Distúrbios Nutricionais Da Infância Flashcards
Classificação Nutricional do MS (SBP)
- Para crianças e adolescentes de 0-19 anos
- Curvas com valores de percentil e/ou escore-Z
- Distribuição em percentil: representa a posição que aquele valor tem na distribuição ordenada dos valores considerados como normais
- Distribuição em escore-Z: cada parâmetro de acordo com a sua diferença em relação ao valor mediano, medido em desvios-padrão.
- Crianças de 0-5 anos: peso/idade; estatura/idade; peso/estatura e IMC/idade
- Crianças de 5-10 anos: peso/idade; estatura/idade e IMC/idade
- Adolescentes de 10-19 anos: estatura/idade e IMC/idade
Desnutrição Grave
- Crianças entre 6 e 59 meses: circunferência do braço <115 mm
- Escore Z de peso para estatura
Correlação entre o Percentil e o Escore Z
*Escore Z é o mais recomendado (distância em DP da média)
- EZ +3 → P 99,9 (preto)
- EZ +2 → P 97 (vermelho)
- EZ +1 → P 85 (amarelo)
- EZ 0 → P 50 (verde)
- EZ -1 → P 15 (amarelo)
- EZ -2 → P 3 (vermelho)
- EZ -3 → P 0,1 (preto)
Classificação Nutricional de Gomez
- Risco de morte em internados c/ baixo peso
- Peso x Peso idade para idade (percentil 50) → regra de 3
- Mais usada em <2 anos
- > 90%: Eutrófico
- 90-76%: Desnutrido leve (1o grau)
- 75-61%: Desnutrido moderado (2o grau)
- ≤ 60%: Desnutrido grave (3o grau) ou com Edema
Classificação Nutricional de Gomez - Limitações
- Precisa da idade da criança
- Não considera estatura (falso positivo)*
- Não informa duração (aguda x crônica) devido falta da estatura
- Crianças desnutridas leves podem estar entre percentil 3 e 20 para sua idade e serem normais
Classificação de Warterlow
- Avalia desnutrição aguda (agravo peso) ou crônica (agravo estatura)
- Entre 2-10 anos
- P x P/E: ≤ 90% é magro (Wasting)
- E x E/Idade: ≤ 95% (Stunted)
- Nem magro, nem baixo: eutrófico
- Magro (estatura Normal): desnutrido agudo
- Magro e baixo: desnutrido crônico
- Baixo (peso Normal): desnutrido pregresso*
Classificação de McLaren (1967)
- Avalia achados físicos com uma avaliação laboratorial (dosagem sérica de albumina)
- Diferencia Marasmo de Kwashiorkor
- Edema
- Alterações de pele
- Edema + alterações da pele
- Alterações de cabelo
- Hepatomegalia
- Concentração sérica de albumina
Desnutrição energeticoproteica
- Primária: combinação de três fatores ambientais como carência alimentar (macro e micronutrientes), falta de acesso à condições sanitárias (água e esgoto) e serviços de saude, e falta de práticas de cuidados infantis. Falta de alimentos totais (pobreza)
- Secundária: doenças que aumentam as necessidades metabólicas, diminuem absorção intestinal ou perda de nutrientes. Perda anormal de nutrientes (DII, dç celíaca) e aumento do gasto energético (cardiopatas)
- Período mais suscetível à desnutrição são os primeiros 1.000 dias de vida
Desnutrição energeticoproteica - Fisiopatologia
- Primeira alteração: resposta adaptativa hipoativa (primeira resposta)
- Posteriormente a parada de crescimento, diminuição do ganho de peso e depois da estatura
- Redução global do metabolismo (diminuição do gasto energético, atividade da bomba de sódio-potássio e síntese ptnas)
- Queda plasmática nos níveis de glicose e aminoácidos
- Hiponatremia e hipocalemia
Desnutrição energeticoproteica - Fisiopatologia
- Perda da imunidade inespecífica, celular (linfócitos T) e humoral, todavia não contraindica a vacinação
- Deficiência de IgA: facilita ocorrência de diarreia e infecção de via aérea
- Déficit de desenvolvimento e cognitivo
- Alteração gastrointestinal e proliferação bacteriana
- Esteatose: principalmente na forma de Kwashiorkor podendo evoluir para cirrose e fibrose perilobular
- Queda débito cardíaco e da TFG
Marasmo
- Desgaste = inanição
- É a desnutrição mais comum do mundo mesmo após os dois anos de idade
- Forma de DEP grave por deficiência calórica total (energia e ptnas)
- Mais comum em crianças <1 ano e é insidiosa
- Retirada precoce do aleitamento materno, substituindo por fórmulas deficientes (diluídas), com alta relação com infecções (gastrointestinais)
- Geralmente a criança é internada pelo quadro infeccioso
Marasmo
- Deficiência global de energia e proteínas
- Instalação lenta no 1o ano de vida
- Ausência de tecido adiposo
- Fácies senil ou semiuscas
- Perda das bolas gordurosas de Bichat (tecido SC)
- Emagrecimento acentuado e pele enrugada
- Déficit de peso e estatura
Marasmo
- Também pode haver HIPOALBUMINEMIA
- Apetite geralmente preservado
- Irritabilidade, apetite variável
- Não há edema
- Hipotrofia muscular e hipotonia
- Anemia e diarreia são comuns
Kwashiorkor
*Dç do 1o filho mais velho quando o outro nasce
- Ingestão calórica/energética adequada/normal, mas há deficiência de PROTEÍNAS, impedindo a adaptação do organismo à desnutrição
- Instalação mais rápida, após desmame
- Mais comum no 2o e no 3o ano de vida
- Presença de EDEMA subcutâneo por hipoalbuminemia, diminuição da atividade Na/K ATPase e glutationa
- É mais grave que o marasmo
Kwashiorkor
- Estatura e peso menor que esperado para idade
- Edema em todo corpo, iniciando no pé, Edema de Extremidades
- Anasarca
- Edema posterior em mãos e face (fácies de lua)
- Criança apática e hipoativa, atividade física diminuida
- Presença de tecido SC (≠ do marasmo)
- Menor alteração de crescimento (se comparado ao marasmo)
- Mecanismo do edema: hipoalbuminemia, permeabilidade capilar, processo inflamatório e perda da pressão oncótica (multifatorial)
Kwashiorkor
- Dermatoses em áreas de atrito
- Dermatite em escamas
- Alteração de textura e de cor (discromias): áreas hipocromicas de Pavimentação
- Alteração do cabelo: Sinal da Bandeira (alteração segmentar em faixas)
- Subcutâneo preservado
- HEPATOMEGALIA: esteatose hepática
- Anemia é mais comum
Avaliação Laboratorial da Desnutrição Energético Calórica
*Podem ocorrer na fase inflamatória
- Anemia: por deficiência de ferro, ácido fólico, B12, hemólise e linfopatia
- Redução nos níveis de colesterol e triglicérideos
- HIPOglicemia
- HIPOnatremia (Na+ corporal normal)
- HIPOcalemia (fraqueza muscular, íleo paralítico e achatamento onda T)
- HIPOalbuminemia (em ambas)
- HIPOmagnesemia
- HIPOfosfatemia
- Alcalose ou acidose metabólica
Tratamento da DEP
- Fase de estabilização (1-7 dias): identificação e tratamento das condições mais urgentes e ameaçadoras da vida (hipoglicemia, hipotermia, distúrbios HE, ácido-base, desidratação, infecção)
- Fase de reabilitação (2a a 6a semana): alimentação intensa para recuperar peso perdido
- Fase de acompanhament (7a a 26a semana): prevenção de recaída
Fase de Estabilização
- Duração de 1 a 7 dias
- Preferir VO
- Considerar que a criança apresenta infecção
- Prevenção hipotermia: aquecer/ manter aquecida, se <35oC considera hipotermia
- Hipoglicemia (<54 mg/dl): tratar com soro glicosado e fazer alimentação frequente de 2-2h no primeiro dia. Se consciente fazer VO (preferível) e se alterações fazer via EV
- Desidratação: hidratação por via oral (menos sódio e maior potássio) c/ 5ml/kg a cada 30 min por duas horas. Interromper quando hidratada: urinando, sede, prega cutânea.
