Ostemiolite e Artrite Séptica - Caso 12 Flashcards

1
Q

Ostemiolite

Definição

A
  • Inflamação do osso causada por infecção.
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Q

Osteomielite

Classificação (tempo)

A
  • Aguda: < 2 semanas;
  • subaguda: 2 semanas-3 meses;
  • crônica: > 3 meses
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3
Q

Osteomielite

Vias de contaminação

A
  • Hematogênica (meio mais clássico)
  • Contiguidade;
  • Inoculação direta.
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4
Q

Ostemiolite subaguda

Achado na ressonância

A

Abscesso de brodie

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5
Q

Osteomielite

Fase em que geralmente ocorre sequestro ósseo

A

Crônica

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6
Q

Osteomielite

Agentes etiológicos maios comuns

A
  • S. Aureus (mais comum);
  • Kingella kingae;
  • Estreptococo do grupo B
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7
Q

Ostemiolite

Em que local do osso longo a bactéria se instala e se prolifera?

A

Metáfise

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8
Q

Ostemiolite

Fisiopatologia (disseminação hematogênica)

A

Bactéria alcança a metáfise

Processo inflamatório -> pressão aumenta -> aporte sanguíneo reduz -> isquemia -> necrose tecidual

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9
Q

Ostemiolite: V ou F

O antibiótico chega ao abscesso intraósseo.

A

Falso!

  • Não chegam. É necessário drenagem.
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10
Q

Osteomielite

Descreva o processo fisiopatológico desde o abscesso intraósseo até a fistulização

A

Pus invade canais de Havers e Volmann -> espaço superiosteal -> rompimento do periósteo -> drenagem para as partes moles -> formação de fístula

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11
Q

Osteomielite

Exemplo de infecções por via direta (3)

A
  • Ferimentos perfurantes;
  • Fraturas expostas;
  • Punções ósseas.
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12
Q

Osteomielite

Defina a infecção por contiguidade

A
  • Bactéria invade osso a partir de uma infecção de estruturas vizinhas (ex: celulite)
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13
Q

Osteomielite aguda hematogênica

Diagnóstico

A
  • Sinais sistêmicos de infecção (febre, calafrios, prostração, mal-estar..) + dor + flogismo na região metafisária de ossos longos
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14
Q

Suspeita de osteomielite

Exames a serem solicitados (4)

A
  • Hemograma;
  • VHS;
  • Proteína C-reativa;
  • radiografia simples
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15
Q

Osteomielite

A febre é mais comum em ____(crianças/adultos).

A
  • Crianças
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16
Q

Osteomielite

Descreve a dor típica

A
  • Dor à palpação sobre a região metafisária de ossos longos.
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17
Q

Osteomielite

Exame adequado para monitorar o curso do tratamento da osteomielite

A

Proteína C-reativa

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18
Q

Osteomielite : V ou F

É fundamental coletar amostras para hemocultura.

A

Verdadeiro.

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19
Q

Osteomielite

Achados da radiografia na fase aguda (5)

A
  • densificação de partes moles;
  • osteoporose;
  • áreas líticas destrutivas;
  • reação periosteal;
  • alargamento da fise;
  • destruição no núcleo de ossificação
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20
Q

Osteomielite

Descreva os achados na radiografia da fase subaguda (2)

A
  • Área lítica com margens escleróticas (abscesso brodie);
  • pouca reação periosteal
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21
Q

Osteomielite

Descreva os achados na radiografia da fase crônica (4)

A
  • Invólucro;
  • sequestro;
  • cloaca (rompimento da cortical);
  • esclerose, destruição e perda óssea.
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22
Q

Ostemiolite

Exame com alta sensibilidade para o diagnóstico

A
  • Cintilografia óssea
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23
Q

Osteomielite crônica

Bom exame para detectar sequestro ósseo

A

TC

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24
Q

Osteomielite aguda

Melhor exame diagnóstico

A

RM

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25
Q

Osteomielite

Tratamento

A
  • Antibioticoterapia empírica;
  • antibioticoterapia direcionada;
  • tratamento cirúrgico
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26
Q

Osteomielite aguda

Tratamento imediato

A
  • reposição volêmica com cristalóides;
  • analgesia adequada;
  • posicionamento confortável do membro;
  • início da antibioticoterapia
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27
Q

Osteomielite

Antibioticoterapia empírica

A
  • Ciprofloxacino + clindamicina.
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28
Q

Osteomielite

Quando o tratamento cirúrgico deve ser considerado?

