IATROGENIA Flashcards
O que é polifarmácia e qual sua relação com a população idosa?
Polifarmácia é o uso de cinco ou mais medicamentos e está fortemente associada aos idosos, devido ao aumento das doenças crônicas com a idade.
Quais são os riscos associados à polifarmácia em idosos?
: A polifarmácia aumenta o risco de reações adversas a medicamentos (RAM), que podem ser mais comuns neste grupo etário.
O que é a “Cascata de Prescrição” e como ela afeta o tratamento de idosos?
A “Cascata de Prescrição” é um ciclo onde efeitos colaterais de medicamentos são interpretados como novos sintomas, levando à prescrição de mais medicamentos, o que pode aumentar a lista de medicações e potencializar danos.
Como deve ser abordada a prescrição de medicamentos em idosos para evitar a Cascata de Prescrição?
A prescrição no idoso deve ser feita com cautela e embasamento científico, considerando as individualidades de cada paciente para evitar a polifarmácia e suas consequências.
Quais mudanças farmacocinéticas na absorção de medicamentos ocorrem com o envelhecimento?
Com o envelhecimento, podem ocorrer reduções na superfície de absorção, alterações no pH gástrico e fluxo sanguíneo esplâncnico, e diminuição da mobilidade gastrointestina, afetando a absorção de medicamentos.
Como as alterações no pH gástrico e no fluxo sanguíneo esplâncnico afetam a farmacocinética em idosos?
Alterações no pH gástrico podem afetar a dissolução e a absorção de medicamentos ionizáveis, e a redução do fluxo sanguíneo pode diminuir a taxa de absorção, impactando a biodisponibilidade de certos fármacos.
Quais são as considerações importantes relacionadas à distribuição de medicamentos na população idosa?
: Em idosos, alterações como o aumento da proporção de gordura/massa magra, redução da água corporal total e diminuição da albumina sérica podem afetar a distribuição de medicamentos, especialmente aqueles que são hidrofílicos ou altamente ligados a proteínas.
Como a diminuição da albumina sérica pode impactar a farmacoterapia em idosos?
A diminuição da albumina sérica pode aumentar a fração livre de medicamentos ligados a proteínas, como a varfarina, elevando o risco de toxicidade.
: O que é necessário considerar ao prescrever medicamentos como o diazepam ou a digoxina para idosos?
É necessário considerar o aumento do volume de distribuição e as mudanças na meia-vida, o que pode levar a níveis séricos mais elevados e prolongados, aumentando o risco de toxicidade.
Qual o impacto dos inibidores da bomba de prótons (IBP) na absorção de fármacos em idosos?
Os IBP inibem a enzima H+, K+ ATPase, aumentando a supressão da produção de HCl e alterando o pH intestinal, o que pode interferir ainda mais na absorção de nutrientes e fármacos, como vitamina B12, cálcio e magnésio.
: Por que pode ser necessário ajustar a dose de IBP em pacientes idosos?
: O uso crônico de IBP em idosos tem o potencial de ampliar as interferências na absorção de nutrientes e fármacos devido à alteração na produção de HCl gástrico que ocorre com o envelhecimento.
Como a atrofia da mucosa intestinal e a diminuição do trânsito gastrintestinal afetam a absorção de medicamentos em idosos?
A redução das células de absorção e a diminuição do trânsito gastrintestinal podem alterar a absorção de medicamentos, como a levodopa.
De que maneira o fluxo sanguíneo esplênico reduzido relacionado ao envelhecimento afeta a farmacocinética?
A redução do fluxo sanguíneo esplênico pode diminuir a taxa de absorção de nutrientes lipossolúveis e de medicamentos que dependem da primeira passagem pelo fígado, como o propranolol.
Qual é o efeito do envelhecimento cutâneo na absorção de fármacos de uso tópico ou transdérmico?
O envelhecimento cutâneo pode retardar a absorção de fármacos, particularmente os hidrossolúveis, por vias tópicas ou transdérmicas.
Como o envelhecimento afeta a função renal e quais são as implicações para a excreção de medicamentos?
: Após os 40 anos, há uma redução progressiva na filtração glomerular e função tubular renal, o que pode levar a um declínio na excreção de medicamentos e a uma taxa maior de eventos adversos medicamentosos, especialmente se considerarmos a diminuição da massa muscular em idosos.
Quais mudanças na composição corporal ocorrem com o envelhecimento e como elas afetam a distribuição de medicamentos?
Com a idade, há um aumento do tecido adiposo e uma diminuição da massa magra e água corporal. Isso afeta o volume de distribuição e aumenta a meia-vida de fármacos lipossolúveis e interfere na distribuição de medicamentos hidrossolúveis.
: Como a alteração na massa magra afeta a distribuição de medicamentos em idosos?
A perda de massa magra pode interferir na distribuição de medicamentos hidrossolúveis como o atenolol, aumentando a suscetibilidade à intoxicação, como é o caso com a digoxina.
: O que acontece com as proteínas plasmáticas durante o envelhecimento e como isso afeta a farmacocinética?
Há uma redução na concentração sérica de albumina, resultando em maiores frações livres de fármacos que se ligam a essa proteína, como a amiodarona e a furosemida, aumentando o risco de intoxicações medicamentosas.