- INFECÇÃO: tratamento empírico (diminui mortalidade e sempre é feito) com Ampicilina + Aminoglicosideos
Fase de Estabilização
*Se anemia grave (<4 g/dl ou <6 g/dl c/ desconforto respiratório) deve ser feito transfusão (não fazer ferro aqui)
- Distúrbios HE: hidratação oral, não repor Na+ (vai ser reposto na dieta) e evitar EV devido risco de alteração cardíaca
- Fazer dieta habitual: Evitar hipercalórica/hiperproteica (risco da Sd de Realimentação), pode repor lactose (baixa dose, apesa do risco de intolerância). Alimentar a cada 2-2h nos primeiros dias. VO é preferível.
- Suplementação de K+, Cu+, Mg+ e Zinco (Ferro não faz agora* devido alto estresse oxidativo)
- Repor Ácido Fólico 5mg VO no primeiro dia
- Polivitaminico com Megadose de Vitamina A: evitar cegueira noturna, manchas de Bitot e ceratomalacia
Síndrome da Realimentação
*Quadro mais precoce
- Ocorre após primeira semana de um quadro grave de HIPOFOSFATEMIA
- Provocada pela intensa recaptação celular do mineral Fosfato
- Sintomas quando queda de fosfato abaixo de 0,5 mmol/L: alterações no nível de consciência, convulsões, fraqueza, rabdomiólise, disfunção de neutrófilos, arritmias e morte súbita
Fase de Reabilitação
- Duração de 2 a 6 semanas
- Objetivo de recuperação nutricional
- Marco inicial: retorno do apetite e regressão inicial do edema (cça alimentada por sonda NG não é apta ainda para iniciar essa fase)
- Dieta HIPERproteica (4-6 g/kg/d) e HIPERcalórica (150-220 caloria/kg/d):Catch-up com transição gradual (evitar IC pela superalimentação)
- Início do FERRO: geralmente em dose terapêutica
- Alta para tratamento ambulatorial
Fase de Acompanhamento (Follow-Up)
*Faze desde a 7a semana até a 26a semanas
- Marco: estabilização do peso, peso/ estatura ≥ -2 EZ e sem edema há pelo menos 2 semanas e acarretamento bem a dieta
- Pesagem semanal
- Caso não esteja ganhando peso reinterna e retorna na fase de Reabilitação
Síndrome de Recuperação Nutricional
- HIPERGAMAGLOBULINEMIA
- Complicação mais tardia
- Ocorre durante tto correto dos desnutridos grave, mais exuberante no Kwashiorkor, observada entre 20-40 de tratamento
- Costumam regredir por volta da 10-12a semana após início do tto
- Hepatomegalia, distensão abdominal, fácies de lua cheia, alterações de pele e fânero, teleangiectasias
- Hipergamaglobulinemia, eosinofilia e aumento da volemia
Obesidade
- Aumento do tecido adiposo, com elevação do peso corporal
- Criança obesa está associada a uma criança de maior estatura
- É considera uma doença genética influenciada por múltiplos fatores (alimentar, cultura, psicossociais, exercício físico e controle endócrino)
- Período de rebote adiposo (aumento do numero de céls adiposas) vulneráveis a instalação de obesidade: último trimestre de vida uterina, primeiro ano de vida e início da adolescência (mais em mulheres)
- Obsidiado infantil há aumento constante do número e tamanho celular (pior resposta ao tto e alto risco de obesidade na vida adulta), e no adulto há aumento do tamanho celular
Etiopatogenia da Obesidade
- Genética: ocorrência de obesidade nos pais aumento risco da doença no filho: se um dos pais é observo a criança tem risco de 40%, se ambos risco de 80%
- Perinatais: sobrepeso materno, peso nascimento e tabagismo materno
- Dieta rica em carboidratos
- Ambientais: atividades físicas
Etiopatogenia da Obesidade
- Endocrinometabólicos: colecistoquinina, peptídeo YY estimulam a saciedade e a grelina estimula apetite.
- Colecistoquinina: secretado pelo duodeno em reposta ingestão proteica/gordura informa saciedade após refeição ao HT
- Grelina: secretado pelo estômago e estimula secreção neuropeptídio Y no HT estimulando o apetite
- Leptina: secretado pelo tecido adiposo atua no HT inibindo o apetite e aumento do gasto enérgico (aumentado em obesos mas apetite não está inibido)
- Adiponectina: secretado pelo tecido adiposo,tem ação antidiabético, antiteratogenica e anti-inflamatória
- Neuropático Y: secretado pelo HT em resposta ao jejum, estimula o apetite
- TRH, CRH e MSH: inibem o apetite
Etiologia da Obesidade
- Primária (90%): sem condição associada, devido predisposição genética, alto consumo calórica e baixo gasto energético
- Secundária: deve ser investigada se aumento rápido de peso, achados dismórficos, atraso no desenvolvimento neuropsicólogo, perdas ou déficit visuais/auditivo e crescimento linear insuficiência
Causas de Obesidade Secundária - Genéticas
- Sd de Prader-Willi: aumento dos níveis de grelina (estimula apetite), deficiência intelectual, hiperfagia (apetite insaciável), hipotonia ao nascimento, baixa estatura, mão/pé pequenos, hipogonadismo hipogonadotrofico
- Sd Turner: hipogonadismo hipogonadotrofico
- Sd Down
- Sd Fröhlich (distrofia adiposogenital): baixa estatura e atraso puberdade
- Sd Cohen: redução visual
- Sd Alström:retinite pigmentoso, DM, hipogonadismo
Causas de Obesidade Secundária - Endócrinas
- Sd Cushing
- Deficiência de GH: baixa estatura, baixa VC, fácies de boneca, hipoglicemia neonatal, penis pequeno
- Hiperinsulinismo: sd de Mauriac (DM1 + retardo crescimento + hepatomegalia)
- Hipotireoidismo
Obesidade
- Dx: IMC (peso/estatura2)
- Síndrome Metabólica: não é feito dx em menores de 10 anos
- Síndrome Metabólica entre 10-16 anos: Triglicerídeos ≥150mg/dl; HDL<40; PAS≥ 130 /PAD ≥85; Glicose ≥ 100
- Doenças associadas: dislipidemia (HDL≤45, LDL≥130, colesterol >170), HAS (PA≥ percentil 95), DM2, SOP, SM, colelitíase, esteatose, pseudotumor cerebri, asma, apneia, enxaqueca
Classificação da Obesidade (MS e SBP)
- Com base no IMC
- Entre 0-5 anos: não tem obesidade grave
- Entre 5-19 anos: não tem risco de sobrepeso
- EZ >+3 (percentil 99,9): Obesidade (0-5 anos) ou Obesidade grave (5-19 anos)
- EZ >+2 (percentil 97): Sobrepeso (0-5 anos) ou Obesidade (5-19 anos)
- EZ >+1 (percentil 85): Risco de sobrepeso (0-5 anos) ou Sobrepeso (5-19 anos)
- EZ ≥ -2 e ≤ +1 (percentil ≥3 e ≤85): eutrofia (0-19 anos)
- Em menores de 5 anos o dx de obesidade é mais demorado*
- Com base no peso: EZ > +2 = Peso elevado
Classificação de Obesidade (CDC)
- Em > 2 anos
- p 85 ao p 95*: sobrepeso
- ≥ p 95: obesidade
Regulação do Crescimento
- Crescimento intrauterino: estado nutricional, tamanho do útero e ambiente metabólico (insulina, fator de crescimento insulina-símile IGF-1). Não tem ação do GH e tireoidianos.
