Neonato, Icterícia e TORCHSS Flashcards
Conceitos:
Classificação quanto ao peso de nascimento:
- RN de baixo peso: <2.500g
- RN de muito baixo peso: <1.500g
- RN com extremo baixo peso: <1000g
- Neonatologia: 1-28 dias do nascimento (desde a sala de parto)
- Nascidos vivo: expulsão completa do corpo, independente da duração da gravidez, desde que apresente sinais de vida. Deve ser emitido a Declaração de Nascido Vivo
- Óbito fetal: morte do bebe antes da expulsão ou extração completo do corpo da mãe, sem haja nenhum sinal de vida. Deve ser emitido Declaração de Óbito Fetal sempre que IG >20 semanas ou >500g.
- PA = 70 mmHg / FC= 120-140 / FR: 40-60 com padrão respiratório abdominal/diafragmatico
Conceitos e Classificação:
Classificação de acordo com a IG:
- RN pré-termo: <37 semanas
- RN pré-termo tardio: 34 a 36s6d
- RN pré-termo extremo: <28 semanal
Classificação do peso em relação a IG:
- Adequado para IG (AIG): entre os percentil 10 e 90
- Pequeno para IG (PIG): abaixo do percentil 10 (Ex: sofrimento fetal crônico como DHEG)
- Grande para IG (GIG): acima do percentil 90 (Ex: mãe c/ DMG que aumenta oferta de insulina fetal causando hipoglicemia ao nascer)
* Percentil 50% seria o ideal*
Causas de Crescimento Intrauterino Restrito (CIUR)
- CIUR simétrico: desde o inicio da gravidez, geralmente associado ao concepto. A multiplicação celular (hiperplasia) fica comprometida gerando um , mas com crescimento proporcional, abaixo do P10.
- CIUR assimétrico: doença atua a partir do 3o Trimestre, na fase de ↑ de volume celular (hipertrofia). Associada a doenças materna e com restrições desproporcional de crescimento. É o mais frequente e c/ melhor prognostico.
- Causa fetais: cromossomopatias (Down); anormalidades genéticas (Sd Silver Russel; Bloom; Acondroplasia), malformações congênitas
- Causas Maternas: infecções; uso de drogas/substancias; doenças clinicas
- Causas placentárias: doenças placentarias (Placenta Previa); transferência placentária deficiente (gestação gemelar)
Reanimação Neonatal em Sala de Parto em ≥ 34 semanas
Golden Minute:
- Perguntar: Gestação a termo? Respirando ou chorando? Tônus muscular em flexão? → Se NÃO em pelo menos uma
- Aquecer; posicionar cabeça; aspirar VA s/n; secar (APAS) - 30seg
- FC<100bpm, apneia ou respiração regular? → Se NAO em uma
- VPP + Monitorar SatO2 + ECG para avaliar FC
- Reavaliar: FC<100 (30”)
- Garantir adapta ação face/máscara; assegurar ventilação adequada com movimento do tórax; considerar IOT (30”)
- FC<60 bpm (30”)
- IOT c/ O2 a 100%+ Massagem cardíaca (3:1) + monitorar FC com ECG + considerar cateterismo venoso (umbilical) (60”)
- FC<60 bpm (30”)
- Adrenalina endovenosa (3-5’) + considerar hipovolemia (se palidez, ou evidências de choque - DPP*) e fazer so SF 0,9%
Atendimento ao RN ≥34 semanas - AVALIAÇÃO DA VITALIDADE
- Clampeamento tardio previne anemia neonatal; mais aumenta chance de icterícia com ↑ da bilirrubina indireta
- FC é o principal indicador de manobras de intervenções
- Se gestação a termo + respirando/chorando + tônus em flexão: CLAMPEAMENTO TARDIO (3-5`) → cuidados de rotina junto a mãe (contato pele a pele); prover calor; manter VA pérvia e avaliar vitalidade continuamente
- A termo + s/ choro/respiração + s/ tônus: CLAMPEAMENTO IMEDIATO (ou se placenta nao estiver intacta)
- Sala deve estar em temperatura de 23-26 graus e RN deve ser levado em mesa aquecida
- Cabeça em leve extensão (coxim) para manter perviedade de VA
- Aspiração apenas se houver obstrução de VA por excesso de secreções. Aspirar primeiro a boca e depois a narina.
- Avaliar a respiração c/ expansão torácica e a FC c/ ausculta do precórdio por 6seg e multiplicar por 10
Ventilação com Pressão Positiva
- Deve ser feita no primeiro minuto se respiração irregular ou FC<100
- Valores de SatO2 pré-Ductal esperados: até 5’ (70-80%); 5-10’ (80-90%); >10’ (85-95%)
- Deve ser feito em ar ambiente (O2 a 21% se RN ≥34 sem e 30% se RN<34 sem) e com frequência de 40-60 movimentos/minuto (aperta-solta-solta)
- Colocar oxímetro de pulso em membro superior direito (pulso radial para determinar saturação pre-ductal) *Se <34sem já coloca no APAS
- Fazer monitorização cardíaca para avaliar FC (indicador de efetividade da VPP, se em 30’ não houver melhora deve rever técnica e se FC<60 fazer MCE)
- Geralmente é feito com máscara facial.
