Imunização Flashcards
Imunidade
- Proteção contra agentes infecciosos
- Natural (inata ou inespecífica): primeira linha de defesa não direcionada a um agente específico, formada por barreiras mecânicas, fisiológicas, Sistema Complemento, Células Fagocíticas (monócitos, neutrófilos PMN, NK, macrófagos), Interferon e citocinas (TNF,IFN, IL)
- Adquirida (adaptativa ou específica): produção de anticorpos específicos contra determinado agressor e estímulo à formação das céls de memória imunológica.
Imunidade Adaptativa (Adquirida, Específica)
- Células de memória e anticorpos
- Linfócitos T: diferenciação no timo regulam a eliminação de infecção intracelular (vírus, micobacterias, algumas bactérias) e de céls aberrantes (neoplasias) e céls alogênicas (dç enxerto vs hospedeiro). Podem interagir com linfócitos B.
- Linfócitos T citotóxicos: lisar / Killer: lisam céls recombertas por imunoglobulinas
Imunidade Adaptativa (Adquirida, Específica)
- Céls de memória e anticorpos
- Linfócitos B: ativação e formação de plasmócitos, efetores da imunidade HUMORAL, com formação de imunoglobulinas (IgA,IgG, IgM)
- IgA: atua nas mucosas bloqueando a aderência e penetração. Não atravessa a placenta, sendo a mucosa intestinal do RN dependente do IgA secretado no leite materno (COLOSTRO).
- IgM: primeira Ig encontrada no sangue na resposta imune, surge após 7-10 dias após estímulo antigênico, tem vida curta e predomina na resposta primária. Não atravessam a placenta*.
- IgG: predomina na resposta secundária, após novas exposições é fundamental para que haja memória imunológica, é a Ig de maior concentração plasmática (80%). Atravessam a placenta e conferem proteção passiva ao RN e desaparece gradualmente até 15 meses de vida.
- IgE: não atravessa a placenta e participa de doenças alérgicas e parasitárias.
Imunidade Adaptativa (Adquirida, Específica)
- Forma natural: a imunidade específica é alcançada de forma ATIVA através da doença ou infecções assintomáticas ou de forma PASSIVA pela transferência de anticorpos da placenta (IgG) e colostro/leite materno (IgA)
- Forma artificial/passiva: indução da proteção contra uma doença específica, pode ser de modo ATIVO através da vacinação ou PASSIVO por soro (acs heterólogos do plasma de cavalos) e imunoglobulinas (acs homólogos do plasma humano)
Imunidade Adaptativa (Adquirida, Específica)
- Imunização ativa: ação do sistema imune contra antígenos, sendo duradoura.
- Antígeno Natural: infecção (c/ ou s/ sintomas)
- Antígeno Artificial: vacinação
- Passiva: proteção imediata, mas temporária (s/ céls de memória e s/ estímulo do sistema imune)
- Anticorpo Natural: Anticorpos maternos (placenta)
- Anticorpo Artificial: Ig (acs homólogos humanos é menos reatogênica) ou Soro (acs heterologos de outros animais)
Imunização Passiva - Indicação
- Imunodeficiência congênita com disfunção de linfócitos B, dificultando produção de anticorpos
- Pessoas expostas a um agente infeccioso, que não há tempo suficiente para aguardar o desenvolvimento de resposta protetora pós-vacinação (CRIE)
- Doença com indicação ao uso de Ig: Kawasaki, Guillain-Barre, Anemia aplástica por parvovírus B19, PTI, infecção por HIV, transplantados de MO e Síndrome do choque tóxico grave
Imunização ATIVA = Vacinação
- Indução de resposta imunológica celular e humural duradoura contra determinado agente infeccioso para prevenir adoecimento
- Vacinação é a administração de qualquer vacina ou toxoide para prevenção de uma doença
- Ação de maior impacto na redução da morbimortalidade e possível erradicação - proteção coletiva
- Resposta Primária: latência - período de crescimento - período de declínio e imunidade resto da vida
- Resposta Secundária: ausência de latência, crescimento maior e mais intenso com céls de memória c/ predomínio de IgG
Vacina x Imunoglobulina
- Vacina: imunidade ATIVA, duração prolongada, proteção não imediata após aplicação, eliminação de portadores são possível, erradicação possível de doenças e custo variável
- Imunoglobulina: imunidade passiva, duração TRANSITÓRIA, proteção imediata após aplicação, eliminação de portadores impossível e erradicação de doenças impossível, alto custo
Vacinas
- Resposta Primária: sem memória imunológica ainda, c/ latência de 1-14 dias (7-10 dias) c/ ausência de anticorpos circulantes, não é imune ainda.
- Período de crescimento (dura 28 dias) c/ pico da anticorpos IgM depois IgG
- Depois período de declínio com títulos menores mas protetores para resto da vida.
- Resposta Secundária (anamnéstuca/booster): linfócitos T e B que tiveram contato c/ imunogeno na resposta 1a se diferencia em linfócitos de memória (específico) c/ predomínio de IgG
Natureza das vacinas - Vivas Atenuadas
- BR Foi Tri, Tetra e por Ora Penta
- Podem causar doença
- Obtidas por cepas naturais (selvagens) de micro-organismo, produz infecção parecida com a original, mas mais branda mas autorreplicativo. Produz forte imunidade e ao longo da vida. (Menor virulência)
- Tem risco de provocar doença em imunocomprometidos
- BCG, Rotavírus (VORH), Pólio oral (VOP), Tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), Febre Amarela, Varicela
- Imunidade Celular e Humoral
- Duração longa
- Vias de administração SC (Tríplice e tetra), ID (BCG) e VO (VORH,VOP)
- Conservar em 2-8o graus podem congelar e não toleram alta temperatura.
- Pode fazer extensão da vacina aos comunicantes não vacinados*
Vacinas Não Vivas/ Inativadas
- Não causam doença, mas pode ter efeito adverso
- Podem ter adjuvante = imunopotencializadores (alumínio)
- Podem ser obtidas por micro-organismos inteiros inativados (polio e coqueluche), toxinas inativadas (tétano e diftérico), fragmento ou subunidade (influenza), engenharia genética (hep B), polissacarídeo (pnm-23), glicoconjugadas (HiB, Pnm e Mng)
- Hepatite B, HiB, Polio Injetável (VIP), Tríplice bacteriana (DTP), Influenza, Pneumococo, Meningococo, Hepatite A, HPV
- Imunidade principalmente Humoral
- Necessidade de várias doses para induzir imunidade prolongada
- Administração SEMPRE IM
- Não é possível extensão da vacina para comunicantes não vacinados
- NÃO tem risco para imunodeprimidas
- Conservar em 2-8oC, não congelar, alumínio pode conter e tolera alta temperatura
Vacinação
- Vacina conjugada: antígeno pouco potente (polissacarídeo) é anexado a outro de maior poder imunogênico (peptídeos e ptnas)com finalidade de induzir resposta imune T-dependente duradoura, mas não estendida.
- Ex: anti-hemófilo (HiB),pneumocócica (PNM-10),meningococica (McC/ACWY).
- Faz imunidade de rebanho*: protegem os não vacinados
- Imunizam <2 anos e tem resposta T-dependete (sacarídeo + Ptna)
- Combinadas: misturas vacinas vivas atenuadas (tríplice e tetra viral) ou não atenuadas (tríplice bacteriana). Nunca ambas ≠.
- Simultânea: duas vacinas ≠ são aplicadas em locais ≠ no mesmo dia. Não deve ser feito nas pneumocócicas (prejuízo proteção).
