anticonvulsivantes.

81
Q

Quais interações fármaco-doença estão incluídas na Categoria (1)?

A

: As relacionadas com constipação intestinal, hipotensão postural e disfunção cognitiva.

82
Q

Como as interações medicamentosas da Categoria (1) podem ser avaliadas?

A

Através de recursos online como o MedScape Drug Interaction Checker.

83
Q

: O que caracteriza as interações medicamentosas da Categoria (2)?

A

São complexas, ocorrendo em pacientes com múltiplas comorbidades e que usam vários medicamentos, exigindo manejo por um profissional.

84
Q

Por que pacientes da Categoria (2) precisam de um manejo especializado de suas medicações?

A

: Porque, apesar de cada medicação ser indicada corretamente, o conjunto delas pode levar a alto risco de interações.

85
Q

O que são interações medicamentosas em cascata?

A

São prescrições que visam tratar efeitos colaterais de um medicamento, que são interpretados como novos sintomas ou doenças, levando ao uso de mais fármacos.

86
Q

: Quem introduziu o conceito de prescrição em cascata e quando?

A

: Rochon e Gurwitz em 1997.

87
Q

Qual é o resultado da progressão do regime terapêutico em interações em cascata?

A

Aumento na probabilidade de novos eventos adversos e prescrições adicionais de medicamentos.

88
Q

De acordo com Gorzoni et al. (2013), quanto aumenta a probabilidade de efeitos colaterais ou interações medicamentosas a cada novo medicamento prescrito a um idoso?

A

Aumenta em 10% a cada novo medicamento.

89
Q

Se o consumo médio de medicamentos por idosos é de cinco fármacos de uso contínuo, qual seria o impacto de adicionar mais medicamentos?

A

Pode-se dobrar a probabilidade de desenvolver efeitos colaterais ou interações medicamentosas.

90
Q

Qual pergunta deve ser considerada ao avaliar um paciente idoso com novas queixas?

A

“Alguma dessas queixas pode ser por interação medicamentosa?”

91
Q

Qual é a consequência do sentimento de desesperança em idosos em relação ao tratamento medicamentoso?

A

Pode levar à tentação de abandonar o tratamento (não adesão) e procurar alternativas não comunicadas ao médico (não aderência).

92
Q

Qual é a estimativa de não adesão a tratamentos medicamentosos em idosos não hospitalizados?

A

Varia entre 11,5% a 26,7%, significando que pelo menos um em cada dez idosos pode não seguir integralmente a terapia proposta.

93
Q

Como o morar sozinho afeta a aderência medicamentosa em idosos?

A

: Idosos que moram sozinhos têm 3 vezes mais probabilidade de não aderência ao tratamento.

94
Q

Quais são os indicativos para reavaliar doses e justificativas do uso de medicamentos em idosos?

A

Efeitos colaterais dos fármacos em uso, que aumentam as chances de não aderência em 7 vezes.

95
Q

O que aumenta a complexidade dos regimes terapêuticos em idosos?

A

: O número elevado de medicamentos e de doses diárias, especialmente em idosos com condições socioeconômicas e de saúde precárias.

96
Q

Qual é a finalidade dos índices de complexidade da farmacoterapia?

A

Auxiliar prescritores de medicamentos na avaliação e gestão da complexidade dos regimes terapêuticos para cada paciente.

97
Q

: O que é o ICFT e para que serve?

A

O Índice de Complexidade da Farmacoterapia (ICFT) é uma ferramenta validada para avaliar a complexidade da medicação e sua gestão.

98
Q

Quais são as três seções que compõem o ICFT?

A

Formas de dosagem, frequência de dose e número de medicamentos adicionais.

99
Q

Como são pontuadas as formas de dosagem no ICFT?

A

São pontuadas de 1 a 5, com 1 sendo formas simples como cápsulas ou comprimidos e 5 para métodos mais complexos como fluido para diálise.