- A aspiração da hipofaringe da traqueia é realizada apenas se não houver melhora após 30 segundos de VPP e houver indícios de obstrução
Massagem Cardíaca Externa (MCE)
- É indicada se FC<60bpm apos 30 segundos de VPP com técnicas a adequada por meio da cânula traqueal em uso de O2 de 60-100%
- Se RN iniciar com FC<60 já após nascimento deve seguir a ordem do ABC (VPP - IOT - MCE)
- Técnica feita no terço inferior do esterno, preferencialmente com os dois polegares e com medico atrás da cabeça do RN (permite a abordagem do cateterismo umbilical)
- Compressões 3: Ventilação 1; com 120 movimentos por minuto.
- Reavaliação é feita apos 60’ da MCE, se permanecer FC<60 deve continuar e verificar técnica
- A técnica dos dois polegares gera maior pico de pressão sistólica e de perfusão coronariana (e é menos cansativa)
- Se nao houver melhora deve ser administrado adrenalina EV umbilical (repetir a cada 3-5’ - diluição 1:10.000 em 1ml de adrenalina para 1:1.000 em 9ml de SF 0,9%); se nao conseguir acesso fazer por cânula traqueal (apenas 1x). Se nao houver resposta pode ser feito reposicao de volume.
Atendimento ao RN <34 semanas
*Se RN ≥ 34 semanas respirando + c/ tônus em flexão: clampeamento tardio (1-3’)
- Se RN <34 semanas + choro/Resp + tônus ativo → clampeamento apos 30-60’ (e não imediato, pois melhora hemorragia IC e enterocolite necrosante)
- Envolver o corpo da criança em saco plástico transparente e usando touca dupla para prevenção de perda de calor na fontanela, que sera retirado apos estabilização termina na UTI (SEM SECAR)
- Posicionar Oxímetro no membro superior (antes em 37sem era so indicada apos VPP)
- VPP com oxigênio de 30%***
- Ventilador mecânico manual em T tem algumas vantagem em relação ao balão auto inflável
- CPAP pode ser indicado para RN<34semanas c/ respiração espontânea e FC>100
Liquido Meconial
*Aspiração da hipofaringe e da traqueia so sera considerada apos a VENTILAÇÃO.
- Independente da viscosidade do mecônio, NÃO ha recomendação para aspiração das VA logo apos o desprendimento do polo cefálico pelo próprio obstetra
- Quando o RN esta banhado em mecônio e tem boas condições de vitalidade, permanece junto a mãe
- Quando o RN esta banhado em mecônio e não é a termo, ou não tem respiração adequada, deve ser conduzido a mesa de reanimação c/ a ordem correta (APAS), com aspiração de boca e narinas em 30 segundos. Se piorar seguir a ordem do VPP c/ ventilação efetiva, se não houver melhora e c/ suspeita de obstrução de VA, a retirada do mecônio residual da hipofaringe e da traqueaia pode ser feita com cânula traqueal.
RN de alto risco
*Aqueles que apresentam uma possibilidade maior de complicações precoces, como hipoglicemia, sepse , distúrbios HE e metabólicos que podem acometer nas 1as 48horas de vida
- PIG e GIG
- IG <37 semanas (pre-termo) e >42 semanas (pós-termo)
- RN com baixo peso ao nascer ≤2.500 g e ≥4.000g
- Asfixia grave (Apgar <5 no 5”)
- Mae adolescente ou de baixa instrução ou residente em area de risco
- Hx de morte de criança <5a na familia
Reanimação Neonatal - Condutas:
- Se ≥37sem c/ choro/respirando + tônus: clampeamento 1-3’ + contato com a mãe
- Se ≥34sem c/ choro/respirando + tônus: clampeamento 1-3’ + MESA
- Se <34 sem c/ choro/respirando+ tônus: clampeamento 30-60” + Mesa
- Tanto faz a IG s/choro/respiração + s/ tônus: clampeamento imediato + mesa de reanimação com sequência ABC
Hérnia Diafragmatica congênita
*Comunição patológica entre tórax e o abdome por defeito na formação do diafragma, podendo ou nao haver passagem de alças intestinais para dentro do tórax
- Pode ter diferentes localizações: posterolateral (Bochdalek); hiato esofagiano (hiatal) ou retroesternal (Morgagni)
- Geralmente ocorre mais a esquerda
- Pode ocorrer abdomen ESCAVADO + desconforto respiratório por hipoplasia pulmonar no lado acometido do tórax
- Dx antes do nascimento pela USG pré-natal
- Manejo: IOT + VPP (sem mascara pelo risco de distensão das alças no tórax e compressão do parênquima)
APGAR
*Avalia: Respiração (ausente 0; irregular 1; regular 2); FC (ausente 0; <100 1; >100 2); Tônus Muscular (flacidez total 0; alguma flexão 1; movtos ativos 2); Irritabilidade Reflexa (ausente 0; alguma reação 1; espirros 2) e Cor (cianose/palidez 0; cianose extremidade 1; róseo 2)
- Avaliação da vitalidade neonatal precoce; se escore baixo indica asfixia neonatal e um escore alto sua ausência.
