Parasitologia módulo 2 Flashcards

1
Q

Qual vetor da malária e o que significa dizer que é uma antroponose?

A

Anopheles
a malária não possui reservatórios além do ser humano

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2
Q

O que significa dizer que a malária é uma doença endêmica?

A

Quando existe uma incidência relativamente estável dos casos no decorrer de muitos anos sucessivos.

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3
Q

Qual espécie mais prevalente e a mais letal da malária

A

Plasmodium vivax (85% casos na amazônia) e Plasmodium falciparum

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4
Q

Qual filo, família e espécie do agente etiológico da malária?

A

Filo -> Apicomplexa
Família -> plasmodiidae
gênero -> Plasmodium

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5
Q

Ciclo do plasmodium 1.

A

A fêmea dos Anopheles durante o repasto sanguíneo infecta o hospedeiro com esporozoítos inoculando-os na derme, após 1 hr 70% atingem os vasos sanguíneos e 30% os vasos linfáticos, elas migram até chegar no Hepatócito que é a única célula em que os esporozoítos conseguem se desenvolver.

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6
Q

Ciclo do plasmodium 2.

A

Ao chegarem no fígado, o esporozoíto provoca uma invaginação na membrana do hepatócito formando uma cápsula chamada de vacúolo parasitóforo -> lá se arredondam passando a ser chamados de trofozoítos

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7
Q

Ciclo do plasmodium 3.

A

O trofozoíto se multiplica por esquizogonia, formando o esquizonte com vários núcleos e depois se divide, formando milhares de merozoítos.
Para que os merozóitos consigam infectar os hepatócitos eles precisam atingir a corrente sanguínea, por isso o hepatócito infectado libera merossomos que atravessam o epitélio vascular e atingem a corrente sanguínea
O parasita interfere no mecanismo de flip-flop das células em apoptose por consumir o cálcio intracelular impedindo que a sinalização para as células de Kupffer aconteça

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8
Q

Ciclo do plasmodium 4.

A

Dá-se início a fase eritrocítica, pois os merozoítos na corrente sanguínea invadem as hemácias formando um novo vacúolo parasitófaro.
Essa interação ocorre tão rapidamente que o sistema imune não consegue perceber.
No vacúolo o parasita da parasita à reprodução assexuada por esquizogonia. Portanto, há esquizogonia hepática e esquizogonia eritrocítica.

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9
Q

Qual a diferença da infecção na fase eritrocítica do P. vivax e P. falciparum?

A

o P. vivax infecta apenas reticulócito ( eritrócitos jovens ~3%) e com antígenos Duffy ,já o P. falciparum utiliza qualquer hemácia

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10
Q

Ciclo do plasmodium 5.

A

A hemácia se rompe e libera os merozoítos eritrocíticos, que invadem novas hemácias e repetem o ciclo.

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11
Q

Explique os sintomas de malária “recaídas” e qual medicamento para tratar

A

Os Plasmodium vivax e ovale possuem uma forma latente de infecção que é os hipnozoítos ( que é como se fosse um trofozoíto dormente no hepatócito), que podem se ativar por motivos genéticos.
O tratamento é feito com Primaquina, que interrompe a esquizogonia hepática.

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12
Q

O que são os gametócitos da malária?

A

Alguns merozoítos se diferenciam nos precursores de gametas ( gametócitos) masculinos e femininos.

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13
Q

Qual fator permitiu que o controle da Malária fizesse mais efeito contra o P. falciparum que o vivax?

A

A demora para surgimento do gametócito na corrente sanguínea, podendo infectar novos mosquitos vetores

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14
Q

Sintomatologia da fase hepática da malária

A

Assintomática, não há produção de infiltrado inflamatório pois o plasmodium evade o sistema imune celular.

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15
Q

Sintomatologia da fase eritrocítica

A

Sintomática
Febre, mialgia, mal-estar, náuseas, cefaleia
ataque paroxístico agudo (acesso malárico) -> coincide com a ruptura das hemácias ao final da esquizogonia, acompanha calafrio e sudorse.

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16
Q

O que é pigmento malárico?

A

Conhecido como hemozoína, é um produto da degradação da hemoglobina pelos merozoítos, que é tóxica para o parasito e ,por isso, é neutralizada formando um polímero inerte que ao ser liberado e fagocitado pelas células imunes, causa dano hepático por ser tóxico para o fígado.

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17
Q

Diagnóstico pelo exame de gota espessa

A

Permite diferenciar a infecção por P.falciparum, pois este ao completar o clico eritrocítico assexuado, adere-se ao endotélio capilar devido a realização da citoaderência, sua detecção no sangue periférico é suspeitada quando apenas trofozoítos e gametócitos são visualizados.
Caso haja a visualização de todos os estágios de desenvolvimento no ciclo sanguíneo, suspeita-se que seja P vivax, malariae ou ovale

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18
Q

Qual tratamento para Malária? (4)

A

Primaquina -> interrompe a esquizogonia hepática e gametócitos
é administrada para eliminar hipnozoítos , administrar por 7 dias - em P. falciparum apenas 1 dia para eliminar gametócitos
OBS -> efeitos colaterais como nausea, afetam a adesão ao tratamento

Tafenoquina -> Igual primaquina porém dose única, aumenta a probabilidade de adesão ao tratamento

Cloroquina -> administrar por 3 dias, interrompe a esquizogonia sanguínea, é necessário administrar junto a um esquizonticida tecidual (primaquina) para atuar contra os hipnozoítos

Artemisinina + Lumefantrina -> combinação para tratar malária por P falciparum, que é resistente à cloroquina.