Uso simultâneo ou sequencial de duas ou mais vacinas
- Viral atenuada parenteral: outra viral atenuada parenteral pode ser feita simultânea ou aguardar por 30 dias.
- Viral inativa: outra viral inativada qualquer intervalo de tempo
- Viral inativada: com viral atenuada em qualquer intervalo de tempo
- Viral atenuada parenteral: Ig após 2 semanas
- Viral inativada: Ig qualquer intervalo de tempo
Via de Admnistração das Vacinas
*Mimetizam a via de infecção
- Via oral: VOP e VORH (não revacinar se cuspir) - induz imunidade na mucosa gástrica*
- IM: vasto lateral da coxa ou deltoide (de acordo com idade) e na região glútea deve ser evitada (na Hep. B ou distúrbios hemorragias), geralmente contêm alumínio que libera lentamente antígenos depositados no músculo e intensificando resposta imune. Ex: DTP, DT, dT, Hep. B
- SC: virus vivos atenuados (não necessita alumínio) como FA, Tríplice e tetra viral
- Intradérmica: única é a BCG de cepas atenuadas do Mycobacterium bovis - induz imunidade celular*
Vacinação
- Gestantes: contraindicado vacina de vírus vivo atenuado, exceto Febre Amarela se benefício for maior que o risco.
- Imunodeprimidos: não devem receber vacinas de agentes vivos atenuados pelo risco de ter infecção grave
- Adjuvante: produto capaz de melhorar a resposta imunológica e conferir proteção de maior duração aos imunobiológicos
Efeitos Adversos da Imunização
- é acompanhado pelo Sistema nacional de Vigilância epidemiológica de eventos adversos pós-vacinação
- Vacinas não vivas tendem a apresentar com mais efeitos adversos como dor, calor, rubor e edema por causa do alumínio (um hora após aplicação IM)
- DTP cursa com muitos efeitos devido o pertussis
3 Vivas atenuadas produz efeitos após mais tempo como uma viremia ou período de replicação - Reação tipo I (Gell Coombs): IgE mediada imediata como anafilaxia
- Reação tipo II: citotóxica com acs NK após 5-8h
- Reação tipo III: mediada por imunocomplexos, início em 2 horas.
- Reação tipo IV: hipersensibilidade tardia por linfócitos T
Contraindicações da Vacinação
- Reação imediata anafilática a qualquer componente da vacina: vírus vivo atenuado e/ou não vivo
- Doença moderadas ou graves: vírus vivo atenuado e/ou não vivo
- Imunodeficiência congênita e adquirida (algumas podem ser aplicadas no CRIE): vírus vivo atenuado
- Neoplasia maligna: vírus vivo atenuado
- Uso de imunossupressor com corticoide c/ doses ≥ 2 mg/kg/d ou 20 mg/dde prednisona por ≥14 dias: vírus vivo atenuado (aguardar 30 dias do termino para aplicação)
- Quimioterapia e radioterapia: vírus vivo atenuado
- Gravidez: vírus vivo atenuado (dano fetal e deve ser feita 30 dias antes de engravidar)
Falsas Contraindicações de Não Vacinação
- Doenças febris: pode ser adiada ou administrada se risco epidemiológico
- Uso de imunoderivados e hemoderivados: adiar vacinação
- Síndromes hemorrágicas: adiar vacinação
- Prematuridade: exceto BCG em cças com peso ≤2 kg
- Desnutrição
- Doença aguda benigna sem febre (IVAS)
- Uso de ATB ou antiviral
- Dx prévio de doenças das vacinas (TB, coqueluche…)
- Vacinação contra raiva em andamento
- Uso de corticoides tópicos,inalatórios, nasais e orais < 14 dias e doses baixas
- Hx inespecifica de reação local da vacina ou FEBRE pós vacina
- Hx de alergia a penicilina
- Antecedente familiar de convulsão, morte súbita
- HOSPITALIZAÇÃO: exceto VOP (contamina outras cças)
PNI 2020 em Crianças
- Ao nascer (bebê): BCG + Hepatite B
- 2 meses (4 p): Penta (Hep B, DTP, HiB) + Pólio (V1P) + Pnm-10 + VORH (piriri)
- 3 meses: MnC
- 4 meses: = 2 meses (4p)
- 5 meses: = 3 mês (MnC)
- 6 meses: Penta (Hep B, DTP, HiB) + V1P
- 9 meses: Febre Amarela
- 12 meses (Três Melhores Presentes - TMP): Tríplice Viral, MnC, Pnm-10
- 15 meses (ADVoTe - a debutante vomitou tequila): Hep A, VOP, Tetraviral (1a varicela)
- 4 anos (Depois VOcê FAz VAcina): DTP, VOP, FA (reforço*), Varicela (2o reforço)
- INFLUENZA: Campanhas de vacinação anual entre 6 meses e <6 anos
Regras básicas de Vacinação
- Vacinas podem ser feitas simultâneas. Exceto em <2 anos com FA/Tríplice Viral; FA/Tetraviral aguardar 30 dias.
- Não há intervalo máximo entre as doses da mesma vacina
- Não reiniciar esquema* (já tem céls de memória): apenas completar o esquema
BCG (Bacilo de Calmette e Guérin)
*Formado por M. Bovis atenuada
- Estimula tanto a resposta humoral como celular
- Indicação <5 anos e é obrigatória em <1 ano
- Vacina não previne o adoecimento da doença, apenas impede formas graves da doença* (meningoencefalite e TB miliar): primoinfecção
- Administrada ao nascimento*
- Não se indica revacinação se não formação de reação em braço
- Aplicação: Deltoide direito por via INTRADÉRMICO c/ Dose única
Contraindicações de BCG
*Absolutas: crianças HIV positivas e sintomáticas e imunodeficiências congênitas ou adquiridas
- <2 kg (baixo peso)
- Lesão de pele extensa
- Imunossupressão e gestante em uso de imunossupressores→ Exposição HIV: Vacinar RN
- Contato domiciliar com bacilífero: vacina não previne infecção apenas a medicação (PT reatora)
- Neoplasias malignas
- RN de mães bacilíferas
RN de mãe bacilíferas e BCG
- Não contraindica amamentação, deve ser usada máscara apropriada
- RN não deve ser vacinado ao nascer, criança recebe quimioprofilaxia com Isoniazida 10mg/kg/d até 3 meses e depois fazer PPD
- Se não reator (<5 mm) suspende Isoniazida e aplica BCG
- Se PPD reator, assintomática e Rx normal mantém Isoniazida por mais 3-6 meses e não aplica BCG
- Se apresentar sintomas nesse período iniciar tratamento
Efeitos Adversos do BCG
- Ulceração >1 cm (>12 sem s/ cicatrização): notificar e indicar Isoniazida 10mg/kg/d
- Abscesso SC FRIO (tratar com isoniazida) ou quente (antimicrobianos)
- Linfonodos grandes (>3 cm) ou flutuantes e fistulizado: se linfadenite supurativa fazer Isoniazida
Evolução natural da vacinação BCG
- Formação de pápula/ mácula de 5-15 mm (1-2 sem) → pústula (3-4 sem)→ úlcera de 4-10 mm (4-5 sem) → cicatriz de 4-7 mm (6 a 12 sem)
- Pode aparecer gânglio axilar, supra ou infraclavicular ipsilateral <3 cm (10%) em 3-6 semanas após vacinação
- Desaparece espontaneamente
- Mais de 95% tem cicatriz e a sua ausência não indica revacinação ou que não tem proteção*
Revacinação da BCG
- Não revacinar mais se ausência de cicatriz (já tem imunidade)
- Revacinar APENAS contactante de Hanseníase:
- > 1 ano: 0 ou 1 cicatriz → 1 DOSE
- <1 anos: 1 cicatriz → NÃO revacinar / 0 cicatriz: 1 dose (se tomou vacina >6 meses antes)
Hepatite B
- Vírus de DNA não vivo* (HBsAg)
- Não é contraindicada em RN de baixo peso ao nascer (apenas a BCG)