- Avaliação no 1’ e 5’ (se pontuação <6 deve ser calculado também o 10’, 15’ e 20’). Sendo que apgar baixo no 20’ pode indicar mau prognostico (mortalidade e disfunção neurológica permanente)
- O 1 minuto se relaciona com pH do cordão umbilical (nao esta relacionado com resultados em longo prazo)
- O escore de APGAR não é utilizado para realizar as manobras de reanimação!***
Cuidados após estabilização
- Laqueadura do cordão umbilical: clampeamento a cerca de 2-3cm do anel umbilical
- Prevenção da oftálmica gonocócica: nitrato de prata ou eritromicina ou tetraciclina aplicados até 4 horas pós parto
- Prevenção de hemorragia do RN: aplicar Vitamina K 1mg IM ou SC
- Identificação do RN e da mãe
- Se RN estável manter em alojamento conjunto com a mãe
Triagem Neonatal
- Rastreamento e identificação de distúrbios e doenças graves no RN; NÃO faz o diagnóstico, mas encaminha para um especialista
- Sao 5 pelo MS e 4 pela SBP
- Teste do pezinho ou Triagem Metabólica
- Teste do coraçãozinho ou teste da oximetria
- Teste do Olhinho ou Reflexo Vermelho
- Teste da Orelhinha ou Triagem auditiva
- Teste da linguinha ou Triagem do Frênulo Lingual (indicado apenas pelo MS)
Teste do pezinho ou Triagem Metabolica
6 doencas rastreadas: Hipotireoidismo; Fenilcetonúria; Hemoglobinopatias; Fibrose Cística; Hiperplasia Adrenal Congênita; DeFiciencia de biotinidase
(H-F-H-F-H-F)
- Coletado entre o 3-5 dia de vida; através do sangue do calcanhar em papel filtro. Risco de alteração do exame nos primeiros 2 dias (48hora - Hipotireoidismo + Fenilcetonuria)***
- Hipotireoidismo Congênito: pode dar FALSO-POSITIVO (pelo ↑ de TSH ao nascer). Ocorre devido a disgenesia tireoidiana que pode levar ao comprometimento do crescimento/desenvolvimento/intelectual e ICTERÍCIA PROLONGADA.
- Fenilcetonúria : pode dar FALSO-NEGATIVO. Erro inato por acumulo sérico do AA fenilalanina(FAL) pela deficiência enzimática. Dx por >10mg/dl em duas amostras e o tratamento é restricao alimentar de FAL.
- Doença Falciforme e outra Hemonoglobinopatias (traço falcêmico)
- Fibrose Cística: autossômica recessiva c/ dx teste do suor
- Hiperplasia Adrenal Congênita: deficiência de 21-hidroxilase e ↑ da 17-hidroxiprogesterona
- Deficiência de Biotinidase: defeito no metabolismo da biotina c/ distúrbios dermatológicos(eczema) e neurológicos (epilepsia)
Teste do Coraçãozinho ou da Oximetria
- Indicada para todo RN >34 semanas
- Sensibilidade de 75% e especificidade de 99%
- Detecção precoce de cardiopatias congênitas críticas, aquelas em que o fluxo pulmonar ou sistêmico é dependente de canal arterial.
- Canal arterial se fecha completamente entre o 3-10 dias de vida; momento em que a cardiopatia será evidente.
