Doenças Exantemáticas Flashcards
Sarampo
Não causa malformação congênita
- Agente: gênero Morbiluvirus da família Paramyxoviridae 9= VSR)
- Transmissibilidade: por AEROSSOIS (permanece em suspensão no ar = o da varicela, e não por gotículas)
- 1 Alta taxa transmissão (90%) - suscetibilidade universal
- Ocorre em 6 dias antes até 4 dias após rash (maior em 2 dias antes até 2 dias após rash)
- Incubação: 8-12 dias (assintomático)
Tempo no geral de incubação viral
1-3 semanas (7-21 dias)
Sarampo
- Dça exantemática de MAIOR morbimortalidade
- Maior risco de contaminação e gravidade: desnutridos, <1 ano e países em desenvolvimento
- NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA IMEDIATA (até 24h)
- Em 2016 o BR recebeu certificado internacional de eliminação do vírus, mas em 2019 c/ novos casos
Sarampo
- Vírus RNA da família Paramyxoviridae, gênero Morbilovius
- Suscetibilidade de 90% após exposição
- RN recebem acs maternos (imunidade passiva transitória) até vacinação aos 12 meses
- Maioria dos quadros são benignos
Sarampo - Transmissibilidade
- Mais intenso entre 2 dias que antecedem e 2 dias que sucedem o início da erupção
- Penetra mucosa do trato respiratório ou conjuntiva ocular, migra p/ linfonodos regionais (hiperplasia linforreticular)
- Necrose celular, vasculite, infiltrado linfocíto e formação de céls gigantes de Warthin-Finkeldey (patognomônicas)
- Linfócitos T CD4+ e Th1
Sarampo - Manifestações Clínica: Fase Prodrômica
- Antes do exantema: febre, TOSSE, coriza, conjuntivite e fotofobia
- ENANTEMA ou Manchas de Koplik (50-70% dos casos): lesões puntiformes, esbranquiçadas c/ halo avermelhado na mucosa jugal na altura dos pré-molares → Patognomônico
Sarampo - Manifestações Clínica: Fase Exantemática
- Entre o 2º e 4º dia
- Exantema maculopapular avermelhado: morbiliforme (áreas de pele sã de permeio)
- Inicialmente retroauricular c/ disseminação frontal seguindo linha de implantação capilar
- Disseminação p/ dorso, extremidades, palmas e solas (50%)
- Confluência em face e tronco
- Progressão crânio-caudal (cefalocaudal)
- Febre é máxima no pico do exantema (40-40,5ºC): fácies sarampenta c/ hiperemia conjuntival, lacrimejamento, coriza mucopurulenta e rash facial
Sarampo - Manifestações Clínica: Fase Remissão
- Descamação FURFURÁCE
- Resolução do exantema em 7 dias tornando acastanhado e fina descamação
- Tosse é último sintoma a desaparecer (até 10 dias)
- Linfadenomegalia cervical e occipital pode ser proeminente
Sarampo - Manifestações Clínica: Período Toxêmico
- Queda da resistência imune e surgimento das complicações
- Mais prevalente em <2 anos e desnutridos
- Pelo vírus necrosar todo epitélio traqueobrônquico é comum laringite, traqueíte, bronquite e pneumonia viral
Sarampo - Manifestações Clínica:
- Período incubação: 8-12 dias assintomáticos
- Período prodrômico: viremia 2ª, disseminação partículas virais p/ superfícies epiteliais e SNC, seguido necrose celular
- Período exantemático: início da produção de anticorpos e redução dos outros sintomas
Sarampo - Complicações:
- Otite Média Aguda: complicação bacteriana mais COMUM/ frequente
- Pneumonia: principal causa de óbito (piora dos sintomas desde início da dça) → S. aureus, S. pneumoniae, H. influenzae
- Encefalite: muito mais grave
- Panencefalite esclerosante subaguda: LETAL
- Reativação de foco pulmonar de TB
- Apendicite: por hiperplasia linfoide
- Crise febril (3%)
- Sarampo negro ou hemorrágico: lesões cutâneas hemorrágica, ceratite ocular e trombocitopenia
Sarampo - Fatores de Risco de Complicações:
- Extremos de idades: <5 anos e >20 anos (maior morbimortalidade)
- Desnutrição grave: comprometimento imune e disseminação da dça
- Deficiência de vitamina A: faz manutenção da integridade das membranas epiteliais e regulação imune, e sarampo reduz o nível e mais grave se deficiência.
