DELRIUM EM IDOSOS Flashcards

1
Q

Qual é a origem etimológica da palavra delirium?

A

Delirium deriva do latim delirare, significando literalmente “estar fora dos trilhos” e figurativamente “estar perturbado, desorientado”.

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2
Q

Quais foram os contribuidores históricos para o conceito atual de delirium?

A

Os primeiros relatos de delirium são de Hipócrates, mas avanços significativos no conceito ocorreram a partir do século XIX, e Engel e Romano estabeleceram uma base científica para sua fisiopatologia no século XX.

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3
Q

Como delirium é definido?

A

Delirium é definido como uma síndrome cerebral orgânica, de início agudo e curso flutuante, caracterizada pela presença simultânea de perturbações da consciência e da atenção, da percepção, do pensamento, da memória, do comportamento psicomotor, das emoções e do ritmo sono-vigília.

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4
Q

Qual é a prevalência de delirium entre idosos hospitalizados?

A

Cerca de um terço dos pacientes admitidos por afecções clínicas com 70 anos ou mais apresentam delirium.

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5
Q

Por que o delirium é frequentemente não diagnosticado ou mal diagnosticado?

A

Em 36 a 67% dos casos, o delirium não é corretamente diagnosticado, frequentemente sendo confundido com demência, depressão, ou considerado parte do processo de envelhecimento.

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6
Q

Por que a forma hipoativa do delirium tem um prognóstico pior?

A

A forma hipoativa é mais comum, mas é menos diagnosticada, o que pode levar a um pior prognóstico por falta de reconhecimento e tratamento adequado.

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7
Q

Qual é a importância do diagnóstico e tratamento precoce do delirium?

A

Delirium é uma urgência médica que pode ser prevenida em até 40% dos casos e, se não tratada adequadamente, pode ter um desfecho desfavorável.

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8
Q

Quais são as principais manifestações clínicas de delirium?

A

As manifestações incluem distúrbios da cognição, atenção e consciência, do ciclo sono-vigília e do comportamento psicomotor.

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9
Q

Como é o início dos sintomas de delirium no paciente idoso?

A

No paciente idoso, o início dos sintomas de delirium pode ser insidioso, frequentemente precedido por sintomas prodrômicos como diminuição da concentração e insônia.

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10
Q

O que caracteriza a flutuação dos sintomas em delirium?

A

A característica marcante de flutuação dos sintomas em delirium muitas vezes dificulta o diagnóstico, com variações no estado mental do paciente ao longo do tempo.

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11
Q

Como a disfunção cognitiva se apresenta em delirium?

A

A disfunção cognitiva é uma manifestação essencial de delirium, com o pensamento tornando-se vago e fragmentado e a memória frequentemente comprometida.

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12
Q

Quais anormalidades da sensopercepção são comuns em delirium?

A

Ilusões e alucinações visuais são anormalidades da sensopercepção comuns em delirium, podendo ocorrer em 40 a 75% dos pacientes idosos.

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13
Q

Qual distúrbio de linguagem é frequentemente observado em delirium?

A

Disnomias e disgrafias são distúrbios de linguagem frequentemente observados em delirium.

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14
Q

Como o distúrbio da atenção se manifesta em delirium?

A

Há dificuldade em manter e mudar a atenção em estímulos, prejudicando a manutenção do fluxo de conversação com o paciente.

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15
Q

Qual alteração no comportamento psicomotor pode ser observada em delirium?

A

O paciente pode apresentar hiperatividade, hipoatividade ou um estado misto, afetando o comportamento psicomotor.

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16
Q

Como são caracterizadas as diferentes formas de apresentação de delirium?

A

Na forma hiperativa, o paciente está agitado e hiperalerta; na forma hipoativa, apresenta-se letárgico e sonolento; e na forma mista, há características de hiper ou hipoatividade em diferentes momentos.

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17
Q

Qual é a natureza da etiologia do delirium?

A

Delirium tipicamente apresenta uma etiologia multifatorial, podendo ser atribuído a diversas afecções médicas e ao uso ou abstinência de substâncias/fármacos.

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18
Q

Quais são as causas mais comuns de delirium em idosos?

A

Processos infecciosos, como pneumonia e infecção do trato urinário, afecções cardiovasculares, cerebrovasculares e pulmonares que causam hipoxia, e distúrbios metabólicos são as causas mais comuns

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19
Q

Como os medicamentos podem contribuir para o desenvolvimento de delirium?

A

Diversos grupos de fármacos amplamente utilizados têm alto risco para delirium, e podem ser um fator etiológico isolado em 12 a 39% dos casos.