- FAZER ENTRE 24-48h (≠ da saturação ao nascer )
- Aferir SatO2 em extremidade AQUECIDAS de MSD (saturação pre-ductal) e de um MI (saturação pós-ductal)
- NORMAL: saturação ≥95% em ambos locais E diferença menor que 3% entre as medidas de MSD e MI
- ANORMAL: SatO2 <95 em qualquer um OU se ≠ maior que 3%
- Se ALTERADO: REPETIR EM 1 HORA
- Se MANTIVER alterado: Fazer ECOGRAFIA em até 24 horas*
Teste do Olhinho ou Pesquisa do Reflexo Vermelho (teste de Brunckner)
*Rastreamento de anormalidades oculares, desde a córnea até o segmento posterior e permite detecção das opacidades dos meios transparentes do globo ocular
- Feito com uso de oftalmoscópio a uma distância de 45 cm do bebê com avaliação das pupilas SIMULTANEAMENTE (= foto com flash)
- Normal: reflexo vermelho BILATERAL e SIMÉTRICO quando a luz incide nas pupilas
- Anormal: pontos pretos, assimetria ou reflexo branco (leucocorio) indicam a necessidade de avaliação pelo oftalmologista
- Deve ser feito de rotina no puerpério pois pode ocorrer RETINOBLASTOMA nos primeiros anos de vida (e não congênito)
- Doenças rastreadas: Retinoblastoma; Catarata Congênita; Retinopatia da Prematuridade; Glaucoma Congênito; Descolamento de Retina; Hemorragia Vítrea. (R C R G D H)
Teste da Orelhinha ou Triagem Auditiva
- Triagem do déficit auditivo
- EOA avalia as frequências de perda mais comuns - mais indicado.
- Feito antes da alta hospitalar
- Pesquisa da Emissão Otoacustica (EOA): avaliação durante sono da criança que capta energia acústica produzida na orelha interna pelas células ciliadas externas (espontânea ou evocada). Avalia apenas o sistema auditivo PRÉ-NEURAL (sistema de condução e cóclea). Pode ocorrer FALSO-POSITIVOS quando presença de Vernix caseoso ou secreção auditiva). Se alterado repetir até os 3 meses de vida.
- Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE): detecta alterações na via neural até o tronco encefálico, ocorre vários falso-positivos pela imaturidade de SNC
Teste da Linguinha ou Triagem do Frenulo Lingual
- Indicado pelo MS, mas não pela SBP pois deve ser avaliado no atendimento continuado da criança.
- Detecta alterações no Frenulo lingual que causam a anquiloglossia (língua presa)
- Feito pelo exame físico
Doença da Membrana Hialina (DMH) ou Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR) - Patogênese
*Deficiência quanti e/ou qualitativa de surfactante pulmonar, que é produzido e secreta da pelo pneumocito tipo II, com função de DIMINUIR a tensão superficial da interfase ar/liquido do alvéolo evitando seu colapso no final da expiração.
- Entre 20-24 semanas de gestação há o desenvolvimento pulmonar com formação dos sacos alveolares c/ diferenciação dos penumocitos I (cel de revestimento) e II.
- Apenas na 35 semana que há surfactante que indica maturação pulmonar
- Sem surfactante há atelectasia difusa, congestão e edema gerando uma hipoxemia c/ alteração de V/Q
- Surfactante é composto de lipídios + proteinas
- O cortisol/glicocorticoide estimula os fibroblastos pulmonares a produzir o Fator Fibroblasto do Pneumocito (FFP) que faz com que os pneumocito tipo II aumente seu ritmo e taxa de produção de surfactante.
Doença da Membrana Hialina (DMH) ou Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR) - Fatores de Risco:
- Prevenção: evitar parto prematuro; uso de corticoide antenatal; evitar asfixia e DMG; iniciar CPAP já na sala de parto.
- Fatores de proteção: DHEG, estresse crônico (insuf placentária), RPMO, corticoide antenatal
- Prematuridade (quanto menor a IG maior a chance)* - Principal fator
- Asfixia no momento do nascimento: destrói pneumócitos
- Mãe Diabética (insulina atrasa o desenvolvimento pulmonar)
- Sexo masculino e etnia branca
- Partos múltiplos (Doença do 2o Gemelar) e parto cesáreo
- Gestações múltiplas
Doença da Membrana Hialina (DMH) ou Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR) - Manifestações Clínicas:
- Taquipneia (FR >60 bpm)
- Sinais de desconforto respiratório nas primeira horas de vida (já na sala de parto) atingindo um pico com 48 horas e melhora gradativa com 72 horas
- Batimento de asas nasais; gemidos expiratório; “Head bobbing” (cabeça para cima e para baixo); retrações costais c/ respiração paradoxal; apneia; cianose
- Rx: INFILTRADO RETICULOGRANULAR FINO em “VIDRO MOÍDO ou esmerilhado” associado aos broncogramas aéreo (inicialmente Rx é normal) + Volume pulmonar diminuído
- Gasometria: hipoxemia inicial c/ aumento pCO2 (acidose respiratória e/ou mista)
Doença da Membrana Hialina (DMH) ou Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR) - Tratamento
- Cuidados gerais: controle térmico (36,5-37,5); hidratação venosa e suporte nutricional
- O2 por capacete (hood) que não altera a história da doença
- Continuous Positive Airway Pressure (CPAP) mantendo PaO2 entre 50-70mmHg: prevenção do colapso alveolar e melhora da complacência e ↓ da necessidade da VM. Faz estabilização da caixa torácica e melhora da função do diafragma.
