Patologias do MMSS Flashcards
SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO
- Definição
• Mais frequente das síndromes compressivas e é definida pela compressão e/ou tração do nervo mediano ao nível do punho.
SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO
- Epidemiologia
- Prevalência entre 4%-5% da população;
- Faixa etária mais acometida: 40-60 anos;
- Sexo feminino (65% a 80%);
- 50% a 60% são bilaterais.
SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO
- Etiologia
- STC idiopática (maioria);
- STC secundária: relacionada a anomalias do continente ou do conteúdo;
- STC dinâmica;
- STC aguda.
!!! NÃO ASSOCIADO À ATIVIDADE LABORAL
SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO
- Manifestações clínicas
• Parestesia (dormência): sintoma inicial; noturna (pode acordar o paciente); pode se tornar diurna com a progressão da compressão.
- Local: face palmar dos dedos polegar, indicador, médio e metade radial do anular;
• Dor e fraqueza na mão;
• Coceira na palma da mão;
• Fraqueza de oponência do polegar e hipotrofia tenar por comprometimento do ramo motor do mediano para o músculo abdutor curto do polegar.
SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO
- Exame Físico
- Teste de Phalen: flexão ativa máxima do punho durante um minuto;
- Teste de Tinel: percussão do n. mediano na face volar do punho;
- Teste de Paley e McMurphy: pressão manual próximo do n. mediano entre 1 cm e 2 cm proximais da dobra de flexão do punho;
- Teste de compressão em flexão do punho (Durkan): pressão a dois dedos efetuada sobre a região mediana do túnel do carpo, o punho flexionado a 60◦, cotovelo estendido, antebraço em supinação.
SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO
- Exame complementar
#Eletroneuromiografia: é um excelente exame para ajudar a confirmar a compressão nervosa. - Nos casos típicos e de longa duração, não há necessidade desse exame complementar para estabelecer o diagnóstico.
Na prática de Uruguaiana: USG
SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO
- Tratamento Conservador e Cirúrgico
- Indicações: STC transitória (gravidez), sintomas leves e recentes (<6 meses), presença de comprometimento sensitivo evidenciado pela eletroneuromiografia.
- Uso de órtese (tala gessada ou de Orthoplast), à noite, que deve ser feita para manter o punho em posição neutra (0°) para não aumentar a pressão dentro do túnel + AINE + Infiltração de corticoide no túnel (apenas 1x).
- Orientações: observar a postura dos punhos, evitando movimentos ou trabalhos em posições de muita flexão ou posições que mantenham o punho e os dedos flexionados por período prolongado.
Cirurgia
- Indicações: fracasso do tratamento conservador, sintomas de longa duração, comprometimento motor.
- Técnica cirúrgica: incisão em “Z” ligamento transverso do carpo.
Epicondilites
- Definição
inflamação local próxima à inserção dos extensores ou flexores do antebraço podendo apresentar tanto o processo inflamatório quanto o degenerativo
- Lateral: extensores
- Medial: flexores
Epicondilites
- Epidemiologia
Prevalência de 1% a 10% na população;
Mais prevalente na faixa de 40-60 anos;
Ocorre igualmente entre os sexos;
Epicondilite lateral é 5x mais frequente que a medial.
Lateral: Cotovelo de Tenista
EPICONDILITES
- Fisiopatologias
A lesão é resultado da aplicação de tração contínua por repetição, resultando em microrrupturas da origem do extensor radial curto do carpo, seguidas de fibrose e formação de tecido de granulação
EPICONDILITES
- Quadro Clínico
Dor sobre o epicôndilo lateral, que se irradia ao longo dos músculos extensores.
Agrava-se por pequenos movimentos do cotovelo
Pode impedir a realização de atividades diárias comuns, como abrir a porta, escovar os dentes, escrever ou fazer a barba.
EPICONDILITES
- Exame Físico
Teste de Mill (lateral): cotovelo em 90° de flexão e o antebraço em pronação com a mão fechada, o punho em dorsiflexão e o cotovelo em extensão. Forçar o punho contra a resistência do paciente.
Cozen (lateral): cotovelo em 90° de flexão e o antebraço em pronação. Paciente faz extensão ativa do punho contra a resistência do examinador.
EpL: m. extensor ulnar curto do carpo
EpM: flexores
EPICONDILITES
- Exames complementares
Radiografias de rotina do cotovelo são de pouca ajuda.
A RM e a USG são melhores.
