obstetricia- anticoncepção Flashcards

1
Q

Atualmente, para indicarmos o uso de contraceptivos para pacientes, utilizamos como base os critérios de elegibilidade da OMS, que podem ser divididos em 4 categorias.Considerando que cat 1 é uso de aco sem restrições. A Categoria 2 entao:

A

Em tabagistas menores que 35 anos, os métodos contraceptivos hormonais (ACO, injetável combinado, adesivo, anel vaginal) são considerados categoria 2 e, portanto, não estão contraindicado.

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2
Q

para indicarmos o uso de contraceptivos para pacientes, utilizamos como base os critérios de elegibilidade da OMS, que podem ser divididos em 4 categorias:
3) contraindicação relativa; 4) contraindicação absoluta.

A

mais de 35 anos, o ACO já seria categoria 3 ou 4, dependendo do número de cigarros por dia, e teríamos, portanto, uma contraindicação ao método.

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3
Q

o DIU reduz o risco absoluto, porém aumenta o risco relativo para uma gestação ectópica. Explicar

A

o DIU reduz o risco absoluto de gestação ectópica, já que é um método contraceptivo de alta eficácia e consequentemente previne qualquer tipo de gestação.
Porém, caso ocorra uma falha no método, aquela gestação que ocorreu “apesar do DIU” tem uma chance muito maior de ser ectópica… portanto, há um aumento no risco relativo.

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4
Q

são contraindicações clássicas tanto para o DIU de cobre, como para o hormonal

A

Infecção pelvica, sangramento vaginal nao diagnosticado, ca endometrial, ca cervical

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5
Q

contraindicações absolutas ao uso da pílula anticoncepcional?

A

Mutações trombogênicas, amamentação com menos de 6 semanas do parto, história de TVP/TEP, cirurgia com imobilização prolongada, doença cardíaca isquêmica, AVC, enxaqueca com aura, doença hepática descompensada todas são categoria 4.
alem de Ca de mama atual, idd>= 35 anos com consumo de 15 cigarros por dia, HAS (160/100 mmhg)

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6
Q

Temos uma paciente usuária de DIU que refere que há 3 dias vem apresentando dores exuberantes em baixo ventre, febre e corrimento amarelado. O que esse quadro clínico nos deve remeter?

A

Apesar de não termos no enunciado informações o suficiente para fecharmos o diagnóstico de DIP, essa é a nossa principal hipótese diagnóstica. Aparentemente, pela descrição do exame físico, nossa paciente não apresenta peritonite, o que permite que nosso tratamento seja realizado de forma ambulatorial

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7
Q

Critérios Maiores de Dip

A

dor pélvica, dor à palpação dos anexos, dor à mobilização do colo uterino.

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8
Q

Critérios Menores DIP:

A

febre, corrimento, leucocitose, massa pélvica, PCR ou VHS elevados, comprovação laboratorial de infecção, mais de 5 leucócitos por campo em secreção de endocérvice

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9
Q

Critérios Elaborados de DIP:

A

Presença de abscesso tubo-ovariano ou de fundo de saco, endometrite na histopatologia, evidências de DIP na laparoscopia. Para fecharmos o diagnóstico, precisamos de 3 critérios maiores + 1 menor OU 1 elaborado.

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10
Q

A antibioticoterapia é fundamental para o tratamento de dip

A

Ceftriaxona 500 mg IM DU + Doxiciclina 100 mg VO 2x/dia por 14 dias + Metronidazol 500mg VO 2x/dia, por 14 dias (a associação do metronidazol é controversa para alguns autores, porém é preconizado segundo o manual do MS de 2015)

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11
Q

existem contraindicações importantes ao uso de estrogênios e progesteronas. De acordo com a OMS, podemos dividir essas contraindicações em dois grupos categoria 3 e 4.
Categoria 3:

A

corresponde ao grupo de pacientes em que o método não é o mais apropriado e incluem: mulheres em uso de outras medicações que interferem no metabolismo hepático do ACO e no citocromo P450 (rifampicina, anticonvulsivantes ou topiramato, entre outros), tabagistas > 35 anos com < 15 cigarros/dia, hipertensas com bom controle dos níveis pressóricos, enxaqueca sem aura em mulher < 35 anos, câncer de mama diagnosticado e tratado há mais de 5 anos, colestase relacionada ao AC e doença da vesícula biliar atual.