- Ventilação Mecânica
- Surfactante Exógeno por cânula traqueal: aumento da capacidade residual funcional, com estabilização dos alvéolos que ainda estão abertos e recrutamento dos que estão atelectasiados. É TERAPÊUTICO e usado em casos refratários de CPAP.
- Antibióticos: por ser difícil a ≠ c/ pneumonia neonatal
Pneumonia Neonatal ou Sepse Neonatal - Fisiopatologia
*Inflamação do parênquima pulmonar por agentes infecciosos (pulmão é o sitio mais comum de estabelecimento da sepse neonatal)
- Precoce: iniciada até 48 horas de vida; podem ser adquiridas antes do nascimento (congênitas - por transmissão transplacentaria ou ascendente) ou durante o nascimento (intraparto no canal de parto). Sendo o GBS e gram negativos entéricos (E.coli, Klebsiella, Listeria e Ureaplasma) os principais causadores.***
- Tardia: iniciada após 48 horas de vida (nosocomial ou comunitária). Os que mais causam são os Estafilococos (aureus e coagulase negativo); bactérias gram-negativos e Fungos (FR: <1000g;NPT;ATB)
Pneumonia Neonatal ou Sepse Neonatal - Fatores de risco para PRECOCE:
- Principal FR é ruptura prolongada de membranas amnióticas (>18horas);
- Corioamnionite materna - contaminação do líquido amniótico
- TPP s/ causa aparente
- Colonização materna por GBS.
- ITU gestante e febre materna
- Prematuridade (FR para precoce e tardia)
Pneumonia Neonatal ou Sepse Neonatal - QC e Dx:
- Período assintomático nas 1as 48 horas
- Desconforto respiratório + TAQUICARDIA (BCF>180bpm)
- Doença sistêmica: distermia; alteração do estado de alerta**, cardiocirculatoria e gastrointestinal (vômito, anorexia)
- Intolerância alimentar; letargia; hipotonia; hipo/hipertermia e distensão abdominal
- Rx: igual da DMH na fase precoce da pneumonia (com INFILTRADO RETICULOGRANULAR); posteriormente com areas de opacificação uni ou bilateral
- Hemograma: NEUTROPENIA; RELAÇÃO I/T ≥0,2 (relação entre neutrofilos imaturos/ neutrofilos totais OU DESVIO P/ ESQUERDA)
- Identificacao do agente: hemocultura; cultura do liquor (?); urinocultura (infecção tardia)
- SEPSE causa aumento de BDireta.
- Escore de Rodwell > 3 indica infecção bacteriana
Pneumonia Neonatal ou Sepse Neonatal - Tratamento:
*Sepse ocorre devido imaturidade imunológica
- Precoce (MS): Ampicilina (dose elevada p/ cobertura de S. Agalactiae) + Gentamicina (ação sinérgica c/ ampicilina contra GBS e efetiva contra gram- entéricos)
- Tardia: depende da cobertura da UTI/Hospital -> de acordo com a CCIH
- Profilaxia intraparto com Penicilina G cristalina ou ampicilina: hx invasiva por GBS em RN anterior; cultura + em >36 sem; bacteriúria por GBS em qqer momento da gestação; status desconhecido c/ febre, rupreme>18h, TPP
Taquipneia Transitória do RN- Fisopatologia e FR
- Condição benigna, que é uma dificuldade/retardo de reabsorção do líquido pulmonar após o nascimento (uma parte eliminado durante a passagem pelo canal do parto e outra reabsorvida nas 1as horas pelos vasos linfáticos e capilares pulmonares)
- Cesariana eletiva sem trabalho de parto
- Asfixia perinatal
- Diabetes e asma brônquica materna
- Policitemia
- Bebê a TERMO/pré-termo
- Ausência de Trabalho de parto
- CAT: cesária, ausência TP e Termo
Taquipneia Transitória do RN - QC; Dx e TTO
- Desconforto respiratório moderado nas primeiras horas de vida com evolução para TAQUIPNEIA (FR entre 60-100 irpm) e raramente gemência e retrações
- Rápida resolução (Até 3 dias)
- Rx: congestão hilar; ↑ trama vascular; líquido cissural (espessadas); derrame; cardiomegalia*; hiperinsuflação (ar preso na expiração); ↑ arcos costais; ↓ da transparência pulmonar; estrias radiopacas em direção ao hilo (trama vascular pulmonar proeminente)
- Quando outras alterações laboratoriais pensar em outro dx.
