Neoplasias do fígado e vias biliares Flashcards

1
Q

Qual a principal etiologia de carcinoma hepatocelular?

A

Cirrose

Lesão crónica do hepatócito -> inflamação crónica -> fibrose -> mutações genéticas -> cirrose

Desenvolvem-se nódulos com displasia de baixo grau que mais tarde evoluem para displasia de alto grau, evoluindo posteriormente para CHC

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2
Q

Quais os principais fatores de risco para carcinoma hepatocelular?

A
  • Idade – pico aos 65-70 ANOS
  • Sexo masculino
  • Álcool
  • Tabaco
  • Aflatoxina B1 - Aspergillus presente em grãos (pistachios) armazenados em locais quentes e húmidos produz carcinogénio que induz mutações no TP53
  • Hemocromatose - leva a inflamação crónica
  • HBV - pode surgir sem cirrose
  • HVC - surge tipicamente associado a cirrose ou fibrose avançada
  • Esteatose hepática e esteatoheaptite não alcoólica - CHC pode surgir sem cirrose
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3
Q

Etiologias raras de carcinoma hepatocelular

A

CHC é MENOS COMUM em indivíduos com cirrose associada a:

  • alfa-1- antitripsina
  • hepatite autoimune
  • doença de Wilson
  • alterações colestáticas
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4
Q

Valores muito elevados de alfa-fetoproteína são altamente específicos de carcinoma hepatocelular

A

Verdadeiro

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5
Q

Quais as possíveis apresentações do CHC?

A
  • Descompensação hepática
  • Dor no quadrante superior direito
  • Descoberta incidental
  • Vigilância em doentes de risco

NOTA: o dx por sintomas é sinal de doença avançada

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6
Q

Que doentes devem fazer rastreio de CHC?

A

Todos os doentes com Cirrose, devem fazer rastreio de CHC - devido à grande ligação entre cirrose e carcinogénese

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7
Q

Nos doentes elegíveis qual o rastreio de CHC preconizado?

A

Ecografia abdominal 6 em 6 meses (± α-fetoproteína - controverso)

se deteção de nódulo <1cm: 3-4M

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8
Q

A realização de biópsia é mandatória no diagnóstico de carcinoma hepatocelular

A

Falso

É das poucas neoplasias em que não é necessário fazer biópsia para que se estabeleça o diagnóstico

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9
Q

Quais são os ritérios e MCDTs necessários para que se estabeleça o diagnóstico de CHC?

A
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10
Q

A que se pode dever a dor que surge como sintoma do carcinoma hepatocelular?

A

À distensão da cápsula

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11
Q

Em que situações é necessário realizar biópsia para que se estabeleça o diagnóstico de Carcinoma Hepatocelular?

A
  1. Na ausência de cirrose!
  2. Nódulo sem Hallmarks de CHC - hiperdensidade em fase arterial e hipodensidade em fase portal ou venosa precoce ou washout de contraste

NOTA: os risco de sementeira tumoral e hemorragia com a biópsia são reduzidos

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12
Q

A avaliação da extensão tumoral no CHC é realizada com recurso a que MCDTs?

A

TC toraco-abdomino-pélvica ou RMN

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13
Q

Em que idade surge tipicamente o colangiocarcinoma? É mais comum no sexo masculino ou feminino?

A

Mais comum no sexo masculino

50-70A

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14
Q

Quais as possíveis classificações do colangiocarcinoma tendo por base a localização anatómica?

A

Intrahepático: 2ª neoplasia do fígado mais frequente

Extrahepático:

  • Perihilar: estenose ao nivel da bifurcação do ducto biliar extrahepático - Tumor de Klastin: manifesta-se com icterícia obstrutiva;
  • Distal
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15
Q

Qual a etiologia do colangiocarcinoma?

A

Maioria com etiologia desconhecida mas com associação a inflamação crónica do tracto biliar

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16
Q

Quais os principais fatores de risco para o desenvolvimento de colangiocarcinoma?