- Pós-natal: GH e hormônios tireoidianos são fundamentais para crescimento linear
- Principal hormônio efeitor do crescimento linear pré e pós-neonatal é o IGF-1 ou somatomedina C, sintetizado pelo fígado por estimulo de GH e tireoidianos (diferenciação e crescimento da cartilagem com hiperplasia e hipertrofia)
Tratamento da Obesidade Infantil
- Educação nutricional + atividade física
- Educação nutricional: ingestão de alimentos menos calóricos, correta mastigação
- Evitar altas perdas calóricas de uma só vez
- Atividade física: deve ser estimulada em toda faixa etária como esportes
- Medicações: reservadas para casos graves e se doença psiquiátrica associada
Conceitos em Estatura
- Fase de maior crescimento do indivíduo ocorre no pré-natal, com média de 1,5 cm/sem no 1ºT, 2,5 cm/sem no 2º T e 0,5 cm/sem no 3ºT
- No período pós-natal, as fases de maior crescimento ocorrem na lactância e puberdade, com velocidades de crescimento de 25 cm/ano no 1º ano de vida, 12 cm/ano no 2º ano e 10 cm/ano durante a puberdade
- A fase de menor crescimento ocorre ANTES da puberdade, geralmente idade escolar chegando a 5cm/ano
Crescimento da Criança
- Durante os primeiros dois ano pode ocorrer desvio fisiológico do crescimento
- Cças grandes nascidas de pais pequenos tendem a ter desaceleração tardia do crescimento
- Cças pequenas e saudávei nascidas de pais altos tendem a acelerar seu crescimento de forma precoce (primeiros meses de vida)
- Os primeiros anos de vida, o crescimento linear reflete as condições nutricionais da criança e saúde
- Após 18-24 meses entra o canal genético dos pais
Avaliação da Baixa Estatura
- Estatura atual/absoluta
- Velocidade de crescimento: mais importante com pelo menos 5 cm/ano (avaliar por 6 meses e x2)
- Relação peso-Altura
- ALVO GENÉTICO
- Rx da mão/punho esquerdo: Idade óssea (gráfico de Greulich e Pyle)
- Idade-Estatural (IE)
- Estabelecimento da Proporção Corporal
Alvo Genético ou Potência de Crescimento Genético
- ♂: (altura do pai + mãe + 13) ÷ 2
- Considerado baixo: <1,63
- ♀: (altura da mãe + altura do pai - 13) ÷ 2
- Considerada baixa <1,51
Etiologia da Baixa Estatura
*Variantes normais do crescimento (benignas) são as mais comuns
- Benignas: baixa estatura familiar, retardo constitucional do crescimento e puberdade
- Patológica:
- Desproporcional: osteocondrodisplaisas
- Proporcional pré-natal: RCIU, Sd. Noonan, Down, Turner, Bloom
- Proporcional pós-neonatal: desnutrição crônica, psicossocial, hipotireoidismo*, Sd. Cushing, DII, Dç celíaca, cardíaca, idiopática, Deficiência de GH
Atraso Constitucional do Crescimento e Puberdade (ACCP)
*Envelhecimento ósseo lento e prolongado
- Desaceleração do crescimento após 2-3 anos, com curva abaixo do p 3
- VC normal ou próxima ao normal até a puberdade
- IO atrasada em relação a IC (IO
Baixa Estatura Familiar
- Alvo genético baixo
- Causa benigna
- Peso e estatura normais ao nascimento
- Após 2-3 anos apresenta desvio para baixo na sua curva de estatura, entrando no “canal de crescimento genétco”
- Geralmente próxima do p 3 ou abaixo, permanecendo assina na puberdade
- VC é NORMAL e a IO é compatível com seu alvo genético
Desnutrição e Baixa Estatura
*Causa patológica
- É a causa da maioria das baixas estaturas em causas patológicas
- Pode ser 1a ou 2a (Dç celíaca)
- Organismo modifica suas reservas para sua bioquímica vital invés do crescimento e desenvolvimento
- Há queda da VC, IO atrasada e retardo puberal
- Pode haver queda de hormônios (GH, tireoidianos, sexuais e aumento cortisol)
- Com nutrição adequada o crescimento acelera (catch up) mas a altura adulta pode ficar comprometida
Doenças Endócrinas e Baixa Estatura
- Hipotireoidismo: PRINCIPAL CAUSA DE BAIXA ESTATURA ENDOCRICA
- Síndrome de Cushing: aumento crônico de cortisol
- Deficiência de GH
Hipotireoidismo e Baixa Estatura
Principal/ mais comum causa de BE endócrina
- Produção diminuída de hormônios tireoidianos
- FR: Sd Down, Turner, Klinefelter, DM
- VC é baixa, IO atrasada e pode ter desproporção peso e estatura
- Outros sinais: apatia, lentidão, dificuldade de aprendizagem, pele seca e fria, cabelos secos, constipação e obesidade
- TSH alto e T3 e T4 diminuídos com anticorpo antiitireoidianos presente
- TTO: levotiroxina
Síndrome de Cushing e Baixa Estatura
- Aumento de cortisol levando ao déficit de crescimento (velocidade óssea reduzida), obesidade (desproporção P/E), aumento do apetite, estrias, irritabilidade, cefaleia, HAS, retenção hidrossalina
- Causas iatrogenicas (uso de corticoide é mais comum) e tumores produtores de ACTH e cortisol
- Cortisol aumentado na urina 24h ou sérico
Síndromes Genéticas e Baixa Estatura
- Avaliação de várias características fenotípicas
*Sd de Down e Turner tem risco de terem hipotireoidismo (congênito e adquirido) associado
*
- Sd de Down: usar gráfico específico
- Sd de Turner: 100% tem BE (média de 143 cm) com hipogonadismo HIPERgonadotrofico, T. Hashimoto e anormalidades glicêmicas e lipidicas . Uso de GH* p/ estatura final, e estrógenos após 12 anos p/ induzir caracteres sexuais 2os
- Sd de Noonan: fenótipo = Turner mas que ocorre também em homens (pectus escavatum, criptorquidismo, estenose pulmonar), pode ter DM, obesidade
- Sd de Silver-Russel: atraso fechamento fontanelas e assimetria membros, clinodactilia, manchas café com leite*
- Sd de Seckel: BE grave, deficit intelectual, microcefalia 2a, micrognatia
- Sd de Bloom: hipoplasia malar, telangiectasias face em asa de borboleta*
Deficiência de GH e Baixa Estatura
*Causa menos frequente
- Pode ser congênita ou adquirida (idiopática*) e estar associada a deficiência de outros hormônios hipofisários
- Em RN: pode haver hipoglicemia, micropênis/criptorquidia, baixa estatura, icterícia ao nascer, fácies de “boneca” (fronte olímpica, maxilares pequenos, base nasal achatada, voz aguda e cabelos finos), obesidade troncudas c/ pés e mãos pequenos
- Redução da VC é precoce* e a IO está atrasada
- Triagem: dosagem de IGF-1 (reduz tb na desnutrição fazendo falso positivo) e IGFBP-3 reduzidos
- Confirmação dx: 2 testes de estímulo de GH com pico de GH <5-10 ng/ml (após exercício, clonidina,pós-insulina ou glucagon)
- TTO: GH recombinante via SC no noite (resposta em 6-12 meses)
Restrição ao Crescimento Intrauterino
- Maioria dos PIGs recuperam peso e estatura dentro de 24 meses de vida (mais podem ficar baixo)
- Padrão de liberação de GH alterado, menos pulsos e redução de IGF-1 e IGFBP3
- IO atrasada e não tem bom prognóstico na estatura final
- Considerar terapia com GH entre 2-4 anos de idade
- Avaliar associação com Sd. Plurimetabólica (glicemia e lipídios)
Privação de crescimento Psicossocial
- Vítimas de abuso ou negligência que desenvolvem síndrome clinica semelhante à deficiência de GH (nanismo psicossocial)
- Pode ter comportamentos bizarros (encoprese, desordens na personalidade, hábitos impulsivos com alimentos e água) e resposta anormal aos hormônios hipofisários aos teste provocativos
- Quando retirados do ambiente hostil, reassumem padrão normal de crescimento
Organizando o Diagnóstico de Baixa Estatura
- Definir se há baixa estatura: E/I< p3 (ou <p>5cm/ano): Se normal → Variante normal do crescimento
- Solicitar IO
- Se IEstatural = IO mas essa < IC: Retardo constitucional de crescimento e puberal. IO atrasada em mais de 2 DP e pais com altura normal.
