Doenças Exantemáticas Flashcards

1
Q

Sarampo

Não causa malformação congênita

A
  1. Agente: gênero Morbiluvirus da família Paramyxoviridae 9= VSR)
  2. Transmissibilidade: por AEROSSOIS (permanece em suspensão no ar = o da varicela, e não por gotículas)
  3. 1 Alta taxa transmissão (90%) - suscetibilidade universal
    1. Ocorre em 6 dias antes até 4 dias após rash (maior em 2 dias antes até 2 dias após rash)
  4. Incubação: 8-12 dias (assintomático)
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2
Q

Tempo no geral de incubação viral

A

1-3 semanas (7-21 dias)

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3
Q

Sarampo

A
  1. Dça exantemática de MAIOR morbimortalidade
  2. Maior risco de contaminação e gravidade: desnutridos, <1 ano e países em desenvolvimento
  3. NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA IMEDIATA (até 24h)
  4. Em 2016 o BR recebeu certificado internacional de eliminação do vírus, mas em 2019 c/ novos casos
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4
Q

Sarampo

A
  1. Vírus RNA da família Paramyxoviridae, gênero Morbilovius
  2. Suscetibilidade de 90% após exposição
  3. RN recebem acs maternos (imunidade passiva transitória) até vacinação aos 12 meses
  4. Maioria dos quadros são benignos
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5
Q

Sarampo - Transmissibilidade

A
  1. Mais intenso entre 2 dias que antecedem e 2 dias que sucedem o início da erupção
  2. Penetra mucosa do trato respiratório ou conjuntiva ocular, migra p/ linfonodos regionais (hiperplasia linforreticular)
  3. Necrose celular, vasculite, infiltrado linfocíto e formação de céls gigantes de Warthin-Finkeldey (patognomônicas)
  4. Linfócitos T CD4+ e Th1
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6
Q

Sarampo - Manifestações Clínica: Fase Prodrômica

A
  1. Antes do exantema: febre, TOSSE, coriza, conjuntivite e fotofobia
  2. ENANTEMA ou Manchas de Koplik (50-70% dos casos): lesões puntiformes, esbranquiçadas c/ halo avermelhado na mucosa jugal na altura dos pré-molares → Patognomônico
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7
Q

Sarampo - Manifestações Clínica: Fase Exantemática

A
  1. Entre o 2º e 4º dia
  2. Exantema maculopapular avermelhado: morbiliforme (áreas de pele sã de permeio)
  3. Inicialmente retroauricular c/ disseminação frontal seguindo linha de implantação capilar
  4. Disseminação p/ dorso, extremidades, palmas e solas (50%)
  5. Confluência em face e tronco
  6. Progressão crânio-caudal (cefalocaudal)
  7. Febre é máxima no pico do exantema (40-40,5ºC): fácies sarampenta c/ hiperemia conjuntival, lacrimejamento, coriza mucopurulenta e rash facial
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8
Q

Sarampo - Manifestações Clínica: Fase Remissão

A
  1. Descamação FURFURÁCE
  2. Resolução do exantema em 7 dias tornando acastanhado e fina descamação
  3. Tosse é último sintoma a desaparecer (até 10 dias)
  4. Linfadenomegalia cervical e occipital pode ser proeminente
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9
Q

Sarampo - Manifestações Clínica: Período Toxêmico

A
  1. Queda da resistência imune e surgimento das complicações
  2. Mais prevalente em <2 anos e desnutridos
  3. Pelo vírus necrosar todo epitélio traqueobrônquico é comum laringite, traqueíte, bronquite e pneumonia viral
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10
Q

Sarampo - Manifestações Clínica:

A
  1. Período incubação: 8-12 dias assintomáticos
  2. Período prodrômico: viremia 2ª, disseminação partículas virais p/ superfícies epiteliais e SNC, seguido necrose celular
  3. Período exantemático: início da produção de anticorpos e redução dos outros sintomas
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11
Q

Sarampo - Complicações:

A
  1. Otite Média Aguda: complicação bacteriana mais COMUM/ frequente
  2. Pneumonia: principal causa de óbito (piora dos sintomas desde início da dça) → S. aureus, S. pneumoniae, H. influenzae
  3. Encefalite: muito mais grave
  4. Panencefalite esclerosante subaguda: LETAL
  5. Reativação de foco pulmonar de TB
  6. Apendicite: por hiperplasia linfoide
  7. Crise febril (3%)
  8. Sarampo negro ou hemorrágico: lesões cutâneas hemorrágica, ceratite ocular e trombocitopenia
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12
Q

Sarampo - Fatores de Risco de Complicações:

A
  1. Extremos de idades: <5 anos e >20 anos (maior morbimortalidade)
  2. Desnutrição grave: comprometimento imune e disseminação da dça
  3. Deficiência de vitamina A: faz manutenção da integridade das membranas epiteliais e regulação imune, e sarampo reduz o nível e mais grave se deficiência.
  4. Aglomerações
  5. Imunodepressão
  6. Gestantes: risco de abortos e parto prematuros (não tem malformações***)
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13
Q

Sarampo - Complicações: Encefalite

A
  1. Processo imune mediado por lesão ao SNC por mediadores imunes (e não ação viral)
  2. Maior frequência adolescentes, adultos jovens
  3. Prgnóstico desfavorável (15% letalidade e 50% sequelas)
  4. Manifesta-se na fase exantemática: convulsões, letargia, coma ou irritabilidade
  5. Liquor: pleocitose linfocítica e aumento de ptnas
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14
Q

Sarampo - Complicações: Panencefalite Esclerosante Subaguda (PEES)

A
  1. Forma crônica de complicação
  2. Se manifesta de 7-10 anos após primoinfecção
  3. Maioria adquiriu c/ <4 anos o sarampo (75%) por imaturidade imune
  4. Vírus fica quiescente nos neurônios c/ posterior processo degenerativa
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15
Q

Sarampo - Complicações: Panencefalite Esclerosante Subaguda (PEES)

A
  1. Fase I: mudança súbita comportamental, irritabilidade, agressividade, desatenção
  2. Fase II: mioclonias maciças de membros (apendiculares) e tronco (axiais) = lesões núcleos base
  3. Fase III: mvtos coreoatetoides, distônicos e rigidez = destruição dos núcleos da base (demência, estupor, coma)
  4. Fase IV: perda controles autonômicos do tronco encefálico (respiração, CDV) e morte
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16
Q

Sarampo - Complicações: Panencefalite Esclerosante Subaguda (PEES)

A
  1. Dx: anticorpos antissarampo no liquor; EEG característico (mioclonias e padrão surto-supressão); achados histopatológicos, isolamento viral ou antígenos por biópsia cerebral ou post mortem
  2. TTO: suporte ± Inosiplex ou INF-a
  3. Faleciemnto em 1-3 anos por disautonomia do controle vital
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17
Q

Sarampo - Dx:

A
  1. Leucopenia com linfocitose
  2. Sorologias
  3. PCR: isolamento viral
  4. Fazer notificação compulsória imediata se suspeita (não esperar resultado)
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18
Q

Sarampo - TTO:

A
  1. Sintomáticos p/ febre (antitermicos) e dor (analgésicos)
  2. Suporte: limpeza ocular, O2, repouso
  3. Repor VITAMINA A (2x): ↓ morbimortalidade em <2 anos hospitalizados
    1. <6m: 50.000 UI VO / 6-12m: 100.000 UI VO/ >12m: 200.000 UI VO no dia do dx e outra no dia seguinte
  4. Paciente internado (↓ estado geral): ISOLAMENTO POR AEROSSOL (N95)
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19
Q

Sarampo - Prevenção/ Profilaxia: Pré-Exposição

A
  1. Vacina de vírus vivos atenuados contra sarampo
  2. Aos 12 meses c/ tríplice viral e aos 15 meses c/ tetra viral
  3. Dose ZERO (2019): cças de todo Brasil c/ idade entre 6 a 11 meses p/ evitar casos graves e óbitos
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20
Q