- Transmissão: parenteral (transfusão sangue), percutânea (injetáveis, acupuntura, tatuagens), sexual* e vertical (exposição perinatal principalmente no parto cesáreo ou vaginal*)
- Aleitamento não é contraindicado
- 90% dos RN tem risco de ter infecção crônica e cirrose
- É feita ao nascer junto com a BCG
- O avançar da idade diminui a eficácia da vacina (revacinar grupo de risco s/ nível adequado de acs)
- Vacinado: anti-HBs reagente (e demais negativos)
Hepatite B
- Indicação isolada : em toda população (até idosos)
- Feita a 1a dose isolada nas 1as 12 horas de vida ao nascer (prevenção da transmissão vertical), seguida nos 2, 4 e 6 meses em combinação com DTP+HiB (Pentavalente) e reforço aos 15 meses
- Se iniciar esquema vacinação após um mês de idade são feitas apenas 3 doses de pentas
- > 7 anos: 3 doses c/ esquema 0, 1 e 6 meses
- NÃO reiniciar vacinal, recomeçar da dose que parou
Hepatite B e Mae HBsAg (Expostas)
- Dosar anti-HBs em cças expostas verticalmente 30 a 60 dias após última dose, se nível sérico anti-HBs <10 revacinar c/ monovalente
- Mãe HBsAg +: vacinar RN e fazer Imunoglobulina IM nos primeiros 7 dias de vida (e pode ser amamentado)
Hepatite B
- Administração IM
- Dose dobrada se: hepatopatias crônicas (HCV), transplantes/ neoplasias, renais crônicos (fazer sorologia rotineira após vacinar)
- Reações adversas são raras e mais locais
- Contraindicação: reação anafiláticas e PTI* após aplicação
Prevenção após exposição do profissional de saúde
- Paciente fonte AgHBs +: Profissional não vacinado/incompleta/ anti-HBS < 10 → fazer Ig + Vacinação
- Pcte fonte AgHBs negativo: profissional não vacinado fazer vacinação, vacinação incompleta completar e anti-HBs <10 nova série de vacina (3 doses)
- Pcte fonte AgHBs desconhecido ou não testado: não vacinado fazer só vacinação (se fonte de alto risco fazer Ig), vacina incompleta completar e anti-HBs <10 nova serie de vacina (3 doseS)
Difteria
- Doença infecciosa provocada pelo Corynebacterium diptheriae (bacilo gram +) de reservatório exclusivo em mucosas e pele do homem
- Transmissão: gotículas de secreção respiratoria ou saliva ou contato com secreções de pele (bacilo viável por 6 meses)
- A doença não fornece infecção permanente devendo ser feito vacina
- Dx: cultura do bacilo da secreção
- TTO: Soro Antidiftérico (SAD) o mais precoce possível, acs neutralizam apenas toxinas circulantes e não tecidos já infectados + Penicilina G cristalina por 14 dias.
QC da Difteria
- Rinite serossanguinolenta ou purulenta com formação de membrana nas narinas anteriores,
- Na faringe pode ter necrose branco-acinzentada aderente que induz sangramento submucosa
- Grandes linfodenomegalias cervicais semelhante a um “touro”
- Febre baixa, mal-estar, disfagia e cefaleia
- Complicações: NTA, trombocitopenia, neuropatia tóxica, miocardite (taquicardia) e desmielinização neuronal (2-3 sem após)
Coqueluche
- Bactéria Bordetella pertussis (ou parapertussis gram negativos) colonizam o epitélio ciliado e sua ptna de maior virulência é a toxina pertussis
- Altamente contagiosa (taxa de ataque +/- 100%), nem a doença e nem a vacina conferem imunidade em longo prazo
- Transmissão: gotículas e secreção orofaringea
Tétano
- Doença infecciosa que cursa com paralisia espástica aguda causada pela toxina tetânica (tetanospamina) do Clostridium tétano
- Gram + presente no ambiente (solo,poeira, TGI de animais) sob forma de esporos resistentes
- Forma vegetativa são as que se multiplicam no organismo e liberam toxina, sendo destruídas facilmente pelos ATB
- A tetanospasmina é endocitose pelas terminações dos motoneurônios alfa e ascendem retrogradaremos até a medula, também se liga aos interneurônios e impede liberação do neurotransmissor GABA
- Ocorre perda da inibição da contração dos músculos antagonistas durante movimento voluntário (contração sustentada máxima dos músculos)
- TTO: soro ou Ig que neutraliza toxina + Penicilina Cristalina e Metronidazol +/- BZP (controle das contrações musculares)
Tétano
- Principal forma da doença é o tétano neonatal (RN c/ mãe não imunizada a partir de esporos pelo cordão umbilical) após 3-12 dias do parto, com dificuldade de sucção e deglutição, espasmos e rigidez ao toque.
- Tétano não neonatal ocorre por injúria traumática pode ser generalizada ou localizada
- Localizada: restrita ao redor do sitio da lesão .
- Tétano cefálico: forma da localizada c/ comprometimento da musculatura bulbar e risco de asfixia (infecção de face, nariz e ouvido)
Tétano Generalizado
- Trismo (contração bilateral sustentada dos masseteres), cefaleia, irritabilidade seguido do RISO SARDONICO (produzido pelos músculos da face e mastigação),
- Espasmos musculares, dificuldade respiratória e postura OPISTOTONO dolorosa (flexão e adução dos mmss e hiperextensão mmii)
- HIPERtermia e disfunções autonômicas (taquicardia, hipertensão, arritmias)
- Paciente está lúcido e consciente
Profilaxia do Tétano Acidental e Risco Mínimo
*Risco mínimo: superficial, limpo, sem corpos estranhos ou tecidos desvitalizamos
- ≥ 3 doses DTP; última dose <5 anos: apenas limpeza local, desinfecção
- ≥ 3 doses; última dose > 5-10 anos: limpeza local, desinfecção
- ≥ 3 doses; última dose > 10 anos: vacinação
- <3 doses ou incerta: vacinação e completação das doses (protege contra ferimentos futuros), se não fizer acompanhamento correto considerar SAT/IGHAT
Profilaxia para Tétano e Risco Alto
*Risco alto: profundo ou superficial sujo, com corpos estranhos, tecidos desvitalizamos, queimaduras, feridas puntiformes (arma branca/fogo), mordeduras, politrauma e fx expostas
- ≥ 3 doses DTP; última dose <5 anos: apenas limpeza local, desinfecção, remoção corpos estranhos e tecido desvitalizado
- ≥ 3 doses; última dose > 5-10 anos: vacinação apenas em imunocomprometidos, idosos, desnutridos fazer SAT ou IGHAT IM
- ≥ 3 doses; última dose > 10 anos: vacinação apenas em imunocomprometidos, idosos, desnutridos ou que não irão acompanhar corretamente fazer SAT ou IGAT IM *#
- <3 doses ou incerta: vacinação + Soro antitetânico (SAT) ou Ig antitetânico (IGHAT)
- IGHAT é preferível no lugar da SAT em imunodeprimidos por ter maio meia vida
- IGHAT e SAT se fizer juntas, não fazer no mesmo local
- RN em risco sempre deve fazer uso de IGHAT*
DTP Celular
- Indicações: 2 meses a <7 anos
- É associação dos toxoides purificados de difteria e tétano com suspensão inativa da B. Pertussis (céls inteiras e eficácia menor que as outras)
- Início aos 2, 4 e 6 meses sob forma de vacina penta (DTP, HiB e HepB) e 1o reforço aos 15 meses e o 2o aos 4 anos.
