OSTEOPOROSE Flashcards

1
Q

Definir

A

Doença metabólica do tecido ósseo, caracterizada pela perda gradual de massa óssea, que enfraquece os ossos por deterioração da sua microarquitetura tecidual, tornando-os mais frágeis e suscetíveis a fraturas.

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2
Q

Densitometria

A

Relacionada à alterações da densitometria óssea
Densitometria: avalia perda de massa óssea, não arquitetura ou resistência

Osteopenia: perda de 1 a 2,5 desvios padrão

Osteoporose: perda maior 2,5 DP

Fraturas colo, coluna lombar e rádio distal – considerada grave

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3
Q

Critérios OMS

A

DMO igual ou menor que 2,5 DP em relação à média normal para o indivíduo jovem (escore T)

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4
Q

Epidemiologia

A

Mulheres > homens
25% mulheres brancas dos EUA com mais de 40 anos tem osteoporose

Osteoporose na população de 80 anos
50% mulheres brancas
20% homens

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5
Q

Epidemiologia: Fraturas

A

Aumento da incidência de fraturas por osteoporose
Principal causa: quedas (prevenção)
Aumenta também risco no trauma de alta energia
Risco de fraturas aos 50 anos
53% mulheres
21% homens

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6
Q

Fatores de Risco

A

Hereditariedade
Aumento da idade
Sexo feminino
Caucasianos
Baixo IMC
Menopausa precoce
Baixo consumo de cálcio
Tabagismo
Etilismo
Excesso consumo de cafeína em idosos
Imobililidade
Doenças (hipertireodismo, hipercortisolismo, hiperparatireodismo, hipogonadismo, malignidades, AR, Paget)

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7
Q

Fisiopatologia: estrutura óssea

A

Matriz não-mineralizada:
Colágeno tipo 1
Pequena quantidade de outros colágenos e glicoproteínas
Responsável pela resistência à tensão e elasticidade

Matriz mineralizada:
Cristais de hidroxiapatita (Ca10(PO4)6(OH)2)
Depositado entre as fibras de colágeno
Confere rigidez mecânica

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8
Q

Fisiopatologia: células

A

Osteoclasto: reabsorção (secreção ácido e proteases), multinucleadas da linhagem monócitos/macrófagos
Células da medula migram para foco/defeito e diferenciam-se em osteoblastos (estimulo pelas BMP)

Osteoblastos: produzem osteóide não-mineralizado
Depósito de cálcio no osteóide para formação de osso maduro

Osteócitos: osteoblastos presos na matriz, célula mais abundante, respondem a estímulos mecânicos, regulam reabsorção e formação através de sinalizadores celulares

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9
Q

Sistema RANK/RANKL

A

RANK: receptor da família do TNF
RANKL: ligante do receptor RANK
Ativação induz a diferenciação da célula precursora em osteoclasto e consequente reabsorção óssea
OPG: osteoprotegerina, igual ao RANKL porém não ativa o receptor, inibe a ação osteoclástica

Defeito RANK = osteopetrose
Falta de OPG = Paget
Estrogênio = inibe a reabsorção óssea
PTH = aumenta a reabsorção óssea para liberar Ca
Em baixas doses aumenta formação óssea

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10
Q

Fisiopatologia: DMO

A

Primeiras décadas de vida ocorre aumento do tamanho do esqueleto (modelagem) e aumento da DMO
DMO atinge máximo entre 18 e 30 anos

Determinantes da DMO:
70-85% da variância é pela hereditariedade
Doenças que interferem no crescimento e hormônios
Fatores ambientais (exercícios, nutrição)
Maior influência nos pré-puberes e puberdade

Após pico, DMO permanece estável ou leve diminuição até a menopausa

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11
Q

Fisiopatologia: Menopausa

A

diminuição dos níveis de estradiol e estrona de 25-50%
Hormônios mais importantes na regulação da DMO
Perda óssea acelerada entre 5 e 10 anos após menopausa

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12
Q

Patogênese da Osteoporose

A

Desbalanço entre atividade osteoblástica (diminuída) e osteoclástica (aumentada)

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13
Q

Patogênese da Osteoporose: Fatores contribuintes

A

Deficiência da vitamina D
Pele adelgaçada diminui formação da vitamina D
Menor exposição solar idosos
Menor absorção de cálcio
Alterações intestinais
Menor estimulo de absorção por falta de vitamina D
Hiperparatireoidismo secundário (relativo)
Menor absorção intestinal estimular reabsorção óssea