A
  • Colangite esclerosante primária – fator de risco importante para Colangiocarcinoma intrahepático e perihilar
  • Até 10% dos doentes com Colangiocarcinoma tem CEP
  • eventual cirrose e HT portal
  • vigilância (imagem + CA 19.9 anualmente)
  • Quistos dos ductos biliares
  • Hepatolítiase
  • Doença de caroli
  • Colite ulcerosa
  • Tremátodos
  • Colangite piogénica recorrente
  • HBV, BVC e cirrose - fatores de risco para colangiocarcinoma intra-hepático
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17
Q

A que outra doença se associa a colangite esclerosante primária? Que cuidados a ter com doentes com essas duas doenças?

A
  • Colite ulcerosa
  • Risco aumentado de carcinoma colo-retal
  • realizar colonoscopia anual após dx de colite ulcerosa
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18
Q

Apesar dos vários fatores de risco estabelecidos para o desenvolvimento de colangiocarcinoma, apenas está indicado fazer rastreio em que situação?

A

Colangite esclerosante primária:

  • CA 19.9 anualmente
  • Imagem - discutível
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19
Q

Qual a clínica do colangiocarcinoma intra-hepático?

A
  • Icterícia
  • Perda ponderal
  • Desconforto abdominal

A sua presença indica doença avançada

20
Q

De que modo é feito o diagnóstico de colangiocarcinoma intra-hepático? É necessária biópsia?

A
  • TC com contraste (ou RM): nódulo hipodenso com captação gradual com contraste da fase arterial para a fase portal e tardia vs CHC: HIPERDENSIDADE em fase arterial e HIPODENSIDADE em fase portal ou tardia
  • CPRM - visualização do sistema ductal e estruturas vasculares
  • Critérios imagiológicos isolados não permitem o DG de Colangiocarcinoma intrahepático em doentes cirróticos:

​- Em não cirróticos pode ser feito diagnóstico presuntivo com imagem se a resseção for considerada

21
Q

Quais os principais diagnósticos diferenciais de colangiocarcinoma intra-hepático?

A

Deve ser feito Diagnóstico Diferencial com:

  • formas mistas de CHC-colangiocarcinoma intra-hepático
  • adenocarcinoma metastático – diagnóstico diferencial pode ser difícil - principal causa é o carcinoma colorretal

- se lesão hepática com bx de adenocarcinoma: pesquisa de local primário

22
Q

Qual a clínica do colangiocarcinoma extra-hepático?

A

+++ Icterícia indolor de início agudo

  • Colangite
  • Obstrução biliar intermitente
  • Sangue oculto nas fezes por necrose ou descamação tumoral - melenas por vezes
  • Alterações na enzimologia hepática
23
Q

De que modo é feito o diagnóstico de colangiocarcinoma extra-hepático? É necessária bióspia?

A

Diagnóstico COM confirmação histológica

  • biópsia com CPRE ou Ecoendoscopia (se biópsia por CPR negativa ou inconclusiva)

TC e RMN: envolvimento dos ductos biliares, hepático e da veia porta

CPRM: avaliar a extensão da lesão dos ductos biliares

  • pode ser feito DG presuntivo (sem biópsia) com imagem se a resseção for considerada
24
Q

