Pancreatite aguda Flashcards
(Sempre cobrado)
Como ocorre a pancreatite aguda?
Ativação anômala do tripsinogênio em tripsina dentro do pâncreas → autodigestão pancreática.
Inflamação local e sistêmica, levando a complicações.
Comentário: A gravidade varia de casos leves e autolimitados até falência de múltiplos órgãos.
(Muito cobrado)
Quais são as principais causas de pancreatite aguda?
Biliar (litíase biliar) e alcoólica.
Outras: hipertrigliceridemia, hipercalcemia, medicamentos (furosemida, tiazídicos), trauma e autoimune.
Comentário: A litíase biliar é a causa mais comum no Brasil, sendo essencial o diagnóstico precoce.
(Sempre cobrado)
Quais são os principais sintomas de pancreatite aguda?
Dor epigástrica intensa, em faixa, irradiando para o dorso.
Náuseas, vômitos e queda do estado geral.
Comentário: A dor é um dos sinais clínicos mais importantes e costuma ser agravada por alimentos gordurosos.
(Muito cobrado)
O que são os sinais de Cullen e Grey-Turner na pancreatite?
Sinal de Cullen: Equimose periumbilical.
Sinal de Grey-Turner: Equimose nos flancos.
Comentário: Indicam sangramento retroperitoneal, sugerindo necrose ou hemorragia pancreática.
(Sempre cobrado)
Quais são os critérios diagnósticos de pancreatite aguda?
Pelo menos 2 dos 3 seguintes:
Dor abdominal típica.
Amilase ou lipase >3x o limite normal.
Imagem compatível (TC ou ultrassom).
Comentário: A lipase é mais específica e se mantém elevada por mais tempo.
Quando solicitar tomografia na pancreatite aguda?
Na dúvida diagnóstica ou se não houver melhora em 72 horas.
Comentário: A tomografia avalia complicações, como necrose e coleções peripancreáticas.
(Muito cobrado)
Como a pancreatite é classificada quanto à gravidade?
Leve: Sem disfunções orgânicas.
Moderada: Uma disfunção transitória (<48 horas).
Grave: Múltiplas disfunções ou falência orgânica prolongada.
Comentário: A classificação é essencial para definir o manejo e o ambiente de internação.
(Sempre cobrado)
Quais são as complicações locais da pancreatite aguda?
Coleções peripancreáticas, pseudocisto e necrose infectada.
Comentário: A necrose infectada exige drenagem ou intervenção cirúrgica.
(Sempre cobrado)
Qual é o manejo inicial da pancreatite aguda?
Jejum e hidratação vigorosa.
Analgésicos e controle de náuseas.
Comentário: A reintrodução precoce da alimentação por via oral é recomendada após melhora dos sintomas.
(Pouco cobrado)
Quando é indicada antibioticoterapia na pancreatite?
Apenas em casos de necrose infectada ou colangite.
Comentário: O uso precoce de antibióticos não melhora o prognóstico e pode aumentar o risco de infecções fúngicas.
(Muito cobrado)
Quais são as indicações de cirurgia na pancreatite?
Necrose infectada ou complicações locais refratárias ao tratamento clínico.
Comentário: A cirurgia é o último recurso, pois apresenta alta morbidade.
(Sempre cobrado)
Como é manejado o pseudocisto pancreático?
Conduta expectante na maioria dos casos.
Drenagem indicada se >6 cm, sintomático ou infectado.
Comentário: Pode ser tratado por drenagem percutânea ou endoscópica.
(Muito cobrado)
Como é tratada a necrose pancreática infectada?
Step-up approach: Inicia com drenagem percutânea e evolui para necrosectomia se necessário.
Comentário: A intervenção precoce aumenta a morbimortalidade, devendo ser evitada.
(Sempre cobrado)
Quando realizar colecistectomia na pancreatite biliar?
Leve: Durante a mesma internação.
Grave: Após 6-12 semanas.
Comentário: A colecistectomia é essencial para evitar recidivas.
(Muito cobrado)
Qual é a melhor via de nutrição na pancreatite aguda?
Dieta enteral precoce, se possível.
Comentário: A nutrição enteral mantém a integridade da barreira intestinal e reduz o risco de infecção por translocação bacteriana.
(Sempre cobrado)
Quais drogas e doses são usadas no manejo da pancreatite aguda?
1 -Hidratação Endovenosa
Soro Ringer Lactato: Dose inicial: 10-20 ml/kg em 1 hora.
Manutenção: 150-300 ml/h, ajustada conforme diurese e sinais clínicos.
2. Analgesia
Dipirona 1g IV a cada 6-8 horas (primeira escolha).
Tramadol 50-100 mg IV a cada 6 horas, se a dor for moderada.
3. Antieméticos
Ondansetrona 4-8 mg IV a cada 8 horas
Comentário:
O manejo farmacológico é baseado na analgesia adequada, hidratação precoce e controle de complicações. O uso criterioso de antibióticos (somente se necessário) é essencial para evitar resistência bacteriana.
(Sempre cobrado)
Quais são os critérios de Ranson para pancreatite aguda e como eles são aplicados?
Na Admissão:
Idade > 55 anos
Leucócitos > 16.000/mm³
Glicemia > 200 mg/dL
DHL > 350 UI/L
AST (TGO) > 250 UI/L
Após 48 horas:
6. Queda do hematócrito > 10%
7. Ureia aumentada > 5 mg/dL
8. Cálcio sérico < 8 mg/dL
9. Déficit de base > 4 mEq/L
10. Líquido acumulado > 6 L
Interpretação:
0-2 pontos: Mortalidade < 2% – Leve
3-4 pontos: Mortalidade 15% –
5-6 pontos: Mortalidade 40%– Grave
≥7 pontos: Mortalidade > 60%
Comentário:
O score de Ranson é amplamente cobrado nas provas de residência médica por ser um dos métodos mais usados para avaliar a gravidade e o prognóstico da pancreatite aguda.
(Muito cobrado)
O que são os critérios de Balthazar e como classificam a pancreatite aguda?
Baseados em tomografia computadorizada (TC) para avaliar a gravidade e presença de complicações.
Escore de Balthazar:
Grau A: Pâncreas normal. (0 pontos)
Grau B: Aumento focal ou difuso do pâncreas. (1 ponto)
Grau C: Alteração na gordura peripancreática. (2 pontos)
Grau D: Coleção líquida única. (3 pontos)
Grau E: Múltiplas coleções líquidas ou presença de gás (sugestivo de necrose infectada). (4 pontos)
Pontuação de Necrose Pancreática:
Sem necrose: 0 pontos
< 30% necrose: 2 pontos
30-50% necrose: 4 pontos
> 50% necrose: 6 pontos
Interpretação do Escore Total:
0-3 pontos: Pancreatite leve
4-6 pontos: Pancreatite moderada
7-10 pontos: Pancreatite grave
(Sempre cobrado)
Quais são as características da pancreatite aguda leve?
Definição: Episódio de pancreatite aguda com mínima disfunção orgânica e recuperação completa, sem sequelas.
Critérios:
Ranson < 3 pontos
Balthazar: Grau A ou B (pâncreas normal ou leve aumento).
Incidência: 85% dos casos de pancreatite aguda.
Comentário:
A pancreatite aguda leve é autolimitada, com menor risco de complicações. O manejo é clínico, com hidratação, analgesia e reintrodução precoce de dieta enteral.