Hemorragia Digestiva Flashcards
Entre HDA e HDB qual mais comum e qual mais letal?
HDA mais comum (80%) e mais letal
Na HDA, quanto tempo temos para realizar a EDA?
Realizar nas 1as 24h (quanto antes, melhor)
V ou F: A maioria das HDA cessam espontaneamente.
Verdadeiro. Igual se investiga e trata com EDA pelo risco de ressangrar.
3 principais causas de HDA?
1º: Úlcera péptica (50%; mais comum e mais letal) 2º: Varizes esofágicas (18%) 3º: Laceração (Mallory-Weiss)
Ú-VU-LA
Art. sangrante na úlcera duodenal e na úlcera gástrica
Duodenal: art. gastroduodenal Gástrica: art. gástrica esquerda
Hemobilia 1) História 2) Clínica 3) Dx 4) Tto
História: trauma, cirurgia hepatobiliar
Clínica: Tríade de Sandblom (Hemorragia + Dor em hipocôndrio direito + icterícia)
Diagnostico e tratamento: Arteriografia!!!
Ectasia vascular (“Estômago em Melancia”) 1) Grupo de risco 2) Clínica 3) Tratamento
Grupo de risco: mulheres, associação com cirrose e colagenoses
Clínica: anemia ferropriva a esclarecer
Tratamento: ferro
Se grave: transfusão
Se sangramento volumoso (raro): EDA
Dieulafoy 1) O que é? 2) Onde se localiza?
Artéria dilatada na submucosa
Pequena curvatura gástrica
Dieulafoy 1) Clínica 2) Tratamento?
- Clínica: homem, sangramento maciço, INDOLOR e RECORRENTE
- Tratamento: EDA 2ª opção: embolização por arteriografia Se nada resolver: cirurgia
Condutas na enterorragia/hematoquezia após estabilização?
- toque retal/ anuscopia + EDA/ SNG (para descartar HDA, pois é mais prevalente!)
- Após:
Sangramento leve a moderado -> Colono
Sangramento maciço ou Colono não achar -> arteriografia
Se nada resolver -> colectomia
Causas mais comuns de HDB
DDD → Divertículo; (Angio)Displasia; (A)Denocarcinoma
Doença diverticular:
Localização mais comum da doença
Localização mais comum da diverticulite
Localização mais comum do sangramento
Doença e diverticulite: cólon E
Sangramento: cólon D
Diverticulite é complicação mais comum que sangramento.
Tratamento sangramento na Doença Diverticular
Colono (se feita colono) / Embolização (arteriografia) / Cirurgia
DIVERTÍCULO DE MECKEL 1) Incidência conforme idade e formas de apresentação no criança e adulto
Alta incidência na primeira década de vida, com redução gradual progressiva. Normalmente é assintomático. Na criança, principal complicação é o sangramento; no adulto, a obstrução.
Onde se localiza e de onde se origina o divertículo de MECKEL?
ÍLEO (origem no ducto onfalomesencefálico)
D. MECKEL é divertículo verdadeiro ou falso?
Verdadeiro.
D. MECKEL: diagnóstico e tratamento
Dx: cintilografia TTO: ressecção
D. MECKEL: regra dos 2
Regra dos 2”: 2% da população, 2 pés da válvula ileocecal, 2 polegadas de comprimento, 2 cm de diâmetro e 2 tipos de mucosa ectópica - gástrica e pancreática
Angiodisplasia 1) associações 2) local + comum 3) tto
Associação (sangra mais se paciente tem): est. aórtica/ doença renal/ dç de Von Willebrand Local
+ comum: CECO (mas é a principal causa de hemorragia do delgado)
Tratamento: colono/ inibidor VEGF (?)/ Embolização/ Cirurgia
Sangramento disgestivo obscuro
Definição? Principal causa? Como fazer o dx? Localização mais comum?
Sangramento não visualizado na EDA e na Colono (mesmo após repetidos os exames). Angiodisplasia. Cápsula Endoscópica (sens. de 63%). Delgado (90%).
Síndrome de Render-Osler-Weber
Telangiectasia da pele e membranas mucosas + Sangramento digestivo recorrente
CNG/SNG na HDA e na HDB
HDA: sangue/borra de café HDB: bile sem sangue
Melena e Enterorragia
Sugere HDA e HDB, mas não são patognomônicas
Sensibilidade Exames HDB (mais sensível para menos sensível)
1º: Cintilografia (>0,1 ml/min)
2º: Arteriografia (>0,5-1,0 ml/min)
3º: Colonoscopia (70%)
Cintilografia x Angiografia
Mais sensível, mas localização menos precisa e não é terapêutico
Descreva a classificação de FORREST (incluindo risco de Ressangramento)
* IA - “jato” e IB - “babando” (risco ALTO 90%)
* IIA - Vaso visível (risco ALTO 50%)
IIB - coágulo (risco INTERMEDIÁRIO 30%)
IIC - hematina (risco BAIXO 10%)
* III - Base clara - (risco BAIXO < 5%)
Conduta para cada úlcera péptica sangrante
Ia até IIb -> IBP IV (por 72h em bolus) + terapia endoscópica (sempre 2 métodos endoscópicos concomitantes!)