A neoplasia das vesívula biliar é mais comum no sexo masculino

A

Falso

É mais comum no sexo feminino! Exceção desta aula

25
A neoplasia da vesícula biliar tem bom prognóstico
Falso Tem muito mau prognóstico
26
Quais os principais fatores de risco para neoplasia da vesícula biliar?
* Colelitíase - \>90% tem colelitíase associada * Pólipos Vesiculares – risco de transformação maligna se **≥10mm (1cm)**
27
Doentes assintomáticos com cálculos \>3cm ou pólipos \>1cm têm indicação para remoção cirúrgica
Verdadeiro
28
Qual a clínica de doentes com neoplasia da vesícula biliar?
Estadios iniciais: díficil, **+++ diagnóstico incidental por avaliação de peças de colecistectomia** Estadios avançados: icterícia, dor, perda ponderal
29
De que modo é feito o diagnóstico de neoplasia da vesícula?
* **TC / RM** – se suspeita * **CPRM** – define invasão vascular e do trato biliar * TC e PET úteis para estadiamento pre-operatório
30
Qual a neoplasia do fígado mais comum?
Metástases hepáticas
31
\>50-60% de CCR terão metástases hepáticas ao longo da vida
Verdadeiro
32
De que modo é feito o diagnóstico de metástases hepáticas?
TC/RMN - se suspeita
33
Qual das seguintes as mais comuns: neoplasia benigna ou maligna do fígado?
Neoplasia benigna Diagnosticadas tipicamente incidentalmente
34
Quais as lesões hepáticas mais comuns?
Quistos
35
Os quistos podem ter origem primária ou secundária: quais as suas características?
**Primários (congénitos)** - + em mulheres * Geralmente simples, com fluido seroso - Parede fina bem definida, sem componente sólido e com fluido homogéneo claro **Secundários:** * Trauma * Infeciosos: piogéncios ou parasíticos * Neoplásicos: não são a neoplasia em si; surgem por disrupção da drenagem linfática ou biliar formando um quisto, na presença de neoplasia
36
Qual o tumor primário do fígado mais comum? Quais as suas características?
* Hemangioma * ++ em mulehres de 30-50A * Variam desde \<1cm até 10-25cm * Podem ser assintomáticos independentemente do seu tamanho *
37
A maioria dos hemangiomas são descobertos incidentalmente e não têm consequências clínicas
Verdadeiro No entanto as lesões grandes podem comprimir estruturas levando a dor ou a trombose e hemorragia intermitente
38
De que modo é feito diagnóstico de hemangiomas? Está indicada a realização de biópsia?
1. _+++ Ecografia abdominal:_ massa hiperecogénica homogénea inferior a 3 cm de diâmetro, com reforço acústico e bordos definidos; 2. Se suspeita: TC - captação periférica assimétrica isodensa com os vasos e captação progressivamente centrípeta **(de fora para dentro)** 3. RMN: hiposinal em T1 e hipersinal em T2 –\> com gadolíneo apresenta captação periférica como na TC 4. Biópsia tem elevado risco de hemorragia
39
Há indicação para remoção cirúgica de hemangiomas?
Não Só se remove se for altamente sintomático ou se tiver grandes dimensões (\>6-10cm)
40
A hiperplasia nodular focal é mais comum em homens ou mulheres? Está associada à toma de ACO? Quais as suas características imagiológicas típicas?
+++ mulheres, entre os 30-50A Sem associação à toma de ACO
41
A hiperplsia nodular focal tem risco elevado de rotura? Opta-se por uma abordagem conservadora?
Contrariamente aos adenomas, raramente sofrem ruptura e **não** têm risco significativo de malignização e por isso... abordagem conservadora
42
A hiperplasia nodular focal surge com lesões múltiplas em 20-30% dos casos
Verdadeiro +++\<5cm
43
Quais são os prinicipais fatores de risco para o aparecimento de adenomas hepáticos?
Uso de ESTROGÉNIOS (prévio ou actual) é um fator de risco: * toma de contraceptivos orais em mulheres * esteroides anabolizantes em homens
44
De que modo é feito o diagnóstico de adenoma hepático?
45
Quais os principais riscos dos adenomas hepáticos? Qual a sua abordagem?
1. Risco significativo de ruptura e hemorragia espontânea intraperitoneal - **dor abdominal** 2. Risco de transformação maligna para CHC bem diferenciado - **única neo benigna com risco de malignização** ## Footnote **Risco de malignização, hemorragia +++ se \>5cm** **Se \<5cm - ecografia anual**