Sarampo - Prevenção/ Profilaxia: Pós-Exposição

A
  1. Indicado p/ todos contactantes íntimos suscetíveis
  2. Vacina: ATÉ 72h (3 dias) do contato, interrompe progressão da dça (não pode em gestantes, <6 m e imunodeprimidos)
    1. Não considerar de rotina vacina entre 6-12 m
  3. Imunoglobulina (imunização passiva) IM: ATÉ 6 dias da exposição
    1. Indicada em contatos íntimos suscetíveis que tenha contraindicação à vacina: <6m, grávida e imunodeprimidas ou c/ >72h até 6 dias da exposição
    1. Seu uso não é citado no MS
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21
Q

Rubéola

  • Adenomegalia retroauricular, occipital ou cervical + febre
  • Rash petequial em palato
A
  1. Dça exantemática benigna e autolimitada quando adquirida pós-natal
  2. Principal preocupação é com a rubéola congênita no 1º Trimestre: malformações cardíacas, neurais, oculares e cocleares
  3. Em 2015 o BR recebeu certificado de eliminação da rubéola e da Sd. Rubéola Congênita
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22
Q

Rubéola

A
  1. Agente: gênero Rubivírus da família Togaviridae
  2. Transmissibilidade: por gotículas de secreção nasofaríngea ou pela via placentária (maior gravidade nas 1as 8 semanas de IG)
  3. Transmissão 5-7 dias antes e 5-7 dias após aparecimento do rash
  4. Incubação: 14-21 dias
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23
Q

Rubéola - Manifestações Clínicas

A
  1. Fase Prodrômica: sintomas catarrais, febre baixa, mal-estar, mialgia, hiperemia conjuntival
    1. LINFADENOPATIA: RETROAURICULAR, Cervical posterior e Suboccipital
  2. Fase Exantemática: Enantema rosado em palato (manchas de Forchheimer = não é patognomônico).
    1. Exantema maculopapular que dura 3 dias e NÃO descama
    1. Início: face e progressão craniocaudal rápida
  3. Poliartralgia e poliartrite: mais em adolescente e adultas ♀*
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24
Q

Rubéola - Complicações

A
  1. Gravidade menor que o sarampo
  2. Artropatias (♀): uma semana após exantema em pequenas articulações das mãos
  3. Sd. da Rubéola Congênita
  4. Trombocitopenia pós-infecciosa: cças ♀
  5. Encefalite pós-infecciosa
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25
Q

Rubéola - Dx e TTO:

A
  1. Leucopenia, neutropenia e trombocitopenia
  2. Sorologia ou PCR (isolamento viral)
  3. S/ tto específico, só sintomátcios
  4. Prevenção pré-exposição.: vacina c/ tríplica e tetral viral
  5. Prevenção pós-exposição: vacina até 72h após contato
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26
Q

Exantema Súbito ou Roséola Infantil ou Sexta Doença

*herpeS = Subito

A
  1. Infecção mais comum nos lactentes e pré-escolares
  2. Maior incidência dos 6-15 meses
  3. Aos 3 anos 95% das cças já adquiriram a infecção pelo agente
  4. Antes dos 6 meses é incomum a infecção, pela proteção dos acs maternos
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27
Q

Exantema Súbito ou Roséola Infantil ou Sexta Doença

A
  1. Agente: Herpesvírus humano (HHV) tipo 6 (mais frequente) e 7, da família herpesviridae
  2. DNA duplo filamento e permanece latente após primoinfecção (= VVZ)
  3. Excreção por GOTÍCULAS, salivas de adultos portadores
  4. HHV 6 pode suprimir toda linhagem hematopoiética da MO (mielossupressão grave em pós-transplante)
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28
Q

Exantema Súbito ou Roséola Infantil ou Sexta Doença

A
  1. Transmissibilidade é desconhecida
  2. Incubação de 5-15 dias
  3. Acomete moléculas CD dos linfócito T
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29
Q

Exantema Súbito ou Roséola Infantil ou Sexta Doença - Manifestações Clínicas da Fase Prdrômica

A
  1. Doença de lactentes
  2. Debre ALTA (39-40ºC), c/ risco de crises febris (10%)*
  3. Febre dura de 3-5 dias e some de maneira súbita/brusca (em crise) ou gradual (em lise), aparecendo o exantema associado*
  4. Úlceras em palato mole e úvula: Manchas de Nagayama
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30
Q

