Patologias benignas e malignas do ovário Flashcards
Afecções benignas dos ovários: (5)
Aplasia ovariana Ovários supranumerários Alterações funcionais Falência prematura Tumores ovarianos benignos
Dificuldade na identificação de fatores de riscos para doenças benignas consiste em:
Na diversidade histológica do ovário, ele é composto por três tecidos de origem embriológica diferentes
Classificação dos tumores ovarianos benignos: (5)
Tumores não neoplásicos Tumores proliferativos (neoplásicos) Tumores sólidos benignos Tumores funcionantes Tumores limítrofes
Tumores não neoplásicos do ovário:
Cistos funcionais: cistos foliculares, cistos do corpo lúteo, cistos tecaluteínicos
Endometriomas
abscessos tubo-ovarianos
ovários policísticos
tumores proliferativos do ovário:
Tumores epiteliais: cistoadenoma seroso, cistoadenoma mucinoso
Tumores de células germinativas: teratoma cístico benigno ou cisto dermoide ou ainda, teratoma maduro
Tumores sólidos benignos do ovário:
Fibroma
Tumor de Brenner: alguns livros didáticos o classificam como tumores epiteliais neoplásicos
luteoma da gravidez
Tumores funcionantes do ovário:
Feminilizantes: tecomas, tumores de células Hilares, gonadoblastomas
Virilizantes
Struma ovarii
Tumores limítrofes ou borderline:
tem que conter:
hiperplasia epitelial em tufo, cribriforme ou micropapilar
atipia nuclear e aumento da atividade mitótica
grupos celulares isolados
ausência de invasão verdadeira do estroma, ou seja, sem destruição tecidual
Causas de massas anexiais na infância:
Tumor de células germinativas
cisto funcional
Causas de massa anexial na adolescência:
cisto funcional
gravidez ectópica
teratoma cístico benigno ou outros tumores de células germinativas
tumor ovariano epitelial
Causas de massa anexial na menacme:
Cisto funcional
gravidez ectópica
tumor ovariano funcional
Causas de massa anexial na perimenopausa:
tumores ovarianos epiteliais
cisto funcional
causas de massa anexial na pós-menopausa:
tumor ovariano maligno ou benigno
cisto funcional
Características dos cistos ovarianos:
Formação no menacme
Imagem anecoica no US
Bordos regulares
Conduta nesses casos é conservadora - não precisa fazer nada - até 50% vão ter em algum momento da vida
Características dos cistos tecaluteínicos:
Ocorre em pacientes que tiveram mola hidatiforme
A doença trofoblástica produz muito b-hCG - eles que geram os cistos
Conduta é conservadora: quando a mola for aspirada, o b-hCG vai diminuir e o cisto será reabsorvido
Cistos com conduta conservadora:
Funcionais
foliculares/corpo lúteo
tecaluteínicos
Características dos cistoadenomas:
São benignos
Serosos - material seroso/líquido (eletrólitos e hormônios)
Mucinosos: secreção gelatinosa
A conduta nesses casos é expectante
Características dos teratomas:
É um tumor de comportamento benigno das células germinativas (oócitos/gametas) dos ovários
Diferenciação ECTODÉRMICA
tumor com pelos e material sebáceo
variável: estruturas dentárias e áreas de calcificação
aumenta a possibilidade de torção
Características dos endometriomas:
São um implante de endometriose no ovário que possui uma cápsula
>=3 cm - alta chance de sintomas (dor pélvica, inferlidade) - fazer ressecção da cápsula (cistectomia)
Características dos fibromas:
São tumores ovarinos benignos (apesar de feio)
Origem do tecido conjuntivo
É um tumor sólido
Risco de provocar Sd. de Meigs
Tríade da Sd. de Meigs:
Fibroma
ascite
derrame pleural
Etiologia da torção do ovário:
Etiologia desconhecida
A presença do cisto dermoide (teratoma) aumenta a possibilidade de torção: aumenta gordura - causa flutuação
Clínica e diagnóstico de torção do ovário:
dor abdominal súbita > isquemia > necrose
Diagnóstico: USTV com doppler - observa se há interrupção do fluxo sanguíneo