100
Q

Que tipo de regime terapêutico recebe a maior pontuação na seção de frequência de dose do ICFT?

A

Aqueles com doses frequentes, como medicamentos tomados a cada 2 horas, recebem uma pontuação mais alta, até 12,5.

101
Q

Quais instruções adicionais podem aumentar a complexidade do regime terapêutico segundo o ICFT?

A

Partir ou triturar comprimidos, dissolver comprimidos/pós, tomar múltiplas unidades de uma vez, doses variáveis, horários específicos, relação com alimento, e aumentar ou reduzir a dose progressivamente.

102
Q

Como são pontuadas as instruções adicionais no ICFT?

A

Pontua-se entre 1 para instruções até “tomar com líquido específico” e 2 para instruções como “reduzir ou aumentar a dose progressivamente”.

103
Q

: Qual é a vantagem prática do ICFT na prescrição para idosos?

A

Permite uma avaliação mais abrangente e individualizada da complexidade terapêutica, além do simples número de medicamentos.

104
Q

Por que o ICFT é útil para o prescritor no tratamento de pacientes idosos?

A

Ajuda a definir regimes medicamentosos que têm maior probabilidade de adesão e aderência pelo paciente.

105
Q

Além do número de medicamentos, que outros fatores o ICFT considera em sua análise?

A

Considera instruções adicionais e fatores relacionados à forma de administração dos medicamentos, frequência e especificidades na dosagem.

106
Q

Como o ICFT auxilia na adesão e aderência medicamentosa do paciente idoso?

A

Ao considerar a complexidade do regime terapêutico, o ICFT auxilia na criação de prescrições mais simplificadas, aumentando as chances de o paciente seguir corretamente o tratamento.

107
Q

O que caracteriza a subutilização medicamentosa e a omissão terapêutica em idosos?

A

O uso de medicamentos abaixo da dose farmacológica indicada para a condição terapêutica ou a falta de prescrição de terapias necessárias.

108
Q

Em quais cenários a subutilização de medicamentos é frequentemente observada?

A

: Em cuidados paliativos, instituições de longa permanência e entre idosos muito idosos (> 80 anos).

109
Q

Qual é o risco de estratégias que visam limitar o número de medicamentos em idosos?

A

Podem ser mal interpretadas e levar à subutilização ou omissão de terapias necessárias.

110
Q

Por que pode ser mais fácil gerenciar a polifarmácia e a desprescrição do que prescrever corretamente para idosos?

A

Devido às circunstâncias peculiares e múltiplas condições de saúde de cada paciente idoso.

111
Q

Para que servem as ferramentas STOPP e START?

A

: Para minimizar os riscos na prescrição medicamentosa em idosos, identificando potenciais inapropriedades e omissões terapêuticas.

112
Q

O que se deve fazer em casos de detecção de subutilização ou omissão terapêutica?

A

Realizar uma análise criteriosa, priorizar medicamentos essenciais e ajustar o tratamento para reduzir interações e tratar os quadros de maior gravidade.

113
Q

Quais cuidados são sugeridos ao usar os termos “subutilização medicamentosa” e “omissão terapêutica”?

A

Deve-se ter cautela para evitar interpretações negativas e verificar se ocorrem por falta de reconhecimento do benefício da medicação ou por dificuldades de acessibilidade.

114
Q

Qual é a recomendação do START para o tratamento de fibrilação atrial crônica?

A

Uso de varfarina.

115
Q

Quando a varfarina é contraindicada em fibrilação atrial crônica, qual medicamento o START sugere?

A

: Ácido acetilsalicílico (AAS).

116
Q

: Em que condições o START recomenda o uso de AAS ou clopidogrel?

A

Na presença de doença arterial coronariana (DAC), doença vascular cerebral ou periférica em pacientes com ritmo sinusal.

117
Q

: Qual é a diretriz do START para terapia anti-hipertensiva em idosos?

A

: Iniciar terapia anti-hipertensiva quando a pressão arterial sistólica (PAS) estiver constantemente acima de 160 mmHg.