Por que são necessárias fórmulas especiais para o cálculo da dose correta de certos medicamentos em idosos?
Devido às alterações nas proteínas plasmáticas e na função renal, fórmulas especiais que levam em conta a concentração de albumina sérica, por exemplo, são necessárias para calcular a dose correta de fármacos como a fenitoína, evitando o risco de intoxicação.
Quais são as principais mudanças na absorção de fármacos que ocorrem com o envelhecimento?
Com o envelhecimento, há uma diminuição da superfície absorvente, redução do fluxo sanguíneo esplâncnico e alterações na motilidade gastrointestinal, o que pode levar a uma mudança na absorção de medicamentos.
Como as mudanças na distribuição de fármacos impactam o tratamento de idosos?
A diminuição de água corporal total e massa magra, juntamente com o aumento de gordura corporal, podem aumentar a concentração de medicamentos hidrossolúveis e prolongar a meia-vida de fármacos lipossolúveis.
O que a diminuição da albumina sérica indica sobre a farmacocinética em idosos?
A diminuição da albumina sérica sugere um aumento da fração livre de fármacos no plasma, já que há menos proteínas disponíveis para a ligação proteica, aumentando o risco de efeitos adversos.
Como a redução da função renal afeta a eliminação de medicamentos em idosos?
A redução do fluxo renal, da taxa de filtração glomerular e da função tubular leva à diminuição da eliminação renal de fármacos e seus metabólitos, exigindo ajustes na dosagem.
Qual o significado clínico das alterações na sensibilidade tecidual a medicamentos em idosos?
: Alterações no número e na afinidade dos receptores, bem como nas vias de sinalização celular, podem tornar os idosos “mais sensíveis” ou “menos sensíveis” a certos medicamentos, afetando a eficácia e a segurança do tratamento.
Por que é importante considerar as mudanças na ligação proteica e no metabolismo hepático ao prescrever medicamentos para idosos?
Mudanças na ligação proteica podem alterar a dinâmica de fármacos no corpo e a redução do fluxo sanguíneo hepático junto com a diminuição da fase 1 do metabolismo pode aumentar os níveis de fármacos, elevando o risco de toxicidade.
: Qual é a taxa estimada de não adesão ao tratamento de doenças crônicas e por que isso é importante?
As taxas de não adesão ao tratamento de doenças crônicas correspondem a cerca de 50%, o que é significativo, uma vez que o controle adequado de patologias crônicas depende em grande parte da adesão ao tratamento.
Quais são os fatores que influenciam a adesão ao tratamento?
A adesão ao tratamento é influenciada por fatores sociais e econômicos, fatores relacionados à terapia, ao paciente, e ao sistema de saúde, incluindo complexidade do regime de tratamento, compreendimento cognitivo, alfabetismo em saúde, e apoio social e familiar.
Quais métodos podem ser utilizados para avaliar a adesão ao tratamento?
Os métodos para avaliar a adesão ao tratamento incluem a contagem direta de comprimidos e o uso de marcadores químicos ou métodos indiretos, como questionários e avaliação clínica do paciente.
Por que os métodos indiretos de avaliação da adesão ao tratamento podem ter menor sensibilidade?
: Métodos indiretos, como questionários e avaliação clínica, podem ter menor sensibilidade porque dependem da memória e da sinceridade dos pacientes ao relatar sua adesão ao tratamento.
Como o envelhecimento pode afetar as interações farmacodinâmicas em idosos?
O envelhecimento pode alterar a interação do fármaco com seus receptores, como um aumento da sensibilidade a medicamentos anticolinérgicos e a fármacos agonistas alfa-adrenérgicos. Mudanças como a downregulation de receptores beta-adrenérgicos e alterações no receptor alfa-2 também podem ocorrer, afetando a resposta a determinados medicamentos.
Qual é a taxa estimada de não adesão ao tratamento de doenças crônicas e por que isso é importante?
As taxas de não adesão ao tratamento de doenças crônicas correspondem a cerca de 50%, o que é significativo, uma vez que o controle adequado de patologias crônicas depende em grande parte da adesão ao tratamento.
Quais são os fatores que influenciam a adesão ao tratamento?
A adesão ao tratamento é influenciada por fatores sociais e econômicos, fatores relacionados à terapia, ao paciente, e ao sistema de saúde, incluindo complexidade do regime de tratamento, compreendimento cognitivo, alfabetismo em saúde, e apoio social e familiar.
Quais métodos podem ser utilizados para avaliar a adesão ao tratamento?
Os métodos para avaliar a adesão ao tratamento incluem a contagem direta de comprimidos e o uso de marcadores químicos ou métodos indiretos, como questionários e avaliação clínica do paciente.
Por que os métodos indiretos de avaliação da adesão ao tratamento podem ter menor sensibilidade?
Métodos indiretos, como questionários e avaliação clínica, podem ter menor sensibilidade porque dependem da memória e da sinceridade dos pacientes ao relatar sua adesão ao tratamento.
O que são os critérios de Beers?
: Os critérios de Beers são um conjunto de diretrizes desenvolvidas para melhorar a tomada de decisão na prescrição de medicamentos para idosos, identificando fármacos potencialmente inadequados que devem ser evitados nessa população.
