obstetricia- parto Flashcards

1
Q

Primigesta, com idade gestacional de 35 semanas, calculada por DUM e por ultrassonografia realizada com 9 semanas, procurou o HUJM com queixa de perda transvaginal de líquido há 24 horas. Ao exame físico, apresentava colo com 50% de apagamento, pérvio a uma polpa digital, apresentação cefálica insinuada e semdinâmica uterina. Foi realizada uma cardiotocografia que mostrou feto ativo e reativo. Nesse caso, a melhor conduta é:

A

Saber sobre a conduta de Rotura Prematura das Membranas Ovulares( RPMO)
Temos uma gestante de 35 semanas com queixa de perda de líquido, sem sinais de infecção ou sofrimento fetal e IG > 34 semanas. Nessa IG, não está indicado o uso de tocolíticos ou corticoides e é mandatória a adoção de uma conduta ativa.
A escolha da via de parto deve seguir os critérios obstétricos, sendo a via vaginal preferencial. Na ausência de cultura retovaginal negativa, está indicada a antibioticoprofilaxia para GBS ( bacilos gram negativos) e indução de trabalho de parto- ocitocina

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2
Q

Gestante, com idade gestacional de 37 semanas e 5 dias, confirmada por ultrassonografia de primeiro trimestre, chega à maternidade em trabalho de parto inicial com colo dilatado para 4 cm, bolsa íntegra e com 2 contrações em 10 minutos durando 40 segundos. Já se sabia que era uma gestação gemelar, dicoriônica e diamniótica. A ultrassonografia realizada na internação revelou o primeiro feto pélvico e o segundo cefálico. Nesse caso a conduta mais adequada é

A

Nas gestações gemelares diamnióticas, quando o primeiro feto é cefálico, independente do segundo ser cefálico também ou pélvico, o parto vaginal é seguro. Entretanto, quando estamos diante de gestações diamnióticas onde o primeiro feto é pélvico, gestações monoamnióticas ou trigemelares, a cesariana tem apresentado melhores resultados perinatais, sendo, portanto, indicada. Assim, no nosso caso em questão, como o primeiro feto é pélvico, a melhor conduta é realizar cesariana

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3
Q

Na assistência ao parto, a monitorização do bem-estar fetal é imperiosa. Com relação a esse cuidado, é correto afirmar que

A

Durante o trabalho de parto algumas condições como hiperatividade uterina, hipotensão materna e parto prolongado, podem prejudicar trocas metabólicas materno-fetais, gerando hipoxemia e acidose no feto.
m gestações de baixo risco essa avaliação pode ser feita através da checagem de movimentos fetais e ausculta intermitente com sonar Doppler ou estetoscópio de Pinard a cada 30 minutos na fase ativa e de 15 em 15 minutos na fase expulsiva.

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4
Q

assistencia clinica do parto

A

deve incluir a avaliação do bem-estar fetal. Em gestações de baixo risco essa avaliação pode ser feita através da checagem de movimentos fetais e ausculta intermitente com sonar Doppler ou estetoscópio de Pinard a cada 30 minutos na fase ativa e de 15 em 15 minutos na fase expulsiva.

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5
Q

partograma

A

uma ferramenta de representação gráfica do trabalho de parto que visa acompanhar sua evolução, diagnosticando alterações e, principalmente, indicar intervenções apropriadas. É um instrumento importante no acompanhamento do parto, porém não é usado para avaliação do bem-estar fetal pois nele, o BCF seria aferido a cada 1 ou 2 horas.

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6
Q

cardiotocografia

A

deve ser solicitada apenas em gestações de alto risco, podendo ser realizada anteparto ou intraparto. Em relação a esse exame devemos estar atentos às acelerações, variabilidade e desacelerações (DIP), tendo em mente que o primeiro parâmetro a ser alterado é a supressão das acelerações. O traçado normal da FC fetal é bastante irregular, com amplitude de 6 a 25bpm, que representa a variabilidade. Algumas condições como sono ou uso de drogas depressoras do SNC podem provocar a diminuição da variabilidade, sem que isso represente um pior prognóstico. Porém, caso a oscilação seja mínima ou ausente (perda da variabilidade) traduz sinais importantes de hipoxemia.