RM tem mais sensibilidade, mas deve ser reservada para casos assintomáticos sem alterações no USG.
A eletroneuromiografia (ENMG) dinâmica avalia a possibilidade de compressão do nervo interósseo posterior.
EPICONDILITES
- Tratamento Conservador e cirúrgico
Conservador: Conduta inicial
(Repouso, Fisioterapia, Exercícios em Casa e Medicamentos- oral, local, infiltração)
Cirurgia: indicação 6-8 meses de tratamento conservador sem melhora ou recidivas
LESÕES DO MAGUITO ROTADOR
- Definição
- M. Supraespinhal, M. Infraespinhal, M. Subescapular, M. Redondo menor
- A maioria dos casos é de lesão parcial.
- Incidência aumenta com a idade.
- Lesões na superfície articular são mais comuns que na superfície bursal.
LESÕES DO MAGUITO ROTADOR
- Etiologia
- Trauma (estiramento abrupto durante atividade com os braços elevados; luxação traumática passada ou recente; queda sobre o membro afetado)
- Degeneração
LESÕES DO MAGUITO ROTADOR
- Classificação das lesões
- Tendinopatias primárias (aumento de volume das estruturas no espaço subacromial): Bursite, Tendinite Calcárea
- Tendinopatias secundárias (redução do espaço subacromial): Calcificação do ligamento coracoacromial, Fratura deslocada do tubérculo maior
LESÕES DO MAGUITO ROTADOR
- Quadro clínico
VAI CAIR NA PROVA!!!
- Dor localizada ao redor do ombro (antero-lateral) e face lateral do braço, podendo irradiar para região escapular e cotovelo (não ultrapassa o cotovelo),
- Piora noturna e dificuldade de deitar-se sobre o lado afetado
LESÕES DO MAGUITO ROTADOR
- Exames complementares
RX DE OMBRO: não permite a visualização das lesões, mas podem mostrar sinais como esclerose e cistos do acrômio e do tubérculo maior (indicativos de impacto crônico), morfologia do acrômio e medida do espaço acromioumeral
ARTROGRAFIA: outrora muito utilizada, permite o diagnóstico de lesões parciais articulares e lesões completas
US: não permite a avaliação quantitativa fidedigna do manguito rotador
RM: é considerada como método mais acurado para a detecção das lesões e para a avaliação da sua extensão.
LESÕES DO MAGUITO ROTADOR
- Exame físico
- Jobe: m. supraespinhoso
- Gerber (lift-off e o belly-press): m. subescapular
- Teste de Patte: m. infra-espinhoso e o m. redondo menor
- Teste de Neer
LESÕES DO MAGUITO ROTADOR
- Tratamento
• Conservador: tendinoses e busites
- Parciais: 6 meses de conservador e reavaliação
• Cirúrgico: rupturas completas
CAPSULITE ADESIVA
- Definição e epidemiologia
- Inflamação da capsula articular (reveste a articulação glenoumeral)
- Autolimitada (mas se faz tratamento)
- Mais comum em mulheres 40-60 anos
- Etiologia multifatorial
CAPSULITE ADESIVA
- Classificação
- Primária: idiopática
* Secundária: intrínseca, extrínseca ou sistêmica
CAPSULITE ADESIVA
- Sintomas
- Dor (muita dor) e rigidez articular
- Contração muscular
- Início insidioso, sem histórico de trauma
- Características sempre presentes é o bloqueio das rotações externa e interna.
EF: perda da rotação lateral!!!
CAPSULITE ADESIVA
- Fases
- 1° Inflamatória
- 2° Rigidez ou congelamento
- 3° descongelamento
CAPSULITE ADESIVA
- Exames de imagem
- RX e US: excluir outras causas
- RNM:
- Artroscopia do ombro: padrão ouro
CAPSULITE ADESIVA
- Tratamento
• Fase de inflamação = redução da dor
- AINES, corticoides (via oral ou injetável), infiltrações intra-articulares com corticoide ou os bloqueios anestésicos (bloqueio do nervo supraescapular)
• Para fase de rigidez = alongamento e fisioterapia para ganho de ADM
Cirurgia - após 3 meses de fisio sem sucesso - “Liberação artroscópica”
TENOSSINOVITE ESTENOSANTE DE QUERVAIN
- Definição
- Etiologia
ATRITO E INFLAMAÇÃO DA SINÓVIA (ciclo vicioso)
- PRIMEIRO COMPARTIMENTO
- Extensor curso do polegar
- Abdutor longo do polegar
Trauma, exercícios repetitivos, alterações metabólicas/reumáticas, variações anatômicas
TENOSSINOVITE ESTENOSANTE DE QUERVAIN
- Epidemiologia
(Semelhante à STC)
Comumente entre os 30 a 50 anos de idade, com maior incidência em mulheres jovens no período gestacional ou lactação
TENOSSINOVITE ESTENOSANTE DE QUERVAIN
- Clínica
Dor no punho, perto da base do polegar que pode irradiar para o antebraço e se intensificar durante a realização de alguns movimentos da mão e do polegar.