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19
Q

Identifique

A

Trofozoíto Jovem – forma infectante
que adentra as hemácias para se
reproduzir por esquizogonia,
caracterizada por apresentar
citoplasma mais delicado e núcleo
evidente, em arranjo de “anel”;
apresenta-se em 1 ou 2 trofozoítos por
hemácia

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20
Q
A

Trofozoíto Maduro – forma infectante,
que também apresenta arranjo de
“anel”, mas cujo citoplasma é mais
evidente e rebuscado

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21
Q
A

Esquizonte – forma replicativa que
está passando por esquizogonia,
sendo reconhecida por apresentar
múltiplas estruturas puntiformes
arroxeadas no citoplasma da hemácia

22
Q
A

Merozoíto – forma do protozoário que
é liberada quando há lise da hemácia,
reconhecida por apresentar formato
de “saleiro” e é capaz de infectar
outras hemácias para se replicar ou
para dar origem a gametócito

23
Q
A

Gametócito – forma final presente no
ser humano, sendo aquela que é
recolhida pelo anofelino durante o
repasto sanguíneo; forma de foice

24
Q

Agente etiológico da doença de chagas

A

Trypanossoma cruzi

25
Q

Qual forma evolutiva é essa do T. cruzi?

A

Epimastigota ->encontrada apenas no intestino do barbeiro, possui flagelo alongado e cinetoplasto na região anterior do núcleo

26
Q

Qual forma evolutiva é essa do T.cruzi?

A

Tripomastigota -> é a forma infectante encontrada tanto no barbeiro quanto no mamífero
-não se replica
-invade quaisquer células
-possui formato de meia lua
-Apresenta duas formas -> sanguínea ( encontrada nos exames parasitológicos) e metacíclica (forma infectante presente nas fezes ou urina do barbeiro)

27
Q

Qual forma evolutiva é essa do T.cruzi?

A

Amastigota -> Forma que se replica nos mamíferos por divisão binária.
Forma esferoidal ou oval

28
Q

Como ocorre a infecção do barbeiro até o momento da formação da forma infectante para humanos?

A

Barbeiro no repasto sanguíneo ingere tripomastigotas do hospedeiro infectado -> no estômago do inseto eles se transformam em esferomastigotas e epimastigotas -> na ampola retal do inseto se diferenciam em tripomastigotas metacíclicos que são infectante para os vertebrados.

29
Q

Como ocorre o ciclo de infecção do T.cruzi no hospedeiro vertebrado? (6)

A
  1. Durante o repasto sanguíneo o barbeiro defeca e as fezes contém tripomastigotas metacíclicos que penetra a mucosa ou tecido lesado
  2. Formam-se vacúolos parasitóforo, o qual o parasita evadem por liberação de uma proteína TcTOX e escapam da resposta fagocítica dos macrófagos
  3. No citoplasma se diferenciam em amastigotas para iniciar a replicação
  4. Há um momento de estresse nutricional que é o gatilho para a diferenciação em tripomastigotas sanguíneas
  5. Ocorre a lise celular e liberação dessas na corrente sanguínea
  6. As tripomastigotas sanguíneas invadem outra celulas e dão inicio a outra amastigota para dar inicio a outro ciclo de replicação. Nesse estágio pode-se infectar o barbeiro durante o repasto sanguíneo
30
Q

Quais as formas de transmissão da doença de chagas? (5)

A
  1. Transmissão pelo vetor -> Penetração da tripomastigota metacíclica pela mucosa
  2. Transfusão sanguínea
    3.Transmissão vetorial contaminativa -> Contato das fezes do parasita com mucosa do hospedeiro
  3. Transmissão oral
  4. Transmissão congênita -> por meio de ninhos de amastigotas na placenta
31
Q

Quais as características da fase aguda da doença de Chagas? (4)

A
  1. Alta parasitemia
    2.Sintomática ou assintomática
  2. Sinal de romaña
  3. Febre, fraqueza, palidez, vômito, diarréia, falta de apetite, perda de peso
32
Q

Quais as características da fase crônica assintomática da doença de Chagas? (4)

A
  1. 10-30 anos
    2.soropostivo para exames imunológicos, porém nem sempre para parasitológicos devido a parasitemia baixa
  2. ausência de sintomas
  3. ECG normal
33
Q

Quais as características da fase crônica sintomática da doença de Chagas?