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7
Q

DIP I (precoce)- desaceleração intraparto

A

é um reflexo da compressão cefálica fetal pela contração uterina. NÃO é uma alteração patológica. Geralmente se relaciona com a amniorrexe. No traçado observamos desaceleração dos batimentos cardíacos fetais (BCF) coincidente com a contração uterina.

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8
Q

DIP II (tardia)- desaceleração intraparto

A

sinal importantíssimo de hipoxemia fetal grave que indica, quase sempre, interrupção da gestação. Aqui o início da desaceleração da FC fetal ocorre após o início da contração uterina.

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9
Q

DIP III (umbilical ou variável)-

A

não tem um padrão fixo na CTG (Cardiotocografia), originam-se da compressão do cordão umbilical e podem ser favoráveis ou desfavoráveis. Como dito, o excesso de contratilidade uterina (taquissistolia, hipertonia), espontânea ou iatrogênica, pode desencadear sofrimento fetal agudo com alteração do BCF. caso esteja em uso de drogas uterotônicas, como ocitocina, deve-se interromper. Outras condutas que podem ser tomadas visando reverter o sofrimento fetal e normalidade da frequência cardíaca fetal incluem mudança de decúbito para melhorar o retorno venoso e, assim, diminuir a hipóxia fetal, além de drogas tocolíticas para controle da hiperatividade uterina.

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10
Q

Em relação à conduta no trabalho de parto pré-termo

A

acerca de parto pré-termo, vamos partir de dois pressupostos: 1) Caso haja sinais de corioamnionite, sofrimento fetal agudo (SFA) ou risco materno, a gestação deverá ser interrompida independente da IG.
2) Caso não haja, deverá ser avaliada profilaxia para GBS e a conduta irá variar conforme a IG. Se > 34 semanas, deverá prosseguir com o parto; Se < 34 semanas, deve-se utilizar corticoterapia para acelerar a maturidade fetal, tocolíticos para tentar aumentar o período de latência até o parto para que haja tempo hábil para o corticóide ter efeito e realizar neuroproteção com sulfato de magnésio caso IG < 32 semanas.

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11
Q

IG< 34 semanas com rastreio infeccioso negativo

A

Adotar uma conduta expectante e administrar corticóide para acelerar a maturidade fetal (betametasona/dexametasona), devendo aguardar pelo menos 24 horas após a última dose objetivando melhor efetividade da droga; tocolítico (nifedipina) para prolongar a gestação para permitir o uso do corticóide; e iniciar profilaxia para GBS (penicilina cristalina) uma vez que nesta IG ainda não foi colhido swab vaginal e retal para descartar esta colonização.

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12
Q

interrupção de Ig < 34 semanas, quando é indicado

A

caso o feto prematuro estivesse em apresentação pélvica ou com peso estimado entre 750 a 2000g

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13
Q

As contraindicações absolutas para uso de uterolíticos são:

A

corioamnionite, SFA( sofriemnto fetal agudo), óbito fetal, afecções maternas de difícil controle, maturidade pulmonar fetal comprovada e malformações fetais incompatíveis com a vida. Assim, corioamnionite ou anomalia fetal grave incompatível com a vida são contraindicações à inibição medicamentosa do trabalho de parto

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14
Q

A repetição do parto cesáreo aumenta a probabilidade de ocorrer:

A

a cesárea é um fator de risco importantíssimo para rotura uterina em gestações futuras, placenta prévia e acretismo placentário.

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15
Q

Luci é grande multípara, teve um segundo período do parto prolongado. Considerando os riscos, e de acordo com a diretriz nacional de assistência ao parto do Ministério da Saúde do Brasil, qual a primeira conduta para evitar a hemorragia pós-parto em Luci?