- Indicado reforço a cada 10 anos com a dupla tipo adulto dT (toxoides diftéricos e tetânico)
Outras Vacinas da DTP
- DTP (tríplice bacteriana celular), DTPa (tríplice bacteriana acelular na pertussis menos reatogênica) e DT (dupla do tipo infantil): indicado até < 7 anos
- dT: indicado em >7 anos (não tem a coqueluche e o agente diftérico está em menor quantidade), deve ser feito reforço a cada 10/10 anos.
- Se não vacinados na infância: 3 doses (0-2-4) + reforço 10/10 anos
- dTpa: gestantes > 20 semanas (TODAS deve fazer reforço mesmo se calendário vacinal estiver normal), puérperas ou profissionais da saúde que trabalham com RN*
Efeitos Adversos da DTP
*Maioria devido ao componente pertussis
- Febre alta nas primeiras 48 horas de administração, choro persistente (> 3 horas) e incontrolável, vômitos e sonolência: continua usando DTP (s/ contraindicação) → fazer antitérmicos, analgesia para prevenção
- Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo e/ou convulsão: Completar o esquema com DTP ACELULAR (DTPa)
- Encefalopatia: Completar esquema com DT
- Reação alérgica tipo 1 (anafilaxia): contraindica qualquer vacina (DT,DTP, DTPa,dT,TT)
Episódio Hipotônico Hiporresponsivo (EHH) ao uso de DTP
*Maioria relacionado ao componente pertussis
- Instalação súbita de diminuição do tônus muscular (hipotonia), diminuição ou ausência de resposta a estímulos externos(hiporresponsividade)
- Palidez ou cianose nas primeiras 48 horas da administração (geralmente nas 1as 6 horas)
- Febre e irritabilidade inicial
- Prognóstico bom, autolimitado e não evolutivo para sequelas neurológicas.
- Pode ocorre também com: HiB, pneumocócica, DT e Hep B
- Fazer DTP acelular*
Convulsão ao uso de DTP
- Crises tônico-clônicas generalizadas autolimitadas e de pouca duração e prognóstico bom
- Perda da consciência e disfunção autonômica (relaxamento esfinctérico e hiperssecreção salivar e brônquica)
- Geralmente associada a Tax> 38
- Mais comum em cças entre 3 meses e 6 anos nas primeiras 72h da aplicação da vacina
- Completar esquema vacinal com DTPa*
Encefalopatia ao uso de DTP
- Síndrome clinica com inicio abrupto nos 7 primeiros dias após vacinação
- Alteração de comportamento, consciência (sonolência,topor), cefaleia, sinais neurológicos focais (paralisia pares cranianos, deficit de força), crises convulsivas, irritação meningea
- Continuar esquema vacinal com DT**** (contraindica componente pertussis até mesmo acelular)
DTP ACELULAR (DTPa)
- Indicada pela SBP (2-4-6m)
- Efeitos adversos com menor intensidade
- Contraindicação: anafilaxia e encefalopatia em 7 dias após vacinação
- Vacina acelular, contém toxina e outros componentes das pertussis e toxina das demais bactérias (tétano e difteria)
- Está disponível apenas no CRIE
- Indicado apenas em <7 anos
- É menos reatogênica que a DTP e muito eficaz
- Indicações de uso: convulsão e síndrome hipotônica-hiporresponsiva à DTP, crianças com maior risco de eventos adversos como dç convulsiva/neurológica crônica, cardio/pneumopatia <2 anos, neoplasias e imunossuprimidas, RN internado em UTI e prematuro extremo.
DT/ dT (Vacina dupla)
- Infantil: DT
- Adulta: dT (componente diftérico menor quantidade)
- DT é indicada em <7 anos c/ encefalopatia ou quando a DTPa não estiver disponível
- dT é indicada em >7 anos e adultos, para prevenção do tétano acidental e da difteria e mulheres em idade fértil, gestantes para prevenção de tétano neonatal
- Deve ser completado o esquema em adultos (0-2-4m) não vacinados e reforço a cada 10/10 anos
- Contra-indicadas se reação anafilática
Conduta da dTpa na Gestante
- Prevenção de tétano neonatal
- Deve ter 3 ou mais doses da vacina antitetânica com última dose nos últimos 5 anos
- Toda gestante deve receber uma dose da dTpa a partir da 20a semana de gestação, mesmo se já completou as dose, para fazer proteção do RN contra coqueluche
- Mulheres sem comprovação de vacinação prévia: 2 doses de dT e 1 dose de dTpa (se não fez fazer no puerpério precoce)
- Naquelas com 3 ou mais doses de dT fazer apensa uma dose de dTpa
Hemófilos B (HiB)
- Cocobacilo gram - que possui cápsula polissacarídica sendo responsável pelas doenças invasivas graves em menores de 5 anos (sepse, pneumonia, epiglotite, celulite, artrite e osteomielite)
- Haemofilos não tipáveis e s/ cápsula colonizam as VAS e produ z otite, sinusites e bronquites que não são prevenidas pela vacinação
- Transmissão: inalação de gotículas respiratórias ou contato direto
Hemófilos B (HiB)
- Vacinas não vivas conjugadas
- Diminui número de portadores assintomáticos e protege as pessoas não vacinadas (imunidade de rebanho)
- Pelo MS é administrado na forma de pentavalente (DTP + HiB + Hep B) aos 2-4-6 meses de vida
- Maior risco em: An falciforme, imunodeficiência, asplenia e malignidades
Poliomielite
- Cada dose corresponde a 2 gotas por VO
- VOP faz controle de epidemias no ambiente e imunização coletiva (VIP não*)
- Indicação: < 5 anos fazer 3 doses iniciais V1P + 2 reforços (VOP)
- V1P: poliovírus inativado (3 doses)
- VOP: poliovírus vivo atenuado (bivalente 1 e 3) reforço aos 15 meses e 4 anos
- A poliomielite é um enterovírus (RNA) sorotipo I,II e III e o homem é o hospedeiro natural
- A pólio está erradicada do país desde 1990, mas ainda tem no mundo levando a sequelas permanentes
- Não repetir a dose da vacina caso a criança cuspa ou vomite
Poliomielite
- A infecção natural e vacinação conferem imunidade duradoura tipo-específica, pode eliminar o vírus pelas saliva e fezes
- Transmissão é fecal-oral ou oral-oral por gotículas e o vírus resiste no meio por vários tempo
- Vírus se multiplica na mucosa intestinal e passa para corrente circulatória e raramente atinge tecidos neurais e SNC
Eventos Adversos da Vacina da Poliomielite
- Paralisia aguda flácida (4 a 40 dias após a VOP) ou em indivíduos que tenham tido contato c/ uma criança que recebeu a VOP (4 a 85 dias)
- Mutação para neurovirulência do vírus
- Paralisia é maior na 1ª dose de VOP e maior risco nos imunocomprometidos
- Outras: meningite asséptica, encefalite e reações de hipersensiilidade
Contraindicações da VOP (ou Sabin)
*Em imunodeficientes, seus contactantes e hospitalizados fazer reforço com VIP aos 15 meses e 4 anos
- Adiar vacinação se: diarreia grave/vômitos incoercíveis, ravidez, enterovirose