Quais são os três grupos de medicamentos destacados pelos critérios de Beers?
Os três grupos são:
1) drogas potencialmente inadequadas em idosos;
2) drogas potencialmente inadequadas em idosos com determinadas doenças e condições;
3) drogas que devem ser usadas com cautela em idosos.
Por que é importante considerar os critérios de Beers no manejo de medicamentos em idosos?
É importante porque muitos medicamentos podem ser associados a um maior risco de delírio, déficit cognitivo e outras complicações em idosos, como efeitos anticolinérgicos que podem levar a xerostomia, constipação e retenção urinária.
: Quais condições em idosos podem ser exacerbadas por medicamentos inapropriados segundo os critérios de Beers?
: Condições como delírio, déficit cognitivo, xerostomia, constipação e retenção urinária podem ser exacerbadas por medicamentos que possuem efeitos anticolinérgicos ou outros efeitos adversos.
Como os critérios de Beers são utilizados na prática clínica?
: Eles são amplamente utilizados como base para o manejo apropriado de medicamentos em idosos em diversos contextos de serviços de saúde.
Por que anti-histamínicos de primeira geração devem ser evitados em idosos, segundo os critérios de Beers?
Devem ser evitados devido ao seu forte efeito anticolinérgico e ao clearance reduzido em idades mais avançadas, aumentando o risco de confusão mental, boca seca e constipação.
Quais são alguns exemplos de anti-histamínicos de primeira geração listados nos critérios de Beers 2019?
: Exemplos incluem dexclorfeniramina, difenidramina, meclizina, hidroxizina, prometazina, entre outros.
Qual é o risco teórico associado ao uso de anti-histamínicos de primeira geração em idosos?
O risco teórico associado ao uso desses medicamentos em idosos inclui efeitos anticolinérgicos que podem levar a efeitos secundários indesejáveis, como confusão mental e boca seca.
Qual é a recomendação dos critérios de Beers para o uso de anti-histamínicos de primeira geração em idosos?
A recomendação é evitar o uso desses medicamentos em idosos.
Quais complicações podem ser exacerbadas pelo efeito anticolinérgico dos anti-histamínicos em idosos?
a: As complicações que podem ser exacerbadas incluem confusão mental, boca seca e constipação.
Por que o uso de antiparkinsonianos como triexifenidil e benztropina deve ser evitado em idosos?
Deve ser evitado porque existem tratamentos mais eficazes para a doença de Parkinson que têm menos efeitos anticolinérgicos.
Quais antiespasmódicos estão listados como medicamentos a serem evitados em idosos de acordo com os critérios de Beers?
Antiespasmódicos a serem evitados incluem escopolamina, atropina e propantelina devido ao seu forte efeito anticolinérgico.
Qual é o racional para evitar o uso de antiespasmódicos em idosos?
O racional para evitar esses medicamentos é o seu forte efeito anticolinérgico, que pode ser particularmente prejudicial em idosos.
: O que significa ter um “forte efeito anticolinérgico” em relação aos medicamentos?
Um forte efeito anticolinérgico significa que o medicamento pode inibir a ação do neurotransmissor acetilcolina, o que pode levar a efeitos secundários como boca seca, visão turva, constipação e confusão mental.
Por que deve-se evitar o uso de dipiridamol de curta duração em idosos?
: O uso de dipiridamol de curta duração deve ser evitado em idosos devido ao risco de hipotensão postural.
: Qual é a recomendação dos critérios de Beers para o uso de ticlopidina em idosos?
A recomendação é evitar o uso de ticlopidina, pois existem alternativas mais seguras disponíveis.
: Qual é o risco associado ao uso de dipiridamol de curta duração que justifica a sua evitação em idosos?
: O risco associado é a hipotensão postural, que pode aumentar a probabilidade de quedas e lesões em idosos.
O que os critérios de Beers sugerem sobre a existência de alternativas ao uso de ticlopidina?
: Os critérios sugerem que há alternativas mais seguras ao uso de ticlopidina para idosos, implicando que essas opções devem ser preferidas para minimizar riscos.
: Quais são os riscos associados ao uso prolongado de nitrofurantoína em idosos?
: O uso prolongado de nitrofurantoína em idosos está associado ao risco de toxicidade pulmonar, hepatotoxicidade e neuropatia periférica.
: Em quais indivíduos o uso de nitrofurantoína deve ser evitado?
: Deve ser evitado em indivíduos com clearance de creatinina inferior a 30 ml/min.
Por que a nitrofurantoína é contraindicada em pacientes com clearance de creatinina <30 ml/min?
A contraindicação deve-se ao risco aumentado de toxicidade em pacientes com função renal reduzida, já que a droga é excretada pelo rim e pode acumular-se em indivíduos com clearance de creatinina reduzido.
Por que bloqueadores alfa-1 periféricos como doxazosina são recomendados para ser evitados como anti-hipertensivos em idosos?
Eles devem ser evitados devido ao risco de hipotensão postural e porque existem melhores alternativas anti-hipertensivas disponíveis.
: Qual é a recomendação dos critérios de Beers para o uso de alfa-agonistas de ação central como a clonidina no tratamento da hipertensão em idosos?