- Aglomerações
- Imunodepressão
- Gestantes: risco de abortos e parto prematuros (não tem malformações***)
Sarampo - Complicações: Encefalite
- Processo imune mediado por lesão ao SNC por mediadores imunes (e não ação viral)
- Maior frequência adolescentes, adultos jovens
- Prgnóstico desfavorável (15% letalidade e 50% sequelas)
- Manifesta-se na fase exantemática: convulsões, letargia, coma ou irritabilidade
- Liquor: pleocitose linfocítica e aumento de ptnas
Sarampo - Complicações: Panencefalite Esclerosante Subaguda (PEES)
- Forma crônica de complicação
- Se manifesta de 7-10 anos após primoinfecção
- Maioria adquiriu c/ <4 anos o sarampo (75%) por imaturidade imune
- Vírus fica quiescente nos neurônios c/ posterior processo degenerativa
Sarampo - Complicações: Panencefalite Esclerosante Subaguda (PEES)
- Fase I: mudança súbita comportamental, irritabilidade, agressividade, desatenção
- Fase II: mioclonias maciças de membros (apendiculares) e tronco (axiais) = lesões núcleos base
- Fase III: mvtos coreoatetoides, distônicos e rigidez = destruição dos núcleos da base (demência, estupor, coma)
- Fase IV: perda controles autonômicos do tronco encefálico (respiração, CDV) e morte
Sarampo - Complicações: Panencefalite Esclerosante Subaguda (PEES)
- Dx: anticorpos antissarampo no liquor; EEG característico (mioclonias e padrão surto-supressão); achados histopatológicos, isolamento viral ou antígenos por biópsia cerebral ou post mortem
- TTO: suporte ± Inosiplex ou INF-a
- Faleciemnto em 1-3 anos por disautonomia do controle vital
Sarampo - Dx:
- Leucopenia com linfocitose
- Sorologias
- PCR: isolamento viral
- Fazer notificação compulsória imediata se suspeita (não esperar resultado)
Sarampo - TTO:
- Sintomáticos p/ febre (antitermicos) e dor (analgésicos)
- Suporte: limpeza ocular, O2, repouso
- Repor VITAMINA A (2x): ↓ morbimortalidade em <2 anos hospitalizados
- <6m: 50.000 UI VO / 6-12m: 100.000 UI VO/ >12m: 200.000 UI VO no dia do dx e outra no dia seguinte
- Paciente internado (↓ estado geral): ISOLAMENTO POR AEROSSOL (N95)
Sarampo - Prevenção/ Profilaxia: Pré-Exposição
- Vacina de vírus vivos atenuados contra sarampo
- Aos 12 meses c/ tríplice viral e aos 15 meses c/ tetra viral
- Dose ZERO (2019): cças de todo Brasil c/ idade entre 6 a 11 meses p/ evitar casos graves e óbitos
Sarampo - Prevenção/ Profilaxia: Pós-Exposição
- Indicado p/ todos contactantes íntimos suscetíveis
- Vacina: ATÉ 72h (3 dias) do contato, interrompe progressão da dça (não pode em gestantes, <6 m e imunodeprimidos)
- Não considerar de rotina vacina entre 6-12 m
- Imunoglobulina (imunização passiva) IM: ATÉ 6 dias da exposição
- Indicada em contatos íntimos suscetíveis que tenha contraindicação à vacina: <6m, grávida e imunodeprimidas ou c/ >72h até 6 dias da exposição
- Seu uso não é citado no MS
Rubéola
- Adenomegalia retroauricular, occipital ou cervical + febre
- Rash petequial em palato
- Dça exantemática benigna e autolimitada quando adquirida pós-natal
- Principal preocupação é com a rubéola congênita no 1º Trimestre: malformações cardíacas, neurais, oculares e cocleares
- Em 2015 o BR recebeu certificado de eliminação da rubéola e da Sd. Rubéola Congênita
Rubéola
- Agente: gênero Rubivírus da família Togaviridae
- Transmissibilidade: por gotículas de secreção nasofaríngea ou pela via placentária (maior gravidade nas 1as 8 semanas de IG)
- Transmissão 5-7 dias antes e 5-7 dias após aparecimento do rash
- Incubação: 14-21 dias
Rubéola - Manifestações Clínicas
- Fase Prodrômica: sintomas catarrais, febre baixa, mal-estar, mialgia, hiperemia conjuntival
- LINFADENOPATIA: RETROAURICULAR, Cervical posterior e Suboccipital
- Fase Exantemática: Enantema rosado em palato (manchas de Forchheimer = não é patognomônico).
- Exantema maculopapular que dura 3 dias e NÃO descama
- Início: face e progressão craniocaudal rápida
- Poliartralgia e poliartrite: mais em adolescente e adultas ♀*
Rubéola - Complicações
- Gravidade menor que o sarampo
- Artropatias (♀): uma semana após exantema em pequenas articulações das mãos
- Sd. da Rubéola Congênita
- Trombocitopenia pós-infecciosa: cças ♀
- Encefalite pós-infecciosa
Rubéola - Dx e TTO:
- Leucopenia, neutropenia e trombocitopenia
- Sorologia ou PCR (isolamento viral)
- S/ tto específico, só sintomátcios
- Prevenção pré-exposição.: vacina c/ tríplica e tetral viral
- Prevenção pós-exposição: vacina até 72h após contato
Exantema Súbito ou Roséola Infantil ou Sexta Doença
*herpeS = Subito
- Infecção mais comum nos lactentes e pré-escolares
- Maior incidência dos 6-15 meses
- Aos 3 anos 95% das cças já adquiriram a infecção pelo agente
- Antes dos 6 meses é incomum a infecção, pela proteção dos acs maternos
Exantema Súbito ou Roséola Infantil ou Sexta Doença
- Agente: Herpesvírus humano (HHV) tipo 6 (mais frequente) e 7, da família herpesviridae
- DNA duplo filamento e permanece latente após primoinfecção (= VVZ)
- Excreção por GOTÍCULAS, salivas de adultos portadores
- HHV 6 pode suprimir toda linhagem hematopoiética da MO (mielossupressão grave em pós-transplante)