- Contraindicação VOP: imunodeficiências congênitas e adquiridas (câncer), pctes hospitalizados (disseminação do vírus no ambiente ao defecar), anafilaxia e pólio vacinal anterior
- O vírus vacinal é eliminado nas fezes e pode contaminar contactantes imunodeprimidas que poderão desenvolver paralisia pelo vírus vacinal (não aplicar em contactantes de imunodeprimidos)
VIP ou Salk
- É mais segura e não causa poliomielite vacinal
- Não impede propagação do vírus selvagem por via intestinal, não protege comunicante dos vacinados e é mais cara
- É trivalente p/ três principais sorotipos (1,2,3)
- Indicada reforço aos 15m e 4a em imunodeprimidas, contatos domiciliares, hospitalizados, hx de paralisia flácida à vacina
- É feito IM
Rotavírus (VORH)
*Feito no 2 e 4 meses
- É um vírus RNA c/ principais sorogrupos A,B e C
- Principal causa de morbimortalidade por diarreia em <5 anos
- Transmissão fecal-oral (e via respiratória)
- É altamente contagioso e disseminante
- Sítio de replicação viral é o intestino delgado (jejuno) c/ extensa lesão epitelial c/ má absorção de carboidrado fazendo diarreia osmótica* (não é indicado ATB e sim hidratação)
Vacina Oral contra Rotavírus Humano (VORH)
- Vírus vivo atenuado e duas doses previne gastroenterite de qualquer gravidade
- É feito duas doses
- 1ª dose: até 3 meses e 15 dias (ideal aos 2 meses )
- 2ª dose: até 7 meses e 29 dias (ideal aos 4 meses, caso não tomou a primeira não deve tomar a segunda dose mesmo se <7 meses)
- Intervalo de 4 semanas entre as doses
- Cças expostas ou c/ HIV podem receber VORH atenuada
Eventos Adversos da VORH
- Invaginação intestinal ou intussuscepção: causa mais comum de obstrução em lactentes
- Contraindicado outra dose
- Não reaplicar nova dose em pctes que cuspirem ou vomitarem
Contraindicações da VORH
Não é contraindicado em cças desnutridas graves
- Adiamento: doença febril moderada a grave ou dç diarreia ou vômito que necessita internação
- Contraindicação: Invaginação prévia, malformação congênita não corrigida, imunodeficiência 1ª ou 2ª, corticoide >2 mg/kg por >14 dias
Pneumococo (Strptococcus pneumoniae)
- Pnm-10 conjugada, Pnm-13 valente e polissacarídica Pnm-23 valente
- É um diplococo gram + c/ cápsula polissacarídica
- Infecção em VAS (otite e sinusite) e invasivas (pneumonia, meningite, bacteremia)
- É a 2ª causa de meningite (após meningococo)
- Alta suscetibilidade em cças
- FR: An. falciforme, asplenia, imunodeficiência, dçs crônicas congênitas
- Transmissão: gotículas de saliva
Vacina anti-pneumocócica conjugada 10 (Pn10)
- Composta por dez sorotipos
- Administrada aos 2, 4 e reforço aos 12 meses
- Em cças de 12 m até 4a é indicado apenas uma dose
- Proteção maior contra doenças invasivas (pneumonia, meningite) do que p/ otites
- Sacarídio capsular conjugado
- Indicações: < 5 anos p/ prevenir dç pulmonar invasiva e OMA
Vacina anti-pneumocócica 13 conjugada
*Indicada p/ todos seegundo a SBP
- CRIE: É indicada para crianças >5 anos com HIV/aids, transplantes ou neoplasias e desde que não recebeu PnM 10 antes
- Pela SBP é indicada a paritir dos 2 meses
Vacina anti-pneumocócica 23 valente
*Só é feita em cças com comorbidades a partir dos 2 anos
- Polissacarídeo não conjugada (só polissacarídeos) não induz soroproteção abaixo de dois anos de idade
- Indicada em >2 anos com comorbidades pelo CRIE como Anemia Falciforme, povos indígenas, idosos de 60 anos
- Pn23 protege contra bacteremia, e menos eficaz na prevenção de outras infecções
Meningococo
- Causada pelo diplococo N. meningitidis (meningococo), gram negativo, aeróbico, polissacarídio
- 12 sorogrupos infecciosos: A (maior grau de provocar epidemia), B (mais virulento), C, W, X, Y
- Possui complexo lipoproteía-endotoxina (LPS) relacionada à CIVD e colapso circulatório (lesão endotelial)
- Transmissão: gotículas saliva
Vacina Meningocócica-C
- Sacarídeo capsular conjugada
- Indicada em <5 anos
- Esquema é feito com 3 meses e 5 meses, reforço aos 12 meses
- Aplicada via IM
Vacina Meningocócica ACWY conjugada
*Vacina do Adolescentes
- É feita em adolescentes com 11 e 12 anos
- Imunidade de rebanho e proteção individua - deixa de ser portador diminuindo infecção no ambiente
- No CRIE é liberada p/ pctes c/ hemoglobinúria paroxística noturna a partir de 14 anos que iniciarão tto com eculizumabe
Influenza (= gripe)
- RNA vírus
- Tipo A e B faz maior morbimortalidade e transmissão
- Tipo C faz infecção esporádica
- Transmissão por via respiratória
- Sintomas de IVAS e sistêmicos
Vacinação da Influenza
- É determinada todo ano pela OMS de acordo com a prevalência das cepas circulantes (modificação antigênica)
- É uma vacina de vírus INATIVADO e trivalente, obtidos em culturas de ovos embrionados de galinha
- De 6 meses a 9 anos: fazer 2 doses na primovacinação (30 dias de intervalo)
- ≥9 anos: 1 dose (+ reforço anual)
- História de anafilaxia a ovo não é mais contraindicação
Indicação da Vacinação da Influenza
- Crianças de 6 meses a 6 anos incompletos (até 5 anos, 11 meses e 29 dias)
- Todas gestantes (independente da IG)
- Puérberas (até 45 dias após parto)
- Todos profissionais de saúde
- Povos indígenas
- Idosos >60 anos
- Adultos entre 55 e 59 anos
- Caminhoneiros, profissionais de transporte coletivo (motoristas e cobradores) e protuários, e da força de segurança/salvamento
- Doentes crônicos: HIV, transplantados, imunodeficientes, doenças crônicas, DM, asma
Febre Amarela
- RNA vírus, pertecente a família flaviviridae e gênero flavivirus
- Dç infecciosa que causa disfunção hepática e renais
- Transmissão pela picada do vetor/mosquito Aedes aegypti nas áreas urbanas (hospedeiros são os homens) ou mosquidos dos gênero Haemagogu e Sabethes nas áreas silvestres (hospedeiros são os macacos)***
- Não há transmissão entre pessoas
- A imunidade pela infecção natural é duradouro
Vacina da Febre Amarela
- Vírus vivos atenuado, cultivado em ovos embrionados de galinha
- É altamente imunogênica
- Indicação: toda população dos 9 meses aos 59 anos
- Em <2 anos nunca administrar a FA junto c/ tri/tetra viral (30 dias de intervalo) pelo risco de interferência e diminuição de imunogenicidade
- Se viajar p/ área endêmica vacinar 10 dias antes da viagem (acs produzidos entre 7º e 10º dia)
Indicação da Vacina da Febre Amarela
- 1ª dose aos 9 meses com reforço aos 4 anos*** (mudança atual)
- . É indicado reforço para quem recebeu APENAS 1 dose ANTES dos 5 anos.
