Oncologia - Esôfago, Estômago e Cólon Flashcards

1
Q

Quais são os tipos de CA de esôfado? Qual mais comum?

A

Escamoso (96%) e Adenocarcinoma

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Q

Quais os fatores de risco para cada tipo de CA de esôfago?

A

Escamoso (fatores externos) - tabagismo, elitismo, acalásia, estenose cáustica e tilose
*efeito sinérgico quando simultâneos

Adenocarcinoma - DRGE (barret e obesidade)

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3
Q

Qual a clínica do CA de esôfago?

A

Disfagia e emagrecimento (meses → mais agudo que acalásia)

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4
Q

Como se faz o dx de CA de esôfago? (exames)

A

EDA c/ biópsia

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5
Q

Quais exames são necessários para o estadiamento do CA de esôfago?

A

T → US endoscópico +/- broncoscopia (em tumores suspeitos de T4b, para ver se invade traqueia)
N → US endo c/ PAAF + TC de tórax
M → TC de tórax e abdôme
OBS: os dois principais sítios de metástase são pulmão e fígado

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6
Q

Como é o T do TNM do CA de esôfago?

A
T1a - Mucosa 
T1b - Submucosa
T2 - Muscular
T3 - Adventícia
T4a - Adjacentes ressecáveis
T4b - Adjacentes irressecáveis
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7
Q

Como é o tratamento do CA de esôfago (superficial, padrão, superavançado)?

A
Paciente superinicial (T1a):
Endoscopia → Mucosectomia endoscópica

Paciente PADRÃO (≥ T1b):

  • QT/RT neoadjuvante → Cirurgia (esofagectomia* + linfadenectomia)
    * Esofagec Transtorácica x Trans-hiatal
    * Transtorácica: melhor linfadenectomia, mas maiores complicações respiratórias (+ mórbida)
    * Trans-hiatal: Menos mórbida, mas maior recidiva.

Paciente superavançado (T4b ou M1):
Paliação

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8
Q

Qual principal tipo histológico do CA de estômago?

A

Adenocarcinoma

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9
Q

Qual tipo de disseminação do CA de estômago?

A

linfática, hematogênica e transcelômica

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10
Q

Quais são os FR para CA de estômago?

A

Dieta (nitrogenados, defumados, em conserva)

Tabagismo

H. pylori (gastrite atrófica e gastrectomia prévia)

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11
Q

Como é a clínica do CA de estômago?

A

Dispepsia + sinais de alarme

Virchow (linf supraclavicular E) 
Irish (linf axilar E)
S. Mary Joseph (nódulo tumoral umbilical)
Blumer (nódulo tumoral no fundo de saco)
Krukenberg (metástase no ovário)
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12
Q

Como se faz o dx de CA de estômago? (exames)

A

EDA + biópsia

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13
Q

Como é classificado macroscópicamente o CA de estômago?

A
Borrmann (macro)
Tipo I - Polipoide (não ulcerada)
Tipo II - Ulcerado (bordas nítidas)
Tipo III - Ulcero infiltrativo (bordos não nítidos)
Tipo IV - Infiltrativa (linite plástica)
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14
Q

Como é classificado microscópicamente o CA de esôfago?

A
Lauren (micro)
Subtipo INTESTINAL
- Homem
- Esporádico
- Idoso
- Gastrite atrófica
- Diferenciado
- Bom prognóstico
  • Subtipo DIFUSO
  • Mulher
  • Hereditário
  • Jovem
  • Sangue tipo A
  • Indiferenciado
  • Mau prognóstico
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15
Q

Célula em anel de sinete (citoplasma aglomerado e cél bem arredondada): Ligada ao carcinoma subtipo ____ de Lauren

A

DIFUSO

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16
Q

Quais são os exames necessários para o estadiamento do CA de estômago?

A

T → US endoscópico
N → USG endo c/ PAAF + TC de ABD
M → TC de tórax e abdôme + Laparoscopia (para avaliar implantes peritoneais)

17
Q

Como é o T do TNM do CA de estômago?

A
T1 - Submucosa
T1a - Mucosa 
T1b - Submucosa
T2 - Muscular
T3 - Adventícia
T4a - Serosa
T4b - Subserosa
18
Q

O que é o CA gástrico inicial e o que é o CA gástrico precoce?

A

CA gástrico inicial: T1a (mucosa)

CA gastrico precoce = T1 (mucosa ou submucosa), independente do N

19
Q

Quantos linfonodos devem ser retirados no mínimo para se classificar o N do TNM do CA de estômago?

A

Deve-se retirar pelo menos 16 linfonodos para estadiamento N do CA estômago

(algumas fontes usam 15)

20
Q

Como é o tratamento do CA de estômago (inicial, padrão, avançado)?