Exantema Súbito ou Roséola Infantil ou Sexta Doença - Manifestações Clínicas da Fase Exantemática

A
  1. Exantema maculopapular que aparece após a febre
  2. Róseo, não pruriginos
  3. Primeiramente em tronco c/ disseminação p/ pescoço, face e extremidades (proximal do membros)
  4. Máculas podem COALESCER
  5. Resolução do exantema em 3 dias
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31
Q

Exantema Súbito ou Roséola Infantil ou Sexta Doença

A
  1. Dx é clínico
  2. Risco de crise convulsiva febril (dxx c/ meningite) em 10%
  3. No geral é autolimitada e benigna
  4. TTO de suporte/ sintomáticos
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32
Q

Eritema Infeccioso ou Quinta Doença

*erItema Infeccioso = parvovIrus

A
  1. Agente: PARVOVÍRUS B19
  2. É um DNA-vírus do gênero Erythrovirus e família Parvoviridae
  3. Células-alvo da infecção sao precursores eritroides na MO (antígeno P)
  4. O eritema infeccioso é apenas uma consequência da infecção viral (várias formas), mas é a mais frequente
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33
Q

Eritema Infeccioso ou Quinta Doença

A
  1. Transmissão por gotículas de secreção respiratória, via transplacentária ou sanguínea
  2. Transmissibilidade em 15-30%
  3. NÃO transmite na fase exantemática
  4. Incubação de 16-17 dias
  5. Mais comum em escolares, sendo que 70% ocorre entre 5-15 anos
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34
Q

Eritema Infeccioso ou Quinta Doença - Manifestações Clínicas na Fase Prodrômica

A
  1. 7-11 dias após contágio é inexistente ou inespecífica
  2. Febre baixa, cefaleia, rinorreia, obstrução nasal
  3. Por ter alto período de incubação e um período assintomático entre o prôdromo (7-11d) e o exantema (16-17 dias) é difícil dx nessa fase
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35
Q

Eritema Infeccioso ou Quinta Doença - Manifestações Clínicas na Fase Exantemática

  • Não é mais transmissível
  • Pode manter atividade física normal, s/ restrição de contato, após aparecimento do exantema
A
  1. 1ª estágio: exantema em face (face esbofeteada) c/ palidez perioral
  2. 2º estágio: um dia após acometer a face ou concomitante, manchas vermelhas simétricas em tronco e parte proximal das extremidas superiores e inferiores
    1. Aspecto rendilhado: clareamento central c/ duração dias a semanas SEM descamar
    1. Lesões mais em extensores, e poupa palmas/ plantas
  3. 3º estágio: exantema recidivante, após melhora clínica em 1-3 semanas, após exposição solar, calor, exercícios e estresse
    1. NÃO TEM DESCAMAÇÃO
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36
Q

Eritema Infeccioso ou Quinta Doença - Manifestações Clínicas: Artropatia

A
  1. Isolada ou associada, mais em ♀ adultas/ jovens em mão, punho, joelho e tornozelo, autolimitada (2-4 sem) e não destrutiva
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37
Q

Eritema Infeccioso ou Quinta Doença - Manifestações Clínicas: Crise aplástica transitória

  • Aplasia de medula
  • Transitória em imunocompetentes
  • Pode ser crônico em imunossuprimidos
A
  1. Anemia hemolítica crônica com RETICULOPENIA por efeito citopático (lise) dos precursores eritroides (interrupção temporária da eritropoiese)
  2. Febre, prostração, letargia e sinais de anemia grave (palidez cutâneo-mucosa, taquicardia e taquipneia)
  3. Exantema raramente está presente
  4. Maior risco de mielossupressão em imunocomprometidos: anemia + neutropenia + plaquetopenia
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38
Q

Eritema Infeccioso ou Quinta Doença - Infecção Fetal

A
  1. Primoinfecção manterna tem maior risco no 2º trimestre da gravidez
  2. Tropismo pela linhagem eritroide fetal na MO, fígado e baço
  3. Profunda anemia feta c/ “compensação” do deficit de O2 instalando uma HIDROPSIA FETAL NÃO IMUNE
  4. Risco morte fetal intraútero
  5. Efeito citopático sobre miócitos cardíacos c/ risco de IC
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39
Q