Exantema Súbito ou Roséola Infantil ou Sexta Doença
- Transmissibilidade é desconhecida
- Incubação de 5-15 dias
- Acomete moléculas CD dos linfócito T
Exantema Súbito ou Roséola Infantil ou Sexta Doença - Manifestações Clínicas da Fase Prdrômica
- Doença de lactentes
- Debre ALTA (39-40ºC), c/ risco de crises febris (10%)*
- Febre dura de 3-5 dias e some de maneira súbita/brusca (em crise) ou gradual (em lise), aparecendo o exantema associado*
- Úlceras em palato mole e úvula: Manchas de Nagayama
Exantema Súbito ou Roséola Infantil ou Sexta Doença - Manifestações Clínicas da Fase Exantemática
- Exantema maculopapular que aparece após a febre
- Róseo, não pruriginos
- Primeiramente em tronco c/ disseminação p/ pescoço, face e extremidades (proximal do membros)
- Máculas podem COALESCER
- Resolução do exantema em 3 dias
Exantema Súbito ou Roséola Infantil ou Sexta Doença
- Dx é clínico
- Risco de crise convulsiva febril (dxx c/ meningite) em 10%
- No geral é autolimitada e benigna
- TTO de suporte/ sintomáticos
Eritema Infeccioso ou Quinta Doença
*erItema Infeccioso = parvovIrus
- Agente: PARVOVÍRUS B19
- É um DNA-vírus do gênero Erythrovirus e família Parvoviridae
- Células-alvo da infecção sao precursores eritroides na MO (antígeno P)
- O eritema infeccioso é apenas uma consequência da infecção viral (várias formas), mas é a mais frequente
Eritema Infeccioso ou Quinta Doença
- Transmissão por gotículas de secreção respiratória, via transplacentária ou sanguínea
- Transmissibilidade em 15-30%
- NÃO transmite na fase exantemática
- Incubação de 16-17 dias
- Mais comum em escolares, sendo que 70% ocorre entre 5-15 anos
Eritema Infeccioso ou Quinta Doença - Manifestações Clínicas na Fase Prodrômica
- 7-11 dias após contágio é inexistente ou inespecífica
- Febre baixa, cefaleia, rinorreia, obstrução nasal
- Por ter alto período de incubação e um período assintomático entre o prôdromo (7-11d) e o exantema (16-17 dias) é difícil dx nessa fase
Eritema Infeccioso ou Quinta Doença - Manifestações Clínicas na Fase Exantemática
- Não é mais transmissível
- Pode manter atividade física normal, s/ restrição de contato, após aparecimento do exantema
- 1ª estágio: exantema em face (face esbofeteada) c/ palidez perioral
- 2º estágio: um dia após acometer a face ou concomitante, manchas vermelhas simétricas em tronco e parte proximal das extremidas superiores e inferiores
- Aspecto rendilhado: clareamento central c/ duração dias a semanas SEM descamar
- Lesões mais em extensores, e poupa palmas/ plantas
- 3º estágio: exantema recidivante, após melhora clínica em 1-3 semanas, após exposição solar, calor, exercícios e estresse
- NÃO TEM DESCAMAÇÃO
Eritema Infeccioso ou Quinta Doença - Manifestações Clínicas: Artropatia
- Isolada ou associada, mais em ♀ adultas/ jovens em mão, punho, joelho e tornozelo, autolimitada (2-4 sem) e não destrutiva
Eritema Infeccioso ou Quinta Doença - Manifestações Clínicas: Crise aplástica transitória
- Aplasia de medula
- Transitória em imunocompetentes
- Pode ser crônico em imunossuprimidos
- Anemia hemolítica crônica com RETICULOPENIA por efeito citopático (lise) dos precursores eritroides (interrupção temporária da eritropoiese)
- Febre, prostração, letargia e sinais de anemia grave (palidez cutâneo-mucosa, taquicardia e taquipneia)
- Exantema raramente está presente
- Maior risco de mielossupressão em imunocomprometidos: anemia + neutropenia + plaquetopenia
Eritema Infeccioso ou Quinta Doença - Infecção Fetal
- Primoinfecção manterna tem maior risco no 2º trimestre da gravidez
- Tropismo pela linhagem eritroide fetal na MO, fígado e baço
- Profunda anemia feta c/ “compensação” do deficit de O2 instalando uma HIDROPSIA FETAL NÃO IMUNE
- Risco morte fetal intraútero
- Efeito citopático sobre miócitos cardíacos c/ risco de IC
Eritema Infeccioso ou Quinta Doença - Síndrome de Luvas e Meias
- Edema doloroso de mãos e pés associados a lesões papulares-purpúricas ou petequias de distribuição em “luvas e meia”
- Autolimitada e resolução em semanas
Varicela ou Catapora
- Agente: Vírus Varicela-Zóster (VVZ)
- Transmissibilidade: AEROSSOIS (suspensão no ar = o sarampo)
- A primoinfecção pelo VVZ provoca a Varicela → pré-escolares/ escolares
- Permanece latente nos neurônios dos gânglios sensoriais
- Vírus é termossensivel, tendo maior transmissão no calor
Herpes-Zóster (ou Cobreiro)
- A reativação do VVZ latente, anos após, resulta no herpes-zóster (cobreiro)
- Mais em adultos após 45 anos
- O herpes-zóster é raro em cças saudáveis <10 anos, quando ocorre há hx de primoinfecção antes de 1 anos de vida (<2m*)
- Cças imunocompetente tem forma branda, menos dor aguda e menor nneuralgia pós-herpética comparada aos adultos
- Cças imunodeprimidas tem surtos recidivantes
Varicela
- Vírus de DNA da família Herpesviridae (= herpes simples, EBV e CMV)
- Permanecem latentes no organismo
- O VVZ é altamente contagioso
- Transmissão: contato c/ secreções das lesões ou gotículas de secreções respiratórias ou aerossóis
- Maior risco de contaminação por contato c/ varicela do que com zóster.