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12
Q

existem contraindicações importantes ao uso de estrogênios e progesteronas. De acordo com a OMS, podemos dividir essas contraindicações em dois grupos categoria 3 e 4. CATEGORIA 4

A

o uso dos ACO é inaceitável: pacientes com trombofilias conhecidas, amamentação com < 6 meses, tabagistas > 35 anos com > 15 cigarros/dia, PAS > 160 mmhg ou PAD > 100 mmHg, história pessoal de TEP/TVP, AVC, IAM, doença valvar complicada, enxaqueca com aura ou sem aura em mulher > 35 anos, câncer de mama atual ou com tratamento há menos de 5 anos, diabetes com lesão microvascular ou mais de 20 anos de doença, hepatite viral ativa, cirrose ou tumores hepáticos.

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13
Q

A epilepsia não contraindica anticoncepção com ACO, apenas o uso de alguns anticonvulsivantes (fenitoína, carbamazepina).

A

Verdadeiro. Caso a paciente não utilize medicações que interfiram no metabolismo dos ACO, não há contraindicação ao método.

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14
Q

Contracepção de emergencia

A

O mecanismo de ação irá variar de acordo com a fase do ciclo menstrual. Se utilizado na primeira fase do ciclo, irá impedir ou atrasar a ovulação. Se utilizado na segunda fase, após a ovulação, irá atuar principalmente modificando o muco cervical, tornando-o espesso e hostil, o que dificulta o transporte dos espermatozoides e interfere na sua capacitação

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15
Q

Sobre contracepção de emergencia: o método de Levonorgestrel é superior, por ser mais efetivo, produzir menos efeitos adversos e não apresentar as contraindicações dos estrógenos. v ou f ?

A

V

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16
Q

Metodo de contracepção de emergencia apos a fecundação é deleterio ao embriao?

A

Não há qualquer efeito deletério para o embrião se a medicação tiver sido utilizada após a fecundação. Inclusive, a progesterona é hormônio fundamental para a gravidez, não apresentando nenhum potencial dano ou possível efeito abortivo.

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17
Q

Observa-se em mulheres que fazem uso de contraceptivo oral a redução da probabilidade de câncer de ovario, explicação para tal fato:

A

Os contraceptivos orais, por inibirem a função ovariana, promovem uma redução do risco de malignidade

18
Q

Dos progestágenos utilizados em contracepção hormonal, qual tem o perfil mais androgênico?

A

O levonorgestrel é o progestágeno disponível com perfil mais androgênico

19
Q

o desogestrel e o gestodeno são de gerações mais recentes, formuladas para reduzir os efeitos androgênicos indesejáveis (acne, retenção hídrica, efeito sobre perfil lipídico). V ou F?

A

verdadeiro

20
Q

Contraceptivos

A

Os contraceptivos podem conter diferentes progestágenos, podendo ser derivados da 17-hidroxiprogesterona, da 19-nortestosterona ou da espironolactona, o que gera diferentes efeitos clínicos. O levonorgestrel, desogestrel e gestodeno são todos derivados da 19-nortestosterona, possuindo efeito androgênico. Entretanto, o desogestrel e o gestodeno são de gerações mais recentes, formuladas para reduzir os efeitos androgênicos indesejáveis (acne, retenção hídrica, efeito sobre perfil lipídico). O levonorgestrel é o progestágeno disponível com perfil mais androgênico (letra A correta). A drosperinona é um derivado da espironolactona, com efeito antiandrogênico. Os derivados da 17-hidroxiprogesterona (ex: ciproterona) têm efeitos antiandrogênicos, com exceção da medroxiprogesterona.

21
Q

Estudos recentes mostraram que os contraceptivos contendo levonorgestrel apresentam menor risco de eventos tromboembólicos quando comparados com progestagênios de terceira geração (desogestrel e gestodeno) e pílulas com drosperinona e ciprotero

A

verdadeiro

22
Q

antibiotico reduz o efeito da pilula anticoncepcional. V ou F?

A

Assunto controverso, até o momento o único antibiótico que comprovadamente reduz o efeito contraceptivo da pílula é a rifampicina

23
Q

Estrogenio na pilula aco

A

O estrógeno mais utilizado nos contraceptivos é o etinilestradiol (algumas novas formulações contém o valerato de estradiol), associado a diferentes progestágenos. O principal fator de risco para trombose é o componente estrogênico da pílula e uma dosagem maior que 35 mcg de estrogênio por dia associa-se a um aumento de risco. Pílulas com alta concentração de etinilestradiol (>50mcg) estão em desuso.

24
Q

progestagenio de quarta geração

A

A drospirenona é um progestagênio mais recente e derivada da espironolactona, sendo considerada de quarta geração.

25
Q

Progestagênios de segunda geração:

A

norgestrel e levonorgestrel.

26
Q

Progestagênios de terceira geração

A

criadas a partir do levonorgestrel: desogestrel, norgestimato e gestodeno.