Eritema Infeccioso ou Quinta Doença - Síndrome de Luvas e Meias

A
  1. Edema doloroso de mãos e pés associados a lesões papulares-purpúricas ou petequias de distribuição em “luvas e meia”
  2. Autolimitada e resolução em semanas
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40
Q

Varicela ou Catapora

A
  1. Agente: Vírus Varicela-Zóster (VVZ)
  2. Transmissibilidade: AEROSSOIS (suspensão no ar = o sarampo)
  3. A primoinfecção pelo VVZ provoca a Varicela → pré-escolares/ escolares
  4. Permanece latente nos neurônios dos gânglios sensoriais
  5. Vírus é termossensivel, tendo maior transmissão no calor
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41
Q

Herpes-Zóster (ou Cobreiro)

A
  1. A reativação do VVZ latente, anos após, resulta no herpes-zóster (cobreiro)
  2. Mais em adultos após 45 anos
  3. O herpes-zóster é raro em cças saudáveis <10 anos, quando ocorre há hx de primoinfecção antes de 1 anos de vida (<2m*)
  4. Cças imunocompetente tem forma branda, menos dor aguda e menor nneuralgia pós-herpética comparada aos adultos
  5. Cças imunodeprimidas tem surtos recidivantes
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42
Q

Varicela

A
  1. Vírus de DNA da família Herpesviridae (= herpes simples, EBV e CMV)
  2. Permanecem latentes no organismo
  3. O VVZ é altamente contagioso
  4. Transmissão: contato c/ secreções das lesões ou gotículas de secreções respiratórias ou aerossóis
  5. Maior risco de contaminação por contato c/ varicela do que com zóster.
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43
Q

Varicela

A
  1. 80-90% de chance de contaminação
  2. Transmissão ocorre em 2 dias antes das formação de vesículas/ exantema até 7 das após o seu início
  3. Término da transmissão quando todas lesões virarem crostas
  4. Incubação de 10-21 dias
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44
Q

Herpes-Zóster (ou Cobreiro)

A
  1. Fatores de risco de reativação: imunidade, idade avançada e estresse
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45
Q

Varicela - Manifestações Clínicas: Fase Prodrômica

A
  1. Febre moderada (<39ºC) que dura por 2-4 dias após início exantema, cefaleia, dor abdominal
  2. 24-48h antes do início do exantema
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46
Q

Varicela - Manifestações Clínicas: Fase Exantemática

A
  1. Exantema inica em couro cabeludo, face e tronco
  2. Progressão centrífuga (centro → periferia): Disseminação p/ tronco e extremidades
  3. Distribuição centrípeta
  4. Lesões surgem em surtos: máculas eritematosas pruriginosas → pápulas → vesículas de conteúdo claro → pústulas c/ umbilicação central → crostas
  5. Polimorfismo regionais c/ vesículas pruriginosas (até cavidade oral/ mucosas)
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47
Q

Varicela - Manifestações Clínicas: Fase Exantemática

A
  1. Quadro mais grave em cças com dermatite atópica ou quemadura solar
  2. Cerca de 300-1500 lesoe
  3. Raramente evoluem p/ cicatriz
  4. Se persistência da febre ou reaparecimento indica infecção bacteriana 2ª
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48
Q

Varicela - Dxx:

A
  1. Impertigo: sem polimorfismo e não acomete mucosas
  2. Escabiose: predileção dobras e interdigitais
  3. Estrófilo: preferencia por membros
  4. Enterovirose: vírus coxsakie c/ lesões papuloesiculares de tamanho menor e localizada em boca, pé e mçao
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49
Q

Varicela em vacinados

A
  1. Apenas uma dose tem eficácia >95% p/ proteção contra formas graves e prevenção d e80% contra outros tipos
  2. Pode desenvoler rash pelo vírus vacinal se rash em 14-42 dias
  3. Se rash em <14 dias (vacinado na incubação) e >42 dias é por vírus selvagem
  4. Forma mais branda, <50 lesões cutâneas e sem febre associada e menos contagiosas (fazer afastamento escolar)
50
Q