Varicela
- 80-90% de chance de contaminação
- Transmissão ocorre em 2 dias antes das formação de vesículas/ exantema até 7 das após o seu início
- Término da transmissão quando todas lesões virarem crostas
- Incubação de 10-21 dias
Herpes-Zóster (ou Cobreiro)
- Fatores de risco de reativação: imunidade, idade avançada e estresse
Varicela - Manifestações Clínicas: Fase Prodrômica
- Febre moderada (<39ºC) que dura por 2-4 dias após início exantema, cefaleia, dor abdominal
- 24-48h antes do início do exantema
Varicela - Manifestações Clínicas: Fase Exantemática
- Exantema inica em couro cabeludo, face e tronco
- Progressão centrífuga (centro → periferia): Disseminação p/ tronco e extremidades
- Distribuição centrípeta
- Lesões surgem em surtos: máculas eritematosas pruriginosas → pápulas → vesículas de conteúdo claro → pústulas c/ umbilicação central → crostas
- Polimorfismo regionais c/ vesículas pruriginosas (até cavidade oral/ mucosas)
Varicela - Manifestações Clínicas: Fase Exantemática
- Quadro mais grave em cças com dermatite atópica ou quemadura solar
- Cerca de 300-1500 lesoe
- Raramente evoluem p/ cicatriz
- Se persistência da febre ou reaparecimento indica infecção bacteriana 2ª
Varicela - Dxx:
- Impertigo: sem polimorfismo e não acomete mucosas
- Escabiose: predileção dobras e interdigitais
- Estrófilo: preferencia por membros
- Enterovirose: vírus coxsakie c/ lesões papuloesiculares de tamanho menor e localizada em boca, pé e mçao
Varicela em vacinados
- Apenas uma dose tem eficácia >95% p/ proteção contra formas graves e prevenção d e80% contra outros tipos
- Pode desenvoler rash pelo vírus vacinal se rash em 14-42 dias
- Se rash em <14 dias (vacinado na incubação) e >42 dias é por vírus selvagem
- Forma mais branda, <50 lesões cutâneas e sem febre associada e menos contagiosas (fazer afastamento escolar)
Varicela Neonatal
- Transmissão perinatal, dça materna próximo do nascimento há passagem transplacentária do vírus e contaminação do feto e RN em período de incubação
- Não há tempo para mãe desenvolver acs p/ passar p/ feto
- RN desenvolve forma grave no final da 1ª semana de vida
- Todo RN que a mãe desenvolva a doença 5 dias antes até 2 dias após o parto deve receber imunoglobulina específica → desenvolve forma mais branda
Síndrome da Varicela Congênita
- Embriopatia associada à infecção 1ª materna pelo VVZ nas 1as 20 semanas da gestação
- Feto: RCIU, hipoplasia de extremidades, cicatrizes cutâneas, defeitos oculares (microftalmia, coriorretinite, catarata) e comprometimento do SNC (RM, convulsões, atrofia cortical)
- Dx: PCR de cordão (fetal) ou IgG + após 12 meses (pré-natal)
Herpes-Zóster
- Reativação do VVZ nos gânglios sensitivos
- Principais gânglios acometidos: dorsais, lombares e 5º par craniano
- Inflamação e necrose do neurônio, c/ dor aguda (neuralgia)
- Partículas virais migram através do axônio até terminações próximas à pele (vesículas herpéticas que acompanha dermátomo)
Herpes-Zóster
- Pápulas eritematosas, vesículas, pústulas e crostas (2-3 semanas)
- Evolução lenta das lesões
- Raramente atravessam linha média
- Pode ocorrer cicatrizes definitivas
- Prodrômos são mais comuns em idosos
- Pode levar a mielite no corno anterior da medula c/ fraqueza e alteração sensibilidade.
Varicela - Complicações:
- Infecção bacteriana 2ª da pele: complicação mais frequente da varicela (5%)
- Varicela progressiva: imunodeprimidos
- Varicela congênita: hipoplasia dos membros e lesões cicatriciais
- Neurológicas: encefalites e ATAXIA CEREBELAR AGUDA (mais comum e c/ nistagmos), mielite transversa, SGB, Sd. Reye
- Trombocitopenia
- Pneumonia viral e bacteriana (é principal causa de óbito)
Varicela - Complicações: Infecção bacteriana 2ª da pele
- Ocorre em 5%
- É complicação mais frequente da varicela
- Por ter exantema variceliforme pruriginos há escoriações
- Agentes: Estreptococo do grupo A (S. pyogenes) e S. aureus
- Eritema na base/ ao redor de uma nova vesícula e reaparecimento da febre 3-4 dias após início do exantema
- Pode ser sob forma de: impetigo, celulite, abscessos, erisipela
Varicela - Complicações: Ataxia Cerebelar Aguda (Cerebelite)
- Acometimento neurológico mais comum (1:4.000)
- Marcha de base alargada, incoordenação, fala escandida e nistagmo
- Resolução espontânea na maioria em 24-72h
- Maior associação com varicela (mas pode estar presente em outras)
Varicela - Complicações: Síndrome de Reye
- Encefalopatia associada à hepatite (hepatomegalia, aumento transaminases) e degeneração gordurosa das vísceras
- Precipitada pela ingestão de salicilatos (AAS) em vigência da varicela
Varicela - Dx:
- Sorologias
- Citologia das lesões (teste de Tzanck): céls gigantes e multinucleadas (= herpes simples)
- Isolamento viral
Varicela - TTO de Suporte
- Analgésicos e antitérmicos (NUNCA AAS)
- Anti-histamínicos p/ reduzir prurido e escoriações (infecções 2as)
- ATB se infecção 2ª: penicilinas, oxacilina ou cefalosporina de 1ª geração
- Afastamento escolar ou se internado isolamento de contato e precaução de transmissão aérea
- Maioria das cças não necessitam de aciclovir
Varicela - TTO c/ Aciclovir
*Gestante só é tratada se desenvolver formas graves da dça (não existe comprovação de teratogenicidade)
- Aciclovir VO: escolha (rara resistência = foscarnet)
- Reduz a viremia e as complicações
- Indicações (maior gravidade): >12 anos; 2º caso no mesmo domicílio; dça pulmonar/ cutâenas crônica; CTC (em doses não imunossupressoras = ASMA), uso crônico de salicilatos (Sd. Reye)
- Aciclovir IV: CTC dose imunossupressora, imunodeprimidos, varicela progressiva, acometimento sistêmico, RN c/ quadro perinatal
- Isolamento hospitalar (aerossois)
Herpes-Zóste - TTO c/ aciclovir
- VO em Adultos saudáveis: reduz duração e risco da neuralgia pós-herpética
- Em crianças não é recomendado, mas reduz duração da dça.