- Ex: se eu c/ 2 anos tomei uma dose agora c/ 23 necessito de outra.
- A dose é ÚNICA se vacinado APÓS os 5 anos: protegidos e s/ indicação de reforço
- Gestante/ lactente só é vacinada se residir em local de risco (circulação vírus epizootias).
- Suspender amamentação por 10 dias após vacina (preferivel 28 dias).
Eventos Adversos da Vacina da Febre Amarela
- Dor local
- Hiperesensibilidade por alergia ao ovo
- Doença neurológica: encefalite como meningismo, convulsão, paresida entre 7 a 21 dias após aplicação. Evolui p/ cura sem sequelas
- Dç viscerotrópica* aguda: início na 1ª semana c/ febre, astenia, icterícia, oligúria, instabilidade CV, hemorragia e necrose hepática
- Maior risco na 1ª dose e mulheres vacinadas amamentando cças <6 meses (suspender por 10-28 dias)
Contraindicações da Vacinada da Febre Amarela
- Mesmo se risco endêmico alto
- Cças < 6 meses
- Imunodeficiência/ drogas imunossupressores
- HIV se CD4 <200 ou <15% do total de linfócitos
- Anafilaxia a ovo
- Hx pregressa de dçs do timo: miastenia gravis, timoma
- Mulheres amamentando <6 meses*** (risco de evento neurológico e viscerotrópico em cças)
- Portadores de dç falciforme em uso de hidroxiureia e neutrófilos <1500 céls/mm3
Sarampo
*Vírus vacinal não é transmissível
- Gênero Morbilivirus e a família Paramyxoviridae
- Homem único hospedeiro
- Em 2019 BR perdeu certificado de eliminação do vírus do sarampo
- Altamente contagioso, sintomas predominam em VA e vasculite disseminada
- Pode complicar c/ infecção bacteriana 2as
- Transmissão: aerossol e gotículas de secreção respiratório de 4-6 dias antes do exantema e 4 dias após seu aparecimento
- Imunidade é duradoura tanto na infecção natural quanto vacinação
Caxumba (Parotidite Infecciosa)
- Família Paramyxoviridae e gênero Paramyxovírus
- Homem único reservatório
- Dç febril, contagiosa, aumento e inflamação de gls salivares (parótida*, sublinguais e submandibulares)
- Transmissão: gotículas de saliva
- Imunidade é permanente
- Principal indicação da vacina é MENINGITE (e não orquídea pois essa ocorre em mais velhos)
Caxumba (Parotidite Infecciosa) - Clínica
- Incubação 16-18 dias
- Febre, cefaleia, vômitos, dor e aumento das parótidas (bilateral 70%)
- Dor a alimentos azedos e ácidos
- Apagamento do ângulo da mandíbula, c/ retorno nroaml em 7 dias
- Complicações: meningite asséptica (10-30%), orquite*, tireoidite, artrite, GN, miocardite e ataxia cerebelar
- Dx: SWAB PCR ou sorologias
Outros vírus que também aumentam a PARÓTIDA
Mas sem apagamento do ângulo mandibular
- Parainfluenza
- Influenza
- CMV
- EBV
- Enterovírus
- HIV
- Estafilococos: parotidite purulenta c/ drenagem pus pelo ducto Stensen e leucocitose c/ desvio à esquerda
- Colagenoses: LES e sd. Sjogren
Rubéola
- RNA vírus da família Togaviridae e gênero Rubivirus
- Homem é único redservatório
- Dç exantemática benigna que pode levar sequelas fetais na gestantes
- Transmissão por gotículas de saliva, sangue ou urina
- Imunidade duradoura
- Linfadenopatia se instala entre o 7-21o dia após vacinação
Vacina Tríplice Viral
- É feita aos 12 meses a tríplice e 15 meses a tetraviral por via SC
- Pode ser feito em cças c/ HIV assintomáticos
- Vírus vivos atenuados do Sarampo e da Caxumba são cultivados em embrião da galinha e da Rubéola céls diploides humanas
- Pouco reatogênica
- Indicação: 1 a 59 anos*
- Até 29 anos e profissionais da saúde em qualquer idade: 2 doses
- 30 a 59 anos: 1 dose (após 49 anos não tem indicação de rotina)
- Dose ZERO (extra): cças entre 6 meses e 11 meses (proteção p/ quem não fez 1ª dose ainda)
Vacina Tríplice Viral - Eventos Adversos
Podem causar doença
- Febre
- Conjuntivite: catarral por sarampo e rubéola
- Exantema, linfadenopatia
- Meningite, Encefalite tardias
- PTI
- Anafilaxia ao ovo: não apresentam contraindicação
Contraindicação da Tríplice Viral
- Anafilaxia
- Gravidez: dano ao feto (fazer 30 dias antes de engravidar)
- Imunossupressão, imunodeficientes e transplantados
Profilaxia Pós-Exposição ao Sarampo
- Indicada em TODOS contactantes íntimos suscetíveis
- Pessoas do mesmo domicílio, vizinhos, creche, sala aula
- Pode ser feito por Vacinação de Bloqueio ou imunização passiva
- Vacinação de bloqueio: fazer vacina tríplice viral ATÉ 72 hrs após contato
- Imunização passiva: Imunoglobulina até 6 dias após exposição em IM e em quem possui contraindicação à vacina
Profilaxia Pós-Exposição da Rubéola
- Indicada em TODOS contactantes íntimos suscetíveis
- Pessoas do mesmo domicílio, vizinhos, creche, sala aula
- É feito pela vacina tríplice vira: ATÉ 3 dias após contato
- Em gestantes suscetíveis (IgG negativo) expostas não podem receber a vacina e a Ig não é recomendada de rotina
Varicela-Zóster
- DNA vírus da família Herpesviridae
- Primoinfecção: varicela/ catapora (lesões em crosta não há mais risco de contagio)
- 2ª infecção: reativação do vírus latente nos gânglios sensoriais como Herpes-zóster
- Transmissão: gotículas respiratórias em aerossol e contato direto c/ secreção das vesículas
Vacina da Varicela
- Evitar formas graves da doença*
- Se duas doses há redução de todas formas da vacina
- Tetraviral: 15 meses (até 4 anos)
- Indicado APENAS após a TRÍPLICE VIRAL (por ter alto risco de crise febril) e em < 5 anos
- Varicela: reforço apenas da varicela aos 4 anos* até <7 anos
- Pode ocorrer a infecção do vírus mesmo c/ a vacinação mas de maneira mais atenuada
- Contraindicado: imunossupressão (até 3 meses s/ medicação), gestação e anafilaxia
- Não fazer uso de AAS devido risco de síndrome de Reye
Imunoglobulina AntiVaricela-Zóster (IGHVZ)
*Derivado do plasma de pessoas c/ altos títulos IgG
- Indicações: suscetívels (nunca receberam vacina), em contato íntimo ou imunodeprimidos após contato
- Vacinação de bloqueio: até 5 dias após exposição p/ imunocompetentes >9 meses (dose extra) p/ controle de surto hospitalar
- Imunoglobulina: até 96 horas após contato p/ imunodeprimidos, grávidas, RN de mãe c/ varicela nos últimos 5 dias antes do parto ou 2 dias após, prematuros.