- Se IE < IO e essa = IC (IO=IC) com pais baixos: Baixa estatura Familiar</p>
Organizando o Diagnóstico de Baixa Estatura
- Definir se há baixa estatura: E/I< p3 (ou <p>5cm/ano): Se diminuída → Condições Mórbidas
- Se menina: solicitar CARIÓTIPO
- Se alteração fenotípica: Doença genética
- Sem alteração fenotípica: avaliar IMC
- Se padrão BEM nutrido ou obeso: Doença endócrina** (solicitar TSH, IO, IGF-1 e IGFBP-3)
- Se emagrecido: Desnutrição </p>
Alta Estatura
- Velocidade de crescimento excede dois desvios-padrão da média para idade e sexo
- Deve ser avaliado além da VC a medida da estatura, relação peso-estatura, idade estatura, IO, alvo genético e proporções corporais
- Variações benignas da normalidade: Alta estatura familiar e/ou constitucional e aceleração constitucional da puberdade
- Variações patológicas: primárias (síndromes genéticas) e secundarias (obesidade, DM materno, hipertireoidismo, excesso de GH)
Variantes Benignas da Alta Estatura
- Altura estatura familiar e/ou constitucional: dentro do alvo genético, pais altos e medidas acima do p97 e VC aumentada.
- Medidas corporais proporcionais, s/ dismorfias e IO=IC, puberdade pode ocorrer antes do normal
- Não é necessário tto, exceto se interferência psicossocial ou estatura final exceda 3 DP acima da média
- Aceleração constitucional da puberdade: iniciam e terminam puberdade mais cedo c/ estatura final próximo alvo genético e hx familiar, conduta expectante
Causas Patológicas Primárias de Alta Estatura
- Sd de Beckwith-Wiedemann: síndrome congênita por superempréstimo do gene IGF-2 c/ macroglossia, macrossomia, hipoglicemia, susceptível a tumor de Wilms e hepatoblastoma, visceromegalias (defeitos abdominais)
- Sd de Sotos (Gigantismo Cerebral): crescimento na infância c/ pés e mãos grandes, fronte proeminente, fissuras pálpebras, atraso neuropsicólogo, fusão epifisária prematura e estatura final NORMAL
- Sd de Weaver: crescimento excessivo pré e pós-natal, macrocefalia, retardo mental, disartria
- Sd XYY: crescimento acelerado transição pré-escolar p/ escolar c/ comportamentos aberrantes (distração, hiperatividade, raiva)
Causas Patológicas Primárias de Alta Estatura - SÍNDROME DE KLINEFELTER (XXY)
- Causa genética mais comum de hipogonadismo e infertilidade no sexo masculino
- Cursa com hipogenitalismo (pênis e testiculos pequenos), hipogonadismo (redução inadequada de testosterona), ginecomastia (associado a alta indicidência de câncer de mama), retardo mental, alterações de comportamento e membros longos
- Dx: cariotipagem
Causas Patológicas Primárias de Alta Estatura - SÍNDROME DO X-FRAGIL (Sd de Martin-Bell)
- Uma das principais causas genéticas de deficiência intelectual do homem
- Repetição excessiva de trinucleotídeos (CGG) no gene FMR1
- Em mulheres (são carreadoras): risco de 20% ter falência ovariana prematura e ansiedade, risco de 50% passar p/ filho homem e esse ter a síndrome e 15-30% para filha ser carreadora (inativação de um X)
- Pré mutação se expande na meiose feminina e será transmitido ao ovulo da carreadora
- QC: retardo mental, macrocefalia, orelha e mandíbulas proeminentes, macro-orquidia testitular, alta estatura apenas na infância*
Causas Patológicas Primárias de Alta Estatura - SÍNDROME DE MARFAN
- Doença autossômica dominante
- Mutação do gene fibrilina (fibras elásticas da epiderme, derme e zônula oculares)
- Alta estatura, membros longos, escassez de tecido SC e hipotonia muscular, pectus excavatum, carinatum, escoliose
Causas Patológicas Secundária de Alta Estatura
- DM Materno: crescimento excessivo pré-natal* por hiperglicemia fetal c/ hiperinsulinemia e elevação de IGF-1, a VC cai no pós-natal e c/ interrupção da secreção de insulina
- Obesidade: causa exógena mais comum de AE, excesso de gordura acelera crescimento linear, maturação óssea e puberdade precoce.
- Hipertireoidismo: aceleração do crescimento linear e maturação óssea por atividade metabólica acelerada
- Excesso de GH (gigantismo): Adenoma hipofisário
Causas Patológicas Secundária de Alta Estatura - Excesso de GH (GIGANTISMO)
- Principal causa: Adenoma hipofisário
- Se epífises aberta (cças) resulta em gigantismo e se fechadas (adultos) acromegalia
- Aceleração do crescimento nos primeiros anos de vida, pés, mãos grandes, prognatismo, fácies grosseiras, sudorese excessiva, cefaleia e alterações visuais
- Aumento de IGF-1 (triagem) e dosagem GH após TOTG c/ redução da secreção de GH
- RM e campimetria visual: compressão nervo ótico
- TTO: ressecção do tumor + agonista dopaminérgico (bromocriptina), análogos de somatostatina e antagonistas do receptor de GH
Micronutrientes
*Essenciais para meatabolismo
- Vitaminas: origem orgânica. Hidrossolúveis (vitaminas C e do complexo B) e Lipossolúveis (ADEK deficiência por dieta insuficiência e síndromes disabsortivas)
- Minerais: origem inorgânica. Pode ser macronutrientes ([]>0,01%do peso corporal como Cálcio, Fósforo e Magnésio) ou micronutriente ([] <0,01% do peso corporal como Sódio, Potássio, Cloreto, Ferro, Cobre, Manganês, Cromo e Zinco)
- Coenzimas: vitaminas do complexo B e vitamina K
- Antioxidantes: vitaminas C e E
- Indutores de síntese protéica: vitamina A e D
- Pré-hormônios: vitamina D
Vitamina A
- Foco de ação no epitélio ocular (bastonetes e cones)
- é a primeira vitamina lipossolúvel a ser deletada
- Origem animal (retinois como fígado e frango) ou vegetal (carotenoides de folhas verde-escura e fruta/legumes vermelha e amarelas/alaranjadas) absorvidos no duodeno junto aos lipídios.