- Inchaço
- Dificuldade de movimentar a mão e o punho
- Sensação de travamento do polegar ao movimentá-lo
TENOSSINOVITE ESTENOSANTE DE QUERVAIN
- Exame físico
Teste de Finkelstein (tirar leite de vaca)
TENOSSINOVITE ESTENOSANTE DE QUERVAIN
- Tratamento
Inicialmente cnservador: imobilização (tala), AINE e Gelo
Então, Corticoide
Sem melhora, Cirurgia
OSTEOARTRITE CARPOMETACARPAL DO POLEGAR OU RIZARTROSE
- Definição
- Etiologia
- Epidemiologia
ENTRE OS OSSOS TRAPÉZIO E METACARPO DO POLEGAR;
DESGASTE PROGRESSIVO DA CARTILAGEM ARTICULAR COM A EXPOSIÇÃO DO OSSO.
FATORES:
- GENÉTICOS E CONSTITUCIONAIS (POR EXEMPLO HIPERLAXIDEZ OU HIPERMOBLIDADE LIGAMENTAR);
- PADRÕES DE SOBREUSO;
- CAUSAS PÓS-TRAUMÁTICAS.
66% DAS MULHERES COM MAIS DE 55 ANOS E CERCA DE 22% DA POPULAÇÃO GERAL COM 50 ANOS OU MAIS SÃO SINTOMÁTICOS
OSTEOARTRITE CARPOMETACARAL DO POLEGAR OU RIZARTROSE
- QUADRO CLÍNICO
- DIAGNÓSTICO
DOR NA BASE DO POLEGAR;
DIFICULDADE EM ESCREVER OU REALIZAR OUTRAS ATIVIDADES FINAS;
RIGIDEZ E ATÉ DEFORMIDADE ARTICULAR.
DIAGNÓSTICO:
NEM SEMPRE EXISTE CORRELAÇÃO ENTRE AS ALTERAÇÕES RADIOGRÁFICAS E A INTENSIDADE DO QUADRO CLÍNICO.
- INCIDÊNCIAS RAIO-X:
AP ROBERT MODIFICADO; OBLÍQUA;
PERFIL; PERFIL ABSOLUTO; COMPARATIVA STRESS; STRESS EM ADUÇÃO E ABDUÇÃO;
OSTEOARTRITE CARPOMETACARAL DO POLEGAR OU RIZARTROSE
- Tratamento
Conservador: A IMOBILIZAÇÃO TEMPORÁRIA, A ADMINISTRAÇÃO DE ANTI-INFLAMATÓRIOS E, ÀS VEZES, AS INFILTRAÇÕES DE CORTICOIDE
Cirúrgico: RESSECÇÃO DO TRAPÉZIO, COM OU SEM INTERPOSIÇÃO DE TECIDOS (TENOARTROPLASTIA), COM OU SEM LIGAMENTOPLASTIAS.
Cistos sinoviais
- Tratamento
Fisiopatologia é incerta.
Pode acometer qualquer articulação, sendo mais frequente aparecerem no punho dorsal, no punho volar e na bainha dos flexores.
MANIFESTAÇÕES
- Maioria é assintomática.
- Dor depois de esforços e movimentos repetitivos.
- Pode ter ocorrência súbita ou evoluir aos poucos, ao longo de meses, podendo aumentar ou diminuir de volume, ou mesmo permanecer inalterado por tempo indefinido.
- Costuma ter consistência firme, mas pode ser mole e flutuante, dependendo do seu conteúdo.
Cistos sinoviais
- Tratamento
TRATAMENTO
- A cirurgia só é recomendada para pacientes com queixa de dor persistente.
- Para pacientes assintomáticos não é recomendado cirurgia.
OBS: deve-se remover a ideia de cirurgia nesses pacientes, ressaltando que trata-se de uma lesão benigna, cujo tratamento não assegura resolução definitiva.