: Alfa-agonistas de ação central devem ser evitados como anti-hipertensivos de primeira linha devido ao risco de eventos adversos, como hipotensão postural e bradicardia.
Quais são os riscos associados ao uso de reserpina em doses superiores a 0,1mg/dia em idosos?
A reserpina em doses superiores a 0,1mg/dia está associada a efeitos colaterais como hipotensão e bradicardia, e por isso seu uso deve ser evitado.
Qual é a recomendação para o uso de agentes com efeito inotrópico negativo em idosos?
Agentes com efeito inotrópico negativo devem ser evitados devido ao seu potencial para exacerbar a insuficiência cardíaca.
Por que o uso de disopiramida é desaconselhado em idosos?
A disopiramida é um potente inotrópico negativo que pode induzir insuficiência cardíaca e tem um forte efeito anticolinérgico. Existem melhores alternativas terapêuticas disponíveis, tornando o uso de disopiramida menos aconselhável para idosos.
Qual é a recomendação dos critérios de Beers para o uso de digoxina em idosos?
Deve-se evitar usar digoxina como primeira linha em fibrilação atrial, já que há melhores alternativas disponíveis. Também se recomenda evitar doses maiores que 0,125 mg/dia, pois podem estar associadas a um aumento da mortalidade em idosos, especialmente em presença de insuficiência renal.
Quais são os efeitos adversos associados ao uso de meperidina?
Neurotoxicidade e delirium.
Por que o uso crônico de AINEs deve ser evitado?
Risco de sangramento gastrointestinal, úlcera péptica, aumento da pressão arterial e lesão renal.
Cite três AINEs comuns que podem aumentar o risco de eventos adversos gastrointestinais e renais.
: Ibuprofeno, diclofenaco e naproxeno.
: O que é AAS e por que seu uso crônico pode ser problemático?
: AAS refere-se ao ácido acetilsalicílico, e seu uso crônico pode levar a riscos gastrointestinais e renais.
Quais são as consequências do uso de relaxantes musculares em idosos?
Má tolerância, efeitos anticolinérgicos, sedação e aumento do risco de fraturas.
Cite três exemplos de relaxantes musculares que devem ser usados com cautela em idosos.
Carisoprodol, clorozoxazona e ciclobenzaprina.
Qual é o efeito adverso comum da indometacina e do cetorolaco que deve ser considerado?
Aumento do risco de úlcera péptica e sangramento gastrointestinal.
Além dos efeitos gastrointestinais, quais outros riscos estão associados ao uso de indometacina e cetorolaco?
Lesão renal aguda e efeitos no sistema nervoso central (SNC).
: Qual é a recomendação geral para o uso de relaxantes musculares e anti-inflamatórios como indometacina e cetorolaco?
Evitar.
O que é o método de Delphi utilizado nos critérios STOPP e START?
: É uma técnica de consulta a especialistas para atingir um consenso.
: Qual é a principal diferença entre os critérios STOPP e os critérios de Beers?
STOPP categoriza medicamentos por sistemas e é baseado em doenças, doses ou condições específicas.
Por que uma prescrição pode ser considerada inapropriada segundo os critérios STOPP?
Se estiver baseada em doenças, doses ou condições que a tornam inadequada para o paciente.
Qual é o propósito dos critérios START?
Evitar a omissão de terapias necessárias em idosos.
: Por que é importante sempre considerar a possibilidade de interações medicamentosas em idosos?
Devido ao alto consumo de medicamentos nessa faixa etária e o risco ser proporcional ao número de fármacos usados.
Que tipos de interações medicamentosas podem ocorrer em idosos?
Fármaco-fármaco, fármaco-doença, fármaco-alimentos, fármaco-álcool, fármaco-fitoterápicos e fármaco-estado nutricional.
Cite um exemplo de interação fármaco-fármaco comum em idosos.
: AINEs e dicumarínicos.
Dê um exemplo de interação fármaco-doença que deve ser considerada na prescrição para idosos.
Metoclopramida em pacientes com doença de Parkinson.
: O que caracteriza uma interação medicamentosa da Categoria (1) segundo Mallet et al. (2007)?
São interações frequentes e conhecidas, envolvendo fármacos com índice terapêutico estreito e algumas interações fármaco-doença específicas.
Quais fármacos geralmente estão envolvidos nas interações medicamentosas da Categoria (1)?
Fármacos com índice terapêutico estreito, como digoxina, varfarina, fenitoína e outros anticonvulsivantes.
Quais interações fármaco-doença estão incluídas na Categoria (1)?
: As relacionadas com constipação intestinal, hipotensão postural e disfunção cognitiva.
Como as interações medicamentosas da Categoria (1) podem ser avaliadas?
Através de recursos online como o MedScape Drug Interaction Checker.
: O que caracteriza as interações medicamentosas da Categoria (2)?
São complexas, ocorrendo em pacientes com múltiplas comorbidades e que usam vários medicamentos, exigindo manejo por um profissional.
Por que pacientes da Categoria (2) precisam de um manejo especializado de suas medicações?
: Porque, apesar de cada medicação ser indicada corretamente, o conjunto delas pode levar a alto risco de interações.
O que são interações medicamentosas em cascata?