Hepatite A
- RNA vírus da família Picornaviridae
- Grande resistência e eliminado pelas fezes do infectado
- Dç benigna da infância e mais prevalente de todos os vírus da hepatite
- Transmissão: fecal-oral
Vacina da Hepatite A
- Vacina inteiro inativada, baixa reatogenicidade e proteção de longa duração
- Indicada pelo MS/PNI aos 15 meses* até <5 anos (dose única) IM
- Duas doses se comorbidades pelo CRIE
- Indicado pelo CRIE/SBP: 2 doses (12 meses e 18 meses) principalmente para os que tem comorbidade
- Contraindicado: gestantes e anafilaxia
Papilomavírus Humano
- Vacina quadrivalente anti-HPV protege contra sorotipos 6, 11, 16 e 18, é a vacina fornecida pelo PNI/MS (protege antes de iniciar vida sexual e imunidade antes de 15 anos com 2 doses)
- Para meninas: 9 a 14 anos (<15 anos)
- Para meninos: 11 a 14 anos (<15 anos)
- São feito 2 doses (0-6 meses)
- HIV/imunodeprimidos: feito de 9 aos 26 anos e são feito três doses (0-2 e 6 meses)
- Vacina bivalente anti-HPV faz proteção contra sorotipos 16 e 18, são duas doses em entre 9 e 14 anos, e maiores de 15 anos são feitos 3 doses (0-1 a 2-6 meses)
- Contraindicada na gravidez
Dengue
- Arbovirus da família Flaviviridae do gênero Flavivírus que inclue 4 tipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3, DEN-4, transmitidos pelo mosquito hematófago do gênero Aedes
- DengVaxia: vírus atenuado, tetravalente e não faz parte do calendário vacinal, mas é recomendado pela SBP p/ cças maiores de 9 anos que já tiveram infecção prévia
- Efeitos adversos mais comuns: cefaleia, fadiga, mialgia, febre e dor local
- Eficácia em 70% e melhor resposta nos que já foram infectados previamente
Recomendações da vacina da dengue
- Idade 9 a 45 anos: três doses (0,6 e 12 meses) SC em deltoide e não pode ser administrada simultânea com outras
- Segundo a ANVISA: NÃO deve ser administrada em indivíduos soronegativo, sem exposição prévia
- Contraindicações: imunodeficiência, imunossupressores, gestantes, lactantes
Elaboração de um calendário vacina necessita:
- Epidemiologia da doença
- Eficácia da vacina (taxa de proteção)
- Impacto da doença
- Eventos adversos e segurança vacinal
- Relação custo-benefício
Calendário Vacinal do PNI/MS da Criança
*Vivo Atenuadas: BR FAz TRI,TRETA e VOP ( FA, Tríplice, Tetra, VOP, Rotavírus, BCG)
- Ao nascer: BCG (ID e dose única) e Hep B (IM)
- 2 meses (4 Ps): Polio(V1P inativada) + Piriri (VORH) + Penta (Hib,DTP,Hep B) +Pnm-10
- 3 meses: Mng-c conjugada
- 4 meses (=2m mas 2a dose): V1P + VORH + Penta + Pnm-10
- 5 meses: Mng-c conjugada (2a dose)
- 6 meses: Penta + V1P (3 dose)
- 9 meses: Febre Amarela
- 12 meses (Três Melhores Presentes): Tríplice Viral + Mng-c + Pnm-10
- 15 meses (A Debutante VOmitou Tequila) : Hepatite A + Tríplice Viral + DTP + VOP
- 4 anos (DeVO FAzer VAcina): DTP + VOP + FA + Varicela
- 6 anos: Anti-influenza nas campanhas anuais para <6 anos
Calendário Vacinal do PNI/MS do Adolescente
- 10-19 anos
- Avaliar doses prévias
- Hepatite B: 3 doses (depende da situação vacinal anterior)
- dT: 3 doses + reforços a cada 10/10 anos
- Febre Amarela: 1 dose (dose única se não fez anteriormente)
- Tríplice viral: 2 doses (0-1 mês)
- HPV: 9 aos 14 anos em meninas e 11 a 14 em meninos (0-6 meses)
- Meningococica ACWY: 11-12 anos
Calendário Vacinal do PNI/MS do Adulto
*20 a 59 anos
- Hepatite B: a depender da dose vacinal (0-1-6 meses)
- FA: dose única
- Tríplice viral: 2 doses (20 a 29 anos e profissional da saúde) ou 1 dose (30 a 59 anos)
- dT: reforço a cada 10 anos
- Anti-influenza: entre 55 e 59 anos
Calendário Vacinal do PNI/MS do Idoso
*≥60 anos
- Hepatite B: três doses (0,1 e 6 meses) a depender da situação vacinal
- FA: dose única
- Anti-influenza: anual
Calendário Vacinal do PNI/MS da Gestante
- Hepatite B: três doses (0-1 e 6 meses) a depender da situação vacinal anterior
- dT: três doses (a depender da situação vacinal)
- dTpa: uma dose independente da situação vacinal na 20 semana de gestação
- Anti-influenza: anual
Raiva
- Vírus da família Rhabdoviridae do gênero Lassyvirus
- É uma infecção do SNC (encefalite)
- Transmitida por contaminação de uma ferida por saliva ou secreção de animais infectados (mordeduras ou lambeduras ou arranhadura com as garras contaminadas com saliva)
- A letalidade é de quase 100% com quase impossibilidade de cura da doença (não tem cura deve ser prevenida)
- Animais domésticos (gato e cães) ou silvestres (morcegos é principal reservatório, macaco) mas pode acometer qualquer outro animal
Raiva
- Média de incubação no homem de 45 dias
- Pródromos: mal estar geral, pequeno aumento de temperatura, anorexia, cefaleia, dor de garganta, hiperestesia e parestesia de nervos periféricos próximo da mordedura
- Ansiedade, hiperexcitabilidade, febre, delírios, espasmos, convulsões, dificuldade para deglutição, alucinação
- Óbito em 5-7 dias
- Confirmação Dx com autópsia com fragmentos cérebro por IFD e inoculação (outros tem baixa sensibilidade)
Prevenção da Raiva
- Não tem cura
- Cuidados locais com a ferida: limpeza do ferimento com água corrente abundante e sabão/degermante o mais rápido possível e cuidadosa
- Uso após de antissépticos que inativam vírus (polvidine,clorex)
- Não sutura ferimentos apenas aproximar (ou c/ prejuízo)
- Proceder profilaxia do tétano
- Vacina NÃO TEM CONTRAINDICAÇÃO
Acidentes leves da Raiva
- Ferimentos superficiais, pouco extensos, geralmente únicos, em tronco e membros (exceto mãos, dedos e pés) com unha ou dente
- Lambedura de pele com lesão superficial *
- Animais domésticos (cão/gato) que só sai acompanhado do dono
Acidentes Graves da Raiva
- Ferimentos na cabeça, face, pescoço, mão, polpa digital e/ou planta do pé
- Ferimentos profundos, múltiplos ou extensos em qqer local do corpor
- Lambedura de MUCOSAS
- Lambedura de pele com lesões já existentes GRAVES
- Ferimentos profundos caudados por unhas de animais
- QUALQUER FERIMENTO CAUSADO POR MORCEGO*
Vacinas contra a Raiva
- Fuenzalida-Palácios: vírus inativados a partir de camundongos infectados, baixa imunogenicidade e necessita de várias doses para resposta adequada por via IM (não é mais recomendada pelo MS)
- Vacinas de culturas de células: maior poder antigenicidade com menos contaminação com proteínas celulares, aplicadas em poucas doses e menos frequência. Causam encefalite.