A
  1. Baixa parasitemia
  2. Resposta TCD8
  3. Sintomatologia relacionada ao sistema cardiovascular e digestivo.
  4. Ocorre o desenvolvimento dos megas -> presença do parasito , resposta inflamatória intensa, fibrose tecidual
    -Megaesôfago , Megacólon , cardiopatia chagásica
34
Q

Explique o que acontece no quadro de cardiopatia chagásica

A

Miocardite causada pela presença de ninhos de amastigotas.
O fator clínico principal é a insuficiência cardíaca congestiva (ICC) devido a destruição de cardiomiócitos e nervos parassimpáticos -> causando quadros de arritmias e redução da força de contração cardíaca.
O organismo gera mecanismos para compensar como o aumento das fibras musculares e aumento do volume cardíaco, causando o quadro de cardiomegalia.

35
Q

Quais os métodos de diagnóstico para doença de chagas? (2)

A
  1. Fase aguda -> parasitemia alta,. parasitológica e anticorpos igM
  2. Fase crônica -> Técnicas imonológicas/sorológicas -> anticorpos IgG
36
Q

Qual o tratamento para doença de Chagas?

A

O tratamento é focado na fase aguda, utilizando-se Bensonidazol que possui efeito contra as formas sanguíneas, induz estresse oxidativo e o tratamento deve ser feito por longo tempo.
Não há tratamento específico para Chagas crônica, há indicação de transplante nos casos de Megalia.

37
Q

Qual agente etiológico da amebíase?

A

Entamoeba histolytica, ocorre apenas em humanos, não é uma zoonose.

38
Q

Quais as formas de vida da E. histolytica? (3)

A

1.Cisto ->Forma infectante e resistente
2.Metacisto ->Presente no intestino delgado -> origina trofozoítos
3.Trofozoíto -> Forma ativa que causa a doença, se reproduz e locomove por pseudópodes.

39
Q

Identifique

A

Entamoeba hystolitica.

40
Q

Ciclo não patogênico da E. hystolitica.(5)

A

É monoxênico
1.ingestão de cistos maduros junto de água ou alimentos.
2. Atingem o intestino onde a mudança de pH favorece a infecção
3. Desencistamento -> ocorre saída do metacisto do cisto
4. Ocorrem divisões que originam alguns trofozoítos metacísticos que vão para o intestino, onde vivem como ser comensal.
5. Podem se desprender da mucosa e irem parar no intestino grosso, perdem água e retornam a forma de cisto que são eliminados nas fezes

41
Q

Ciclo patogênico da E. hystolitica.

A
  1. Em caso de desequilíbrio, os trofozoítos invadem a submucosa intestinal e se multiplicam, formando úlceras e podem atingir outros órgãos, através da circulação porta.
  2. Formam abcessos no fígado
42
Q

Critérios de patogenia e virulência E. hystolitica (3)

A
  1. Flora intestinal -> determinados pelas bactérias da microbiota intestinal
    2.Integridade do epitélio intestinal
    3.Fatores do próprio parasita -> enzimas do parasita ( hialuronidase, tripsina, pepsina, utilizadas para favorecer a progressão e destruição dos tecidos)
43
Q

Manifestações clínicas E. hystolitica (2)

A
  1. Forma assintomática -> Causada quando as entamoebas vivem em comensalismo.
  2. Forma sintomática
44
Q

Quais as duas sintomatologias associadas a infecção por entamoeba ?

A
  1. Amebíase intestinal
    a) Forma diarreica - sem febre , com 2 a 4 evacuações por dia, fezes pastosas e sem sangue

b) Forma disentérica - forma mais severa da diarreia -> acompanhada de muco ou sangue, cólicas intensas, tenesmo, náuseas, vômitos, podendo haver calafrios e febre

  1. Amebíase extra-intestinal -> principal forma, abcesso hepático ou necrose
    dor, febre e hepatomegalia
    o abcesso hepático em caso de complicações -> causa ruptura, infecção bacteriana e propagação para outros órgãos.
45
Q

Qual transmissão da amebíase?

A

Contaminação oral fecal por ingestão de água ou alimentos contaminados

46
Q

Qual tratamento para amebíase?

A
  1. Amebíase luminal -> tratar com derivados dicloroacetamidíacos -> ação direta no parasito aderido à parede intestinal
  2. Amebíase tecidual -> imidazólicos -> atuam na submucosa do intestino e fígado, deve ser utilizado associado ao medicamento para amebíase luminal
47
Q

Qual a importância do homem na epidemiologia da amebíase ?

A

Os portadores assintomáticos são os principais responsáveis pela contaminação de alimentos e água e disseminadores

48
Q

Qual a importância da Entamoeba díspar no contexto da amebíase?

A

Apresenta semelhança morfológica com a ameba patogênica e causa a forma mais branda da amebíase : colíte não disentérica

49
Q

Que conduta terapêutica é recomendada para pacientes assintomáticos com exame parasitológico positivo para E. histolytica e sorológico negativo para a mesma?

A

Tratamento usual visto que no exame parasitológico há a presença do parasita e o fato da sorologia ser negativa indica que não há infecção.

50
Q

Como diferencia E.coli da E hystolitica?

A

o cisto de E.coli possui 8 núcleos pontiagudos e trofozoíto com cromatina periférica e cariossoma deslocado do centro.

51
Q
A