- IV em imunocomprometidos
Profilaxia/ Prevenção Pré-Contato:
- Tetra vira (15 meses) e Varicela (4 anos)
2. Indicada em <5 nos
Profilaxia/ Prevenção Pós-Contato com Vacina de Bloqueio
- ATÉ 5 dias (120 h) do contato (preferencia fazer até 3 dias após exposição)
- Apenas para maiores de 9 meses*
- Indicação do MS: bloqueio e prevenção de surto hospitalar, creche e escolas que atendam cças até 7 anos (irmãos não tem indicação)
- Vacina de vírus vivo atenuado
Profilaxia/ Prevenção Pós-Contato com Imunoglobulina Hiperimune
- IGHAVZ de 125 U p/ cada 10kg (máx: 625 U) IM
- Feito em qualquer idade
- Feita ATÉ 4 dias pós-contato (96h)
- Indicação: comunicante suscetível e que tenha tido contato significativo c/ o vírus e que o suscetível seja pessoa com risco especial de varicela grave
- Suscetível: s/ hx de dça e/ou vacina anterior ou imunossupressão celular grave independente de hx anterior
- Contato significativo: domiciliar contínuo ou hospitalar
- Risco especial de varicela grave: cça ou adulto imunodeprimido, gestantes, RN de mãe c/ varicela em 5 dias antes ou 2 dias após parto, RN prematuro >28 sem de mãe que nunca teve varicela, RN prematuro <28 sem independete de hx materna
Profilaxia/ Prevenção Pós-Contato com Imunoglobulina Hiperimune: INDICAÇÕES
*Doméstica quanto hospitalar
- Imunodeprimidos
- Grávidas
- RN prematuro <28 sem e contato: sempre
- RN prematuro >28 semanas e contato: se mãe sem varicela prévia (não vale vacinação)
- RN de mãe c/ varicela de 5 dias antes até 2 dias após parto
- <9 meses hospitalizados*
Enterovirose
- Doenças causadas por vírus
- Sítio 1º de invasão, replicação e eliminação é o intestino
- Atinge mais cças <1 ano
- FR: baixa idade, meninOs, aglomerações, má higiene e baixo nível socioeconômico
- Aleitamento materno é fator de proteção
Enterovirose
- Enterovírus pertence à família Picornaviidae (RNA)
- Inclui: poliovíruso (tipos 1,2,3), coxsackievirus (tipos A e B), enterovírus e echovirus
- Transmissão: Fecal-Oral, respiratória, vertical e fômites contamiados
- Incubação: 3-6 dias
- Causa várias/ diferentes patologias
Enterovirose - Doença Febril Inespecífica
- Apresentação clínica mais comum em lactentes e pré-escolares
- Febre alta (38,5-40ºC), irritabilidade, anorexia, náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia, conjuntivite, IVAS e rash
- Hiperemia orofaringe e linfadenomegalia cervical
- Febre dura de 3-7 dias
Enterovirose - Doença Mão-Pé-Boca
*Dxx: varicela (centrípeta)
- Agente: Coxsackievirus A16 (mais comum) e enterovírus 71
- Febre baixa, vesículas em lábios, língua, mucosa jugal, gengiva, faringe posterior e amigdalas
- Pode ulcerar e ter exantema maculopapular ou vesículas nas mãos, pés e nádegas
- Acomete mais superfície DORSAL
- Lesões mãos e pés evolui p/ vesículas e nas nádegas só maculopapulares
- Desaparecem em 1 semana
- Benigno e autolimitado
Enterovirose - Herpangina
- Agente: Coxsackievirus A
- Febre alta (Até 41ºC) de 1-4 dias, disfagia, dor de gargante e irritabilidade
- Dor abdominal e vômito em cças maiores
- Pequenas úlceras e vesículas c/ halo eritematoso na região posteiror da orofaringe
Enterovirose - Conjuntivite Hemorrágica Aguda
- Enterovírus 70 e coxsackievirus A24
- Escolares, adolescentes e adultos
- Dor ocular aguda, fotofobia, visão borrada, lacrimejamento, edema palpebral e linfadenomegalia pré-auricular
Enterovirose - Miocardite (e pericardite)
- Coxsabkievirus B
- Inicio respiratório (taquipneia, dispneia)
- Manifestações cardiacas (taquicardia, dor torácica, arritmias, IC)
- ECG: anormalidade segmento ST e onda T
- Rx: aumento área cardíaca
- CK-MB e troponina elevadas
- Ecocardiograma: aumento câmaras cardíaca, diminuição contratilidade e efusão pericárdica
- Resolução sem sequelas no geral, e alguns c/ miocardiopatia dilatada (pior prognóstico)
Enterovirose - Manifestações neurológicas
*Encefalite: alt. consciência, ataxia, déficit motor focal e extrapiramidais
- Enterovírus causam 90% das meningites virais na população vacinada contra caxumba
- Mais em <1 ano (3 meses*)
- Coxsackievirus B2-B5, echovirus e enterovírus 70 e 71.