118
Q

Quando o START indica terapia com estatinas para idosos?

A

Em casos de doença vascular periférica ou cerebral, quando o status funcional do paciente permite atividades diárias independentes e a expectativa de vida é superior a 5 anos.

119
Q

Qual medicamento o START recomenda para insuficiência cardíaca crônica?

A

: Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA).

120
Q

: Qual é a indicação do START após um infarto agudo do miocárdio (IAM)?

A

: IECA.

121
Q

O que o START sugere para angina crônica estável?

A

Beta-bloqueador.

122
Q

Quando é indicado o uso de metformina segundo o START?

A

Em diabetes mellitus tipo 2 ou síndrome metabólica, desde que não haja disfunção renal.

123
Q

Qual medicamento o START recomenda para pacientes com nefropatia diabética?

A

Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) ou bloqueadores do receptor de angiotensina (BRA).

124
Q

Quando a terapia com estatinas é recomendada em pacientes diabéticos?

A

: Se um ou mais fatores de risco cardiovascular estiverem presentes.

125
Q

Quando deve ser iniciada a terapia antiagregante plaquetária em pacientes diabéticos?

A

Em pacientes com diabetes mellitus e um ou mais fatores de risco cardiovascular, como hipertensão arterial sistêmica (HAS), hipercolesterolemia ou histórico de tabagismo.

126
Q

Qual é a indicação para o uso regular de agonista beta-2 ou agente anticolinérgico?

A

Em casos de asma leve a moderada ou doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

127
Q

Quando a inalação regular de corticosteroides é recomendada segundo o START?

A

Em casos de asma moderada a grave ou DPOC, quando o volume expiratório forçado em um segundo é menor que o esperado para a idade.

128
Q

Quando é indicado o uso de oxigênio domiciliar contínuo?

A

Em insuficiência respiratória tipo 1 documentada (PaO2 < 60 mmHg, PCO2 < 48,75 mmHg) ou insuficiência respiratória tipo 2 (PaO2 < 60 mmHg, PCO2 > 48,75 mmHg).

129
Q

Qual é a indicação para o uso de Levodopa na doença de Parkinson?

A

: Em doença de Parkinson idiopática com disfunção funcional diagnosticada que resulta em incapacidade.

130
Q

Em que circunstâncias são indicados medicamentos antidepressivos em neurologia?

A

Em sintomas depressivos moderados a graves persistentes durante os últimos 3 meses.

131
Q

Quando são recomendados os DMARDs (medicamentos antirreumáticos modificadores da doença) em reumatologia?

A

Na doença moderada a grave ativa nas últimas 12 semanas.

132
Q

Quando são indicados os bifosfonatos em reumatologia?

A

Em pacientes que estão em terapia oral de manutenção com corticosteroides.

133
Q

Qual a recomendação para suplementação em pacientes com osteoporose?

A

Suplemento de cálcio e vitamina D em pacientes com osteoporose diagnosticada, evidenciada por radiologia ou fratura por fragilidade.

134
Q

Quando o uso de inibidores da bomba de prótons (IBP) é indicado em gastroenterologia?

A

Em doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) grave ou estenose péptica que requer dilatação.

135
Q

Qual é a indicação para suplemento de fibras em gastroenterologia?

A

Para doença diverticular sintomática crônica que apresenta constipação intestinal.

136
Q

Por que distúrbios de deglutição em idosos podem requerer vias alternativas de administração de fármacos?

A

Porque a dificuldade de deglutição impede o uso efetivo de medicamentos via oral.

137
Q

: Quais são as vantagens e desvantagens das vias parenterais na administração de medicamentos em idosos?

A

As vias parenterais favorecem a absorção rápida de medicações, mas são desconfortáveis, de custo mais alto e exigem profissionais habilitados.

138
Q

: Em que circunstâncias a via subcutânea é uma opção viável a longo prazo para administração de fármacos em idosos?