A
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29
Q

Osteomielite

Conduta diante de ausência da diminuição da proteína C-reativa

A
  • Nova drenagem e/ou troca da antibioticoterapia.
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30
Q

Osteomielite

Conduta diante de ausência de melhora em 48h

A

Drenagem cirúrgica

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31
Q

Artrite séptica/infecciosa

Principais causas (2)

A
  • S. Aureus;
  • N. Gonorrhoeae
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32
Q

Articulações passíveis de infecção

Conduta

A
  • aspiração do líquido sinovial.
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33
Q

Líquido sinovial

Contagem normal de células

A

< 180 células

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34
Q

Líquido sinovial

Característica das infecções bacterianas agudas

A

média de 100.000/ul com >90% de neutrófilos

35
Q

Artrites inflamatórias induzidas por cristais, reumatoides e não infecciosas

Contagem no líquido sinovial

A

< 30.000-50.000 células/ul

36
Q

Artrite bacteriana aguda

Fisiopatologia

A

Bactéria penetram na articulação

  • proliferações sinoviais -> formação de pannus sobre a cartilagem
37
Q

Artrite bacteriana aguda

Via mais comum de disseminação

A
  • Hematogênica.
38
Q

Artrite bacteriana aguda

Patógeno mais comum em adultos

A
  • S. Aureus
39
Q

Artrite bacteriana aguda

Patógeno comum após implantação de próteses articulares ou realização de artroscopia

A
  • Estafilococos coagulase-negativos.
40
Q

Artrite bacteriana não gonocócica

Clínica

A

comprometimento de uma única articulação: joelho

41
Q

Artrite bacteriana não gonocócica

Articulações mais afetadas diante de inoculação direta ou mordedura

A

mãos e pés

42
Q

Artrite bacteriana não gonocócica

Caráter do acometimento em pacientes com artrite reumatoide

A
  • Infecção poliarticular
43
Q

Artrite bacteriana não gonocócica

Sítios mais afetados em usuários de drogas (3)

A
  • coluna vertebral;
  • articulações sacroilíacas;
  • articulações esternoclaviculares
44
Q

Artrite bacteriana não gonocócica

Manifestação habitual (5)

A
  • dor moderada a intensa ao redor da articulação;
  • derrame;
  • espasmo muscular;
  • limitação do movimento;
  • febre entre 38,3-38,9
45
Q

Artrite bacteriana não gonocócica

Achados laboratoriais (3)

A
  • Leucocitose com desvio à esquerda;
  • elevação VSH e PCR
46
Q

Artrite bacteriana não gonocócica

Achados na radiografia

A
  • edema dos tecidos moles;
  • alargamento do espaço articular;
  • deslocamento dos planos teciduais pela cápsula distendida.
47
Q

Artrite bacteriana não gonocócica

Diagnóstico

A
  • cultura do líquido sinovial
48
Q

Artrite bacteriana não gonocócica

Tratamento

A

Atb empírica + drenagem da articulação

  • ceftriaxona ou cefotaxima;
  • vancomicina: diante de cocos gram-positivos
49
Q

Artrite bacteriana não gonocócica

Tratamento caso S. Aureus

A
  • cefazolina;
  • oxacilina;
  • nafcilina
50
Q

Artrite bacteriana não gonocócica

Conduta diante de usuário de drogas + presença de P. Aeruginosa

A
  • Aminoglicosídeo

ou

  • cefalosporina 3ª geração
51
Q

Artrite bacteriana não gonocócica

Conduta definitiva diante de estafilococos

A
  • cefazolina, oxacilina, naficilina ou vancomicina por 4 semanas.
52
Q

Artrite bacteriana não gonocócica

Conduta diante de estreptocócicas e pneumocócica devidas a micro-organismos sensíveis à penicilina

A
  • Penicilina G por 2 semanas
53
Q

Artrite bacteriana não gonocócica

Conduta diante de H.influenzae e cepas de streptococcus pneumoniae resistentes à penicilina

A

cefotaxima ou ceftriaxona por 2 semanas

54
Q

Artrite bacteriana não gonocócica

Conduta diante de infecções entéricas gram-negativas

A
  • cefalosporina de 2ª ou 3ª geração por via IV ou fluoroquinolona
55
Q

Artrite gonocócica

Patógeno comum

A

N. Gonorrhoeae

56
Q

Artrite gonocócica - infecção gonocócica disseminada

Manifestação mais comum

A
  • Síndrome de febre, calafrios, erupção cutânea e sintomas articulares.
57
Q

Infecção gonocócica disseminada

Caracterize o exame físico

A
  • pápulas que progridem para pústulas;
  • artrite e tenossinovite migratórias dos joelhos, mãos, punhos, pés e tornozelos
58
Q