São prescrições que visam tratar efeitos colaterais de um medicamento, que são interpretados como novos sintomas ou doenças, levando ao uso de mais fármacos.
: Quem introduziu o conceito de prescrição em cascata e quando?
: Rochon e Gurwitz em 1997.
Qual é o resultado da progressão do regime terapêutico em interações em cascata?
Aumento na probabilidade de novos eventos adversos e prescrições adicionais de medicamentos.
De acordo com Gorzoni et al. (2013), quanto aumenta a probabilidade de efeitos colaterais ou interações medicamentosas a cada novo medicamento prescrito a um idoso?
Aumenta em 10% a cada novo medicamento.
Se o consumo médio de medicamentos por idosos é de cinco fármacos de uso contínuo, qual seria o impacto de adicionar mais medicamentos?
Pode-se dobrar a probabilidade de desenvolver efeitos colaterais ou interações medicamentosas.
Qual pergunta deve ser considerada ao avaliar um paciente idoso com novas queixas?
“Alguma dessas queixas pode ser por interação medicamentosa?”
Qual é a consequência do sentimento de desesperança em idosos em relação ao tratamento medicamentoso?
Pode levar à tentação de abandonar o tratamento (não adesão) e procurar alternativas não comunicadas ao médico (não aderência).
Qual é a estimativa de não adesão a tratamentos medicamentosos em idosos não hospitalizados?
Varia entre 11,5% a 26,7%, significando que pelo menos um em cada dez idosos pode não seguir integralmente a terapia proposta.
Como o morar sozinho afeta a aderência medicamentosa em idosos?
: Idosos que moram sozinhos têm 3 vezes mais probabilidade de não aderência ao tratamento.
Quais são os indicativos para reavaliar doses e justificativas do uso de medicamentos em idosos?
Efeitos colaterais dos fármacos em uso, que aumentam as chances de não aderência em 7 vezes.
O que aumenta a complexidade dos regimes terapêuticos em idosos?
: O número elevado de medicamentos e de doses diárias, especialmente em idosos com condições socioeconômicas e de saúde precárias.
Qual é a finalidade dos índices de complexidade da farmacoterapia?
Auxiliar prescritores de medicamentos na avaliação e gestão da complexidade dos regimes terapêuticos para cada paciente.
: O que é o ICFT e para que serve?
O Índice de Complexidade da Farmacoterapia (ICFT) é uma ferramenta validada para avaliar a complexidade da medicação e sua gestão.
Quais são as três seções que compõem o ICFT?
Formas de dosagem, frequência de dose e número de medicamentos adicionais.
Como são pontuadas as formas de dosagem no ICFT?
São pontuadas de 1 a 5, com 1 sendo formas simples como cápsulas ou comprimidos e 5 para métodos mais complexos como fluido para diálise.
Que tipo de regime terapêutico recebe a maior pontuação na seção de frequência de dose do ICFT?
Aqueles com doses frequentes, como medicamentos tomados a cada 2 horas, recebem uma pontuação mais alta, até 12,5.
Quais instruções adicionais podem aumentar a complexidade do regime terapêutico segundo o ICFT?
Partir ou triturar comprimidos, dissolver comprimidos/pós, tomar múltiplas unidades de uma vez, doses variáveis, horários específicos, relação com alimento, e aumentar ou reduzir a dose progressivamente.
Como são pontuadas as instruções adicionais no ICFT?
Pontua-se entre 1 para instruções até “tomar com líquido específico” e 2 para instruções como “reduzir ou aumentar a dose progressivamente”.
: Qual é a vantagem prática do ICFT na prescrição para idosos?
Permite uma avaliação mais abrangente e individualizada da complexidade terapêutica, além do simples número de medicamentos.
Por que o ICFT é útil para o prescritor no tratamento de pacientes idosos?
Ajuda a definir regimes medicamentosos que têm maior probabilidade de adesão e aderência pelo paciente.
Além do número de medicamentos, que outros fatores o ICFT considera em sua análise?
Considera instruções adicionais e fatores relacionados à forma de administração dos medicamentos, frequência e especificidades na dosagem.
Como o ICFT auxilia na adesão e aderência medicamentosa do paciente idoso?
Ao considerar a complexidade do regime terapêutico, o ICFT auxilia na criação de prescrições mais simplificadas, aumentando as chances de o paciente seguir corretamente o tratamento.
O que caracteriza a subutilização medicamentosa e a omissão terapêutica em idosos?
O uso de medicamentos abaixo da dose farmacológica indicada para a condição terapêutica ou a falta de prescrição de terapias necessárias.
Em quais cenários a subutilização de medicamentos é frequentemente observada?
: Em cuidados paliativos, instituições de longa permanência e entre idosos muito idosos (> 80 anos).
Qual é o risco de estratégias que visam limitar o número de medicamentos em idosos?
Podem ser mal interpretadas e levar à subutilização ou omissão de terapias necessárias.
Por que pode ser mais fácil gerenciar a polifarmácia e a desprescrição do que prescrever corretamente para idosos?
Devido às circunstâncias peculiares e múltiplas condições de saúde de cada paciente idoso.
Para que servem as ferramentas STOPP e START?