- Forma mais ativa: ácido retinoico (que se liga receptores nucleares e ajuda na transcrição genética)
- Transcrição genética: embriogênese, crescimento, reprodução e metabolismo ósseo e regeneração epitelial (pele, TGI, respiratorio, Visual, imune, hematopoiético)
- Sistema visual: Vit A integra pigmentos visuais a rodopsina (bastonestes que faz visão no escuro) e iodopsina (cones que dá visão colorida) por fotoisomerização (modificação estrutural induzida pela luz)
Clínica Deficiência por Vitamina A
- Hiperceratose epitelial menos eficiente (metaplasia)
- Manchas de Bitot = patognomônico
- Alteração epitelial: proliferação da camada basal e formação de tecido hiperceratótico, substituição do epitélio original por escamoso queratinizado estratificado (METAPLASIA)
- Perda barreira infecciosa: processo infecciosos e inflamatórios (respiratório, renal,ureteres,bexiga,vaginal,salivar,pancreático)
- Manifestações OCULARES: isidiosas e após 2 anos de déficit.
- Sequência fisiológica: Hemeralopia (cegueira noturna) → Xeroftalmia (iniciar o tto*) → Infecções/ ceratomalácia/ rompimento (olho frágil e irreversível)→ Manchas de Bitot (hiperceratose/metaplasia)/ obstrução ducto lacrimal.
- Sintomas gerais: Déficit de Crescimento, diarreia crônica e aumento da PIC
Clínica Deficiência por Vitamina A - Alteração Ocular
*Sintomas gerais: Déficit de Crescimento, diarreia crônica e aumento da PIC
- Cegueira Noturna (nictalopia ou hemeralopia é 1o sintoma que aparece): Diminuição da visão no escuro e fotofobia
- Infecção córnea, diminuição da acuidade visual e Xeroftalmia: epitélio queratinizado
- Ceratomalácia: infiltrado de linfócitos, enrugada e mole, que pode até romper
- Manchas de BITOT: queratinização da conjuntiva bulbar e surgimento de placas
- Diminuição de lubrificação das glândulas lacrimais
Deficiência de Vitamina A
*Hipervitaminose (>6.000 mcg/d) c/ dor óssea, hepatomegalia e pseudotumor cerebral, anorexia/deficit ponderal, descamação/ hiperostose
- Dx:<10 mcg/dl (+ manchas de Bitot e déficit visão no escuro)
- TTO: 50.000-200.000 UI/dose (se xeroftalmia são feitas 3 doses)
- Prevenção pelo MS (endêmica em MG, nordeste, SP)
- 6-11 meses: MEGADOSE de Vit A de 100.000 UI VO
- 12-59 meses (1-5 anos): suplementação com 200.000 UI VO a cada 4-6 meses
- Puérperas e mulheres pós-parto: 200.000 UI VO p/ garantir fornecimento adequado ao lactente até os 6 meses de vida
- Reposta no sarampo e diarreia
Vitamina B1 (tIamIna)
- Sua deficiência causa BERIBÉRI + neurite periférica (todas complexo B fazem síntese da bainha de mielina)
- Função mais importante: regeneração de NADP e síntese de acetilcolina
- Participa da descarboxilação do piruvato a acetil-CoA e do alfacetoglutarato para formação da Succinil-CoA (sua deficiência gera processos neurodegenerativas)
- Síntese de acetilcolina provoca prejuízo da condução nervosa na sua deficiência
- Causas: cças em NPT prolongada s/ repor tiamina, asiáticos (arroz principal fonte alimento básico e não tem tiamina), peixe rico em tiaminase (degrada tiamina), ÁLCOOL (altera diretamente a absorção)* e B. thyaminolytcus (parasita intestinal que degrada tiamina)
- Dx: Nível baixo de transcetolase e alto de transcetolase eritrocitária
Deficiência de B1 (tIamIna) = BERIBÉRI
- Rouquidão e afonia (parestesia do nervo laríngeo recorrente)**
- Sintomas NEUROLÓGICOS (BERIBÉRI SECO) e CARDIOVASCULARES (BERIBÉRI MOLHADO/ÚMIDO)
- Sintomas precoces: fadiga, apatia, irritabilidade, depressão, concentração ruim, náusea, dor abdominal
- Beribéri seco: neurite periférica (degeneração mielina), flacidez, dispneia, taquicardia, hepatomegalia, parestesia e disestesia, perda sensibilidade vibratória e reflexos profundos, câimbras, ptose pálpebras e atrofia nervo óptico
- Beribéri úmidos: desnutrição, manifestações CV 2as (glicogênio no músculo cardíaco) à Sd de ICC à direita c/ cianose, anasarca, taquidispneia, taquicardia, hepatomegalia, edema, inversão onda T e alargamento de QT
- Encefalopatia de Wernicke*: confusão mental (piora c/ glicose), sonolência, irritabilidade, sinais oculares e ataxia (rara em cças)
Vitamina B2 (Riboflavina)
- Cofator da reações do FAD e cadeia p/ produzir ATP
- Interfere no metabolismo do ferro (Anemia)
- Queilose, estomatite angular, glossite, conjuntivite, ceratite, fotofobia
- Principal sintoma: Queilite angular
Vitamina B3 (NIACINA)
*Sua deficiência causa o PELAGRA (3 D)
- Pode ser obtida por alimentos ou biossintetizada pelo triptofano (aminoácido essencial da dieta)
- Fonte: carne, peixe, galinha, leite, ovos
- Cofator das reações químicas da fosforilação oxidativo e da glicólise
- Causas: deficiência alimentar, doença de Hartnup (defeito congênito no transpor de triptofano)
- Evitar exposição ao sol*
- Toxicidade de ácido nicotínico (reposição) pode causar flush eritematoso
Deficiência de Niacina (B3) = PELAGRA
- 3 Ds
- Pelagra (pele áspera)
- Dermatite em áreas expostas: desencadeada por exposição solar, eritema, vesículas e bolhas que cicatrizam e descamam deixando pele hiperpigmentada, localização em botas/luvas/redor do pescoço (colar de Casal), pode se associar a glossite e estomatite.