A

O manejo ativo da terceira fase do trabalho de parto é fundamental nesta prevenção. O uso de uterotônicos, tração controlada do cordão umbilical com massagem uterina são a base do tratamento

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16
Q

definição de hemorragia pós parto (HPP)

A

perda sanguínea de mais de 500 mL no parto vaginal e acima de 1000mL na cesariana. São fatores de risco para a HPP: pré-eclâmpsia, historia de hemorragia em partos anteriores, gestações múltiplas, cicatriz uterina alterior, multiparidade, terceiro período prolongado e macrossomia fetal.

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17
Q

4 T’s de HPP- hemorragia pos parto

A

Tônus (atonia uterina, bexiga distendida), trauma/trajeto (lacerações de vagina, colo ou útero, incluindo a inversão uterina), tecido (retenção placentária) e trombina(distúrbios da coagulação). a principal causa de hemorragia pós parto é a atonia uterina, o uso de uterotônicos (como a ocitocina), torna-se uma das estratégias mais importantes na prevenção e tratamento

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18
Q

Mariana, 16 anos, chega a maternidade e em menos de 30 minutos completou o segundo período do seu trabalho de parto. De acordo com a recomendação atual da OMS, qual o primeiro passo para evitar a hemorragia pós-parto em Mariana?

A

Durante o terceiro período (secundamento), onde ocorre o descolamento e saída da placenta e das membranas ovulares, a OMS recomenda algumas medidas que se associam a um menor risco de hemorragias puerperais. O uso de ocitocina profilática (10 UI IM) deve ser realizada de forma rotineira, imediatamente após a expulsão fetal. Depois, é feito o clampeamento tardio do cordão umbilical, tração controlada do cordão, seguido de massagem uterina, logo após a saída da placenta.

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19
Q

O parto vaginal pode ser realizado rotineiramente nos casos de

A

circular de cordão

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20
Q

Contraindicações de trabalho de parto vaginal

A

desproporção céfalopélvica; - obstrução do canal de parto, como placenta prévia centro-total, apresentação córmica, anormalidade na pelve materna, tumores prévios; - risco de morbidade perinatal grave, como vasa prévia (lembre-se que aqui há sangramento fetal!), prolapso de cordão umbilical e herpes genital ativo (via vaginal não deve ser realizada).
riscos maternos, como ruptura uterina em pacientes com cicatrizes uterinas prévias. Porém, atenção a pacientes com cesariana prévia: a grande questão é que a presença de cicatriz uterina aumenta o risco de ruptura uterina com o parto vaginal. Este risco é, a princípio, baixo, porém aumenta à medida que aumenta o número de operações cesarianas, sendo que, na prática, uma nova cesariana é recomendada caso a paciente tenha realizado três partos cesáreos prévios.

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21
Q

cicatriz uterina prévia

A

pode ser contraindicação absoluta ou relativa a depender da incisão cirúrgica apresentada pela paciente: se longitudinal é absoluta e se transversal, é relativa.

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22
Q

contraindicações relativas do parto vaginal

A

BCF alterado, macrossomia, gemelaridade independente da zigotia
apresentação pélvica, doença cardíaca materna, polidrâmnio e oligodrâminio ( ILA<5cm). Segundo o Ministério da Saúde, em gestantes HIV+ com carga viral for inferior a 1.000 cópias/ml, a via de parto será definida por critérios exclusivamente obstétricos. Assim, a cesariana eletiva deve ser indicada que não realizaram profilaxia antirretroviral combinada durante a gestação, que usaram apenas monoterapia com AZT ou que tenham sua carga viral, com 34 semanas ou mais de gestação, desconhecida ou superior a 1.000 cópias/ml

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23
Q

circular de cordão

A

não configura fator de risco, nem indicação de cesariana eletiva, independente da quantidade de alças, até porque a acurácia da ultrassonografia para predição de circular é baixa. Assim, nesses casos, a orientação é seguir o planejamento habitual

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24
Q

um uso de misoprostol

A

em casos de colo desfavoravel

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25
Q

ausência de cultura retovaginal negativa

A

profilaxia para Streptococcus do grupo B

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26
Q

Gestante que se apresenta na maternidade queixando-se de perda de líquido. Será que essa gestante teve, de fato, amniorrexe?