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20
Q

Quais são os fármacos de alto risco para delirium e seus respectivos mecanismos de efeito adverso?

A

Fármacos como benzodiazepínicos, analgésicos opioides, sedativos não benzodiazepínicos, anti-histamínicos de primeira geração, anticolinérgicos, entre outros, têm mecanismos de efeito adverso variando de sedação do sistema nervoso central a toxicidade colinérgica.

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21
Q

Qual o papel da polifarmácia e da automedicação na etiologia do delirium em idosos?

A

A polifarmácia e a automedicação em idosos, que consomem cerca de 50% dos medicamentos prescritos, podem ser potencialmente perigosas e contribuir para o desenvolvimento de delirium.

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22
Q

Como a deficiência de tiamina pode estar relacionada ao delirium?

A

A deficiência de tiamina é frequentemente não diagnosticada e pode contribuir para o desenvolvimento de delirium.

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23
Q

Quais fatores cirúrgicos podem estar associados à etiologia do delirium?

A

Fatores cirúrgicos associados ao delirium incluem condições pré-operatórias, como idade avançada e comorbidades; variáveis intraoperatórias, como tipo de anestesia e duração da cirurgia; e fatores pós-operatórios, como dor, infecção e sedação.

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24
Q

Como são classificados os fatores de risco para delirium?

A

Fatores de risco são classificados como predisponentes (já presentes à admissão) e precipitantes (que contribuem para o desenvolvimento de delirium durante a hospitalização).

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25
Q

Quais outras condições são consideradas fatores de risco importantes para delirium?

A

História prévia de delirium, depressão, alcoolismo, história de acidente vascular encefálico (AVE) e idade superior a 65 anos.

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26
Q

Quais são os quatro fatores de risco independentes para delirium identificados em idosos hospitalizados?

A

Déficit cognitivo prévio, doença grave (Apache maior que 16), uremia e déficit sensorial.

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27
Q

Por que pacientes idosos são mais suscetíveis ao delirium?

A

Devido a fatores como menor reserva funcional hepática e renal, maior suscetibilidade a doenças sistêmicas, uso de múltiplos fármacos, e diminuição das células do córtex cerebral e de acetilcolina.

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28
Q

Quais são os cinco fatores precipitantes independentes para delirium em pacientes idosos internados?

A

Restrição física, má nutrição (albumina menor do que 3 g/dℓ), uso simultâneo de mais de três medicamentos, uso de sonda vesical e iatrogenia.

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29
Q

Como o estresse psicológico e a perda de suporte social podem afetar o desenvolvimento de delirium?

A

Estes fatores psicossociais podem contribuir para o desenvolvimento de delirium, assim como fatores associados à própria hospitalização, como ambiente não familiar e privação do sono.

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30
Q

De que maneira os fatores predisponentes e precipitantes interagem no desenvolvimento do delirium?

A

Existe uma interação complexa, onde pacientes vulneráveis (com fatores predisponentes) podem desenvolver delirium com fatores precipitantes leves, e pacientes pouco vulneráveis podem resistir ao delirium mesmo com fatores precipitantes importantes.

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31
Q

Quais fatores de risco estão associados à manutenção de sintomas de delirium após a alta hospitalar?

A

Demência, déficit visual, alta comorbidade, restrição física durante o delirium e prejuízo funcional são fatores de risco para a manutenção de delirium na vigência da alta.

32
Q

Quais são os fatores predisponentes independentes para o desenvolvimento de delirium?

A

Idade superior a 65 anos, delirium prévio, polifarmácia, fragilidade, alcoolismo, doença hepática, depressão, déficit cognitivo, déficit sensorial, doença grave (Apache > 16) e uremia.

33
Q

Qual é o impacto da polifarmácia no risco de desenvolver delirium?

A

A polifarmácia aumenta o risco de delirium, especialmente quando envolve o uso de substâncias psicoativas.

34
Q

Quais são os cinco domínios principais que caracterizam o delirium?

A

Os cinco domínios são déficits cognitivos, déficits de atenção, desregulação do ritmo circadiano, desregulação emocional e alteração no funcionamento psicomotor.

35
Q

O que é a Hipótese do Envelhecimento Neuronal no contexto do delirium?

A

A hipótese sugere que as mudanças do envelhecimento, como a diminuição de neurotransmissores e fluxo sanguíneo cerebral, tornam o idoso mais vulnerável ao delirium.

36
Q

Como a disfunção colinérgica está relacionada com a fisiopatologia do delirium?

A

A deficiência de acetilcolina é importante na patogênese do delirium, podendo levar à diminuição da consciência e da memória e associada a fatores como hipoxia, hipoglicemia e deficiência de tiamina.

