Incontinência urinária Flashcards

1
Q

Aspectos gerais

A
  • perda de urina involuntária
  • aumenta risco de infecções e queda
  • mais mulheres
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Q

Fatores de risco

A
  • Medicamentos: opiodes (aumenta a impactação
    fecal, o que leva aumento de pressão local o que
    interfere no urinar), anticolinesterásicos (efeito
    sobre esfíncter vesical);
  • Uso abusivo de álcool: inibição do ADH
    constante
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3
Q

Complicações

A
  • Aumenta quedas
  • Aumenta efeitos TGI: dor abdominal, queimação, ardência
  • Insônia
  • Depressão
  • Isolamento social
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4
Q

Fisiopatologia

A
  • no encéfalo, o giro do cíngulo e córtex frontal são os responsáveis pelo controle esfincteriano - centro pontino de micção.
  • sacral é parasimpatico - solta - ACh - anticolinérgico
  • torácico e lombar é simpatico - segura - agonista B3
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5
Q

Impacto do envelhecimento

A

 Aumento das fibras de colágeno
 Alteração nos receptores de pressão
 Maior hiperatividade do detrusor
 Alterações hormonais (baixo estrogenio - diminui a força do assoalho pélvico)
 Alterações especificas do trato genitourinário:
hiperplasia prostática nos homens, por exemplo;

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6
Q

Incontinência urinária transitória

A
  • são aquelas perdas de urina involuntária que são potencialmente reversíveis (DIURAMID), como: delirium, ITU, uretrite e vaginite atrófica, restrição de mobilidade, aumento do débito urinário, medicamentos, impactação fecal e distúrbios psíquicos
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7
Q

Incontinência urinária estabelecida - incontinencia urinária de estresse

A
  • nas mulheres, ocorrem uma hipermobilidade uretral e deficiência esfincteriana intrínseca. Isso pode ser relacionado ao comprometimento autonômico dos órgãos pélvicos, fatores de risco incluem obesidade, partos vaginais, hipoestrogenismo e/ou cirurgias, perda do tônus do esfíncter uretral e lesão neuromuscular ou/e atrofia uretral.
  • Nos homens, normalmente ocorre deficiência
    esfincteriana intrínseca, o que pode ser relacionado a
    cirurgias prostáticas, traumas pélvicos e lesões
    neurológicas e a prostatectomia radical.
  • Kegel, eletroestimulação mais biofeedback, uso de
    duloxetina, estrógenos e cirúrgicos (slings)
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8
Q

Incontinência urinaria de urgência

A
  • ocorre contração da musculatura da bexiga de modo indesejado, o que ao longo do tempo afeta também o tônus do esfíncter. Além disso, o paciente tem capacidade de suprimir a urgência reduzida. É o tipo mais comum de IU em idosos na comunidade
  • anticolinérgicos, agonistas dos
    betas adrenorreceptores, antidepressivos, toxina
    botulínica.
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9
Q

Incontinência urinária de hiperfluxo

A
  • ocorre uma inabilidade de esvaziamento vesical devido a hipocontratilidade do músculo detrusor ou/e obstruções uretrais. Pode acontecer quando há aumento da próstata, o que leva ao aumento da pressão no esfíncter, gerando esse tipo de incontinência. Outras etiologias são prolapso nas mulheres, impactação fecal e
    hiperglicemia devido a hipocontratilidade do musculo
    detrusor.
  • bexiga hiperativa
  • tratamento cirúrgico; antagonista alfa adrenérgicos não
    urosseletivos (doxazosina, terazosina e
    prazosina); antagonista alfa adrenérgicos
    urosseletivos (silodosina e tansulosin, sendo
    indicado a última droga por menos efeitos
    colaterais em idosos).
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10
Q

Incontinência urinaria mista

A
  • bexiga hiperativa associada a deficiência esfincteriana é a principal causa de incontinência urinaria em idosas, principalmente naquelas que tiveram diversos partos vaginais.
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11
Q

Incontinência funcional

A
  • são aquelas causas relacionada com deficiência própria do indivíduo idoso, como Parkinson, demências, paciente acamado.
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12
Q

