obstetricia- parto Flashcards
Primigesta, com idade gestacional de 35 semanas, calculada por DUM e por ultrassonografia realizada com 9 semanas, procurou o HUJM com queixa de perda transvaginal de líquido há 24 horas. Ao exame físico, apresentava colo com 50% de apagamento, pérvio a uma polpa digital, apresentação cefálica insinuada e semdinâmica uterina. Foi realizada uma cardiotocografia que mostrou feto ativo e reativo. Nesse caso, a melhor conduta é:
Saber sobre a conduta de Rotura Prematura das Membranas Ovulares( RPMO)
Temos uma gestante de 35 semanas com queixa de perda de líquido, sem sinais de infecção ou sofrimento fetal e IG > 34 semanas. Nessa IG, não está indicado o uso de tocolíticos ou corticoides e é mandatória a adoção de uma conduta ativa.
A escolha da via de parto deve seguir os critérios obstétricos, sendo a via vaginal preferencial. Na ausência de cultura retovaginal negativa, está indicada a antibioticoprofilaxia para GBS ( bacilos gram negativos) e indução de trabalho de parto- ocitocina
Gestante, com idade gestacional de 37 semanas e 5 dias, confirmada por ultrassonografia de primeiro trimestre, chega à maternidade em trabalho de parto inicial com colo dilatado para 4 cm, bolsa íntegra e com 2 contrações em 10 minutos durando 40 segundos. Já se sabia que era uma gestação gemelar, dicoriônica e diamniótica. A ultrassonografia realizada na internação revelou o primeiro feto pélvico e o segundo cefálico. Nesse caso a conduta mais adequada é
Nas gestações gemelares diamnióticas, quando o primeiro feto é cefálico, independente do segundo ser cefálico também ou pélvico, o parto vaginal é seguro. Entretanto, quando estamos diante de gestações diamnióticas onde o primeiro feto é pélvico, gestações monoamnióticas ou trigemelares, a cesariana tem apresentado melhores resultados perinatais, sendo, portanto, indicada. Assim, no nosso caso em questão, como o primeiro feto é pélvico, a melhor conduta é realizar cesariana
Na assistência ao parto, a monitorização do bem-estar fetal é imperiosa. Com relação a esse cuidado, é correto afirmar que
Durante o trabalho de parto algumas condições como hiperatividade uterina, hipotensão materna e parto prolongado, podem prejudicar trocas metabólicas materno-fetais, gerando hipoxemia e acidose no feto.
m gestações de baixo risco essa avaliação pode ser feita através da checagem de movimentos fetais e ausculta intermitente com sonar Doppler ou estetoscópio de Pinard a cada 30 minutos na fase ativa e de 15 em 15 minutos na fase expulsiva.
assistencia clinica do parto
deve incluir a avaliação do bem-estar fetal. Em gestações de baixo risco essa avaliação pode ser feita através da checagem de movimentos fetais e ausculta intermitente com sonar Doppler ou estetoscópio de Pinard a cada 30 minutos na fase ativa e de 15 em 15 minutos na fase expulsiva.
partograma
uma ferramenta de representação gráfica do trabalho de parto que visa acompanhar sua evolução, diagnosticando alterações e, principalmente, indicar intervenções apropriadas. É um instrumento importante no acompanhamento do parto, porém não é usado para avaliação do bem-estar fetal pois nele, o BCF seria aferido a cada 1 ou 2 horas.
cardiotocografia
deve ser solicitada apenas em gestações de alto risco, podendo ser realizada anteparto ou intraparto. Em relação a esse exame devemos estar atentos às acelerações, variabilidade e desacelerações (DIP), tendo em mente que o primeiro parâmetro a ser alterado é a supressão das acelerações. O traçado normal da FC fetal é bastante irregular, com amplitude de 6 a 25bpm, que representa a variabilidade. Algumas condições como sono ou uso de drogas depressoras do SNC podem provocar a diminuição da variabilidade, sem que isso represente um pior prognóstico. Porém, caso a oscilação seja mínima ou ausente (perda da variabilidade) traduz sinais importantes de hipoxemia.
DIP I (precoce)- desaceleração intraparto
é um reflexo da compressão cefálica fetal pela contração uterina. NÃO é uma alteração patológica. Geralmente se relaciona com a amniorrexe. No traçado observamos desaceleração dos batimentos cardíacos fetais (BCF) coincidente com a contração uterina.