A

Devemos, então, confirmar essa queixa no exame físico. Se constatada a saída de líquido claro pelo colo fica confirmado que de fato houve rotura prematura das membranas ovulares.

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27
Q

como devemos prosseguir em caso de amniorrexe?

A

conduta depende de alguns fatores: presença de infecção, idade gestacional, avaliação da vitabilidade fetal e presença ou não de trabalho de parto. Vamos avaliar nossa gestante. Não há qualquer sinal de infecção (ausência de febre, ausência de dor, líquido claro) ou de sofrimento fetal (CTG categoria 1, normal). Como a IG é superior a 34 semanas, não está recomendado o uso de tocolíticos ou corticoides sendo indicada uma conduta ativa com a escolha da via de parto segundo critérios obstétricos. Parto vaginal sempre é a preferencia. Em casos de colo desfavorável, pode ser realizado o preparo com o uso de misoprostol

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28
Q

nome dado a expulsão da placenta ?

A

secundamento. Ao passar de 30 minutos como mencionado na questão consideramos como prolongado. Há duas formas. O deslocamento da placenta ocorre por dois mecanismos: um quando a placenta encontra-se no fundo uterino e outra quando encontra-se nas laterais. Sendo evidenciada retenção placentária deve-se no primeiro momento realizar a extração manual da placenta, introduzindo-se a mão na cavidade uterina e procurando descolar a placenta pelo seu plano de clivagem.

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29
Q

No trabalho de parto, na apresentação

A

defletida de sgudno grau o ponto de referencia é a glabela

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30
Q

na situação transversa como é a apresentação ?

A

cormica

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31
Q

Na apresentação cefálica fletida toca-se em que fontanela?

A

Lambdóide (posterior), e a linha de orientação é a sutura sagital

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32
Q

Na apresentação cefálica defletida- primeiro grau- toca-se em que fontanela?

A

fontanela Bregmatica (anterior e maior), sendo a linha de orientação a sutura sagitometópica

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33
Q

Já na apresentação pélvica o ponto de referência é

A

a crista sacrococcígea e a linha de orientação é o sulco interglúteo.

34
Q

apresentação pélvica - completa

A

também denominada de pelvipodálica) em que as coxas e as pernas estão fletidas, com os pés junto às nádegas

35
Q

apresentação pélvica incompleta

A

(também chamada de agripina ou modo de nádegas) as coxas estão fletidas sobre a bacia e as pernas estendidas sobre a face anterior do tronco, portanto os pés se localizam próximos à cabeça. Dentre as duas, é a mais frequentemente encontrada nas USG mas próximas do termo.

36
Q

Em paciente com gestação de 39 semanas que será submetida à cesariana por apresentar herpes genital ativo, a profilaxia para infecção perinatal pelo estreptococo do grupo B não está indicada. V ou F ?

A

Verdadeiro

37
Q

O trabalho de parto inicia-se

A

quando as contrações atingem a frequência de 2 a 3 em dez minutos, com intensidade de 30 a 40 mmHg e duração entre 30 e 40 segundos. No período de dilatação, as contrações têm intensidade de 30 mmHg e frequência de 2 a 3 em 10 minutos, com aumento ao final desse período. Já no período expulsivo, são 5 a 6 contrações em 10 minutos, com duração de 60 a 80 segundos e 50 a 60 mmHg de intensidade.

38
Q

como saber se trata-se de trabalho de parto verdadeiramente?

A

A transição da fase latente para a fase ativa é gradativa, mas, considera-se o início da fase ativa como o momento em que as contrações uterinas passam a ser percebidas regularmente, associado à dilatação cervical entre 3 e 5cm.
1º período clínico (dilatação) e está indicada internação.
A assistência deste período não conta mais com a indicação rotineira de procedimentos como tricotomia, enteróclise e dieta zero. A hidratação venosa é indispensável como rotina, o decúbito não deve ser preconizado e a deambulação e posição escolhida pela gestante em trabalho de parto devem ser estimuladas. O acompanhamento ao parto deve priorizar o bem-estar fetal (através da avaliação do BCF antes, durante e após, no mínimo, duas contrações a cada 30 minutos); e materno (a partir da avaliação de seus sinais vitais e fornecimento de conforto físico e psicológico). Dessa forma, a analgesia deve ser fornecida no momento que a parturiente solicitar.