A

Para medicamentos como insulinas e em casos indicados para hipodermóclise.

139
Q

Qual recurso a SBGG oferece para auxiliar na divulgação da hipodermóclise?

A

: Um guia intitulado “O Uso da Via Subcutânea em Geriatria e Cuidados Paliativos”, disponível na página da SBGG.

140
Q

: Em que situações a hipodermóclise é indicada para pacientes idosos?

A

: Em casos de disfunção cognitiva grave com disfagia, delirium, náuseas/vômitos prolongados, intolerância gástrica, obstrução intestinal, diarreia e desidratação leve a moderada.

141
Q

Para quais sintomas é recomendada a hipodermóclise durante o processo de morte?

A

Dor, dispneia, convulsões e delirium.

142
Q

Quais características de medicamentos são mais compatíveis com a via subcutânea?

A

Medicamentos hidrossolúveis e com pH próximo ao neutro (7,38 a 7,45).

143
Q

Que medicamentos podem ser administrados de forma mais lenta pela via subcutânea?

A

Haloperidol, levomepromazina, metoclopramida e ondansetrona.

144
Q

Por que as doses subcutâneas devem ser menores do que as orais?

A

Porque a via subcutânea oferece melhor biodisponibilidade dos medicamentos.

145
Q

Quais são algumas vias de administração de medicamentos que possuem limitações para idosos?

A

Tópica, transdérmica, sublingual, retal e bucal, devido à disponibilidade comercial limitada, custo e habilidade de uso pelo idoso.

146
Q

Quais são os riscos associados às vias de administração que envolvem mucosas?

A

Risco de interações medicamentosas e sobredose.

147
Q

Que considerações são importantes ao prescrever medicamentos para idosos que utilizam sondas de alimentação?

A

Deve-se estar atento às possíveis interações fármaco-alimento ou dietas que podem afetar a eficácia terapêutica ou causar obstrução da sonda.

148
Q

Como deve ser administrado o AAS por sonda de alimentação?

A

Pulverizar e dispersar em 10 mL de água antes da administração.

149
Q

Qual é a recomendação para administrar ácido valproico por SNG e SNE/GTT?

A

Administrar diretamente por SNG e diluir em 75 mL de água para SNE/GTT.

150
Q

Há alguma consideração especial para a administração de amiodarona por sonda de alimentação?

A

Pulverizar e dispersar em 20 mL de água e administrar imediatamente, pois o princípio ativo é fotossensível.

151
Q

: Como a apixabana deve ser preparada para administração por sonda?

A

Triturar e dissolver em 60 mL de água.

152
Q

: Qual é a orientação para a administração de atenolol em relação à nutrição enteral?

A

Pulverizar e dispersar em 10 mL de água e administrar preferencialmente 1 hora antes ou 2 horas depois da nutrição enteral.

153
Q

: Quando se deve administrar o AAS em relação à nutrição enteral?

A

Junto com a nutrição enteral para minimizar efeitos gastrointestinais.

154
Q

Há alguma restrição na administração de ácido valproico com nutrição enteral?

A

: Não, pode ser administrado com a nutrição enteral e apresenta elevada osmolalidade.

155
Q

Amiodarona e apixabana podem ser administradas com a nutrição enteral?

A

Sim, ambos podem ser administrados com a nutrição enteral.

156
Q

Qual é a recomendação para administração de carbamazepina em idosos que utilizam sonda de alimentação?

A

Substituir por suspensão oral e utilizar equipamento de proteção individual (EPI) durante a preparação.

157
Q

Como deve ser preparado e administrado o carvedilol por sonda de alimentação?

A

Pulverizar e dispersar em 10 mL de água; administrar preferencialmente junto com a nutrição enteral.

158
Q

Qual é a instrução para o uso de clopidogrel com sonda de alimentação?

A

Pulverizar e dispersar em 10 mL de água e administrar com a nutrição enteral para minimizar efeitos gastrointestinais.

159
Q

Como a codeína deve ser administrada através de sonda de alimentação?

