Fraturas Flashcards
Conceito de fraturas
- Perda da continuidade óssea
- Geralmente por traumas de alta energia
Tipos de fraturas e força aplicada
Angular: fratura transversa ou oblíqua
Torção: fratura espiral
Tração: fratura por avulsão
Compressiva: compressão
Classificação das fraturas
- Traço: simples, cunha, cominutiva
- Comprometimento articular: intra articular, extra articular
- Comprometimento de partes moles: aberta, fechada
Tempo de cosolidação
Tempo variável para cada osso
Primárias X secundárias
Etapas: fase precoce/hematoma, fase do colo fraturário (mole), fase do calo maduro
Quadro clínico do paciente com fratura
- Dor
- Incapacidade funcional
- Impotência funcional
- Deformidade
Abordagem inicial
Exame clínico
Exame radiológico (2 incidências)
Abordagem definitiva do paciente fraturado
- Alívio da dor
- Redução - aberta ou fechada
- Imobilização
- Restaurar a função
Tipos de imobilização
- Contenção externa
- Fixação cirúrgica externa
- Fixação cirúrgica interna
Complicações das fraturas
- Osteomielite
- Lesão arterial
- Síndrome compartimental
- TVP
- Necrose avascular
- Pseudoartrose
Fraturas expostas
- Contato do foco com o meio externo
- Prognóstico proporcional à energia
- Evolução relacionada à quantidade de tecido desvitalizado
Classificação de Gustilo e Anderson
Tipo | Ferida | Contaminação | Lesão de partes moles | Lesão óssea
Tipo I: < 1 cm |limpa | mínima | simples
Tipo II: > 1 cm | moderada | moderada | moderada
Tipo IIIA: > 10 cm | contaminada | grave + cobertura cutânea possível | multifragmentar
Tipo IIIB: > 10 cm | contaminada | grave + perda da continuidade cutânea - reconstrção de partes moles | multifragmentar
Tipo IIIC: > 10 cm | contaminada | lesão vascular (requer reparo). Graves lesões de partes moles| multifragmentar
Lesão por arma de fogo: III
ATB nas fraturas expostas
Tipo I e II: cefalosporinas de 1ª geração (Cefazolina 2g EV, como dose inicial, mantendo 1 g de 6/6 horas ou Cefalotina).
Tipo III: Cefazolina 2g EV como dose inicial, mantendo 1 g de 6/6 horas, por 2 dias + Gentamicina 5 mg/kg EV 1 x ao dia, por 2 dias.
Tipo III em ferimentos altamente contaminados (rural): Cefazolina 2 g EV como dose inicial, mantendo 1 g de 6/6 horas, por 2 dias + Gentamicina 5 mg/kg EV 1x ao dia, por 2 dias + Penicilina Cristalina 150.000 unidades/Kg/dia EV divididos em 4 doses, por 2 dias.
A profilaxia antibiótica deve ser realizada por 24-48 horas e repetida pelo mesmo período a cada abordagem cirúrgica adicional.
Fraturas da fise de crescimento
- Trauma nas apífises dos ossos longos
- Pode gerar fechamento precoce da fise
- Localização: rádio distal, fêmur distal, cotovelo, tíbio distal
Classificação de Salter Harris
Tipo I: Lesão transfisária, sem nenhum traço de fratura acometendo a epífise e a metáfise.
Tipo II: componentes fisário e metafisário; o traço de fratura se estende da margem periférica da fise, atravessa uma porção variável da fise e sai pela metáfise no lado oposto; Fragmento ou sinal de Thurston-Holland.
Tipo III: Começa na epífise (com raras exceções), com a fratura atingindo a superfície articular e estendendo verticalmente em direção à fise, seguindo para a periferia dela. Há dois fragmentos: Um fragmento pequeno, contendo parte da epífise e fise; Um fragmento maior, contendo epífise remanescentes e restante do osso longo.
Tipo IV: fraturas do tipo cisalhamento, partindo da região articular para a metáfise. Envolve a superfície articular; Acomete todas as camadas da fise; Com deslocamento, pode causar uma consolidação cruzada entre metáfise e epífise (associado a distúrbio do crescimento).
Tipo V: Consiste em um padrão compressiva de lesão não reconhecida inicialmente, caracterizada por radiografias normais no primeiro momento, sendo observado posteriormente fechamento precoce da fise.
Condutas:
I e II (bom prognóstico): Tratamento conservador
III e IV: Tratamento cirúrgico
V (mau prognóstico): sequelas inevitáveis