39
Q

a analgesia peridural pode interferir na progressão da fase ativa e deve ser oferecida após comprovação da adequada evolução do trabalho de parto. Ou seja, deve haver atividade uterina coordenada, dilatação cervical maior que 4cm, apresentação fetal insinuada e adaptada à cérvice. V ou F ?

A

Verdadeiro

40
Q

existem 5 teorias principais para origem das contrações uterinas que iniciam o trabalho de parto.
Teoria da ocitocina

A

hormônio é produzido no hipotálamo e, durante a gestação, também é produzido pela decídua. Ao se ligar nas células miometriais, deflagra contrações uterinas, porém, é inativada rapidamente na circulação sanguínea. Sua concentração sérica máxima é em torno da 36ª semana, mas sua maior eficácia ocorre em fase mais avançada do trabalho de parto pois há um aumento de seus receptores. A ideia é que, com a insinuação fetal, há distensão vaginal e estímulo da secreção da ocitocina que, então, induz a contração uterina. (* a ocitocina só está aumentada durante o TP não parecendo ser precursora deste).

41
Q

existem 5 teorias principais para origem das contrações uterinas que iniciam o trabalho de parto.
Teoria da progesterona

A

sua ação consiste em aumentar o limiar de excitabilidade miometrial. O aumento de volume do feto distende o miométrio “anulando” o efeito inibitório das contrações uterinas exercido pela progesterona. Além disso, a diminuição de sua ação permite que prostaglandinas e ocitócicos endógenos excitem o endométrio

42
Q

existem 5 teorias principais para origem das contrações uterinas que iniciam o trabalho de parto. Teoria da gangorra:

A

teoria do antagonismo da progesterona. Segundo ela, a placenta deixa de liberar P e por isso, não há mais o antagonismo deste hormônio e entra-se em trabalho de parto com o útero contraindo de forma mais rigorosa.

43
Q

existem 5 teorias principais para origem das contrações uterinas que iniciam o trabalho de parto Teoria da prostaglandina (PG):

A

ao final da gestação há um aumento dos estrógenos e da relação E/P. A função do estrogênio consiste no estímulo da síntese de receptores ocitocínicos e de PGs, além do aumento da síntese de seus próprios receptores. O resultado é alteração do colágeno cervical que “amadurece” o colo. Além de diminuir o limiar de excitabilidade da célula miometrial, esta alteração nos receptores estimula a decídua a sintetizar PGs que, juntamente com a ocitocina, estimulam as contrações.

44
Q

Teoria do relógio placentário (ou fetal):

A

o aumento do cortisol e da DHEA (o último, precursor da síntese placentária de estrogênio) produzidos pelo feto sugerem participação da suprarrenal fetal no desencadeamento do trabalho de parto.

45
Q

contrações mais precoces, menos dolorosas e não efetivas são chamadas de contrações de

A

Braxton-Hicks

46
Q

primigestas, o trabalho de parto é mais prolongado porque os processos (fases) são mais demorados, principalmente a dilatação (que ocorre após o apagamento nestas pacientes). O diagnóstico do trabalho de parto, depende da dinâmica uterina e dilatação cervical. vou f ?

A

VErdadeiro

47
Q

as alterações do colo do útero no trabalho de parto incluem:

A

sua retificação no eixo do canal vaginal, amolecimento e perda do tampão mucoso. Deve-se obter uma dilatação mínima de 3cm para considerar trabalho de parto em fase ativa. Na primigesta, o colo geralmente estará 100% apagado quando a dilatação de 3cm for alcançada

48
Q

a paciente só deve ser internada e o partograma aberto em fase ativa do trabalho de parto. V ou F ?