27
Q

Inibição do eixo hipotálamo-hipofisário pelo Aco

A

Os contraceptivos combinados promovem um bloqueio do eixo hipotálamo-hipofisário, inibindo a ovulação. O componente estrogênico atua inibindo a secreção de FSH, enquanto o componente progestagênico inibe o LH. Ambos os hormônios exercem influência no controle do ciclo menstrual

28
Q

perfil lipidico e uso de ACO

A

Os progestagênios geram alterações no metabolismo lipídico, e teoricamente aquelas menos androgênicas têm menor impacto sobre o perfil lipídico.

29
Q

eficacia vs efetividade de um ACO

A

A efetividade de um método corresponde ao resultado obtido pelo uso rotineiro ou típico de um método, sendo diferente do uso perfeito (eficácia).

30
Q

os contraceptivos orais aumentam o risco de adenoma hepático, estando ambos muito associados.

A

Verdadeiro

31
Q

Os ACO, por inibirem a ovulação, promovem a regularização dos ciclos menstruais. Também reduzem o fluxo menstrual, o que pode reduzir a incidência de anemia em pacientes com fluxos intensos.

A

Verdadeiro

32
Q

A contracepção de emergência

A

considerada não abortiva por não agir na implantação do blastocisto. Atua inibindo a ovulação ou alterando o desenvolvimento do corpo lúteo, do endométrio, do muco cervical ou da fisiologia das tubas uterinas e espermatozoides.

33
Q

O esquema recomendado atualmente para a contracepção de emergência:

A

LEVONORGESTREL ISOLADO: 1 comprimido de levonorgestrel (0,75 ug) a cada 12h em 2 tomadas ou 2 comprimidos em dose única (equivalente a 1,5 ug), o mais precocemente possível, de preferência nas primeiras 72h após a relação desprotegida. Mas atenção: a primeira escolha é a dose única de 1,5 ug, para evitar esquecimentos !

34
Q

CATEGORIA 3 -contraindicações para os métodos contraceptivos hormonais combinados (AC).

A

grupo de pacientes em que o método não é o mais apropriado e incluem: mulheres em uso de outras medicações que interferem no metabolismo hepático do AC e no citocromo P450 (rifampicina, anticonvulsivantes ou topiramato, entre outros), tabagistas > 35 anos com < 15 cigarros/dia, hipertensas com controle dos níveis pressóricos, enxaqueca sem aura em mulher < 35 anos, câncer de mama diagnosticado e tratado > 5 anos, colestase relacionada ao AC e doença da vesícula biliar atual.

35
Q

CATEGORIA 4, contraindicações para os métodos contraceptivos hormonais combinados (AC).

A

o uso dos AC é inaceitável: pacientes com trombofilias conhecidas, amamentação com < 6 meses, tabagistas > 35 anos com > 15 cigarros/dia, PAS > 160 mmhg ou PAD > 100 mmHg, história pessoal de TEP/TVP, AVC, IAM, doença valvar complicada, enxaqueca com aura ou sem aura em mulher > 35 anos, câncer de mama atual ou tratado há menos de 5 anos, diabetes com lesão microvascular ou mais de 20 anos de doença, hepatite viral ativa, cirrose ou tumores hepáticos.

36
Q

componente presente no aco responsavel por inibiir a ovulação- pico de lh

A

A progesterona irá atuar promovendo um feedback negativo, inibindo assim o pico de LH que ocorreria normalmente no meio do ciclo, e, dessa forma, não ocorre a ovulação.

37
Q

componente presente no aco responsavel pelo controle do sangramento e estabilização do endometrio

A

quem promove a estabilização do endométrio é o estrogênio, que inclusive deve ser a medicação empregada para nos sangramentos agudos, de forma a controla-los.
O estrogênio atua inibindo a secreção de FSH, impedindo o amadurecimento dos folículos ovarianos.

38
Q

componente presente no aco responsavel por tornar o muco cervical espesso

A

Quem atua tornando o muco cervical espesso é a progesterona sendo essa a principal forma de atuação contraceptiva das pílulas que contém apenas progesterona.

39
Q

minipílula

A

é um contraceptivo a base de progesterona apenas, sendo que sua principal indicação é para mulheres que estejam amamentando. A minipílula pode ser composta de: Noretisterona, Levonorgnestrel ou Linestreno. (todas em dosagens muito menores que a dos ACO).

40
Q

medroxiprogesterona

A

medroxiprogesterona é um anticoncepcional injetável, trimestral, a base apenas de progesterona, que funciona como contraceptivo de depósito, semelhente a ideia da minipilula

41
Q

resumo das categorias que dizem respeito as contraindicações dos aco

A

Categoria 1: uso sem restrições
Categoria 2: uso com restrições, porém as vantagens superam os riscos
Categoria 3: os riscos superam os benefícios; contraindicação relativa
Categoria 4: risco inaceitável; contraindicação absoluta