- Demência (desmielinização): depressão, desorientação, insônia e delirium
- Diarreia crônica:espessamento e inflamação do cólon c/ pseudomembranas
Piridoxina (B6)
*Deficiência isolada é rara
- Metabolismo de aminoácidos (converte triptofano em niacina, metronidazol a cisteína)/ energético global
- Síntese do ácido araquidônico (ARA)
- Síntese de protoporfirinas e heme*
- Síntese de neurotransmissores, como serotonina a partir do 5-hidroxitriptofano, GABA a partir do glutamato, e a dopamina
Ácido Pantotênico (B5)
- Carência isolada é rara
- Participa das reações do ciclo de Krebs (precursor da coenzima A - CoA)
- QC inespecífico
Deficiência de Piridoxina (B6)
- Convulsão em RN(diagnóstico de exclusão)
- Glossite, dermatite seborreia, anemia hipocrômica e microcítica
- Linfopenia, redução de anticorpos, neuropatia periferica e convulsões neonatais
- Crises convulsivas nos primeiros 10 dias de vida precedida de hiperexcitabilidade e hiperacusia** (fazer piridoxina EV)
- Causas: isoniazida, penicilamina, corticoides, ACO, anticonvulsivantes
Biotina (B7)
- Deficiência é rara, por ampla distribuição nos alimentos
- Antagonistas de B7: advidina (clara de ovo cru)
- QC: dermatite acastanhada, sonolência, alucinação e hiperestesia
- Suspeitar em casos de acidúria orgânica que melhora com administração da vitamina
Causa de Deficiência de Folato (B9)
*Ingestão na gravidez de 400 mcg/dia p/ prevenir defeitos tubo neural (prevenção)
- Ingestão inadequada: condições de rápido crescimento tecidual (gravidez,lactância), aumento turnover celular e metabolismo (psoriase,hipertireoidismo, neoplasia) e hemólise cronica (AF,Talassemia)
- Anormalidades congênitas no metabolismo
- Drogas: anticonvulsivantes (fenitoína, fenobarbital interferem na absorção), metotrexate (impede formacao de tetra-hidrofílico por se conjugar a di-hidrofolato redutase), primetamina e trimetropin
- Baixa absorção no intestino proximal
Ácido Fólico (B9)
- Folhetos: vegetais verdes, frutas e vísceras
- Folato conjugase (intestino proximal) converte poliglutamato do ácido fólico em monoglutamato (melhor absorvida), precisa ser ativo pela enzima metionina (dependente de B12)
- Metiltetra-hidrofolato (MTHF) forma inativa do folato → ação metionina sintetase (dependente de B12) → Tetra-Hidrofolato (THF) forma ativa do folato → síntese de DNA* e conversão da homocisteína em metionina
Clínica de Deficiência de Folato (B9)
*Anemia macrocítica, glossite e anorexia
- Anemia MACROCITICA: VGM >100 fL, baixo reticulócitos e LDH elevado (marcador de eritropoese ineficaz), neutrofilos grandes e plurissegmentados* (pode ter neutropenia e trombocitopenia)
- Má absorção hereditária de folato: cça 3 meses de vida c/ diarreia crônica, dificuldade de ganho ponderal, úlceras orais, anemia macrocítica e deficit imunidade
- Deficiência de folato cerebral: autoanticorpo de alta afinidade contra receptor de ácido fólico no plexo coróide que impende a entrada. Cça c/ 4-6 meses c/ piramidalismo, coreoatetose, batismo, convulsões.
Cianocobalamina (B12)
- Presente em carnes, leite e ovos
- Sobre presença da pepsina no estômago a cobalamina é desacoplada do alimento e depois acoplada à proteína R e transportada até o duodeno e pela ação do suco pancreático se desconecta e se liga ao FI (céls parietais do estômago) onde leva para ser absorvida no íleo (previne lise)
- Transcobalamina II é o. Carreador principal para fornecer B12 as céls do fígado, MO e tecidos
- Vit B12 participa da conversão da homocisteína em metionina e metiltetra-hidrofolato para tetra-hidrofolato p/ síntese de DNA
Causas de Deficiência de Cianocobalamina (B12)
- Absorção depende: dieta adequado, ação pepsina gástrica e acidez, proteases pancreáticas, secreção do FI e receptores ileais de B12-FI
- Ingestão inadequada: vegetarianos (estoque maior que do folato)
- Ausência do Fator intrínseco: anemia perniciosa congênita (autossômica recessiva)
- Absorção deficiente: afecções do íleo terminal (DC, TB intestinal, linfoma, amiloidose, ressecção ileal, sds disabsortivas)***
- Ausência de transportadores de Vit B12: de TC II (autos recessiva) associada ao nascer c/ baixo ganho ponderal, vômitos, glossite, anemia e alterações neurologicas
- Uso de Omeprazol e infecção por H. Piloro: reduz acidez e diminui liberação de B12
- Metformina: diminui absorção de B12 em 10-30% das pessoas
Vitamina C (ácido Ascórbico)
- Formação de colágeno, absorção intestinal de ferro vegetal, síntese de neurotransmissores
- Deficiência faz ESCORBUTO
- Fonte vegetal em frutas (acerola, melão, manga, laranja, morango) e hortaliças verdes
- Absorvido no intestino delgado e não é armazenado
- Agente redutor de reações:
- Hidroxilação da lisina em prolina na formação de colágeno,
- Conversão da dopamina em norepinefrina, triptofano em serotonina, colesterol em esteroides e biossíntese da carnitina
- Aumenta a absorção intestinal do ferro não heme
- Participa da reação de formação do tetra-hidrofolato
- Principal causa é a ingestão inadequada (lactentes alimentados com leite de vaca em pó)
Vitamina C (ácido Ascórbico)
- Formação de colágeno, absorção intestinal de ferro vegetal, síntese de neurotransmissores
- Deficiência faz ESCORBUTO
- Fonte vegetal em frutas (acerola, melão, manga, laranja, morango) e hortaliças verdes
- Absorvido no intestino delgado e não é armazenado
- Agente redutor de reações:
- Hidroxilação da lisina em prolina na formação de colágeno,
- Conversão da dopamina em norepinefrina, triptofano em serotonina, colesterol em esteroides e biossíntese da carnitina
- Aumenta a absorção intestinal do ferro não heme
- Participa da reação de formação do tetra-hidrofolato
- Principal causa é a ingestão inadequada (lactentes alimentados com leite de vaca em pó)
Clínica Deficiência Vitamina C (ácido Ascórbico) = ESCORBUTO
*Anorexia, irritabilidade, hiperalgesia de MMII (posição de rã), alterações cutaneomucosas
- Hemorragias subperiosteas: dor na movimentação (pseudoparalisia) com postura antálgica c/ joelhos e quadris fletidos com coxa rodada externamente - POSIÇÃO DE RÃ
- Formação de “Rosário” nas junções costocondrais e depressão esternal (= raquitismo) com angulação mais aguda
- Hemorragias subcutâneas: petéquias perifoliculares, púrpuras e equimoses
- Xerostomia, ceratoconjuntivite seca e aumento de parótidas
- Edema esponjoso e pontos hemorrágicos na gengiva (incisivos centrais superiores)
- Irritabilidade (neurotransmissores) e anemia por carência de ferro e folato
Diagnóstico e Tratamento Deficiência Vitamina C (ácido Ascórbico)
- Rx ossos longos: osteopenia, adelgaçamento cortical da diáfise, linha branca espessa na metáfise (linha de Fraenkel), sinal do anel de Wimberger
- Hemorragia subperióstea só aparece quando calcifica: imagem em halteres ou clavas