A

Verdadeiro

49
Q

gestação de baixo risco, o bem-estar fetal pode ser avaliado apenas pelo BCF. Faixa normal ?

A

normal entre 110 e 160bpm

50
Q

A data provável do parto é baseada em uma média de 40 semanas, porém ultrapassá-la não é problema caso ainda esteja a termo (<42 semanas). V ou F ?

A

Verdadeiro

51
Q

Macrossomia fetal

A

recém nascidos com peso igual ou superior a 4000g independente da idade gestacional

52
Q

a deambulação é uma das medidas que podem ser orientadas visando estimular a fase ativa. V ou F ?

A

Verdadeiro

53
Q

gestação prolongada é a gestação que ultrapassa as 42 semanas sendo também conhecida como serotina, protraída, retardada, pós-termo e pós-maturidade. Enquanto que pós-datismo é a gestação que ultrapassa a data provável do parto.

A

As gestações prolongadas estão classicamente associadas a um acréscimo no risco de resultados gestacionais adversos, porquanto geralmente ocorra, a partir de 40 semanas de gestação, uma deterioração progressiva da função placentária, determinando prejuízos na função respiratória do concepto, tendência à hipoxemia fetal e subsequente incremento nas taxas de morbidade e mortalidade perinatais. pode afetar também o compartimento materno, inclusive o processo de parturição, associando-se a tocotraumatimos e distócias.

54
Q

Puerpério

A

período que corresponde às 6 a 8 primeiras semanas após o parto. Pode ser dividido em: imediato (até 10 dias pós parto), tardio (do 10º ao 45º dia pós parto) e remoto (após 45 dias)

55
Q

tromboembolismo seja complicação materna importante

A

o organismo materno, naturalmente, sofre algumas alterações importantes durante a gestação, favorecendo um estado de hipercoagulabilidade. O aumento na produção de fibrinogênio e nos níveis de alguns fatores de coagulação, a diminuição na atividade fibrinolítica e redução importante da velocidade do fluxo venoso nas pernas, são alterações observadas no terceiro trimestre de gestação e que persistem até a 6 semana pós parto

56
Q

O uso de agentes tocolíticos ou inibidores das contrações uterinas deve ser iniciado assim que se estabelece o diagnóstico de TPP, desde que sejam respeitadas as condições e contraindicações de seu uso:
TPP- trabalho de parto prematuro

A

Condições para uso de tocolíticos:

· Período de latência do trabalho de parto;
· Dilatação cervical < 3 cm;
· Esvaecimento não pronunciado;
· Idade gestacional entre 22 e 34 semanas;
· Contrações uterinas rítmicas

57
Q

Contraindicações para a tocólise:

A
Sofrimento ou óbito fetal;
· Malformações fetais incompatíveis com a vida;
· Restrição de crescimento fetal;
· Infecção amniótica;
· Descolamento prematuro de placenta;
· Placenta prévia sangrante;
· Hipertireoidismo;
· Cardiopatias ou anemia falciforme;
· Diabetes insulinodepedente instável.
58
Q

a corticoterapia está indicada

A

para gestações entre 24 e 34 semanas, devido aos benefícios em reduzir a incidência de membrana hialina, síndrome da angústia respiratória e hemorragia intracraniana. A betametasona e a dexamatasona são os medicamentos mais utilizados nesses casos e seu efeito máximo inicia-se em 24 horas.

59
Q

trabalho de parto prematuro (TPP):

A

trabalho de parto, com contrações uterinas rítmicas de forte intensidade e capazes de provocar alternações cervicais, antes de completar 37 semanas de gestação.

60
Q

A repetição do parto cesáreo aumenta a probabilidade de ocorrer:

A

a cesárea é um fator de risco importantíssimo para rotura uterina em gestações futuras, placenta prévia e acretismo placentário.