37
Q

Quais outros neurotransmissores são implicados na patogênese do delirium?

A

Dopamina, serotonina, GABA, histamina e glutamato são outros neurotransmissores que podem estar envolvidos na patogênese do delirium.

38
Q

Qual o papel da serotonina no delirium?

A

A serotonina age inibindo a sobreestimulação e estabiliza o processamento de informações; a deficiência de serotonina pode tornar os indivíduos distratíveis e impulsivos e afeta o ciclo sono-vigília.

39
Q

Por que os antagonistas dos receptores H1 e H2 da histamina estão associados ao delirium?

A

Os antagonistas H1 da histamina de primeira geração reduzem a excitação e estão associados ao delirium, possivelmente devido a suas propriedades anticolinérgicas e modulação de outros neurotransmissores como catecolaminas e serotonina. Antagonistas H2 também são conhecidos por suas propriedades anticolinérgicas.

40
Q

Como a encefalopatia hepática e a abstinência de substâncias como álcool e benzodiazepínicos estão relacionadas ao delirium?

A

A encefalopatia hepática está associada ao aumento da atividade do GABA, enquanto a abstinência de substâncias como álcool e benzodiazepínicos está associada à diminuição do GABA, ambos os estados podem contribuir para o desenvolvimento de delirium.

41
Q

Qual é a base dos critérios diagnósticos para delirium?

A

Os critérios diagnósticos para delirium refletem as anormalidades neuropsiquiátricas da síndrome e são usados para estabelecer diretrizes para o diagnóstico clínico.

42
Q

Quais itens são avaliados pelo CAM para diagnosticar delirium?

A

O CAM avalia itens como início agudo, distúrbio da atenção, pensamento desorganizado, alteração do nível de consciência, desorientação, distúrbio de memória, distúrbios da percepção, agitação ou retardamento psicomotor e alteração do ciclo sono-vigília.

43
Q

como o diagnóstico de delirium é estabelecido através do CAM?

A

O diagnóstico de delirium pelo CAM é estabelecido pela presença dos critérios de início agudo e distúrbio da atenção, associados a distúrbio do pensamento ou alteração do nível de consciência.

44
Q

Por que o início agudo é um critério importante na avaliação de delirium?

A

O início agudo indica uma mudança rápida no estado mental do paciente, o que é característico do delirium em oposição a outras condições como demência.

45
Q

Qual a importância do distúrbio da atenção na avaliação de delirium?

A

O distúrbio da atenção é central no delirium, refletindo a incapacidade do paciente em focar, manter ou desviar a atenção, o que impacta significativamente na cognição.

46
Q

Como a avaliação do pensamento desorganizado contribui para o diagnóstico de delirium?

A

O pensamento desorganizado ou incoerente é um indicador de função cerebral comprometida, típico de delirium, que afeta a capacidade de comunicação e raciocínio do paciente.

47
Q

Qual a relevância de identificar a alteração do nível de consciência no delirium?

A

A alteração do nível de consciência, que pode variar de hiperalerta a comatoso, é um indicador de delirium e ajuda a diferenciar de outras condições neuropsiquiátricas.

48
Q

O que a alteração do ciclo sono-vigília indica em um paciente com delirium?

A

A alteração do ciclo sono-vigília, como sonolência diurna e insônia noturna, reflete a desregulação dos ritmos naturais do corpo e está frequentemente associada ao delirium.

49
Q

Quais são as duas etapas essenciais no diagnóstico de delirium?

A

Estabelecimento do diagnóstico sindrômico e determinação da etiologia do delirium

50
Q

Por que a avaliação clínica e laboratorial é considerada o padrão-ouro no diagnóstico de delirium?

A

Porque não há estudo clínico ou biomarcador que possua alta sensibilidade e especificidade para delirium.

51
Q

Que informações são cruciais na anamnese para diferenciar delirium de outras condições?

A

Informações sobre o início agudo, curso flutuante dos sintomas, oscilação do nível de consciência e déficit de atenção

52
Q

Como o delirium é diferenciado da demência no diagnóstico diferencial?

A

Delirium geralmente tem um início agudo e curso flutuante, enquanto a demência apresenta um início gradual e curso progressivo.

53
Q

Quais exames podem ser solicitados na investigação da etiologia do delirium?

A

Hemograma, exames bioquímicos, análise de urina, culturas, radiografia de tórax, dosagens de fármacos, punção liquórica, hormônios tireoidianos, EEG e tomografia computadorizada de crânio.

