Osteoporose Flashcards
Aspectos gerais
- Desordem esquelética crônica e progressiva, de origem multifatorial, caracterizada por baixa massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, causando fragilidade óssea e aumento do risco
de fraturas - 50% das mulheres e 20% dos homens acima dos 80 anos
- Quem sustenta é o osso
- Fratura -> sd imobilismo -> morte
- Mortalidade > homens
- Pode ocorrer dor óssea, contudo em estágios bem avançados
- cirurgia de fêmur até 48h
Fraturas x idade
- punho (5ªdec)
- vertebrais (mais após 60 anos)
- fêmur (mais a partir da 7ª dec)
Classificação da osteoporose - primária tipo 1
- Em mulher
- associada a menopausa
- perda rápida de osso trabecular
- fratura vertebrais comuns
Classificação da osteoporose - primária tipo 2
- tanto em mulher quanto em homem
- compromete osso trabecular e cortical
- fratura de vértebras e fêmur
- mais comum acima dos 70, mais em homens
Classificação da osteoporose - secundária
- Endocrinopatias (tireotoxicose, hiperparatireoidismo secundário a vitamina D e hipogonad)
- Drogas (glicocorticoides, antiácidos com alumínio, TSH, anticonvulsivantes, ciclosporina A, antidiabéticas, IBP)
- Doenças genéticas (osteogenese imperfeita)
- AR
- Doenças no TGI
- Tratamento prolongado com heparina
- Transplante
- Imobilização prolongada -> osso precisa de impacto
- Mieloma múltiplo
- CA de mama
- Anemias crônicas
- Mastocitoses
- Antidabéticos
- IBP
Fisiologia
- Osteoblastos: síntese e mineralização da matriz óssea
- Osteócitos: células quiescentes derivadas dos osteoblastos, que permitem o fluxo intercelular que servirá para nutrição, crescimento e desenvolvimento dos ossos
- Osteoclastos: reabsorção óssea´
- Matriz:
Fase orgânica: colágeno, proteínas e glicosaminoglicanos
Fase inorgânica: hidroxiapatita (fosfato de cálcio) e outros minerais
Classificação macroscópica
- Osso cortical (compacto) 80%: funções mecânica e protetora, mais resistente
- Osso trabecular (esponjoso) 20%: função metabólica frágil
Remodelação óssea
- Processo pelo qual o esqueleto adulto é continuamente reparado e reformado a fim de manter a integridade do esqueleto
- Realizado pela unidade básica multicelular (UBM): conjunto celular de Oc e Ob justapostos (face interna do osso
- controlada por hormonios: interleucina, cortisol, testosterona
- Basicamente: ativação dos Oc e Ob com retirada do osso mineralizado e sua substituição por ostéoides mineralizados
Controlada por hormônios sistêmicos, força mecânica, citocinas, PGs (protetora) e fatores locais de crescimento (GH) - Duração: cerca de 3-4 meses
- Produção excessiva de citocinas reduz a força mecânica do paciente e afeta a produção de hormônios sistêmicos
Fator de risco - Nutrição
- Principais pilares do osso: cálcio, proteínas, P, Mg e Vitamina K
- alta idade: má absorção do cálcio devido
- baixa exposição ao sol: baixa 25 (OH) D
- Declínio da função renal: piora do metabolismo de 25 (OH)D para 1,25 – diidroxicolecalciferol (forma ativa da vit D) -> cumarínico é antagonista
- Consumo de proteínas e sódio + excreção renal de cálcio
- Favorece perda: alimentos ricos em fosforo, bebidas alcoólicas, café, bebidas à base de cola
Fatores de risco - exposição solar
- Necessária p/ produção de Vit D (fundamental p/ reabsorção de cálcio pelo TGI)
- Fontes alimentares de Vit D: não fazem parte do habito alimentar brasileiro
- No idoso, a síntese cutânea de Vit D é < devido ao envelhecimento da pele
- Exposição diária de pelo menos 15 minutos de alguma parte do corpo (melhor horário para a formação de vitamina D 12h, mas deve -se levar em conta o risco
- Sol antes das 10 e depois das 16
- Fala-se de vitamina D > 50 para idosos, mas ainda não esta em guidelines
Sinais e sintomas
Assintomática
Fraturas:
Principais locais: punho, região proximal do fêmur
- subtrocantéria é a mais grave
- fratura de vértebra torácica: dor, queda, perda postura, déficit de restrição -> dificuldade de respiração, alterações no TGI -> dor somática e neuropática