Artrite gonocócica verdadeira

Caracterize o acometimento articular

A
  • única articulação acometida: joelho, quadril, tornozelo ou punho
59
Q

Artrite gonocócica

Tratamento para cobertura de micro-organismos resistentes à penicilina

A

Ceftriaxona + ciclo de 7 dias com fluoroquinolona (caso regressão bem-definida)

60
Q

Artrite gonocócica

Tratamento para micro-organismos sensíveis à penicilina

A
  • Amoxicilina
61
Q

Artrite gonocócica

Tratamento da coinfecção por clamídia

A
  • Adição de azitromicina ao esquema
62
Q

Artrite por espiroqueta - Doença de Lyme

Patógeno comum

A
  • Borrelia burgdorferi.
63
Q

Artrite por espiroqueta - Doença de Lyme

Padrão inicial de acometimento

A
  • artralgias e mialgias intermitentes
64
Q

Artrite por espiroqueta - Doença de Lyme

Diagnóstico

A
  • Testes sorológicos para anticorpos IgG
65
Q

Artrite por espiroqueta - Doença de Lyme

Tratamento

A
  • Doxiciclina;

ou

  • amoxicilina

ou

  • Ceftriaxona
66
Q

Artrite por espiroqueta - Doença de Lyme

Tratamento diante de refratariedade à antibioticoterapia

A
  • anti-inflamatórios.

ou

  • sinovectomia
67
Q

Artrite sinifilítica

Caracteriza as manifestações na sífilis congênita precoce

A
  • tumefação periarticular;
  • articulação de clutton
68
Q

Artrite sinfilitica

Características do acometimento na sífilis secundária (4)

A
  • artrite simétrica de joelhos e tornozelos;
  • sacroileíte;
  • pleocitose mononuclear e neutrofílica mista do líquido sinovial;
  • terapia com penicilina
69
Q

Artrite micobacteriana - artrite tuberculosa

Manifestação mais comum

A
  • Monoartrite granulomatosa crônica.
70
Q

Artrite tuberculosa

Articulações mais afetadas (3)

A

Grandes articulações

  • quadril;
  • joelho;
  • tornozelo
71
Q

Artrite tuberculosa

Característica da aspiração da articulação afetada

A

Líquido com contagem celular de 20.000, com cerca de 50% de neutrófilos

72
Q

Artrite tuberculosa

Tratamento

A
  • Tratamento base da tuberculose pulmonar.
73
Q

Artrite fúngica

Os fungos são causa ____ (comum/incomum) de artrite monoarticular crônica.

A
  • Incomum.
74
Q

Artrite fúngica- infecção por candida

Caracterize o acometimento

A
  • Única articulação (joelho, quadril ou ombro)
75
Q

Artrite fúngica

Característica do líquido sinovial

A

10.000–40.000 células/ul

76
Q

Artrite fúngica

Tratamento

A
  • drenagem + lavado da articulação + administração sistêmica de antifúngico
77
Q

Artrite viral

Caracterize a artralgia após parotidite da caxumba

A

Poliartrite monoarticular ou migratória autolimitada

78
Q

Artrite viral

Patógenos associados

A
  • vírgulas da rubéola;
  • parvovírus B19;
  • Zika;
  • Chikungunya;
  • coriomeningite linfocítica (artrite simétrica de mãos e punhos*;
  • HIV
79
Q

Artrite parasitária

Caracteriza o acometimento da filária dracunculus medinensis

A

Lesões articulares destrutivas nas extremidades inferiores

80
Q

Artrite reativa ou pós-infecciosa - poliartrite reativa

Acometimento predisponente (2)

A
  • uretrite não gonocócica;
  • infecções entéricas
81
Q

Artrite reativa

Defina o acometimento articular e quadro clínico

A
  • oligoartrite assimétrica dolorosa;
  • pés, tornozelos, joelhos;
  • lombalgia;
  • evidência de sacroileíte
82
Q

Artrite reativa

Tratamento sintomático

A
  • AINES
83
Q

Infecções em próteses

Tratamento

A
  • cirurgia e altas doses de antibióticos parenterais