: Para minimizar os riscos na prescrição medicamentosa em idosos, identificando potenciais inapropriedades e omissões terapêuticas.
O que se deve fazer em casos de detecção de subutilização ou omissão terapêutica?
Realizar uma análise criteriosa, priorizar medicamentos essenciais e ajustar o tratamento para reduzir interações e tratar os quadros de maior gravidade.
Quais cuidados são sugeridos ao usar os termos “subutilização medicamentosa” e “omissão terapêutica”?
Deve-se ter cautela para evitar interpretações negativas e verificar se ocorrem por falta de reconhecimento do benefício da medicação ou por dificuldades de acessibilidade.
Qual é a recomendação do START para o tratamento de fibrilação atrial crônica?
Uso de varfarina.
Quando a varfarina é contraindicada em fibrilação atrial crônica, qual medicamento o START sugere?
: Ácido acetilsalicílico (AAS).
: Em que condições o START recomenda o uso de AAS ou clopidogrel?
Na presença de doença arterial coronariana (DAC), doença vascular cerebral ou periférica em pacientes com ritmo sinusal.
: Qual é a diretriz do START para terapia anti-hipertensiva em idosos?
: Iniciar terapia anti-hipertensiva quando a pressão arterial sistólica (PAS) estiver constantemente acima de 160 mmHg.
Quando o START indica terapia com estatinas para idosos?
Em casos de doença vascular periférica ou cerebral, quando o status funcional do paciente permite atividades diárias independentes e a expectativa de vida é superior a 5 anos.
Qual medicamento o START recomenda para insuficiência cardíaca crônica?
: Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA).
: Qual é a indicação do START após um infarto agudo do miocárdio (IAM)?
: IECA.
O que o START sugere para angina crônica estável?
Beta-bloqueador.
Quando é indicado o uso de metformina segundo o START?
Em diabetes mellitus tipo 2 ou síndrome metabólica, desde que não haja disfunção renal.
Qual medicamento o START recomenda para pacientes com nefropatia diabética?
Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) ou bloqueadores do receptor de angiotensina (BRA).
Quando a terapia com estatinas é recomendada em pacientes diabéticos?
: Se um ou mais fatores de risco cardiovascular estiverem presentes.
Quando deve ser iniciada a terapia antiagregante plaquetária em pacientes diabéticos?
Em pacientes com diabetes mellitus e um ou mais fatores de risco cardiovascular, como hipertensão arterial sistêmica (HAS), hipercolesterolemia ou histórico de tabagismo.
Qual é a indicação para o uso regular de agonista beta-2 ou agente anticolinérgico?
Em casos de asma leve a moderada ou doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
Quando a inalação regular de corticosteroides é recomendada segundo o START?
Em casos de asma moderada a grave ou DPOC, quando o volume expiratório forçado em um segundo é menor que o esperado para a idade.
Quando é indicado o uso de oxigênio domiciliar contínuo?
Em insuficiência respiratória tipo 1 documentada (PaO2 < 60 mmHg, PCO2 < 48,75 mmHg) ou insuficiência respiratória tipo 2 (PaO2 < 60 mmHg, PCO2 > 48,75 mmHg).
Qual é a indicação para o uso de Levodopa na doença de Parkinson?
: Em doença de Parkinson idiopática com disfunção funcional diagnosticada que resulta em incapacidade.
Em que circunstâncias são indicados medicamentos antidepressivos em neurologia?
Em sintomas depressivos moderados a graves persistentes durante os últimos 3 meses.
Quando são recomendados os DMARDs (medicamentos antirreumáticos modificadores da doença) em reumatologia?
Na doença moderada a grave ativa nas últimas 12 semanas.
Quando são indicados os bifosfonatos em reumatologia?
Em pacientes que estão em terapia oral de manutenção com corticosteroides.
Qual a recomendação para suplementação em pacientes com osteoporose?
Suplemento de cálcio e vitamina D em pacientes com osteoporose diagnosticada, evidenciada por radiologia ou fratura por fragilidade.
Quando o uso de inibidores da bomba de prótons (IBP) é indicado em gastroenterologia?
Em doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) grave ou estenose péptica que requer dilatação.
Qual é a indicação para suplemento de fibras em gastroenterologia?
Para doença diverticular sintomática crônica que apresenta constipação intestinal.
Por que distúrbios de deglutição em idosos podem requerer vias alternativas de administração de fármacos?
Porque a dificuldade de deglutição impede o uso efetivo de medicamentos via oral.
: Quais são as vantagens e desvantagens das vias parenterais na administração de medicamentos em idosos?
As vias parenterais favorecem a absorção rápida de medicações, mas são desconfortáveis, de custo mais alto e exigem profissionais habilitados.
: Em que circunstâncias a via subcutânea é uma opção viável a longo prazo para administração de fármacos em idosos?
Para medicamentos como insulinas e em casos indicados para hipodermóclise.
Qual recurso a SBGG oferece para auxiliar na divulgação da hipodermóclise?
: Um guia intitulado “O Uso da Via Subcutânea em Geriatria e Cuidados Paliativos”, disponível na página da SBGG.
: Em que situações a hipodermóclise é indicada para pacientes idosos?