54
Q

Quais condições médicas comuns podem desencadear delirium?

A

Distúrbios metabólicos, hidreletrolíticos e processos infecciosos.

55
Q

Quais são os principais sintomas de delirium que podem se sobrepor aos de demências específicas?

A

início agudo em demências vasculares e distúrbios da percepção e flutuação dos sintomas na demência com corpos de Lewy.

56
Q

Como a depressão pode ser diferenciada do delirium hipoativo?

A

Depressão normalmente tem um início gradual e não apresenta flutuações acentuadas de cognição ou atenção, mantendo o estado de alerta normal.

57
Q

O que indica o EEG em pacientes com delirium versus psicoses funcionais?

A

O EEG em delirium geralmente mostra alentecimento difuso, enquanto em psicoses funcionais, o EEG permanece normal.

58
Q

Por que é importante conhecer os fatores de risco para delirium?

A

Conhecer os fatores de risco permite implementar estratégias preventivas, especialmente para pacientes mais vulneráveis.

59
Q

Quais são as estratégias não farmacológicas eficazes na prevenção do delirium?

A

Estratégias incluem orientação e estímulo cognitivo, redução de ruído noturno, mobilização precoce, uso de óculos e aparelhos auditivos, e correção de desidratação.

60
Q

Como intervenções simples podem reduzir a incidência de delirium?

A

Através da identificação e intervenção em fatores de risco como prejuízo cognitivo e imobilidade, estudos mostraram redução de até 40% nos casos de delirium.

61
Q

Qual programa é destacado para a prevenção de delirium em pacientes idosos hospitalizados?

A

O Hospital Elder Life Program (HELP), que também atua na prevenção de declínio funcional e quedas.

62
Q

Por que o uso de antipsicóticos na prevenção do delirium é controverso?

A

A eficácia dos antipsicóticos na prevenção do delirium não é bem estabelecida, e estudos mostram resultados heterogêneos.

63
Q

Como a dexmedetomidina pode ajudar na prevenção do delirium?

A

Dexmedetomidina pode ser útil por suas propriedades analgésicas e sedativas, potencialmente reduzindo a necessidade de medicamentos deliriogênicos.

64
Q

Quais são as precauções ao usar dexmedetomidina em pacientes idosos?

A

Deve-se ter cautela devido a potenciais efeitos adversos, como hipotensão e bradicardia.

65
Q

Qual o papel da melatonina na prevenção do delirium?

A

A administração de melatonina ou agonistas melatoninérgicos tem sido associada à redução da incidência de delirium, sugerindo benefício na sua prevenção.

66
Q

Qual é o objetivo principal no tratamento do delirium?

A

Corrigir a causa básica, tratar sintomas e fornecer terapia de suporte.

67
Q

Por que é importante a análise de medicamentos no tratamento do delirium?

A

Muitos fármacos, especialmente os anticolinérgicos, podem ser etiológicos no delirium, e pode ser necessário interromper ou reduzir a dose.

68
Q

Quais são as principais condições patológicas que devem ser investigadas no delirium?

A

Doenças infecciosas, metabólicas, cardiovasculares e cerebrovasculares, frequentemente atípicas no idoso.

69
Q

Que medidas psicossociais e ambientais compõem o tratamento não farmacológico do delirium?

A

Reorientação temporal e espacial, presença de familiares, correção de déficits sensoriais, ambiente tranquilo, e estímulos sonoros suaves

70
Q

Quando o tratamento farmacológico é indicado no delirium?

A

Em casos de delirium hiperativo com agitação grave ou distúrbios acentuados da sensopercepção.

71
Q

Qual antipsicótico é frequentemente usado na terapia do delirium e quais são suas vias de administração?

A

Haloperidol, disponível nas vias oral, intramuscular e intravenosa.

72
Q

Quais são os efeitos colaterais menos comuns em antipsicóticos atípicos como risperidona, olanzapina e quetiapina?

A

Efeitos extrapiramidais.

73
Q

Como é tratado o delirium secundário à abstinência de álcool ou benzodiazepínicos?

A

Com benzodiazepínicos, preferencialmente lorazepam devido à sua vida curta e menor quantidade de metabólitos ativos.

74
Q

Quais substâncias têm sido estudadas no tratamento da forma hipoativa do delirium?

A

Cafeína, metilfenidato e antipsicóticos como haloperidol, olanzapina e aripiprazol.

75
Q

Quais são as consequências adversas associadas ao delirium?

A

Maior tempo de internação, complicações, aumento da taxa de mortalidade hospitalar, piora da função cognitiva, maior taxa de hospitalização e institucionalização após alta.