Incontinência urinária Flashcards
Aspectos gerais
- perda de urina involuntária
- aumenta risco de infecções e queda
- mais mulheres
Fatores de risco
- Medicamentos: opiodes (aumenta a impactação
fecal, o que leva aumento de pressão local o que
interfere no urinar), anticolinesterásicos (efeito
sobre esfíncter vesical); - Uso abusivo de álcool: inibição do ADH
constante
Complicações
- Aumenta quedas
- Aumenta efeitos TGI: dor abdominal, queimação, ardência
- Insônia
- Depressão
- Isolamento social
Fisiopatologia
- no encéfalo, o giro do cíngulo e córtex frontal são os responsáveis pelo controle esfincteriano - centro pontino de micção.
- sacral é parasimpatico - solta - ACh - anticolinérgico
- torácico e lombar é simpatico - segura - agonista B3
Impacto do envelhecimento
Aumento das fibras de colágeno
Alteração nos receptores de pressão
Maior hiperatividade do detrusor
Alterações hormonais (baixo estrogenio - diminui a força do assoalho pélvico)
Alterações especificas do trato genitourinário:
hiperplasia prostática nos homens, por exemplo;
Incontinência urinária transitória
- são aquelas perdas de urina involuntária que são potencialmente reversíveis (DIURAMID), como: delirium, ITU, uretrite e vaginite atrófica, restrição de mobilidade, aumento do débito urinário, medicamentos, impactação fecal e distúrbios psíquicos
Incontinência urinária estabelecida - incontinencia urinária de estresse
- nas mulheres, ocorrem uma hipermobilidade uretral e deficiência esfincteriana intrínseca. Isso pode ser relacionado ao comprometimento autonômico dos órgãos pélvicos, fatores de risco incluem obesidade, partos vaginais, hipoestrogenismo e/ou cirurgias, perda do tônus do esfíncter uretral e lesão neuromuscular ou/e atrofia uretral.
- Nos homens, normalmente ocorre deficiência
esfincteriana intrínseca, o que pode ser relacionado a
cirurgias prostáticas, traumas pélvicos e lesões
neurológicas e a prostatectomia radical. - Kegel, eletroestimulação mais biofeedback, uso de
duloxetina, estrógenos e cirúrgicos (slings)
Incontinência urinaria de urgência
- ocorre contração da musculatura da bexiga de modo indesejado, o que ao longo do tempo afeta também o tônus do esfíncter. Além disso, o paciente tem capacidade de suprimir a urgência reduzida. É o tipo mais comum de IU em idosos na comunidade
- anticolinérgicos, agonistas dos
betas adrenorreceptores, antidepressivos, toxina
botulínica.
Incontinência urinária de hiperfluxo
- ocorre uma inabilidade de esvaziamento vesical devido a hipocontratilidade do músculo detrusor ou/e obstruções uretrais. Pode acontecer quando há aumento da próstata, o que leva ao aumento da pressão no esfíncter, gerando esse tipo de incontinência. Outras etiologias são prolapso nas mulheres, impactação fecal e
hiperglicemia devido a hipocontratilidade do musculo
detrusor. - bexiga hiperativa
- tratamento cirúrgico; antagonista alfa adrenérgicos não
urosseletivos (doxazosina, terazosina e
prazosina); antagonista alfa adrenérgicos
urosseletivos (silodosina e tansulosin, sendo
indicado a última droga por menos efeitos
colaterais em idosos).
Incontinência urinaria mista
- bexiga hiperativa associada a deficiência esfincteriana é a principal causa de incontinência urinaria em idosas, principalmente naquelas que tiveram diversos partos vaginais.
Incontinência funcional
- são aquelas causas relacionada com deficiência própria do indivíduo idoso, como Parkinson, demências, paciente acamado.
Abordagem
- a anamnese começa com o questionamento se há perda de urina involuntária e deve ser observado:
Características da perda urinária
Quantidade
Qualidade
Gravidades
Sintomas associados, como frequência, nictúria, urgência, esforço, hesitação
Diário miccional: avaliação que deve ser feita
em paciente com maior intelecto:
exame físico
deve ser feito avaliação cognitiva, da mobilidade e funcionalidade do paciente. Também deve
incluir um exame neurológico detalhado que inclua
avaliação de reflexos, sensibilidade, integridades das
vias sacrais (reflexo bulbo cavernoso). O toque retal
para avaliação do tônus esfincteriano, presença de
massas, fecaloma e avaliação prostática em homens. O
exame pélvico deve inclui inspeção de prolapso e
atrofia genitais em mulheres. O teste de estresse
consiste, por exemplo, manobra da valsava para
avaliação de perda de urina com aumento da pressão
intraabdominal.
exames complementares
- pode ser solicitado exame laboratoriais como glicemia (IMPORTANTE), equilíbrio hidroeletrolítico, EAS, urocultura, função renal. Além disso, pode ser feito medida de volume residual pós-miccional, o que é feito por ultrassonografia. E por fim, o estudo urodinâmico pode ser necessário em alguns casos.
Tratamento - não farmacológicas
Perda de peso
Não ingerir líquidos de forma abundante,
principalmente após 18:00
Evitar cafeína, álcool e tabaco
Eliminar barreiras físicas de acesso ao banheiro
Fisioterapia: focado em exercícios para músculos
pélvicos, como exercícios de Kegel (apresenta
benefício em IU de esforço, mista, urgência),
treinamento vesical, diário miccional e uso de
biofeedback e eletroestimulação.
- Exercícios de cones vaginais