A

: Pulverizar e dispersar em 10 mL de água para comprimidos; diluir a solução oral em água e administrar imediatamente com a nutrição enteral.

160
Q

Qual é a diretriz para a administração de dexametasona em pacientes com sonda de alimentação?

A

Pulverizar e dispersar em 20 mL de água e administrar com a nutrição enteral.

161
Q

Quando a carbamazepina deve ser administrada em relação à nutrição enteral?

A

: Administrar 2 horas antes ou 2 horas depois da nutrição enteral, lavando a sonda antes e depois do uso para evitar interações.

162
Q

A solução oral de codeína apresenta alguma característica especial que requer atenção?

A

Sim, apresenta elevada osmolalidade, o que deve ser considerado ao administrar com nutrição enteral.

163
Q

Qual é a recomendação para administração de digoxina em pacientes com sonda de alimentação?

A

Pulverizar e dispersar em 10 mL de água. A solução oral de digoxina é preferível e deve ser utilizada quando disponível.

164
Q

: Como deve ser administrada a espironolactona por sonda de alimentação?

A

: Substituir por solução oral, diluir em água e administrar imediatamente, utilizando equipamento de proteção individual (EPI).

165
Q

Qual é a instrução para o uso de furosemida via sonda de alimentação?

A

Pulverizar e dispersar em 10 mL de água e administrar com a nutrição enteral para minimizar efeitos gastrointestinais.

166
Q

Como a gliclazida deve ser preparada para administração por sonda?

A

Pulverizar e dispersar em 15 mL de água e administrar junto com a nutrição enteral.

167
Q

Qual é a orientação para a administração de haloperidol em relação à nutrição enteral?

A

Pulverizar e dispersar em 10 mL de água e administrar 1 hora antes ou 2 horas depois da nutrição enteral.

168
Q

Há alguma interação alimentar com a digoxina quando administrada via sonda?

A

: A digoxina não é compatível com dietas que contêm fibras.

169
Q

Quais tipos de apresentações farmacêuticas devem ser evitadas na administração via sondas de alimentação?

A

Drágeas, cápsulas e medicamentos de liberação lenta, pois aumentam o risco de superdosagem devido à absorção integral do conteúdo.

170
Q

Por que as apresentações líquidas com sorbitol ou manitol exigem atenção especial em pacientes com sondas de alimentação?

A

: Devido ao potencial osmótico ou laxante dessas substâncias, podendo causar diarreia e confundir a avaliação clínica da eficácia da dieta enteral.

171
Q

: Qual é a preocupação ao triturar medicamentos para administração via sonda?

A

A trituração pode reduzir a eficácia da substância ativa e expor o profissional a riscos teratogênicos ou alérgicos.

172
Q

Comparativamente, por que as sondas gástricas têm menor risco de obstrução que as enterais?

A

As sondas gástricas têm um lúmen mais largo, reduzindo o risco de obstrução em comparação com as sondas enterais mais finas.

173
Q

: Qual é a recomendação para a administração de medicamentos em pacientes com sondas gástricas?

A

Deixar um intervalo mínimo de 30 minutos sem dieta e manter a sonda fechada após a medicação para garantir a efetividade farmacológica.

174
Q

Qual é o procedimento recomendado para a administração de medicamentos por sondas de alimentação para evitar obstruções?

A

Irrigar a sonda com 20 a 30 mL de água destilada antes e depois de cada administração de medicamento, reduzindo o risco de obstrução e aderência dos fármacos na parede da sonda.

175
Q

Por que colírios são frequentemente omitidos na anamnese de medicamentos?

A

Devido à tendência de não questionar sobre medicamentos utilizados por vias não orais, tanto por parte dos profissionais quanto dos pacientes.

176
Q

Qual é a porcentagem de substâncias ativas de colírios que penetram nos tecidos oculares?

A

Apenas entre 1 e 5% das substâncias ativas das formulações tópicas oftalmológicas.