Abordagem

A
  • a anamnese começa com o questionamento se há perda de urina involuntária e deve ser observado:
     Características da perda urinária
     Quantidade
     Qualidade
     Gravidades
     Sintomas associados, como frequência, nictúria, urgência, esforço, hesitação
     Diário miccional: avaliação que deve ser feita
    em paciente com maior intelecto:
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13
Q

exame físico

A

deve ser feito avaliação cognitiva, da mobilidade e funcionalidade do paciente. Também deve
incluir um exame neurológico detalhado que inclua
avaliação de reflexos, sensibilidade, integridades das
vias sacrais (reflexo bulbo cavernoso). O toque retal
para avaliação do tônus esfincteriano, presença de
massas, fecaloma e avaliação prostática em homens. O
exame pélvico deve inclui inspeção de prolapso e
atrofia genitais em mulheres. O teste de estresse
consiste, por exemplo, manobra da valsava para
avaliação de perda de urina com aumento da pressão
intraabdominal.

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14
Q

exames complementares

A
  • pode ser solicitado exame laboratoriais como glicemia (IMPORTANTE), equilíbrio hidroeletrolítico, EAS, urocultura, função renal. Além disso, pode ser feito medida de volume residual pós-miccional, o que é feito por ultrassonografia. E por fim, o estudo urodinâmico pode ser necessário em alguns casos.
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15
Q

Tratamento - não farmacológicas

A

 Perda de peso
 Não ingerir líquidos de forma abundante,
principalmente após 18:00
 Evitar cafeína, álcool e tabaco
 Eliminar barreiras físicas de acesso ao banheiro
 Fisioterapia: focado em exercícios para músculos
pélvicos, como exercícios de Kegel (apresenta
benefício em IU de esforço, mista, urgência),
treinamento vesical, diário miccional e uso de
biofeedback e eletroestimulação.
- Exercícios de cones vaginais

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16
Q

Tratamento farmacológico

A
  • Oxibutina: não é o melhor medicamento para
    população idosa devido ao efeito colateral de alterações cognitivas. Contudo, esse é o medicamento mais barato
    da classe. -> anticolinérgico
17
Q

Solifenacina, tolterodina e darifenacina

A
  • são drogas mais atuais e que não apresentam o efeito colateral de alteração cognitiva. Assim, são mais indicados para idosos. Os efeitos colaterais, em geral, são xerostomia, tontura, constipação intestinal, turvação visual.
  • Solifenacina: antimuscarínico seletivo da bexiga, e que apresenta maior especificidade para os receptores M3 em relação aos M2. Assim, apresenta melhor eficácia e menos efeitos adversos.
18
Q

Agonista dos betas adrenorreceptores - mirabregon

A
  • é o melhor medicamento indicado para pacientes que fazem uso de drogas anticolinesterásicos. Destaca Mirabregon, que ativa os beta-3-adrenorreceptores, relaxando o músculo detrusor e aumenta a capacidade vesical. Assim, auxilia na incontinência urina de urgência e bexiga hiperativa. Contudo, é uma droga de alto custo. Tem como efeito colateral tontura, taquicardia, náusea e diarreia
19
Q

Duloxetina

A
  • antidepressivo inibidor da receptação
    norepinefrina e da serotonina. Estimula o neurônio
    motor alfa-adrenérgico do nervo pudendo, o que leva ao
    aumento da contratilidade do esfíncter estriado uretral.
    Tem como efeito colateral a taquicardia, elevação
    discreta da PA, náusea, vômitos, dor abdominal
    epigástrica (para ser evitada pede par paciente tomar
    com muita agua e após refeições) - duram 7 dias
20
Q

Estrógenos tópicos

A
  • poucos estudos e apresenta melhores resultados na vaginite atrófica relacionada a IU. Deve ser usada 2 a 3 vezes por semana.
21
Q

Aplicação de toxina botulínica

A
  • é utilizada em casos refratários, sendo aplicação a cada 6 meses.
22
Q

Medicamentos que causam incontinencia

A
  • Furosemida, hidroclorotiazida
  • Benzodiazepínicos
  • Estresse