Conduta em torção do ovário:
Cirurgia de urgência
distorção do pedículo - fazer uma pexia recidivar
ooferectomia (em caso de necrose)
Incidência do tumor maligno de ovário:
é baixa - aumenta a partir da 6a década
Fatores de risco para tumor maligno de ovário:
Menarca precoce e menopausa tardia Nuliparidade história familiar mutação BRCA 1 e 2 Raça branca Alto nível socioeconômico
Qual parte do ovário com maior chance de CA:
epitélio: está o tempo todo rompendo
Fatores de proteção da CA de ovário:
gestação
uso de MAC hormonais - anovulatórios
Clínica do CA de ovário:
assintomático na maioria (clínica silenciosa)
Quando aparecem os sintomas já é em estágio tardio:
Aumento de volume e ascite
Conduta na suspeita de CA de ovário:
USTV:
Metástase do CA de ovário:
linfonodos: pélvicos e para-aórticos Órgãos vizinhos Intestino Fígado Tórax
Imagem no US no CA de ovário:
Lesão sólido (hiperecogênica) ou Lesão cística: >= cm cápsula espessa multilobulado presença vegetações, septos, ascite
Biópsia no CA de ovário:
Não faz - está contraindicado, pois a disseminação é célula-célula (vai disseminar o tumor)
Se a suspeita for forte tem que fazer cirurgia
Cirurgia no CA de ovário:
Laparotomia mediana
Citologia do líquido peritoneal - importante para prognóstico
Ooferectomia com congelação:
se for cisto ou tumor benigno (encerra a cirurgia)
se for CA de ovário: cirurgia citorredutora
Diagnóstico de CA de ovário:
Ooferectomia com congelação (só faz durante a cirurgia)
Características da cirurgia citorredutora:
Consiste no estadiamento cirúrgico (tbm chamada de debulking)
Faz pan-histerectomia: retira o útero, o outro ovário tbm, omento (omentectomia)
E retira tudo de doença visível na cavidade
Deixar doença < 1cm
Faz tbm linfadenectomia pélvica e para-aórtica
Conceito de cirurgia citorredutora:
Deixar doença menor que 1cm de diâmetro macroscópico - o melhor deixar vários focos < 1cm que um com mais de 1cm
Conduta em tumores em estadios iniciais em paciente jovme:
SALPINGOEOFERECTOMIA unilateral - completar a cirurgia após uma gestação
Tumor restrito a um ovário
Opção em casos duvidosos de CA de ovário:
USG com doppler: índice de resistência é baixo (os neovasos não tem túnica média) - maior chance de neoplasia
CA 125: não é imprescindível para indicar cirurgia
Tipos histológicos de CA de ovário:
80% são epiteliais
germinativos (oócitos)
estroma e cordão sexual - mais raro
CA de ovário do tipo epitelial:
Adenocarcinomas serosos ou mucinosos seroso é o mais comum de todos Outros adenocarcinomas: endometrioide células claras Brener: lembra as células do epitélio transicional da bexiga
características do adenocarcinoma mucinoso:
único que não altera o CA-125
Pode aumentar CEA > marcador de
Pseudomixoma-mucina no abdome (quando a cápsula rompe)
Características do disgerminoma:
tumor de origem germinativa (não epitelial)
Acomete pacientes jovens - crescimento rápido
bilateralidade é comum
marcadores hormonais: alfa-fetoproteína e HCG (os mesmos pedidos para CA de tésticulos)
Tumor gástrico que metastiza para o ovário:
tumor de Krukenberg
Memorex dos marcadores do CA de ovário:
CA 125: todos altera, menos o mucinoso
CEA - o único que altera é o mucinoso
Alfafeto e HCG: germinativos
Tratamento adjuvante para CA de ovário:
QT - cisplatina
disgerminoma é o único radiossensível (não adianta fazer nos epiteliais)
Rastreamento para CA de ovário:
Não recomendado com USTV
Características da teca-granulosa:
tumor em jovens (8 anos)
sinais de pseudobuberdade
Neoplasia trofoblástica que se desenvolve após a gestação:
CORIOCARCINOMA aumenta o volume uterino sangramento permanentes beta-hCG positivo (essencial para diagnóstico) metástase para o pulmão presença de sinal de dano cerebral