: Em casos de disfunção cognitiva grave com disfagia, delirium, náuseas/vômitos prolongados, intolerância gástrica, obstrução intestinal, diarreia e desidratação leve a moderada.
Para quais sintomas é recomendada a hipodermóclise durante o processo de morte?
Dor, dispneia, convulsões e delirium.
Quais características de medicamentos são mais compatíveis com a via subcutânea?
Medicamentos hidrossolúveis e com pH próximo ao neutro (7,38 a 7,45).
Que medicamentos podem ser administrados de forma mais lenta pela via subcutânea?
Haloperidol, levomepromazina, metoclopramida e ondansetrona.
Por que as doses subcutâneas devem ser menores do que as orais?
Porque a via subcutânea oferece melhor biodisponibilidade dos medicamentos.
Quais são algumas vias de administração de medicamentos que possuem limitações para idosos?
Tópica, transdérmica, sublingual, retal e bucal, devido à disponibilidade comercial limitada, custo e habilidade de uso pelo idoso.
Quais são os riscos associados às vias de administração que envolvem mucosas?
Risco de interações medicamentosas e sobredose.
Que considerações são importantes ao prescrever medicamentos para idosos que utilizam sondas de alimentação?
Deve-se estar atento às possíveis interações fármaco-alimento ou dietas que podem afetar a eficácia terapêutica ou causar obstrução da sonda.
Como deve ser administrado o AAS por sonda de alimentação?
Pulverizar e dispersar em 10 mL de água antes da administração.
Qual é a recomendação para administrar ácido valproico por SNG e SNE/GTT?
Administrar diretamente por SNG e diluir em 75 mL de água para SNE/GTT.
Há alguma consideração especial para a administração de amiodarona por sonda de alimentação?
Pulverizar e dispersar em 20 mL de água e administrar imediatamente, pois o princípio ativo é fotossensível.
: Como a apixabana deve ser preparada para administração por sonda?
Triturar e dissolver em 60 mL de água.
: Qual é a orientação para a administração de atenolol em relação à nutrição enteral?
Pulverizar e dispersar em 10 mL de água e administrar preferencialmente 1 hora antes ou 2 horas depois da nutrição enteral.
: Quando se deve administrar o AAS em relação à nutrição enteral?
Junto com a nutrição enteral para minimizar efeitos gastrointestinais.
Há alguma restrição na administração de ácido valproico com nutrição enteral?
: Não, pode ser administrado com a nutrição enteral e apresenta elevada osmolalidade.
Amiodarona e apixabana podem ser administradas com a nutrição enteral?
Sim, ambos podem ser administrados com a nutrição enteral.
Qual é a recomendação para administração de carbamazepina em idosos que utilizam sonda de alimentação?
Substituir por suspensão oral e utilizar equipamento de proteção individual (EPI) durante a preparação.
Como deve ser preparado e administrado o carvedilol por sonda de alimentação?
Pulverizar e dispersar em 10 mL de água; administrar preferencialmente junto com a nutrição enteral.
Qual é a instrução para o uso de clopidogrel com sonda de alimentação?
Pulverizar e dispersar em 10 mL de água e administrar com a nutrição enteral para minimizar efeitos gastrointestinais.
Como a codeína deve ser administrada através de sonda de alimentação?
: Pulverizar e dispersar em 10 mL de água para comprimidos; diluir a solução oral em água e administrar imediatamente com a nutrição enteral.
Qual é a diretriz para a administração de dexametasona em pacientes com sonda de alimentação?
Pulverizar e dispersar em 20 mL de água e administrar com a nutrição enteral.
Quando a carbamazepina deve ser administrada em relação à nutrição enteral?
: Administrar 2 horas antes ou 2 horas depois da nutrição enteral, lavando a sonda antes e depois do uso para evitar interações.
A solução oral de codeína apresenta alguma característica especial que requer atenção?
Sim, apresenta elevada osmolalidade, o que deve ser considerado ao administrar com nutrição enteral.
Qual é a recomendação para administração de digoxina em pacientes com sonda de alimentação?
Pulverizar e dispersar em 10 mL de água. A solução oral de digoxina é preferível e deve ser utilizada quando disponível.
: Como deve ser administrada a espironolactona por sonda de alimentação?
: Substituir por solução oral, diluir em água e administrar imediatamente, utilizando equipamento de proteção individual (EPI).
Qual é a instrução para o uso de furosemida via sonda de alimentação?
Pulverizar e dispersar em 10 mL de água e administrar com a nutrição enteral para minimizar efeitos gastrointestinais.
Como a gliclazida deve ser preparada para administração por sonda?
Pulverizar e dispersar em 15 mL de água e administrar junto com a nutrição enteral.
Qual é a orientação para a administração de haloperidol em relação à nutrição enteral?
Pulverizar e dispersar em 10 mL de água e administrar 1 hora antes ou 2 horas depois da nutrição enteral.
Há alguma interação alimentar com a digoxina quando administrada via sonda?
: A digoxina não é compatível com dietas que contêm fibras.
Quais tipos de apresentações farmacêuticas devem ser evitadas na administração via sondas de alimentação?
Drágeas, cápsulas e medicamentos de liberação lenta, pois aumentam o risco de superdosagem devido à absorção integral do conteúdo.