IIC/III -> não precisa terapia endoscópica; IBP pode ser VO
(obs: IIB - alguns defendem a lavagem até remoção do coágulo para reclassificação)
Quando iniciar o IBP em hemorraria digestiva?
Quando suspeita clínica, pode-se iniciar antes da EDA
Quando operar úlcera péptica hemorrágica?
- Falha endoscópica (após DUAS TENTATIVAS!!!)
- Choque refratário (>6U hemáceas) ou hemorragia recorrente
- Sangramento pequeno mas contínuo (necessitando de transfusão >3U/dia)
Cirurgia na úlcera duodenal
Pilorotomia + ulcerorrafia
Se condição clínica do pcte permitir:
+ vagotomia troncular + piloroplastia em mesmo tempo cirúrgico
Cirurgia na úlcera gástrica
Gastrectomia + Reconstrução em B1,B2 ou Y Roux
Úlcera para AP!
Laceração de Mallory-Weiss 1) História 2) Achado na EDA 3) Conduta
História: vômitos vigorosos (etilista, gestante)
EDA: laceração na junção esofagogástrica, peq. Curvatura
Tratamento: suporte (90% autolimitada!!! Espera que sangramento para e paciente “weiss” para casa)
Primeira medida na Hemorragia Digestiva?
Estabilizar o paciente!
Estabilizou –> Buscar a causa e tratar
Não estabilizou –> Cirurgia
Melena e Enterorragia
Não é patognomômico de HDA e não é patognomônico de HDB.
EDA na HDA
97% de Sensibilidade.
Diagnostica e trata a maioria dos casos.
Hematócrito na Hemorragia Digestiva (e no choque hemorrágico no geral)
Não é confiável nas 1as 24/48h
HDA por Varizes - Conduta:
- Volume (com cautela)
- Vasoconstritor esplâncnico IV (melhor Terlipressina)
- EDA: ligadura (melhor) ou escleroterapia*
- Refratário: balão | TIPS | Cirurgia (shunt não seletivo)
*Cianoacrilato se varizes de fundo gástrico
Profilaxia 1ª e 2ª Varizes:
1ª: Betabloqueador (PNC) OU LEV
2ª: Betabloqueador (PNC) E LEV
Úlcera péptica
Complicação que mais mata?
Hemorragia.
Ruptura espontânea do esôfago em que ocorre laceração transmural, configurando a perfuração mais letal do TGI
Síndrome de Boerhaave
Clínica Boerhaave
Tríade de Mackler: Vômitos repetidos + dor torácica inferior + enfisema subcutâneo.
Hemorroidas INternas
Clínica?
Sangramento INdolor*
*desconforto se prolapsar
Hemorroidas Internas
Classificação e Conduta
I: sem prolapso. Dieta para constipação e Higiene.
II: prolapso com redução espontânea. Ligadura Elástica.
III: prolapso com redução manual. Hemorroidectomia.
IV: prolapso irredutível. Hemorroidectomia.
Hemorroidas externas
Clínica?
Dor.
Hemorroidas Externas
Conduta?
Dieta: cereais integrais, frutas, legumes e oleaginosas;
Higiene local c/ água morna;
Se trombose < 72h: excisão.
Se trombose há mais de 72h: conservador (analgesia e banho de assento).
Fissura anal
Localização mais comum?
Linha média posterior.
Fissura anal
Se lateral?
Pensar em causa secundária.
Crohn, Tuberculose, Câncer e DSTs (Sífilis).
Fissura Anal Aguda
Tempo?
Aspecto?
Tratamento?
<6 semanas.
Avermelhado e irregular.
Conservador:
- Dieta
- Pomada: lidocaína (analgesia), relaxante esfíncter (BCC - ex.: diltiazem - ou nitrato tópico) e corticoide.
Fissura Anal Crônica
Tempo?
Aspecto?
Tratamento?
> 6 semanas.
Esbranquiçado, plicoma e papilite hipertrófica.
Dieta, pomada e normalmente cirúrgico (Esfincterotomia Lateral Interna).
Abscesso anorretal
Conduta?
Drenagem cirúrgica de urgência*.
*mesmo se abscesso não flutuante, pois há risco de Fournier se não drenar logo!
Abscesso anorretal
Antibiótico?
Imunodeprimidos;
Manifestações sistêmicas (febre/taquicardia);
Doença inflamatória intestinal;
Diabéticos.
Fístulas anorretais (cronificação dos abscessos)
Diagnóstico?
Clínico (Goodsall-Salmon)
Orifício externo:
Anterior: trajeto retilíneo/radial e entra na cripta mais próxima.
Posterior: trajeto curvo e entra na linha média.
Abscesso Anorretal
Classificação e Tratamento?
Simples (Inter e Transesfincteriano): Fistulo/Fistulectomia.
Complexo (Supra e Extraesfincteriano): MAIS dreno de Setton/Plug,