- diminuição de ao menos 50% do corpo vertebral = fratura
Sinais e sintomas
Assintomática
Fraturas:
Principais locais: punho, região proximal do fêmur
- subtrocantéria é a mais grave
- fratura de vértebra torácica: dor, queda, perda postura, déficit de restrição -> dificuldade de respiração, alterações no TGI -> dor somática e neuropática
- diminuição de ao menos 50% do corpo vertebral = fratura
Diagnóstico e monitoramento
- Nas fases iniciais da OP não há clinica significativa para dx
- A investigação dos fatores de risco é fundamental para identificar os pcts em risco e prevenir as fraturas
- Anamnese e exame físico completos para buscar etiologia
- Uso de mais de 5mg de predinisona (corticoide) por pelo menos 3 meses aumenta o risco de osteoporose
- Olhar o FRAX
Exames laboratoriais
- OP primaria do tipo I ou II: normais
- Visam identificar presença de fatores secundários
- Devem ser solicitados p/ todos os pct com OP: HMG, VHS, Cálcio, P, proteína total, albumina, FH, creatinina, eletrólitos, glicemia em jejum, cálcio na urina de 24h, vit. D
- VHS acima de 50 na população idosa → investigar causas secundárias, sendo as principais as colagenoses, artrite reumatoide
- Dosagem de cálcio na urina de 24 horas é mais pedido na suspeita de causa secundária
- Indicação de biópsia: se nenhuma causa pra OP for diagnosticada, se a terapeutica não for efetiva, se houver suspeita de mastocitose ou osteomalácia
Indicação da densitometria óssea
- M>65 anos
- M em deficiência estrogênica com < 45 anos
- M na peri e pós-menopausa com 1 fator de risco maior ou 2 menores
- Mulheres com amenorreia secundaria prolongada (>1 ano)
- Indivíduos com fraturas por trauma mínima ou a tramautica
- Evidencias radiográficas de osteopenia ou fratura vertebral
- H>65 anos ou com hipogonadismo
- Perda de estatura (2,5cm) ou hipercifose torácica
- Uso de corticoide >= 3 meses [anualmente]
- IMS < 19, em idosos IMC <22
- Portadores de dçs crônicas ou uso de medicações associadas à OP
- Monitoramento da evolução da dç e tto
Analise dos resultados
3 tipos de medidas:
- Valor absoluto (g/cm2): importante para comparar exames prospectivamente
- Valor percentual relativo a uma curva ajustada para a idade, sexo, raça e peso (Z-score): serve para alertar existência de causa secundária para osteopenia ou OP
- Valor percentual relativo a uma curva de jovens entre 20-40 anos (Tscore). compara-se a massa óssea do idoso com a de uma pessoa jovem que possui o mesmo sexo e peso. Usada pela OMS para classificar indivíduos -> diagnóstico e gravidade
Classificação pelo desvio padrão - OMS
- Até -1: normal
- Entre - 1 e -2,5: osteopenia
- Abaixo de - 2,5: OP
- Abaixo de - 2,5 + fratura: OP estabelecida ou grave
- Para cada - 1 o risco de fratura aumenta até 3 x
Monitoramento
- OP tipo 1: anual
- OP tipo 2: em intervalo de 2 anos
- Se 1° exame normal: em intervalos de 5 anos
Tratamento não farmacológico
- Exercícios físicos
- Ação: benéficos sobre o tecido ósseo, melhora o equilíbrios, a elasticidade e força muscular, diminuindo os riscos de quedas e consequentemente de fraturas
- 30-45 min, 3-4x/semana
- Aeróbico melhor = + impacto
- Em OP estabelecida, evitar exercícios de alto impacto pelos riscos de fraturas
- Exercícios devem ter carga (marcha) ou serem feitos contra resistência (musculação leve)
- Cuidado com exercícios de muito impacto -> risco de fratura
- Ação: benéficos sobre o tecido ósseo, melhora o equilíbrios, a elasticidade e força muscular, diminuindo os riscos de quedas e consequentemente de fraturas
- Evitar medicações que possam interferir com o estado de vigília e com os equilíbrios (benzo, antipsicóticos)
- Retirada do uso de glicocorticoide
- Abandono do tabagismo e alcoolismo
- Correção de deficiência visuais (catarata)
- Nutrição adequada
- Redução na ingestão de cafeína: em torno de 300mg de cafeína (em torno de 3 xicaras) por dia é aceitável
- Melhoria do ambiente domestico