- Não devem ser aplicadas na região glútea
- SORO: se choque/anafilaxia notificar e substituir por IG
Indicações de profilaxia com Vacina contra Raiva Pré-Exposição
- Indicações: médicos e estudantes veterinários, biólogos, agrônomos, funcionários zoológico
- 3 doses: 0, 7 e 28 dias por via IM
Indicações de profilaxia com Vacina contra Raiva PÓS-Exposição com acidente LEVE
- Vacina inativada IM: 0, 3, 7 e 14 dias (hoje são só 4 doses invés de 5)
- Ferimentos superficial, tronco e membros, lambedura superficial
- Contato INDIRETO: sempre levar com água e sabão e não tratar em nenhum caso
- LEVE + Cão/gato sem suspeita de raiva no momento da agressão: lavar c/ água e sabão, observar o animal por 10 dias após se permanecer sadio encerrar ou se morrer/desaparecer/raivoso administrar 4 doses da vacina (0-3-7-14)
- LEVE + cão/gato suspeito: lavar c/ água e sabão, INICIAR Vacina com 2 doses 0-3 dias e observar animal por 10 dias se descartar encerrar conduta ou se morrer/desaparecer/raivoso COMPLETAR esquema com mais duas doses entre 7-10 dias e outra no 14 dia
- LEVE+ cão/gato raivoso/desaparecido/morto ou animais silvestres (morcego): lavar c/ água e sabão e iniciar IMEDIATAMENTE vacinação nas doses 0-3-7-14 dias
Indicações de profilaxia com Vacina contra Raiva PÓS-Exposição com acidente GRAVE
- Ferimentos na cabeça, face, mão, pé, dedos, planta pé, profundos/múltiplos/extensos (arranhadura), lambedura mucosas ou de pele lesão grave
- Se agressão com MORCEGO: sempre indicar soro-vacinação (independe da gravidade)
- Soro/IG aplicado no local da lesão (ou IM glúteo) até 7 dias da lesão antes da 3a dose da vacina (se passar não usar mais)
- GRAVE + cão/gato sem suspeita: lavar c/ água e sabão, INICIAR vacina no dias 0 e 3, se após 10 dias descartar encerra caso ou se morrer/raivoso/morte aplicar mais duas doses entre 7-10 dias e outra no 14 dia
- GRAVE + cão/gato com suspeita: lavar com água/sabão, INICIAR SORO ou IMUNOGLOBULINA E 4 doses da VACINA 0-3-7-14, se suspeita de raiva descartado após 10 dias SUSPENDER TTO e encerrar caso
- GRAVE + cão/gato raivoso/desaparecido/morto ou apenas contato c/ animais silvestres (morcego): lavar com água e sabão, iniciar IMEDIATAMENTE SORO ou IMUNOGLOBULINA e 4 doses da VACINA 0-3-7-14
Conduta em Reexposição
- Se reexposição até 90 dias e vacina completa: não é necessário profilaxia
- Após 90 dias e vacina completa: indica duas doses no dia 0 e no dia 3
- Se imunização não completa: profilaxia pós-exposição normal completar as doses que faltam
Vacinas em pessoas que convivem com Imunodeprimidos
- Vacina contra gripe (INF) anualmente
- Vacina contra varicela esquema básico conforme idade nos suscetíveis
- Substituição da VOP pela VIP em todas as doses (eliminação da VOP nas fezes e risco contágio contactantes)
- Vacina tríplice viral (SCR) ou tetra se não vacina dos anteriormente
Vacina nos profissionais de saúde
- Vacina anti-influenza anualmente
- Vacina contra hepatite B recombinante: devido alta eficácia não necessita teste sorológico sempre, mas como profissionais de saúde são grupo de risco com anti-HBs <10 mUI/ml devem ser revacinados com mais 3 doses da vacina
- Os que permanecem com anti-HBs negativos após dois esquemas competia de 3 doses devem ser considerados não respondedores e SUSCETÍVEIS
- Vacina contra varicela para aqueles sem hx previa ou vacinação
- Tríplice viral 2 doses
Esquema vacinal contra Hepatite B pré-exposição dos profissionais da saúde
- Nunca vacinado: 0-1-6 meses
- Sorologia negativa (anti-HB) um a dois meses após 3a dose: repetir o esquema acima
- Sorologia negativa (anti-HB) um a dois meses após 3a dose do 2o esquema: não vacinas e considerar profissional suscetível
- Sorologia negativa 6 meses ou mais após 3a dose do 1o esquema: aplicar um dose e repetir a sorologia um mês após; se sorologia positiva considerar adequadamente vacinado; se negativa completar esquema como em 2.
Esquema vacinal em Nutrizes (lactante)
- Pode receber qualquer vacina do PNI sem que necessitem interromper a amamentação
- Recomenda adiantamento da vacina da Febre Amarela para mulheres amamentando, caso necessitem tomar a vacina deve ficar sem amamentar por 10-28 dias após aplicação
Esquema vacinal em Neonatos
- Lactentes ainda internados em UTI deverão receber vacinas do calendário normal do PNI, exceto VOP e VORH pelo risco de contaminas outras crianças
- Prematuros com <31 semanas ou <1000g deverão receber aos 2 meses: DTPa isoladamente depois a VIP, HiB e hepatite B
- As demais doses aos 4 e 6 meses são feitas conforme preconizado no calendário básico
- As demais vacinas são feitas na idade cronológica normal e não corrigida
- BCG não faz em <2 kg (apenas hepatite B ao nascer)
Esquema Vacinal em Imunodeprimidos
- Imunodeficientes congênitos ou adquiridos (HIV*, QT, RT, neoplasia, medicamentos imunossupressores).
- HIV faz vacina atenuada*
- Não podem receber a vacina de agentes atenuados: BCG, VOP, FA, tríplice e tetra viral (varicela)
- Pacientes com neoplasias que farão QT e RT / transplantados deverá ter seu esquema vacinal atualizado até 14 dias do início do TTO (BCG e VOP não são feitas), as demais atenuadas pode ser feitas antes.
- Pctes imunomediados (AIJ, LES, psoríase,DC,RCU) não deverá receber nenhum vacina viva atenuada mesmo antes do tto com imunossupressor
Esquema vacinal em crianças/ adolescente com HIV
- BCG: dose única
- Hepatite B: uma dose ao nascer nas primeiras 12 horas. Aos 2, 4, 6 e 15 meses sob forma de PENTA, e sorologia após 30-60 dias após término. Se anti AgHBs < 10 repetir 4 doses com hepatite B monovalente com dobro da dose.
- Penta: 3 doses aos 2-4-6 meses e reforço aos 15 meses e apenas DTP aos 4 anos
- VIP: três doses 2-4-6 meses. Reforços aos 15m e 4 anos
- VORH: duas doses aos 2 e 4 meses
- Pnm-10: 2-4-6 meses e reforço aos 12 meses. Maiores de 5 anos que não tomaram devem receber a Pnm-13
- Pnm-23 (polissacarídeo): uma dose aos 2 anos e outra dose 5 anos após a 1a dose ou aos 6 anos
Esquema vacinal em crianças/ adolescente com HIV
- Meningo-C: 3 e 5 meses e reforço aos 12 meses, 6 anos e na adolescência (10-19 anos ou com ACWY)
- Influenza: duas doses aos 6 e 7 meses, após aplicar anualmente
- Febre amarela: APENAS se CD4 > 200 ou >15%
- Tríplice e varicela: administrada aos 12, 15 e 4 meses se não tiver imunodepressão grave
- Hepatite A: aplicar aos 12 meses e 18 meses
- dT adulto: crianças >7 anos não vacinas com DTP ou esquema incompleto em 3 doses com dois meses de intervalo com reforço a cada 10 anos
- HPV: quadrivalente deve ser feita em meninas e meninos com idades entre 9-26 anos em três doses 0-2-6 meses