DIP II (tardia)- desaceleração intraparto
sinal importantíssimo de hipoxemia fetal grave que indica, quase sempre, interrupção da gestação. Aqui o início da desaceleração da FC fetal ocorre após o início da contração uterina.
DIP III (umbilical ou variável)-
não tem um padrão fixo na CTG (Cardiotocografia), originam-se da compressão do cordão umbilical e podem ser favoráveis ou desfavoráveis. Como dito, o excesso de contratilidade uterina (taquissistolia, hipertonia), espontânea ou iatrogênica, pode desencadear sofrimento fetal agudo com alteração do BCF. caso esteja em uso de drogas uterotônicas, como ocitocina, deve-se interromper. Outras condutas que podem ser tomadas visando reverter o sofrimento fetal e normalidade da frequência cardíaca fetal incluem mudança de decúbito para melhorar o retorno venoso e, assim, diminuir a hipóxia fetal, além de drogas tocolíticas para controle da hiperatividade uterina.
Em relação à conduta no trabalho de parto pré-termo
acerca de parto pré-termo, vamos partir de dois pressupostos: 1) Caso haja sinais de corioamnionite, sofrimento fetal agudo (SFA) ou risco materno, a gestação deverá ser interrompida independente da IG.
2) Caso não haja, deverá ser avaliada profilaxia para GBS e a conduta irá variar conforme a IG. Se > 34 semanas, deverá prosseguir com o parto; Se < 34 semanas, deve-se utilizar corticoterapia para acelerar a maturidade fetal, tocolíticos para tentar aumentar o período de latência até o parto para que haja tempo hábil para o corticóide ter efeito e realizar neuroproteção com sulfato de magnésio caso IG < 32 semanas.
IG< 34 semanas com rastreio infeccioso negativo
Adotar uma conduta expectante e administrar corticóide para acelerar a maturidade fetal (betametasona/dexametasona), devendo aguardar pelo menos 24 horas após a última dose objetivando melhor efetividade da droga; tocolítico (nifedipina) para prolongar a gestação para permitir o uso do corticóide; e iniciar profilaxia para GBS (penicilina cristalina) uma vez que nesta IG ainda não foi colhido swab vaginal e retal para descartar esta colonização.
interrupção de Ig < 34 semanas, quando é indicado
caso o feto prematuro estivesse em apresentação pélvica ou com peso estimado entre 750 a 2000g
As contraindicações absolutas para uso de uterolíticos são:
corioamnionite, SFA( sofriemnto fetal agudo), óbito fetal, afecções maternas de difícil controle, maturidade pulmonar fetal comprovada e malformações fetais incompatíveis com a vida. Assim, corioamnionite ou anomalia fetal grave incompatível com a vida são contraindicações à inibição medicamentosa do trabalho de parto
A repetição do parto cesáreo aumenta a probabilidade de ocorrer:
a cesárea é um fator de risco importantíssimo para rotura uterina em gestações futuras, placenta prévia e acretismo placentário.
Luci é grande multípara, teve um segundo período do parto prolongado. Considerando os riscos, e de acordo com a diretriz nacional de assistência ao parto do Ministério da Saúde do Brasil, qual a primeira conduta para evitar a hemorragia pós-parto em Luci?
O manejo ativo da terceira fase do trabalho de parto é fundamental nesta prevenção. O uso de uterotônicos, tração controlada do cordão umbilical com massagem uterina são a base do tratamento
definição de hemorragia pós parto (HPP)
perda sanguínea de mais de 500 mL no parto vaginal e acima de 1000mL na cesariana. São fatores de risco para a HPP: pré-eclâmpsia, historia de hemorragia em partos anteriores, gestações múltiplas, cicatriz uterina alterior, multiparidade, terceiro período prolongado e macrossomia fetal.
4 T’s de HPP- hemorragia pos parto
Tônus (atonia uterina, bexiga distendida), trauma/trajeto (lacerações de vagina, colo ou útero, incluindo a inversão uterina), tecido (retenção placentária) e trombina(distúrbios da coagulação). a principal causa de hemorragia pós parto é a atonia uterina, o uso de uterotônicos (como a ocitocina), torna-se uma das estratégias mais importantes na prevenção e tratamento
Mariana, 16 anos, chega a maternidade e em menos de 30 minutos completou o segundo período do seu trabalho de parto. De acordo com a recomendação atual da OMS, qual o primeiro passo para evitar a hemorragia pós-parto em Mariana?