- Sintomas respiratórios e GI associados + alteração comportamento, consciência e sinais meníngeos
- Complicações em até 10% das cças (convulsões, HIC, SIADH)
- Bom prognóstico no geral
- Liquor: pelocitose (<500 céls), predomina mononucleares e elevação ptnas e glicose normal
Enterovirose - Manifestações Neonatais
- Transmissão vertical (gestação ou no parto) e horizontal (dentro berçario, domicílio)
- Maioria assintomáticos
- Grave (= sepse): disterminas, >TEC, disfunção respiratória, miocardite, hepatite, encefalite e distúrbios coagulação
Infecções causadas pelo Estreptococo do grupo A (GAS) ou Streptococcus pyogenese
- Várias manifestações clínicas: faringites, impertigos, piodermites, erisipelas, escarlativa, fasciíte necrotizante
- Supurativas (abscesso peritonsilar) e não supurativas (febre reumática e GNPE)
- Cepas 1,3, 5, 6, 18 e 24: cepas reumatogênicas
- Cepas 49, 55, 57 e 69: cepas nefritogênicas (piodermite e GNPE)
- Proteína M: maior virulência (dificulta sua fagocitose)
Infecções causadas pelo Estreptococo do grupo A (GAS) ou Streptococcus pyogenese
- Escarlatina: produz exotoxina pirogênica (eritrogênica) do tipo A, B ou C, sendo toxina-específica podendo ter escarlatina >1x
- Homem é reservatório natural da GAS
- Transmissão: gotículas de saliva e secreções nasais
- Maior em aglomerações, creches, escolas, quartéis
- Transmite até 24h após início de ATB
Escarlatina ou 2ª Doença
- Mais em pré-escolares/ escolares entre 5-15 anos
- Mais associada à faringite* e raramente c/ piodermite ou ferida cx
- Agente: SGA - exotoxina pirogênica (eritrogênica)
- Incubação: 2-5 dias
Escarlatina ou 2ª Doença - Manifestação Clínica: Fase Prodrômica
- Febre alta (39-40ºC), calafrios, vômito, cefaleia, amigdalite e dor abdominal
- FARINGITE: amígdalas edemaciadas, hiperemiadas e exsudato
- Enantema: lingua em morango (framboesa). hipertrofia e hiperemiada (incial é branca supurada)
Escarlatina ou 2ª Doença - Manifestação Clínica: Fase Exantemática
*Dxx c/ Kawasaki
- Exantema após 24-48h, eritematoso e Micropapular, c/ textura áspera (em Lixa)
- Início em pescoço, tórax e tronco
- Progressão crânio-caudal (poupa palmas e plantas)
- Sinal de Filatov: palidez em região perioral, mas face hiperemiada
- Sinal de Pastia: exantema extenso e linhas transversais em regiões flexurais
- Rash desaparece em 7 dias, deixando uma DESCAMAÇÃO fina
- Pés e mãos são últimos a descamar (3 semanas)
Escarlatina - Dx:
- Maioria clínico
- Padrã-ouro: swab (cultura de orofaringe em meio ágar-chocolate)
- Anticorpos estreptocócicos: ASO (IVAS) e anti-DNAse B (pele)
Escarlatina - TTO:
- Objetivo de encurtar tempo de doença
- Reduzir transmissão e complicações supurativos e não supurativas (febre reumática)
- ATB não reduz ocorrência de GNPE***
- ATB: Penicilina
Dça Kawasaki x Escarlatina
- Kwasaki: < 5 anos, febre >5 dias, conjuntivite
2. Escarlatina: >5 anos, febre mais curta e não tem conjuntivite
Dça Kawasaki (Síndrome Linfomucocutânea)
- Vasculite febril
- <5 anos e meninOs
- Inflamação vascular generalizada, prefere vasos de calibre médio (a. coronárias = risco aneurisma, trombose, estenose e IAM)
- Ecocardiograma deve ser feito mesmo se sem alterações na ausculta, não da dx de DK, mas sim do aneurisma
Dça Kawasaki (Síndrome Linfomucocutânea)
- Febre ≥ 5 dias (critério obrigatório + ≥4 sinais abaixo): persiste por 1-4 semanas, fator prognóstico p/ desenvolver aneurisma coronário (quanto mais prolongada ou se reaparece)
- Conjuntivite: congestão ocular bilateral sem exsudato (só hiperemia)
- Alteração cavidade oral: hiperemia, ressecamento, fissuras, descamação e sangramento lábios
- Linfadenopatia cervical não supurada: firme, doloroso e não flutua
- Exantema polimorfo: tronco e extremidades.
- Alterações de mãos e pés: EDEMA eeritema palmoplantar c/ descamação periungueal*
Dça Kawasaki (Síndrome Linfomucocutânea) - Envolvimento cardíado
- Fase aguda: Miocardite (50%) → taquicardia despropocional à febre e ↓ contratilidade
- Regurgitação valvar e derrame pericárdico
- Subaguda (1-3 sem): aneurismas de coronárias, gigantes c/ diâmetro interno ≥ 8 mm c/ risco de ruptura, trombose e estenose
Dça Kawasaki (Síndrome Linfomucocutânea)
- Fase aguda ( 1-2 semanas): febre, miocardite e sinais clínicos
- Subagudo (2-4 sem): redução da febre e outros sinais, descamação periungueal, trombocitose e aneurismas
- Convalesceça (6-88 semanas): redução de PCR/ VHS e s/ sinais clínicos
Dça Kawasaki (Síndrome Linfomucocutânea) Atípica ou Incompleta
*Da o dx:
- Febre ≥ 5 dias + 2 ou 3 dos demais critérios + PCR ≥ 3 mg/dl e/ou VHS ≥ 40 mm/h na presença de 2 condições abaixo:
- ≥ 3 dos seguintes: albumina ≤ 3, anemia, ↑ AST/ALT, Plaquetas ≥450.00 depois 7º dia; leucocitose ≥15.000, leucocitúria ≥ 10 leucócitos/campo
- <3 dos exames laboratoriais acima + ECO compatível
Dça Kawasaki (Síndrome Linfomucocutânea - TTO:
- 20-25% não tto tem arterite coronarianas nas 1as semanas (se tto risco de 2-4%)
- Imunoglobulina IV nos primeiros 10 dias (fase febril)
- AAS 80-100 mg/kg/d até o 14º dia da doença ou até 3 dias após desaparecer a febre e depois redução 3-5 mg/kg/d por 6-8 sem até normalizar VHS, se aneurisma coronários uso mantido
Impetigo
- Infecção superficial da pele causada pelo GAS
- Impetigo bolhoso: causado exclusivamente pelo S. aureus
- Impetigo não bolhoso (crostoso) é o mais comum: causado infecção estafilocócica e/ou estreptocócica
Impetigo Crostoso (não bolhoso)
*Mais comum