- Dxx: PHS, PTI, nefrite, raquitismo, leucemia, maus tratos
- Repor doses fracionadas por risco de dor abdominal e diarreia osmótico
Vitamina D
- Vit D3 → Calcidiol (fígado) → Calcitriol (rim e forma ativa)
- Homônimo com ação em órgãos a distância
- Principal fonte é a síntese cutânea (90%) e não pela ingestão alimentar (10% em óleo de fígado de peixe, gema ovos) como D2/ergocalciferol (origem vegetal) ou D3 (origem animal derivado colesterol) absorvido no delgado
- Camada Malphighi da pele por raios UVB forma vitamina D3 (colecalciferol) por fotoisomerização → hidroxilação no fígado → 25-hidroxivitamina D3 ou 25(OH) D3 (calcidiol) sendo que melhor reflete estoques Vit D
- Hidroxivitamina D3 ou 25(OH) D3 (calcidiol) nas mitocôndrias das céls tubulares proximais renais sob estímulo de PTH e HIPOfosfatemia sofre uma 2a hidroxilação criando forma ativa da Vit D 1,25 (OH)2 vitamina D3 (calcitriol) → regulado pelo PTH e fosfato sérico
Vitamina D
- Influência na síntese de RNAm e ptnas ligaduras de cálcio nas células dos seus órgãos-alvo
- Osso: Regula osteoblastos, ação permissiva sobre ativação dos osteoclasto mediado pelo PTH e reabsorção óssea
- Intestino: Aumenta reabsorção de cálcio e fósforo
- Paratireoide: Supressão da secreção de PTH
- Rins: reabsorção de calcio; controle de fósforo
- Equilíbrio entre sangue e osso
Raquitismo e Vitamina D
*Crianças com ossos em formação (osso mole/maleável por aumento de cartilagem)
- Dependente tipo 1: autossômica recessiva com alteração 1-a-hidroxilase renal (converse 25-D em 1,25-D), PTH aumentado (perda fosfato,aminoácidos e bicarbonato c/ acidose metabólica)
- Dependente tipo 2: recessiva, altera receptor intracelular de vitamina D, c/ 1,25D elevado c/ HIPOfosfatemia
- IRC: diminuição da atividade 1-a-hidroxilase com redução síntese de 1,25D diferente das outras ocorre uma HIPERfosfatemia (excreção renal ineficaz)
Causas de deficiência de Vitamina D
*Leite materno tem baixíssima concentração de vitamina D
- Deficiência nutricional
- Síntese cutânea diminuída: uso de roupas que cobre superfície corporal, idosos e descendentes de negros tem maior risco de raquitismo
- Deficiência congênita: RCIU, diminuição da ossificação (antenatal)
- Absorção intestinal inadequada/baixa: fibrose cística, Dç celíaca, DC
- Doença Renal Crônica
- Diminuição da hidroxilação hepática
- Aumento da degradação hepática
Raquitismo com Deficiência nutricional de Cálcio e fósforo
- Pós-desmame, após retirada de fórmulas ricas em Vit D
- Deficiência de fósforo isolado é rara, mas ocorre no consumo de hidróxido de alumínio crônico (quelante), primeiros meses de vida (apenas leite materno que é pobre em Vit D)
- Perdas renais: fosfatonina
Raquitismo Hipofosfatêmico ligado ao X
- Defeito genético ligado ao X: autossômica (meninas tem quadro menos grave que meninos)
- Defeito gene PHEX que tem função de inativas fosfatonina (inibida faz aumento da excreção de fosfato) e diminui síntese de 1,25 D
- HIPOfosfatemia, aumento fosfato urinário e da fosfatase alcalina (PTH e cálcio normal)
- TTO: fósforo oral 1-3g elementar/dia e calcitriol
- Baixa estatura pode persistir apesar do tratamento
Raquitismo induzido por Tumor
- Tumores pequenos e benignos de origem mesênquima
- Podem produzir fosfatonina, geralmente o FGF-23
- Fosfatúria, HIPOfosfatemia e níveis normais de 1,25-D
- TTO: extirpação do tumor ou reposição de fósforo e calcitriol
Síndrome de Fanconi
- Disfunção global do tubulo contorcido proximal, levando à acidose metabólica (perda de bicarbonato), raquitismo (perda fosfato e ácido metabólica crônica), perda de glicose, ácido úrico e aminoácidos
- Perda ganho ponderoestatural, poliúria, Polidipsia, hipocalcemia e hiponatremia
- Primária familiar ou secundária (cistinose, tirosinemia,Wilson, intoxicação por metais pesados)
Clínica da Deficiência de Vitamina D
- Distúrbio na mineralização óssea
- Raquitismo no esqueleto em crescimento e osteomalácia no esqueleto maduro (adulto)
- Raquitismo: matriz cartilaginosa neoformação não tem depósito mineral adequado tornado osso mole, fraco, curvado, FRATURA EM GALHO VERDE (s/ rompimento cortical)
- Bossas frontais
- Craniotabes (dxx c/ sífilis congênita): amolecimento da calota craniana (parietal e occipital) como bola de pingue-pongue
- Rosário raquítico: alargamento da junção costocondral, com sulco de Harrison abaixo gradil costal na inspiração, prejudica ventilação por amolecimento das costelas
- Alargamento punhos e tornozelos (por aumento placa crescimento): fraqueza muscular, deficit crescimento e desenvolvimento
- Depressão esternal, Peito de pombo
- Marcha Anserina (ganso), cáries dentarias, fraqueza e retorno neuropsicomotor
- Cifose e escoliose na coluna vertebral
- Alterações em membros inferiores: gene varam (fora), gene valgum (dentro), coxa vara
Laboratorial da Deficiência de Vitamina D
- Solicitar fosfato, fosfatase alcalina, PTH e 25 (OH)D, creatinina e eletrólitos, EAS e urina 24h
- 25-OH-VitD (não fez 2a hidroxilação ainda): 29 a 10 ng/ml: insuficiência / <10: deficiência/ >100: hipervitaminose (N: 30-100)
- Primeira fase: oligossintomatica, hipocalcemia incipiente
- Secunda fase: Hiperparatireoidismo secundário (resposta baixo de cálcio
- Terceira fase: clínica e radiológicas c/ efeitos do PTH elevando calcemos, HIPOfosfatemia (fosfatúria renal), acidose metabólica e aminoacidúria
- Rx de punho, joelho e crânio: alargamento, rarefação óssea, Fraying das metáfise, duplo contorno periostela, fx galho verde (fase tardia), epífises “em taças” (s/ deposição mineral)
- Dx: Cálcio (normal ou baixo); Fósforo (baixo) e PTH (alto)+ 25-OH-VitD
Prevenção da Deficiência de Vitamina D
- Profilática para TODAS as crianças (universal)
- Primeira semana de vida até 12 meses: 400 UI/dia
- 12 meses até 24 meses: 600 UI/dia
- Previne infecções respiratórias
Hipervitaminose D
- Ocorre por tratamento a longo prazo com vitamina D ou ingestão acidental
- Limite superior de Vit D por VO >1000-2000 UI
- Risco de hipercalcemia por aumento da reabsorção óssea de calcio
- Hipertensão, arritmias (redução intervalo QT), letargia, poliúria, desidratação, hipernatremia, IRA e IRC, nefrolitíase e nefrocalcinose
- TTO: hidratação salina fisiológica, diuréticos de alça, glicocorticoides (diminui absorção intestinal de cálcio), bifosfonados (inibe osteoclasto)
Vitamina E (antioxidante)
- Rara situação de carência nutricional
- Causa mais alterações em prematuros (hemólise e alterações neurológicos/ataxia)
- Fonte de óleos vegetais, grãos, sementes e vegetais de folhas verdes e margarida
- Substância a-tocoferol com ação antioxidante, prevenindo peroxidação da membrana lipídica celular e reduz formação de radicais livres (Vit C potencializa Vit E)
- Causas: nutricional, sds má absorção, autossômica recessiva, prematuros