Durante o terceiro período (secundamento), onde ocorre o descolamento e saída da placenta e das membranas ovulares, a OMS recomenda algumas medidas que se associam a um menor risco de hemorragias puerperais. O uso de ocitocina profilática (10 UI IM) deve ser realizada de forma rotineira, imediatamente após a expulsão fetal. Depois, é feito o clampeamento tardio do cordão umbilical, tração controlada do cordão, seguido de massagem uterina, logo após a saída da placenta.
O parto vaginal pode ser realizado rotineiramente nos casos de
circular de cordão
Contraindicações de trabalho de parto vaginal
desproporção céfalopélvica; - obstrução do canal de parto, como placenta prévia centro-total, apresentação córmica, anormalidade na pelve materna, tumores prévios; - risco de morbidade perinatal grave, como vasa prévia (lembre-se que aqui há sangramento fetal!), prolapso de cordão umbilical e herpes genital ativo (via vaginal não deve ser realizada).
riscos maternos, como ruptura uterina em pacientes com cicatrizes uterinas prévias. Porém, atenção a pacientes com cesariana prévia: a grande questão é que a presença de cicatriz uterina aumenta o risco de ruptura uterina com o parto vaginal. Este risco é, a princípio, baixo, porém aumenta à medida que aumenta o número de operações cesarianas, sendo que, na prática, uma nova cesariana é recomendada caso a paciente tenha realizado três partos cesáreos prévios.
cicatriz uterina prévia
pode ser contraindicação absoluta ou relativa a depender da incisão cirúrgica apresentada pela paciente: se longitudinal é absoluta e se transversal, é relativa.
contraindicações relativas do parto vaginal
BCF alterado, macrossomia, gemelaridade independente da zigotia
apresentação pélvica, doença cardíaca materna, polidrâmnio e oligodrâminio ( ILA<5cm). Segundo o Ministério da Saúde, em gestantes HIV+ com carga viral for inferior a 1.000 cópias/ml, a via de parto será definida por critérios exclusivamente obstétricos. Assim, a cesariana eletiva deve ser indicada que não realizaram profilaxia antirretroviral combinada durante a gestação, que usaram apenas monoterapia com AZT ou que tenham sua carga viral, com 34 semanas ou mais de gestação, desconhecida ou superior a 1.000 cópias/ml
circular de cordão
não configura fator de risco, nem indicação de cesariana eletiva, independente da quantidade de alças, até porque a acurácia da ultrassonografia para predição de circular é baixa. Assim, nesses casos, a orientação é seguir o planejamento habitual
um uso de misoprostol
em casos de colo desfavoravel
ausência de cultura retovaginal negativa
profilaxia para Streptococcus do grupo B
Gestante que se apresenta na maternidade queixando-se de perda de líquido. Será que essa gestante teve, de fato, amniorrexe?
Devemos, então, confirmar essa queixa no exame físico. Se constatada a saída de líquido claro pelo colo fica confirmado que de fato houve rotura prematura das membranas ovulares.
como devemos prosseguir em caso de amniorrexe?
conduta depende de alguns fatores: presença de infecção, idade gestacional, avaliação da vitabilidade fetal e presença ou não de trabalho de parto. Vamos avaliar nossa gestante. Não há qualquer sinal de infecção (ausência de febre, ausência de dor, líquido claro) ou de sofrimento fetal (CTG categoria 1, normal). Como a IG é superior a 34 semanas, não está recomendado o uso de tocolíticos ou corticoides sendo indicada uma conduta ativa com a escolha da via de parto segundo critérios obstétricos. Parto vaginal sempre é a preferencia. Em casos de colo desfavorável, pode ser realizado o preparo com o uso de misoprostol
nome dado a expulsão da placenta ?
secundamento. Ao passar de 30 minutos como mencionado na questão consideramos como prolongado. Há duas formas. O deslocamento da placenta ocorre por dois mecanismos: um quando a placenta encontra-se no fundo uterino e outra quando encontra-se nas laterais. Sendo evidenciada retenção placentária deve-se no primeiro momento realizar a extração manual da placenta, introduzindo-se a mão na cavidade uterina e procurando descolar a placenta pelo seu plano de clivagem.
No trabalho de parto, na apresentação
defletida de sgudno grau o ponto de referencia é a glabela
na situação transversa como é a apresentação ?
cormica
Na apresentação cefálica fletida toca-se em que fontanela?
Lambdóide (posterior), e a linha de orientação é a sutura sagital
Na apresentação cefálica defletida- primeiro grau- toca-se em que fontanela?
fontanela Bregmatica (anterior e maior), sendo a linha de orientação a sutura sagitometópica