- S. aureus ou Streptococcus pyogenes
- Face (ao redor narinas), extremidades c/ traumatismos prévios
- Papulovesícula eritematosa c/ pus c/ formação crostas espessas cor de âmbar (coloração melicérica) que confluem
- Pode ter linfadenite regional
- No geral não há febre ou outro sinal sistêmico
Impetigo Bolhoso
- Causado exclusivamente pelo S. aureus
- Menos comum
- Afeta mais lactentes
- Pequenas bolhas flácidas em face, nádegas e períneo
- Pode aparecer no neonatal, desde nascimento se RPMO
Celulite
- Infecção aguda da pele c/ acometimento do SC
- Eritema, edema, dor
- SEM limites definidos (≠ erisipela)
- Porta de entrada cutânea (trauma local)
- Agente: S. pyogenes e S. aureus
Erisipela
- Agente: S. pyogenes
- Forma mais superficial, c/ comprometimento linfático importante
- Eritema delimitado
- Febre, mal-estar
- Pode ser encontrado bolhas sobre eritema
Síndrome do Choque Tóxico Estreptocócico (SCTE)
- Forma invasiva da infecção estreptocócica
- Choque e falência de múltiplos órgãos
- Critérios clínicos: Hipotensão + 2 dos seguintes → disfç renal, hepática, coagulopatia, IResp, Exantema macular eritematoso disseminado, necrose de tecidos moles
- Caso definido: Critérios clínicos + isolamento de GAS de um local estéril
- Caso provável: Critérios clínicos + isolamento de GAS de um local não estéril
Infecção pelo Staphylococcus aureus
- Principal causador de dças de pele: impertigo, furúnculos, celulites, abscessos, infecção feridas, paroníquias, onfalites
- Pode provocar infecções sistêmicas: Sd. choque tóxicos, Sd. pele escaldada, artrites, abscessos, osteomielite
Síndrome da Pele Escaldada (ou Sd. Ritter)
- Provocada pelas cepas 71 e 55 de S. aureus
- Foco nasofaríngeo, urinário, umbilical, lesões cutâenas
- Produzem toxinas epidermolíticas ou esfoliativas A e B que faz clivagem da epiderme ao nível da camada granulosa da epiderme
- FR: imaturidade renal (clearance) em RN e lactentes jovens
Síndrome da Pele Escaldada (ou Sd. Ritter) - TTO:
- Penicilinas resistentes à penicilinases (oxacilina ou vancomicina)
- Associar Clindamidina p/ inibir síntese da toxina bacteriana
Síndrome do Choque Tóxico Estafilocócico
- Síndrome multissistêmica provocada pelo S. aureus produtor da toxina-1 e enterotoxinas
- Febre, hipotensão, rash eritematoso c/ descamação mãos/pés e envolvimento multissistêmico
- FR: Mulheres de 15-25 anos que usam tampões vaginais; cças c/ tampões nasais, feridas infectadas, queimaduras
Síndrome do Choque Tóxico Estafilocócico
- Critérios maiores (todos): Febre >38,8ºC; Hipotensão; Rash (eritrodermia c/ descamação posterior)
- Critérios menores (3 ou mais): inflamação mucosa, vômito/diarreia, disfç hepática, renal, neurológica, mialgias e ↑ enzimas musc, trombocitopenia (plaq <100 mil)
- Critérios exclusão: ausência de outra explicação, hemoculturas negativas
- TTO: Oxacilina ou Vancomicina IV + Clindamicina
Síndrome da Mononucleose Infecciosa (doença do beijo)
- Agente: Epstein-Barr Vírus (EBV) em 90% dos casos (família herpesviridae)
- Transmissão: contato íntimo (beijo) por gotículas saliva e intercurso sexual
- Incubação: 30-50 dias*
- Clínica: faringite, fadiga, linfadenopatia generalizada e epitroclear, esplenomegaliar → queixas sistêmicas
Síndrome da Mononucleose-like
*Dxx
- CMV
- Toxoplasmose
- Hepatites
- Adenovírus
- HIV
- Rubéola
Síndrome da Mononucleose Infecciosa (doença do beijo)
- > 95% da população já foi infectada pelo EBV
- Ocorre mais em pré-escolares, não é comum antes de 4 anos
- Tríade (50%): Fadiga + Faringite + Linfadenopatia
- Infectados podem eliminar vírus por até 6 meses após a dça aguda
Potencial oncogênico do EBV
- Carcinoma nasofaringe
- Linfoma de Burkit
- Doença de Hodgkin
- Leiomiossarcoma em pctes imunossuprimidos
- Carcinoma de glândulas salivares
- Possuem altos títulos de anticorpos do EBV na maioria dos tumores
- Imunodeficiências podem predispor ao desenvolvimento dos cânceres EBV-associados
Síndrome da Mononucleose Infecciosa - QC:
- Fadiga, febre aguda ou prolongada (>7 dias), mal-estar, odinofagia, náusea, mialgias
- Linfadenopatia generalizada (90%) e epitroclear
- Esplenomegalia (50%) e Hepatomegalia (10%)
- Faringite c/ ou s/ exsudato e petéquias no palato
- Sinal de Hoagland: edema palpebral
- Exantema após uso de amoxicilina ou ampicilina
Síndrome da Mononucleose Infecciosa - QC:
- Fadiga, febre aguda ou prolongada (>7 dias), mal-estar, odinofagia, náusea, mialgias
- Linfadenopatia generalizada (90%) e epitroclear
- Esplenomegalia (50%) e Hepatomegalia (10%)
- Faringite c/ ou s/ exsudato e petéquias no palato (dxx c/ angina estreptocócica)
- Sinal de Hoagland: edema palpebral
- Exantema após uso de amoxicilina ou ampicilina, s/ uso de ATB em 3-15%
- LINFOCITOSE C/ ATIPIA LINFOCITÁRIA
Síndrome da Mononucleose Infecciosa - Síndrome de Gianotti-Crosti:
- Exantema papular eritematoso, bochecha, extremidade e nádegas c/ tendência a coalescência
- Dura 15-50 dias
- Causada pelo EBV
Síndrome da Mononucleose Infecciosa - Complicações:
- Obstrução de VAS
- Cefaleia, convulsões e ataxia
- Sd. “Alice no país das maravilhas”: metamorfopsia (distorção visual da forma, tamanho e noção espacial dos objetos)
- Meningite asséptica, milite transversa e SGB
- Anemia hemolítica
- Rotura esplênica 2ª a trauma: mais na 2ª semanas de dça, mais comum em adultos do que em cças → afastamento das atividades
- Sd. Duncan: meninos c/ imunodef. congênita herdade pelo X c/ infecção sistêmica e fatal pelo EBV.