- Bom prognostico à suplementação
- Hipervitaminose E ao tto: AVC hemorrágico
Clínica da Deficiência de Vitamina E
- RN em torno do 2o mês de vida c/ anemia hemolítica, trombocitose e edema
- Ataxia cerebelar: marcha ebriosa, base alargada, tremor
- Perda da propriocepção
- Perda da sensibilidade vibratória
- Alterações cognitivo-comportamentais
- Alterações visuais: estreitamento do campo visual, cegueira, retinopatia pigmentoso
- Síndrome miopática
Vitamina K
- Fontes exógenas e endógenas
- K1 (filoquinona): vegetais de folhas verdes, legumes, óleos vegetais e fígado
- K2 (menaquinomas): bactérias do intestino gram negativas (maioria no intestino grosso***), fígado e queijos
- Cofator da enzima alfa-glutamil carboxilase na síntese de gama-carboxiglutamato que facilita ligação do cálcio em reações bioquímicas como dos fatores de coagulação (II,VII,IX e X), fatores de anticoagulação (ptnas C e S), metabolismo ósseo e vascular
- Função principal: facilitar ação de cálcio na síntese de fatores de coagulação***
Causas de Deficiência de Vitamina K
*RN (intestino estéril), baixa ingestão, baixa absorção e ATB
- Doença hemorrágica do RN: pequena transferência placentária de Vit K, leite maternos pobre em Vit K, s/ produção endógena bacterina no intestino estéril do bebê e medicações maternas (fenitoína, warfarin, fenobarbital) que alteram metabolismo
- Ingestão inadequada: raro
- Absorção inadequada (má absorção de gordura): hepatopatias colestática, dçs pancreáticas (FC) e intestinais (DC, Sd intestino curto, Dç Celíaca)
- Uso prolongado de antibióticos: redução flora bacteriana intestinal e diminuição endógena de Vit K (internações prolongadas em UTI pediátrica)
Doença Hemorrágica do RN
- Forma clássica precoce: primeiras 2 semanas de vida e c/ sangramento pelo TGI, mucosas, pele, cordão umbilical* e circuncisão
- Forma tardia: entre 2-12 semana de vida (Até 6 meses), sangramento intracraniano (letal*) com desenvolvimento de crises convulsivas e sequelas neurológicas graves (investigar causas) → Prevenido ao nascer
- Secundária à ingestão materna de drogas: anticonvulsivantes e o warfarin
- Crianças maiores são comuns sangramentos cutâneos, mucosos e hematúria e melena
Micronutrientes - Iodo
Antenção para gestantes (necessita de muito para o feto)
- Se apresenta no solo e na água do mar (iodeto)
- Principais fontes alimentares: peixe, marisco, lagostas, camarão, vegetais folhosos e sal iodado
- Legislação brasileira (1955) determina incorporação de 40-60 mg de iodo para cada quilo de sal de cozinha
- 3/4 do iodo do corpo está na glândula tireoide, restante nas glândulas mamárias, salivares e gástricas
- Glândula da tireoide o incorpora na molécula de tireoglobulina e produz T3 e T4 a partir da proteólise desta por estímulos do TSH
Diagnóstico de Deficiência de Vitamina
*Administração de Vit K parenteral ao nascer
- Alargamento do TAP (PTT se altera nas deficiência grave))
- Dxx c/ CIVD
- TTO: altas doses vitamina K VO 5 mg/d, se sangramento infusão de plasma fresco congelado
- PREVENÇÃO NO RN de hemorragia: >32 sem e >1000g fazer 1 mg IM ou EV
- <32 sem e >1000g: 0,5 mg IM
- <1000g independente da IG: 0,3 mg IM
Deficiência de Iodo
- Formação de bócio (aumento da tireoide por estímulo do TSH quando T3 e T4 caem, compensando o déficit)
- Hipotireoidismo e se acometer gestante causa danos no SNC do feto (cretinismo)
- Prevenção: ingestão diária em cças <5 anos 90 mcg/d, entre 6-12 anos 120 mcg/d e gestantes/lactantes 250 mcg/d
Micronutriente - Zinco
- Fonte animal: ovos, leites, carnes e crustáceos
- Excesso de fitatos e fibras diminuem absorção de zinco no intestino delgado
- É um microelemento fundamental para organismo, para sistema imunológico, componente de enzimas DNA-polimerase e RNA-sintetase, anidras carbônica, regeneração epitelial
- Causas: dieta inapropriadas, DC, anemia falciforme, dçs hepáticas e renais, Acrodermatite Enteropática
- Reposição de Zinco na diarreia aguda (evitar novos casos de diarreia)
Acrodermatite Enteropática (Deficiência de Zinco)
- Condição genética autossômica recessiva sendo ineficaz absorção de zinco intestinal
- Sintomas iniciam no primeiro mês de vida em bebês em aleitamento materno ou uso de leite de vaca
- Lesões cutâneas vesicobolhosas, eczematosas, secas ou psoriziforme, de distribuição simétrica em região periodal, perineal, bochechas, cotovelos, joelhos e tornozelos (extremidades)
- Cabelo de coloração avermelhada e locais de alopecia
- Fotofobia, conjuntivite e blefarite
- Glossite, estomatite, diarreia crônica, prejuízo cicatrização, retardo crescimento infecções bacterianas de repetição e superinfecção por Candida
- TTO: reposição de Zinco VO 50mg/d p/ lactentes e 150 mg/d cças maiores
Clínica da Deficiência de Zinco
- Manchas hipocromicas periorais, dermatite bolhosa, diarreia crônica, alopecia
- Retardo crescimento e hipogonadismo hipogonadotrófico com redução da espermatogênese
- Atrofia do tecido linfoide, diminuição da resposta à hipersensibilidade cutânea retardada, diminuição de polo de céls produtos de anticorpos e linfócitos NK
- TTO: 1-2mg/kg/d de Zinco por VO
Micronutrientes - Cobre
- Fonte: leguminosas (feijão,ervilhas), nozes, ostras
- Absorção no intestino delgado e carreado até o fígado pela circulação portal, acoplado à albumina, e no fígado se liga à ceruloplasmina e distribuída pelo corpo (Excreção na bile e rins)
- Catalisador das reações enzimáticas cutâneas, síntese de colágeno e de neurotransmissores
- Causas: desnutrição grave, diálise peritoneal crônica, gastrectomia e prematuridade, Doença de MenKes
- Clínica: anemia, leucopenia, neutropenia, osteoporose e neurológicos (ataxia, deficit cognitivo)
Micronutrientes - Selênio
- Fonte: mineral não metálico ligado à cisteína em alimentos de origem animal (carnes e frutos do mar) e à metionina em alimentos de origem vegetal (castanhas)
- É constituinte da glutationa-peroxidase e tiredoxina redutase (controle de radicais livres e danos à membrana celular)
- Causas: renais crônicos em hemodiálise prolongada, uso NPT e formulas e base da proteína da soja
- Clínica: fraqueza muscular, mialgia e IC
Doença de MenKes (deficiência de cobre)
- Herança recessiva ligada ao X, com defeito na absorção intestinal de cobre
- Sintomas neurológicos: degeneração cerebral e cerebelar nos primeiros meses de vida, levando a quadriplegia espástica até postura de descerebração, retardo mental, crises convulsivas
- Cabeça: microcefalia, braquicefalia, rosto rechonchudo e cabelos enrolados, esparsos, curtos e brancos
- Pele: Hipopigmentação
Hipervitaminose de Vitamina A
- > 6.000 mcg/d
- Dor óssea
- Hepatomegalia
- Pseudotumor cerebral**
- Anorexia/deficit ponderal, HIPOATIVIDADE
- Descamação/ hiperostose: dermatose Seborreica
- Alopecia