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14
Q

Etiologia

A

Primária = idiopática
Tipo 1 = pós menopausa
Tipo 2 = senilidade

Secundárias
Alcoolismo
Malignidades
Corticóides
Hipogonadismo
Diabetes mellitus
Menopausa cirúrgica

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15
Q

Quadro Clínico

A

Doença insidiosa assintomática

Sintomas = fratura
Dor (lombar pode irradiar para parede torácica anterior)
Diminuição altura
Cifose torácica (pode levar a desconforto abdominal)
História com trauma mínimo (tosse, mobilizar tronco)

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16
Q

Densitometria óssea: aspectos técnicos

A

Fundamental no diagnóstico, avaliação do risco de fraturas e seleção de pacientes para tratamento, monitora tto

Colo do fêmur, vertebra lombar e radio distal (rotina)
Cada DP abaixo aumenta risco fratura 1,5-3x
Absorciometria de raio-x de dupla energia (DXA)

Densitometria periférica
Calcâneo
Perda óssea similar à coluna lombar

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17
Q

Densitometria óssea: diag

A

T-score: comparação com média dos indivíduos jovens saudáveis (30 anos) ,2.5 DESVIOS PADROES OU -1 A -2,5+ FX FRAGILIDADE

Tscore para: mulher pos menopausa e homens>50 anos

Z score:
homens <50 anos e mulheres pré menopausa

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18
Q

Radiografia

A

Até 30% de perda óssea antes de detecção no rx
Pacientes com osteopenia no rx quase sempre tem osteoporose
Baixa sensibilidade e alta especificidade

19
Q

Ultrassonografia quantitativa

A

Mede a “dureza” do osso e o possível risco de fraturas
Faz no calcâneo
Necessita mais estudos para avaliar diagnóstico e monitorização de osteoporose

20
Q

Tomografia computadorizada quantificada

A

Mede a densidade óssea volumétrica real
Alta exposição da radiação
Pouco usada

21
Q

Marcadores do metabolismo ósseo

A

Matriz óssea contém 90% de colágeno I e 10% proteínas não-colágenas (principal é a osteocalcina)
Marcadores de formação de osso:
Osteocalcina
Fosfatase alcalina
Propeptídeos
Marcadores de reabsorção óssea:
Hidroxiprolina urinária
Piridinolina
Desoxipiridinolina – mais específica para osso
Telopeptídeos
Pouca evidência mostrando diminuição do risco de fraturas com normalização de marcadores

22
Q

Tratamento

A

Metade de todas as mulheres e 1/3 dos homens sofrerão uma fratura por fragilidade óssea durante sua vida

Triagem geral da população com densitometria não é custo-efetiva

Prevenção é o mais importante

Excluir causas secundárias

23
Q

Prevenção

A

Iniciar crianças/adolescentes
Visa otimizar o pico de massa óssea entre 20-30 anos
Atividade física, otimização nutricional, ingestão mínima recomendada de cálcio e vitamina D, exposição solar
Reduzir/cessar tabagismo e etilismo
Prevenção de quedas
Doenças circulatórias e cardíacas
Déficit visual (catarata)

24
Q

Prevenção: nutricional

A

Cálcio: repor junto com vit D em todos os idosos
Adolescentes: 1200 a 1500mg/dia
Adultos até 65anos: 1000mg/dia
Idosos e mulheres pós-menopausa: 1500mg/dia

Vitamina D: facilita a absorção do cálcio
400-800 UI / dia para pessoas com baixa exposição solar ou déficit na nutrição

25
Q

Prevenção: Atividades Físicas

A

Aumenta de 30-50% a DMO e a resistência óssea para quem começa atividades físcas antes da puberdade
Nos adultos aumenta DMO de 1 a 3%
Principalmente atividades de IMPACTO

26
Q

Terapia de reposição hormonal

A

Mais para prevenção da osteoporose
Diminui os riscos de fraturas coluna (30%) e quadril (50%)
Muitos efeitos colaterais: risco de TVP, embolia, causa dor nas mamas, cardiopatia, derrame, aumenta risco de câncer de mama, ovário e endométrio

27
Q

Tratamento: medicações

A

Modulador seletivo do receptor de estrogênio (SERMs)
Bifosfonatos
Calcitonina
PTH (Teriparatida)