- TTO: Suporte geral + Oxigenioterapia (FiO2 <40%) por cateter nasal ou CPAP (**não está indicado uso de furosemida nem de ATB)
Síndrome de Aspiração Meconial (SAM) - Fisiopatologia e FR
- Aspiração do líquido amniótico meconial (água, cél. Intestinais descamadas, muco, lanugem, bile ,LA, vernix) levando a alterações inflamatórias e obstrutivas
- Mecônio é um material estéril, espessado, verde-escuro e sem odor que resulta do acumulo de debris do intestino fetal no 3o T
- Sofrimento fetal agudo ou crônico e infecções intrauterino ↓ fluxo placentário causando ↑ hipoxemia e ↑ peristaltismo intestinal seguido do relaxamento do esfíncter e liberação do mecônio; gerando asfixia que ↑ movimentos respiratórios do feto
- Pode levar a pneumonia química; obstrução das VA (expiratório); hipertensão pulmonar
- FR: asfixia; doenças materna (DHEGs); TERMO/PÓS-TERMO (>40sem); sofrimento fetal
Síndrome de Aspiração Meconial (SAM) - QC, Dx e TTO
- Estertores difusos, expiração prolongada (comprometimento de pequenas VA); Insuficiência Respiratória nas 1as horas de vida; hiperdistensão do tórax (desconforto respiratório GRAVE) - pode complicar para uma hipertensao pulmonar.
- Rx: infiltrado alveolar grosseiro e difuso, alternado com áreas de hipotransparência e hiperinsuflação (aumento do diâmetro anteroposterior do tórax e achatamento do diafragma); Volume pulmonar aumentado e PNEUMOTORAX* (por Hiperinsuflação c/ ausência de parênquima pulmonar e arcos costais retificados)
- TTO: capacete/CPAP (podem agravar retenção de ar; se IResp Grave IOT* + ATB (se Rx alterado) + Surfactante Exógeno (mecônio inativa surfactante)
Hipertensão Pulmonar Persistente Neonatal (HPPN) - Fisiopatologia e FR
- Hipoxemia grave e refratária, 2a a ↓ do fluxo sanguíneo pulmonar e shunt/desvio da direita para esquerda por meio do forame oval (FO) e/ou canal arterial (CA)
- Persistência da respiração FETAL (sem ação pulmonar)
- Manutenção de resist. vascular pulmonar ↑ após o nascimento, c/ resist. sistêmica normal ou diminuída, c/ estabelecimento de shunt extra pulmonar através do FO e do CA
- Resist. vascular pulmonar → resist. sistêmica → shunt da D p/ E, levando sangue NÃO oxigenado p/ circulação sistêmica
- Causa funcional: ↑ RVpulm decorrente de uma vasoconstrição pulmonar (pode ser idiopático ou principalmente por ASFIXIA (hipoxia/acidose vasocontraem e hipertrofia parede muscular arteriolar)
- Causa orgânica: alterações no leito vascular pulmonar (SAM,DMH, policitemia, AINEs na gestação, idiopático e asfixia perinatal)
Hipertensão Pulmonar Persistente Neonatal (HPPN) - QC e Dx
- Desconforto respiratório ao nascer ou 1as horas de vida (taquipneia, retrações, gemidos, asa nasal, cianose) c/ melhora mínima c/ oferta de O2
- Queda da SatO2 ao simples manuseio(LABILIDADE)
- Hiperfonese de B2 e sopro de regurgitação tricúspide
- Rx com poucos achados da hipoxia
- Ecocardiograma: estima pressão pulmonar e exclui cardiopatias
- Gradiente de PaO2 entre o leito pre-dúctal (artéria radial D) e pós-ductal (extremidades inferiores)
- TTO: c/ base na doença de base + O2 (correção acidose/hipotensão e hipercapnia) + IOT/VM + Gás de Óxido Nítrico (NO - vasodilatador pulmonar)
Apneia da Prematuridade (Idiopática) - Fisiopatologia
- Pausa na parada ventilatoria de mais de 20 segundos ou com duração mais curta, se associada a queda de saturação, bradicardia ou cianose em um RN pré-termo
- Quanto menor a IG maior a chance da API
- É ≠ da respiração periódica, que tem padrão intercalado por pausas ventilatórias breves de 5-10 seg, considerado fisiológico no neonatal e que nao produzem modificações no RN que necessite intervenções)
- Apresenta compotenente central (ausência de incursões ventilatorias) por imaturidade do centro respiratório , um componente obstrutivo (tem mvto respiratório mas ausência de fluxo pela obstrução) por instabilidade da faringe, flexão do pescoço e obstrucao nasal ou misto (maioria das vezes)
- Podem ter uma causa 2a com doenças neurológicas, respiratórias, infecciosas e entre outra.