61
Q

Gestante, de 22 anos, cardiopata, com valvupatia reumática tipo insuficiência mitral, hemodinamicamente controlada, deverá ter o parto, preferencialmente,

A

A forma mais frequente de doença cardíaca na gravidez é a de origem reumática, sendo a estenose mitral a lesão predominante, seguida da insuficiência mitral. A insuficiência mitral é, de uma forma geral, bem tolerada durante a gestação e os sintomas ocorrem tardiamente e a paciente tendem a ocorrer tardiamente. Sempre que possível, o parto deve ser realizado pela via vaginal, e o período expulsivo pode ser abreviado pelo uso do fórcipe. Analgesia de trabalho de parto está indicada, visto que o domínio da dor é fundamental na paciente cardiopata. Dessa forma, a melhor opção de resposta é a letra A: o parto deve ser realizado a termo, por via transpélvica e com analgesia de parto.

62
Q

Em uma paciente sem doenças, submetida a parto vaginal de termo, 10 minutos após o nascimento, não ocorreu a dequitação. Qual é a conduta indicada para o caso?

A

como só se passaram 10 minutos, devemos aguardar mais 20 minutos, antes de iniciar qualquer manobra

63
Q

dequitação

A

corresponde ao 3º período do parto, onde ocorre descolamento e saída da placenta. Normalmente, ocorre de 10 a 20 minutos após o período expulsivo. Entretanto, só pode ser considerado prolongado quando ultrapassa 30 minutos!

64
Q

O anel de Bandl é característico de:

A

O sinal de Bandl consiste na distensão do segmento inferior do útero, dando ao órgão um “aspecto de ampulheta”, e é um dos principais sinais de iminência de rotura uterina. E, sem dúvida, uma das principais causas de rotura uterina, especialmente em locais com atendimento obstétrico precário, é o parto obstruído

65
Q

Gestante de 35 anos, com 38 semanas e 2 dias de idade gestacional, referindo perda de líquido claro via vaginal há 6 horas e diminuição da movimentação fetal. Passou a apresentar cólicas e enrijecimento abdominal intermitente há 2 horas. Qual a conduta?

A

exame especular, avaliação da dinamica uterina, exame vaginal e ctg. A cardiotocografia (CTG) não deve ser realizada de rotina em todas as pacientes, apenas em gestações de alto risco. No caso, o único fator de risco que a indicaria seria a idade avançada (>35 anos), com relato de diminuição da movimentação fetal no periparto. Assim, para excluir sofrimento fetal agudo, a banca achou prudente realizar este exame.

66
Q

a saída de líquido claro vaginal (que sugere rompimento da bolsa), ocorreu antes do início do trabalho de parto, o que caracteriza Ruptura prematura de membranas ovulares (RMPO). V ou F ?

A

Verdadeiro
o padrão-ouro e o exame mais simples para diagnóstico de RMPO é a visualização direta de líquido amniótico pelo colo uterino, dessa forma, o exame especular é mandatório

67
Q

em gestações de baixo risco, a monitorização do bem estar fetal é feita

A

apenas com a checagem dos movimentos fetais a avaliação da frequência cardíaca (FC) (a cada 30 minutos na fase ativa e a cada 15 minutos na expulsiva)

68
Q

A amniotomia não deve ser indicada de rotina

A

associar-se a maiores complicações como aumento do risco de infecção

69
Q

Uso de concomitante de postaglandinas e ocitocina, isso é recomendado ?

A

Na presença de colo uterino desfavorável é fundamental a realização de preparo cervical com uma prostaglandina (ex:misoprostol). Apenas quando o colo se encontrar favorável é que se inicia a infusão de ocitocina para estímulo da contratilidade uterina, o uso concomitante não deve ser recomendado

70
Q

situação transversa é extremamente rara (<1%)

A

apresenta uma indicação de cesariana.