Síndrome da Mononucleose Infecciosa - Dx:
- Linfocitose com atipia linfocitária *****
- Trombocitopenia leve e ↑ AST/ALT
- Anticorpos heterófilos (incomum em <4 anos e mais comum em > 4 anos): mais sensível após 2ª semana, se aglutina em hemácias de animais.
- Sorologia específica:
- Anti-VCA (IgM e IgG anticapsídeo viral):marca fase aguda
- Anti-EA (IgG antiantígenos precoces): persiste por meses
- Anti-EBNa (IgG antiantígeno nuclear): último a apareccer
Síndrome da Mononucleose Infecciosa - TTO
- Sintomáticos: paracetamol ou dipirona
- Evitar AAS: risco de Sd. de Reye (encefalopatia e degeneração gordurosa das vísceras)
- S/ tto específico
- Evitar atividade física por 2-3 semanas ou até desaparecer esplenomegalia: por risco de rutura eplênica 2ª a trauma
- Corticoide se obstrução VAS, anemias, convulsões
Citomegalovírus
- Maioria dos adultos são soropositivos p/ CMV
- Vírus pode ser encontrado em qqer líquido corporal e nos órgãos
- Vírus DNA dupolo, família Herpesvirida e capaz de ser latente
- QC por primoinfecção ou reativação latente
Citomegalovírus
- Transmissão por várias formas: sexual, urina, saliva, parenteral, transplante e vertical
- Pré-escolar (creches), adolescentes (sexual)
- Pode afetar qqer tecido do corpo: pulmão, SNC, fígado, rins, TGI
- Maior risco fatal em imunodeprimidos
Citomegalovírus -QC:
- Varia de acordo c/ idade da primoinfecção e condições imune
- Imunocompetentes: assintomáticos ou mononucleose-like (=EBV, mas c/ acs heterófilos negativo)
- Imunodeprimidos: Pneumonite, hepatite, coriorretinite
Citomegalovírus Congênita
- RCIU
- Prematuridade
- Hepatite, hepatoesplenomegalia e icterícia
- Rash
- Calcificações intracraniana e periventriculares
- Microcefalia
- Surdez sensório-neural
Citomegalovírus - TTO:
- Indicado só em imunodeprimidos e infecções congênitas sintomáticas c/ Ganciclovir, Foscarnet e Imunoglobulinas
- Provilaxia: higiena mãos, uso dos medicamentos acima em transplantados e evitar amamentação curzada s/ pasteurizar
Toxoplasmose
- Toxoplasma gondii
- Protozoário intracelular obrigatório
- Não é exclusivo do homem, sendo os fatos hospedeiros definitivo
- Necessário boa resposta imune humoral p/ evitar multiplicação patógeno
Toxoplasmose - Formas do T. gondii
- Taquizoítas: sangue
- Bradizoítas: cisto alojados nos tecidos esqueléticos e cérebro
- Oocistos: eliminado pelas fezes de felinos (viáveis até 1 ano no solo), cada oocisto depois de ingerido libera esporozoíta
Toxoplasmose - Formas do T. gondii
- Gato se contamina ingerindo carne contendo bradizoítas na forma de cistos ou fezes de outros animais contendo oocistos, se multiplica no íleo distal dos gatos e eliminam oocistos pelas fezes
- Humano: come o oocisto ou ingestão de carne crua de animais (vaca, porco, aves, ovelhas) que contém bradizoítas na musculatura esquelética (congelamento ou alta temperatura evita)
- Pode haver transmissão transplacentária
Toxoplasmose - QC:
*Maioria em competente é autolimitado e não necessita tto
- Adquirida: Linfadenomegalias cervicais, mediastinais, mensetéricos, intra-abdominal
- 1 Dor, febre (QC = apendicite)
- Ocular (adquirida ou congênita): coriorretinite uni ou bilateral, visão borrada, escotomas, fotofobia, lacrimejamento, ↓ acuidade
- Imunodeprimido: SNC (50%), coração, pulmão e TGI, febre alta, cefaleia, alt. mental, psicose, convulsões e déficit focal, pode ser reativação foco latente
Toxoplasmose - Dx:
- Sorologia: IgM
- Ocular: IgM + retinocoroidite típica (necrose, focal c/ lesões satélites cicatrizadas)
- Imunodeprimidos: cultura sangue, líquor (IgG pode estar baixo = reativação foco)
Toxoplasmose - TTO:
- Adquirida em adultos e cças hígidas não complicada não requer tto
- 1 Indicado se QC intenso ou persistentne c/ LOA
- Imunodeprimido deve ser tto sempre, mesmo se assintomático: Sulfadiazina + Pirimetamina (tem ação sinérgica) por 4-6 semanas
- Pirimitamina: inibe síntese ác. fólico
Síndrome de Gianotti-Crosti (acrodermatite papular não infância)
- Associado ao vírus da hepatite B e A, EBV, coxsackie A16 e parainfluenza
- Acomete cças de 2-6 anos
- Exantema papular eritematoso em bochechas, nadegas e extremidades com tendência a coalescência NAo pruriginosas
- Duração de 15-50 dias
- Pode ter Hepatomegalia dolorosa, elevação de transaminases
Linfocitose Atípica
- Aponta para etiologia viral (e não causa bacteriana)
2. É um achado laboratorial inespecífico