- Ocorre em bebês pré-termos/prematuros***
Apneia da Prematuridade (Idiopática) - Quadro Clinico e TTO
- Maioria melhora quando bebê alcança 37 semanas de IG
- Inicia entre o 2-7 dia de vida e não no momento do nascimento
- Início nas primeiras semanas de vida, ou mais tardiamente (as que ocorrem >2semas necessitam de intervenção clinica)
- Monitorização cardiorrespiratória + estimulação tátil e em refratários ventilação com mascara e balão
- Apneia recorrente pode ser estimula da por teofilina e cafeina (metilxantinas) até alcançar IG de 34 semanas (episódios de apneia menos frequentes)
- CPAP nasal em apneia obstrutiva ou mista
Displasia Broncopulmonar (DBP) - Fisiopatologia
- Distúrbio pulmonar crônico do PN pré-termo, caracterizado por hipoplasia de alvéolos, de vasos pulmonares e fibrose
- É o resultado de uma lesão pulmonar que se estabelece em RN que necessitam de O2 e suporte ventilatorio
- Causa multifatorial e envolve: atelectrauma por deficiência de surfactante; pela VM; ação de radicais livres produzidos pela exposicao ao O2; inflamação, mediada por neutrofilos e macrófagos e citocinas; infecção; desnutrição.
- Fase crônica c/ reparo ineficaz com alteração da estrutura pulmonar c/ ↓ da complacência pulmonar e alteração de trocas gasosas (desarranjo citoarquitetural que envolve as vias aéreas calibrosas e periféricas, alvéolos, interstícios e vasos sanguíneos pulmonares)
Displasia Broncopulmonar - QC e Dx
- RN pré-termo que não melhora c/ O2 e VM (necessitam de concentrações >21% por >28 dias)
- Taquipneia; retrações intercostais e subcostais; roncos e crepitações a ausculta
* Pode ser leve(ar ambiente); moderada(FiO2 <0,3) e grave (FiO2>0,3)
- Rx: enfisema intersticial, atelectasia com areas de hiperinsuflacao e formações císticas
- TTO: suporte nutricional (c/ restrição hídrica pois pode piorar edema pulmonar) + Diuréticos/Furosemida (melhora em curto prazo) + Broncodilatadores (broncoespasmos) + Corticoide (casos graves)
- Prevenção: para infecção do virus Sincial Respiratorio c/ Palimizumabe
ADAPTAÇÃO À VIDA EXTRA-UTERINA - Transição Respiratória
- Pulmão fetal é preenchido por um fluido (produzido pelo epitélio respiratório) que desenvolve o parênquima pulmonar que após nascer é reabsorvido (por catecolamina) e substituído por gás
- Catecolamina que ajudam na reabsorção: vasopressina, prolactina e corticoides
- Bebê vai dar a 1a respiração após sair do canal do parto
ADAPTAÇÃO À VIDA EXTRA-UTERINA - Transição Cardiovascular (FISIOLOGIA)
Coto umbilical (AVA): 2 ARTÉRIA e 1 VEIA (cai entre 6-15 dias de vida)
- No feto a oxigenação do sangue ocorre na placenta (órgão de baixa resistência)
- Sangue oxigenado chega ao feto pela Veia Umbilical - Ducto Venoso - Veia Cava Inferior (nessa sequência)
- Sangue arterial da VCI chega ao Átrio Direito é desviado através do Forame Oval para o Átrio Esquerdo e daí para o Ventrículo Esquerdo sendo ejetado pada as coronária e SNC
- O sangue venoso/dessaturado da Veia Cava Superior que chega ao Átrio Direito segue para o Ventrículo Direito e é ejetado na Artéria Pulmonar
- Devido a ↑ Pressão da circulação pulmonar 90% do sangue da artéria pulmonar desvia-se por meio do canal arterial para aorta descendente e retorna a placenta por intermédio das Artéria Umbilicais
ADAPTAÇÃO À VIDA EXTRA-UTERINA - Transição Cardiovascular
- Forame Oval: desvia o sangue oxigenado vindo VCI para o AD passar para AE e VE para coronária e SNC
- Canal Arterial: desvia sangue dessaturado vindo da VCS para o AD e VD para aorta descendente para artérias umbilicais e retornando para placenta
- Com a respiração e insuflação pulmonar após o nascimento ocorre ↓ da pressão da artéria pulmonar o que ↓ fluxo sanguíneo através do FO e do CA
- O FO tem seu fechamento precoce entre 1-2 horas de vida
- CA: tem fluxo reduzido após 10 horas fechando completamente ente o 3-10 dia de vida
- O ↑ da PaO2 e ↓ dos níveis de prostaglandina (PE2) são potentes estimuladores para obliteração do canal arterial e sua transformação em Ligamento Arterioso
Escores Clínicos para identificar a Idade Gestacional
- Escore de Dubowitz: 11 critérios físicos externos e 10 critérios neurológicos para estimar a IG até o 5 dia de vida e tem boa acurácia
- Escore de Capurro: 5 ou 6 características analisa RN a partir de 29 semanas de vida (textura da pele; forma orelha; glândula mamária; pregas plantares; formação da areola ou sinal do cachecol/xale ou posição da cabeça ao levantar RN)