71
Q

manobra de McRoberts e manobra de Rubin I

A

são utilizadas principalmente na distócia de espáduas, visando a liberação dos ombros impactados

72
Q

diâmetros anteroposteriores da bacia

A

são denominados conjugatas. No estreito superior, pode ser dividido em 3: A conjugata anatômica é formada pela linha que une a borda superior da sínfise púbica e o promontório. A conjugata obstétrica representa o espaço real do trajeto da cabeça fetal (por isso também é denominada verdadeira) e é definida pela distância entre promontório e a face interna da sínfise púbica

73
Q

conjugata diagonal corresponde

A

à linha que une o promontório e a borda inferior da sínfise púbica. É avaliada pelo toque vaginal

74
Q

Diâmetros da bacia

A

O estreito superior também pode ser avaliado por seus diâmetros oblíquos e transverso. O estreito médio pode ser avaliado por seu diâmetro anteroposterior e diâmetro transverso (ou biespinha ciática). Esse último representa o plano da menor dimensão pélvica. O estreito inferior contém a conjugata exitus, que liga a borda inferior do osso púbico ao cóccix, correspondente ao canal de saída do parto. O diâmetro transverso ou bi-isquiática é determinado pelas tuberosidades isquiáticas.

75
Q

O diagnóstico de prolongamento da fase de latência do trabalho de parto, segundo o partograma de Friedman, é comumente devido a

A

A fase latente do trabalho de parto estende-se desse o início das contrações uterinas regulares até o início da fase ativa. Ocorre a preparação do colo para a fase ativa, como amolecimento e dilatação. Como podemos definir um diagnóstico de fase latente prolongada? Nessas situações, a dilatação cervical é menor que 3/4 cm, apesar do tempo excessivo de contrações dolorosas e regulares. Pode ser definida como duração > 20h em primíparas e > 14 horas em multíparas. Uma de suas causas é a inércia hipotônica primária (letra A correta) Cabe aqui lembrar que o partograma deve apenas começar a ser preenchido quando se iniciar a fase ativa.

76
Q

Durante o trabalho de parto, uma paciente está apresentando parada da descida. Ao toque, observa-se apresentação cefálica com sutura sagital transversa e mais perto da sínfise do que do promontório sacral. Qual é o nome dessa condição?

A

enunciado evidencia uma alteração no fator fetal e não uterino, por isso a distocia não é funcional, alternativa C incorreta.

77
Q

distocia é

A

qualquer perturbação no andamento do parto em que estejam implicadas alterações em um dos três fatores fundamentais: contratilidade uterina (distocia funcional); do objeto(distocia fetal) ou do trajeto (distocia do trajeto).

78
Q

No quesito fetal, a apresentação cefálica pode ser classificada de acordo com a atitude do polo cefálico em relação a dois eixos: anteroposterior (flexão ou deflexão) e laterolateral (sinclitismo ou assinclitismo).

A

sim.
Sinclitismo é quando há o encaixamento do polo cefálico fetal de forma que a sutura sagital está equidistante do pube e do sacro, sem qualquer inclinação lateral. Durante o deslocamento pelo canal de parto, podem ocorrer movimentos de inclinação lateral e o encaixamento da cabeça fetal ocorre com desalinhamento da sutura sagital, descrevendo os chamados assinclitismos

79
Q

O assinclitismo pode ser anterior ou posterior:

A

o anterior é quando a sutura sagital está mais próxima do sacro do que do pube (também chamado de obliquidade de Nagele); já o posterior é quando a sutura sagital está mais próxima do pube do que do sacro (chamada de obliquidade de Litzmann).

80
Q

a rotação externa

A

é o último tempo do mecanismo de parto (também conhecido como restituição)

81
Q

A apresentação cefálica defletida de 1° grau é diagnosticada quando o toque vaginal identifica

A

a linha de apresentação sagimetopica e a fontanela bregmatica

82
Q

Indice de bishop (IB)

A

considera-se que quando o IB é ≥ 8, o colo apresenta características favoráveis, sendo a probabilidade de parto vaginal igual à existente com o início de trabalho de parto espontâneo. IB ≤ 6 traduz um colo imaturo, com maior risco de falha de ITP- indução do trabalho de parto, estando, por isso, recomendada a maturação cervical (MC) com recurso a métodos farmacológicos ou mecânicos