28
Q

Modulador seletivo do receptor de estrogênio (SERMs)

A

Funcionam como agonistas ou antagonistas do estrogênio dependendo do tecido alvo
Menos efeitos colaterais que a TRH
Raloxifeno: antagonista na mama e endométrio e agonista no osso
Diminui chance de Ca mama, mas aumenta chance de TVP e embolia igual TRH
Inibe reabsorção óssea

29
Q

Bifosfonatos

A

Inibem a reabsorção óssea por reduzirem o recrutamento e a atividade dos osteoclastos
Tomado em jejum
70mg/semana
Reduz 50% fx coluna/quadril/punho

Efeitos adversos: esofagite, dispepsia, diarreia e dores abdominais
Diminuem risco de fraturas osteoporóticas

Risco de necrose de mandíbula se uso EV

VER intervalos

30
Q

Calcitonina

A

200UI intranasal
Reduziu riscos fraturas coluna
Efeito analgésico, diminuindo a dor de fraturas vertebrais de compressão

31
Q

PTH

A

Quando intermitente estimula a formação óssea, aumenta a DMO e reduz risco de fraturas

Teriparatida: PTH recombinante

Efeito anabolico
Estimula formação de osso

Homens com hipogonadismo
Mulheres pos menopausa
Intolerantes aos outros

32
Q

Denosumab

A

anticorpo monoclonal, se liga ao RANKL (ligante) e impede ativação do RANK - segunda linha após bifosfonados

Inibe atividade osteoclastica

33
Q

Ác. zoledronico

A

Bisfofonado
EV: 5mg/ano
reduz 70% fx coluna e 40% quadril

34
Q

Na osteoporose primária, a fosfatase alcalina e o cálcio sérico estão, respectivamente,
A) normal e aumentado.
B) normal e normal.
C) aumentada e normal.
D) aumentada e aumentado.

A

b

35
Q

A fratura osteoporótica da vértebra toracolombar resulta da falha da coluna
A) anterior.
B) posterior.
C) anterior e média.
D) média e posterior.

A

a

36
Q

A osteoporose no homem deve ser pesquisada por densitometria óssea em todo indivíduo com idade superior a
a) 45 anos, da raça negra.
b) 60 anos, de forma rotineira.
c) 50 anos, acometido de fratura por trauma leve.
d) 55 anos, em uso prolongado de anti-hipertensivo.

A

c

37
Q

Na osteoporose, a droga que atua como estimulador da formação óssea é
a) o estrógeno.
b) a calcitonina.
c) o alendronato.
d) o paratormônio.

A

a) o estrógeno. → Anti-reabsortiva /diminui sobrevida osteoclástica (Raloxifeno modula receptores do estrógeno → SERM)
b) a calcitonina. → Anti-reabsortiva / bloqueia osteoclasto
c) o alendronato. → Anti-reabsortiva/ bloqueia osteoclasto
d) o paratormônio → Estimula formação em BAIXA DOSE e INTERMITENTE (outro medicamento: Fluoreto)

38
Q

O tratamento cirúrgico da fratura da coluna vertebral secundária à osteoporose está indicado na presença de
A) cifose torácica.
B) fragmento ósseo intracanal.
C) incapacidade de utilização da OTLS.
D) dor refratária ao tratamento conservador.

A

d

39
Q

Na densitomeria óssea com DP - 2,7 e fx de rd com trauma de baixa energia é classificado como:
A. Osteopenia
B. Osteoporose leve
C. Osteoporose moderada
D. Osteoporose grave

A

d

40
Q

O valor da vitamina D sérico (ng/dL) considerado insuficiente é
A. 2- 10
B. 10-20
C. 20-32
D. 32-40

A

Deficiencia ate 20
Insuficiencia 21-29
Suficiente 30-100

41
Q

Osteoporose Tipo 1

A

Pós menopausa (F)
50-65 anos de idade
Fx radio distal/coluna
Osso trabecular

42
Q

Osteoporose Tipo 2

A

Senilidade (F/M)
>70 anos de idade
Punho/coluna/ quadril
Osso trabecular e cortical

43
Q

Indicações densitometria

A

Mulheres>65
Homens>70
Mulheres pos menopausa
Fx preveia
Mulher <65 anos+ IMC baixo
Fatores de risco**