- Escore de New Ballard: aplicado até 96 horas de vida (mais usado em RN prematuro extremo)
- RN mais prematuro: Quanto a pele for mais gelatinosa e fina/lisa; orelha em pavilhão auricular disforme e achatado; glândula mamária impalpável; pregas plantares ausentes ou vermelhas mal definidas e areolas apenas visíveis
- RN mais termo: pele de textura grossa e apergaminhada com sulcos superficiais e descamação de mãos e pés; orelha encurvada e pavilhão bem definido; glândula mamária palpável e areola elevada; pregas plantares com sulcos profundos
Particularidades do Exame Fisico Geral - Pele
- Fenômeno do arlequim: divisão do corpo da região frontal ao púbis em metades vermelha e pálida (alteração vasomotora transitória e benigna)
- Pele mais gelatinosa c/ mais água em RN pré-termo e pele mais seca, enrugada, apergaminhada e com descamação em mais pós-termo
- Lanugem em RN pré-termo que são pelos finos,macios e imaturos (tufos em lombossacro sugerem espinha bífida)
- Vernix caseoso: substância graxenta, branco-amarelada (sebo) que recobre pele em RN 34-36 sem e em menor quantidade em RN a termo
Dermatoses Benignas no Período Neonatal - 1
- Eritema tóxico: erupção cutânea composta de pápulas ou lesões maculares e vesiculopustulosas que surgem a 3 dias após nascimento em face, tronco, nadegas e membros. Exantemático benigno que desaparece em 1 semana sem tratamento específico. Lesões estéreis e ricas em eosinofilos. Lembra PICADA DE INSETO (mas não é). Lesões papulares envoltas de um halo de hiperemia.
- Melanose pustulosa: erupção cutânea pustulosa estéreis de 2-3mm predominante em fronte, mento, retroauricular e cervical, dorso, mãos e pés (palmo-plantar) e são autolimitadas, acomete mais RN negros. Pústulas desaparecem após 2-3 dias deixando pequenas máculas hipercromicas com um colarete de escamas brancas que persistem por 3 meses.
- Milium Sebáceo: pápulas amarelo-esbranquiçadas que aparecem na fronte, asas nasais e genitália, pequenos cistos queratogenicos causados por obstrução dos folículos pilossebáceos
Dermatoses Benignas no Período Neonatal - 2
- Miliário: lesões vesicopapulares pequenas que representam a obstrução ductal das glândulas sudoríparas écrinas após 7 dias de nascimento em decorrência da sudorese excessiva. Pode ser miliário cristalina por oclusão ductal superficial em “gotas de orvalho”na fronte; e a miliário rubra ou brotoeja por oclusão inteaepidermica; a ruptura do ducto sudoríparo leva ao extravasamento de suor provocando inflamação. São pequenas pápulas ou lesões vesiculopapulares eritematosas, pruriginosa com pústula central em fronte
- Manchas Mongólicas: pigmentação cinza-azulada no dorso e nádegas devido a não migração de melanócitos para epiderme no 1 ano de vida e depois clareia. Acomete mais RN negros e asiáticos.
- Manchas salmão: manchas róseas avermelhadas que exacerbam no choro presentes na nuca, pálpebras ou glabela decorrentes da ectasia capilar e desaparecem com 2 anos de vida
- Pérolas de Epstein: acúmulos temporários de células epiteliais no palato duro, desaparece após algumas semanas pós parto
Alterações no crânio do RN
- Suturas: junturas fibrosas entre os ossos
- Fontanelas: espaços fibroelásticos, planos sendo convergência das suturas. Anterior ou bregmatica fecha entre 9-18 meses ou 4m-2 anos de vida. E fontanela posterior fecha mais precoce.
- Craniotabes: área amolecida no osso parietal (próximo sutura sagital). Surge da compressão pontual do crânio pelo osso pélvico da mãe na cavidade uterina.
- Bossa Serossanguinea (caput SuCcedaneum): edema do couro cabeludo com abaulamento AMOLECIDO subgaleal por trauma do parto e desaparece em alguns dias. Não respeita as linhas de sutura. Se espalha pelo SubCutaneo.
- Cefalo-hematoma: abaulamento por hematoma/hemorragia subperiosteal no osso parietal desaparece em semanas a meses. Respeita a linha de sutura. Pode ser bilateral. Fica abaixo do periósteo. **
- Crâniossinostose: fechamento prematuro de suturas (mais sagital) com alteração do formato do crânio. Pode ocorrer hipertensão craniana. **
- Fontanelas amplas: permanência de fontanelas grandes indicam acondroplasia; hipot congênitos; Sd rubéola congênita; hidrocefalia; raquitismo; osteogenesis imperfeita e trissomias.