Varicela Neonatal

A
  1. Transmissão perinatal, dça materna próximo do nascimento há passagem transplacentária do vírus e contaminação do feto e RN em período de incubação
  2. Não há tempo para mãe desenvolver acs p/ passar p/ feto
  3. RN desenvolve forma grave no final da 1ª semana de vida
  4. Todo RN que a mãe desenvolva a doença 5 dias antes até 2 dias após o parto deve receber imunoglobulina específica → desenvolve forma mais branda
51
Q

Síndrome da Varicela Congênita

A
  1. Embriopatia associada à infecção 1ª materna pelo VVZ nas 1as 20 semanas da gestação
  2. Feto: RCIU, hipoplasia de extremidades, cicatrizes cutâneas, defeitos oculares (microftalmia, coriorretinite, catarata) e comprometimento do SNC (RM, convulsões, atrofia cortical)
  3. Dx: PCR de cordão (fetal) ou IgG + após 12 meses (pré-natal)
52
Q

Herpes-Zóster

A
  1. Reativação do VVZ nos gânglios sensitivos
  2. Principais gânglios acometidos: dorsais, lombares e 5º par craniano
  3. Inflamação e necrose do neurônio, c/ dor aguda (neuralgia)
  4. Partículas virais migram através do axônio até terminações próximas à pele (vesículas herpéticas que acompanha dermátomo)
53
Q

Herpes-Zóster

A
  1. Pápulas eritematosas, vesículas, pústulas e crostas (2-3 semanas)
  2. Evolução lenta das lesões
  3. Raramente atravessam linha média
  4. Pode ocorrer cicatrizes definitivas
  5. Prodrômos são mais comuns em idosos
  6. Pode levar a mielite no corno anterior da medula c/ fraqueza e alteração sensibilidade.
54
Q

Varicela - Complicações:

A
  1. Infecção bacteriana 2ª da pele: complicação mais frequente da varicela (5%)
  2. Varicela progressiva: imunodeprimidos
  3. Varicela congênita: hipoplasia dos membros e lesões cicatriciais
  4. Neurológicas: encefalites e ATAXIA CEREBELAR AGUDA (mais comum e c/ nistagmos), mielite transversa, SGB, Sd. Reye
  5. Trombocitopenia
  6. Pneumonia viral e bacteriana (é principal causa de óbito)
55
Q

Varicela - Complicações: Infecção bacteriana 2ª da pele

A
  1. Ocorre em 5%
  2. É complicação mais frequente da varicela
  3. Por ter exantema variceliforme pruriginos há escoriações
  4. Agentes: Estreptococo do grupo A (S. pyogenes) e S. aureus
  5. Eritema na base/ ao redor de uma nova vesícula e reaparecimento da febre 3-4 dias após início do exantema
  6. Pode ser sob forma de: impetigo, celulite, abscessos, erisipela
56
Q

Varicela - Complicações: Ataxia Cerebelar Aguda (Cerebelite)

A
  1. Acometimento neurológico mais comum (1:4.000)
  2. Marcha de base alargada, incoordenação, fala escandida e nistagmo
  3. Resolução espontânea na maioria em 24-72h
  4. Maior associação com varicela (mas pode estar presente em outras)
57
Q

Varicela - Complicações: Síndrome de Reye

A
  1. Encefalopatia associada à hepatite (hepatomegalia, aumento transaminases) e degeneração gordurosa das vísceras
  2. Precipitada pela ingestão de salicilatos (AAS) em vigência da varicela
58
Q

Varicela - Dx:

A
  1. Sorologias
  2. Citologia das lesões (teste de Tzanck): céls gigantes e multinucleadas (= herpes simples)
  3. Isolamento viral
59
Q

Varicela - TTO de Suporte

A
  1. Analgésicos e antitérmicos (NUNCA AAS)
  2. Anti-histamínicos p/ reduzir prurido e escoriações (infecções 2as)
  3. ATB se infecção 2ª: penicilinas, oxacilina ou cefalosporina de 1ª geração
  4. Afastamento escolar ou se internado isolamento de contato e precaução de transmissão aérea
  5. Maioria das cças não necessitam de aciclovir
60
Q