177
Q

: Por que as medicações oftalmológicas são formuladas com altas doses dos fármacos?

A

: Para compensar a baixa penetração nos tecidos oculares e a drenagem lacrimal que reduz a quantidade de fármaco que permanece no olho.

178
Q

Como inflamações e hiperemias conjuntivais afetam a absorção de colírios?

A

Elas podem aumentar a absorção vascular do fármaco, levando a mais ações sistêmicas do que oculares.

179
Q

Quais efeitos colaterais sistêmicos graves podem ser causados pelo uso tópico de betabloqueadores não seletivos em pacientes com glaucoma?

A

Delirium, bradicardia, hipotensão postural, broncospasmo e hipoglicemia.

180
Q

Por que é importante considerar colírios betabloqueadores na prescrição para idosos com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT)?

A

Porque idosos frequentemente apresentam DCNTs que podem ser tratadas com betabloqueadores sistêmicos, havendo risco de efeitos colaterais potencializados pelo uso concomitante de colírios betabloqueadores.

181
Q

Qual é o risco de sobreposição de doses em pacientes que usam betabloqueadores tanto por via oral quanto em colírios?

A

O risco real de superdose, efeitos colaterais e interações medicamentosas.

182
Q

O que deve ser feito para evitar a sobreposição medicamentosa quando um paciente está usando betabloqueadores por via oral e em colírios?

A

A dose do betabloqueador oral deve ser ajustada ou reduzida para evitar superdosagem.

183
Q

Por que é importante o diálogo entre os médicos que tratam o mesmo paciente em relação a colírios?

A

Para discutir e alinhar opções terapêuticas e minimizar o risco de efeitos colaterais sistêmicos.

184
Q

Quais são os efeitos colaterais comuns dos colírios adrenérgicos usados para tratar glaucoma?

A

: Boca seca, nariz seco, fadiga, sedação, cefaleia e alterações na pressão arterial e frequência cardíaca.

185
Q

Quais efeitos colaterais sistêmicos podem ser causados por colírios contendo antibióticos?

A

Parageusia ou gosto amargo na boca para colírios com quinolonas e farmacodermias para colírios com polimixina B e neomicina.

186
Q

Como deve ser a prática clínica em relação ao uso de colírios pelos pacientes?

A

Os profissionais de saúde devem sempre perguntar sobre o uso regular de soluções oftalmológicas e considerar os colírios como potenciais desencadeadores de efeitos colaterais e interações medicamentosas.

187
Q

: Qual é o princípio da prescrição de medicamentos em idosos?

A

Seguir o aforismo “start slow and go slow”, começando com doses menores e aumentando gradualmente.

188
Q

: O que o “start slow and go slow” busca prevenir na prescrição para idosos?

A

Prevenir doses iniciais altas e ajustar o tratamento para evitar subdosagens ou omissão de medicamentos.

189
Q

Qual ferramenta pode auxiliar na avaliação da adequação de uma prescrição medicamentosa para idosos?

A

O Medication Appropriateness Index (Índice de adequação medicamentosa) de Hanlon et al.

190
Q

Quais são as perguntas do Medication Appropriateness Index que orientam a prescrição segura para idosos?

A

Perguntas sobre indicação, efetividade, dose correta, forma de administração, praticidade, interações medicamentosas, duplicações, duração da terapia e custo.

191
Q

: Que pergunta adicional é sugerida pelos autores para a prescrição de medicamentos em idosos?

A

“Existe algum medicamento inapropriado para o uso no idoso?”.

192
Q

Por que é importante considerar medicamentos de menor custo na prescrição para idosos?

A

Para garantir que o tratamento seja economicamente viável, mantendo a utilidade e eficácia.

193
Q

Como a consideração de interações medicamentosas e condições clínicas pode impactar a prescrição para idosos?

A

: Pode evitar efeitos adversos e melhorar a eficácia do tratamento ao reconhecer possíveis interações perigosas ou contraindicações.