Por que as apresentações líquidas com sorbitol ou manitol exigem atenção especial em pacientes com sondas de alimentação?
: Devido ao potencial osmótico ou laxante dessas substâncias, podendo causar diarreia e confundir a avaliação clínica da eficácia da dieta enteral.
: Qual é a preocupação ao triturar medicamentos para administração via sonda?
A trituração pode reduzir a eficácia da substância ativa e expor o profissional a riscos teratogênicos ou alérgicos.
Comparativamente, por que as sondas gástricas têm menor risco de obstrução que as enterais?
As sondas gástricas têm um lúmen mais largo, reduzindo o risco de obstrução em comparação com as sondas enterais mais finas.
: Qual é a recomendação para a administração de medicamentos em pacientes com sondas gástricas?
Deixar um intervalo mínimo de 30 minutos sem dieta e manter a sonda fechada após a medicação para garantir a efetividade farmacológica.
Qual é o procedimento recomendado para a administração de medicamentos por sondas de alimentação para evitar obstruções?
Irrigar a sonda com 20 a 30 mL de água destilada antes e depois de cada administração de medicamento, reduzindo o risco de obstrução e aderência dos fármacos na parede da sonda.
Por que colírios são frequentemente omitidos na anamnese de medicamentos?
Devido à tendência de não questionar sobre medicamentos utilizados por vias não orais, tanto por parte dos profissionais quanto dos pacientes.
Qual é a porcentagem de substâncias ativas de colírios que penetram nos tecidos oculares?
Apenas entre 1 e 5% das substâncias ativas das formulações tópicas oftalmológicas.
: Por que as medicações oftalmológicas são formuladas com altas doses dos fármacos?
: Para compensar a baixa penetração nos tecidos oculares e a drenagem lacrimal que reduz a quantidade de fármaco que permanece no olho.
Como inflamações e hiperemias conjuntivais afetam a absorção de colírios?
Elas podem aumentar a absorção vascular do fármaco, levando a mais ações sistêmicas do que oculares.
Quais efeitos colaterais sistêmicos graves podem ser causados pelo uso tópico de betabloqueadores não seletivos em pacientes com glaucoma?
Delirium, bradicardia, hipotensão postural, broncospasmo e hipoglicemia.
Por que é importante considerar colírios betabloqueadores na prescrição para idosos com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT)?
Porque idosos frequentemente apresentam DCNTs que podem ser tratadas com betabloqueadores sistêmicos, havendo risco de efeitos colaterais potencializados pelo uso concomitante de colírios betabloqueadores.
Qual é o risco de sobreposição de doses em pacientes que usam betabloqueadores tanto por via oral quanto em colírios?
O risco real de superdose, efeitos colaterais e interações medicamentosas.
O que deve ser feito para evitar a sobreposição medicamentosa quando um paciente está usando betabloqueadores por via oral e em colírios?
A dose do betabloqueador oral deve ser ajustada ou reduzida para evitar superdosagem.
Por que é importante o diálogo entre os médicos que tratam o mesmo paciente em relação a colírios?
Para discutir e alinhar opções terapêuticas e minimizar o risco de efeitos colaterais sistêmicos.
Quais são os efeitos colaterais comuns dos colírios adrenérgicos usados para tratar glaucoma?
: Boca seca, nariz seco, fadiga, sedação, cefaleia e alterações na pressão arterial e frequência cardíaca.
Quais efeitos colaterais sistêmicos podem ser causados por colírios contendo antibióticos?
Parageusia ou gosto amargo na boca para colírios com quinolonas e farmacodermias para colírios com polimixina B e neomicina.
Como deve ser a prática clínica em relação ao uso de colírios pelos pacientes?
Os profissionais de saúde devem sempre perguntar sobre o uso regular de soluções oftalmológicas e considerar os colírios como potenciais desencadeadores de efeitos colaterais e interações medicamentosas.
: Qual é o princípio da prescrição de medicamentos em idosos?
Seguir o aforismo “start slow and go slow”, começando com doses menores e aumentando gradualmente.
: O que o “start slow and go slow” busca prevenir na prescrição para idosos?
Prevenir doses iniciais altas e ajustar o tratamento para evitar subdosagens ou omissão de medicamentos.
Qual ferramenta pode auxiliar na avaliação da adequação de uma prescrição medicamentosa para idosos?
O Medication Appropriateness Index (Índice de adequação medicamentosa) de Hanlon et al.
Quais são as perguntas do Medication Appropriateness Index que orientam a prescrição segura para idosos?
Perguntas sobre indicação, efetividade, dose correta, forma de administração, praticidade, interações medicamentosas, duplicações, duração da terapia e custo.
: Que pergunta adicional é sugerida pelos autores para a prescrição de medicamentos em idosos?
“Existe algum medicamento inapropriado para o uso no idoso?”.
Por que é importante considerar medicamentos de menor custo na prescrição para idosos?
Para garantir que o tratamento seja economicamente viável, mantendo a utilidade e eficácia.
Como a consideração de interações medicamentosas e condições clínicas pode impactar a prescrição para idosos?
: Pode evitar efeitos adversos e melhorar a eficácia do tratamento ao reconhecer possíveis interações perigosas ou contraindicações.