A
Paciente superinicial (T1a):
Mucosectomia endoscópica
(Não ulcerada, tipo intestinal, < 2 cm e sem linfonodos)

Paciente PADRÃO (≥ T1b):
Gastrectomia* + linfadenectomia a D2 (≥ 16 linfonodos)
*Depende da localização do tumor no estômago:
Proximal: Gastrectomia total
Distal (antro, piloro): Gastrectomia subtotal

Paciente superavançado (M1*):
Paliação

(* Não entra T4b junto porque não há estruturas irressecáveis próximas ao estômago)

21
Q

Qual principal tipo do CA colorretal? A maioria é adquirida ou hereditário?

A

Adenocarcinoma

Adquirida (esporádico) 80 %

22
Q

No CA colorretal, a primeira mutação adquirida que desengatilha esse processo é no gene…

A

APC

23
Q

Qual a fisiopatologia da PAF?

A

Gene APC mutante herediário

24
Q

O que caracteriza a PAF?

A

Pólipos adenomatosos → > 100!

25
Q

Quais são as variantes da PAF? Quais suas características?

A

Variante de GARDNER: Dentes supranumerários, osteomas (geralmente mandíbula ou maxila) e tumores desmoides

Variante de TURCOT: Tumores do SNC (principalmente meduloblastoma ou glioblastoma)

26
Q

Como é conhecida a síndrome de Lynch?
Há mutação do gene APC?
Qual padrão de herança genética?

A

Síndrome Não Polipoide Hereditária

Não tem mutação do gene APC

Dç autossômica dominante

27
Q

Como se faz o diagnóstico de síndrome de Lynch?

A

Critérios de Amsterdam
Câncer < 50 anos
≥ 3 familiares (um de 1º grau)
2 gerações

28
Q

Quais são os tipos de Síndrome de Lynch? O que caracteriza cada um?

A

Lynch I: CA colorretal

Lynch II: Colorretal + outros… (CA endométrio, ovário, pâncreas, estômago e t. urinário sup)

29
Q

Quais são os achados intestinais na Síndrome de Peutz-Jeghers? Qual risco de CA colorretal?

A

Desenvolve pólipos hamartomatosos (não adenomatosos)

Risco baixo (ou zero) p CA colorretal

30
Q

Qual fenótipo da Síndrome de Peutz-Jeghers? Qual a clínica?

A

Fenótipo: manchas melanocíticas em pele e mucosa

Clínica: Intussuscepção (dor), melena e anemia

31
Q

Quais são os FR para CA colorretal?

A

Idade, H. familiar, S. hereditárias, DII (Crohn e RCU)

32
Q

Qual clíncia do CA colorretal?

A

Cólon D: Melena,anemia e massa palpável

Cólon E: Alt. do hábito intestinal

Reto: Hematoquezia e fezes em fita

33
Q

Quais exames são necessários para o dx de CA colorretal?

A

Colonoscopia + biópsia

34
Q

Qual marcador do CA colorretal? Para que serve?

A

CEA

Não é diagnóstico! É para seguimento

35
Q

Como se faz o rastreamento do CA colorretal? Qual conduta diante de um achado suspeito de malignidade?

A

Esporádico → ≥ 50 anos → COLEC SEGMENTAR

H. familiar → ≥ 40 anos (alguns 10 anos antes do caso índex) → COLEC SEGMENTAR

Lynch I e II → ≥ 20 anos → COLEC TOTAL

Polipose AF → ≥ 10 anos* → COLEC

36
Q

Como é o tto de CA de colo (inicial, padrão, avançado)?

A

Inicial / Padrão / Avançado: Colectomia + Linfadenectomia

37
Q

Como é o tto de CA de reto (inicial, padrão, avançado)?

A

INICIAL (T1) → Excisão endoscópica (alto) ou local (baixo)

PADRÃO (≥ T2)
→ QT + RT neoadjuvante

 * > 5 cm da margem anal =  Anastomose +/- ostomia de proteção
 * RAB - Ressecção abdominal baixa + Excisão total do mesorreto (= linfadenec)

 * ≤ 5 cm da margem anal =  Colostomia definitiva
 * RAP - Ressecção abdominoperineal + Excisão Total do Mesorreto (Cirurgia de Miles)
38
Q

TUMOR GIST → Tumor estromal gastrointestinal
Sítio primário mais comum: ________
Idade: __________
Manifestações: __________
Prognóstico ruim se: ____________
Tratamento:
______________________ E/OU ______________

A

TUMOR GIST → Tumor estromal gastrointestinal
Sítio primário mais comum: estômago
Idade: depois da 4ª década de vida
Manifestações: sangramento e dispepsia
Prognóstico: tamanho (10cm), índice mitótico (>10/50) e localização
Tratamento:
Pode ser ressecado com margens mais exíguas, por vezes até com gastrec atípicas (em cunha), sem linfadenectomia
Imatinib*: Se metástase, irressecável ou alto risco (ex: tamanho (10cm), índice mitótico (>10/50)

*GIST tem expressão de um gene c-Kit mutante: tirosinaquinase (CD117) na superfície (imatinib inibe tirosina quinase)