Varicela - TTO c/ Aciclovir

*Gestante só é tratada se desenvolver formas graves da dça (não existe comprovação de teratogenicidade)

A
  1. Aciclovir VO: escolha (rara resistência = foscarnet)
  2. Reduz a viremia e as complicações
  3. Indicações (maior gravidade): >12 anos; 2º caso no mesmo domicílio; dça pulmonar/ cutâenas crônica; CTC (em doses não imunossupressoras = ASMA), uso crônico de salicilatos (Sd. Reye)
  4. Aciclovir IV: CTC dose imunossupressora, imunodeprimidos, varicela progressiva, acometimento sistêmico, RN c/ quadro perinatal
  5. Isolamento hospitalar (aerossois)
61
Q

Herpes-Zóste - TTO c/ aciclovir

A
  1. VO em Adultos saudáveis: reduz duração e risco da neuralgia pós-herpética
    1. Em crianças não é recomendado, mas reduz duração da dça.
  2. IV em imunocomprometidos
62
Q

Profilaxia/ Prevenção Pré-Contato:

A
  1. Tetra vira (15 meses) e Varicela (4 anos)

2. Indicada em <5 nos

63
Q

Profilaxia/ Prevenção Pós-Contato com Vacina de Bloqueio

A
  1. ATÉ 5 dias (120 h) do contato (preferencia fazer até 3 dias após exposição)
  2. Apenas para maiores de 9 meses*
  3. Indicação do MS: bloqueio e prevenção de surto hospitalar, creche e escolas que atendam cças até 7 anos (irmãos não tem indicação)
  4. Vacina de vírus vivo atenuado
64
Q

Profilaxia/ Prevenção Pós-Contato com Imunoglobulina Hiperimune

A
  1. IGHAVZ de 125 U p/ cada 10kg (máx: 625 U) IM
  2. Feito em qualquer idade
  3. Feita ATÉ 4 dias pós-contato (96h)
  4. Indicação: comunicante suscetível e que tenha tido contato significativo c/ o vírus e que o suscetível seja pessoa com risco especial de varicela grave
  5. Suscetível: s/ hx de dça e/ou vacina anterior ou imunossupressão celular grave independente de hx anterior
  6. Contato significativo: domiciliar contínuo ou hospitalar
  7. Risco especial de varicela grave: cça ou adulto imunodeprimido, gestantes, RN de mãe c/ varicela em 5 dias antes ou 2 dias após parto, RN prematuro >28 sem de mãe que nunca teve varicela, RN prematuro <28 sem independete de hx materna
65
Q

Profilaxia/ Prevenção Pós-Contato com Imunoglobulina Hiperimune: INDICAÇÕES

*Doméstica quanto hospitalar

A
  1. Imunodeprimidos
  2. Grávidas
  3. RN prematuro <28 sem e contato: sempre
  4. RN prematuro >28 semanas e contato: se mãe sem varicela prévia (não vale vacinação)
  5. RN de mãe c/ varicela de 5 dias antes até 2 dias após parto
  6. <9 meses hospitalizados*
66
Q

Enterovirose

A
  1. Doenças causadas por vírus
  2. Sítio 1º de invasão, replicação e eliminação é o intestino
  3. Atinge mais cças <1 ano
  4. FR: baixa idade, meninOs, aglomerações, má higiene e baixo nível socioeconômico
  5. Aleitamento materno é fator de proteção
67
Q

Enterovirose

A
  1. Enterovírus pertence à família Picornaviidae (RNA)
  2. Inclui: poliovíruso (tipos 1,2,3), coxsackievirus (tipos A e B), enterovírus e echovirus
  3. Transmissão: Fecal-Oral, respiratória, vertical e fômites contamiados
  4. Incubação: 3-6 dias
  5. Causa várias/ diferentes patologias
68
Q

Enterovirose - Doença Febril Inespecífica

A
  1. Apresentação clínica mais comum em lactentes e pré-escolares
  2. Febre alta (38,5-40ºC), irritabilidade, anorexia, náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia, conjuntivite, IVAS e rash
  3. Hiperemia orofaringe e linfadenomegalia cervical
  4. Febre dura de 3-7 dias
69
Q

Enterovirose - Doença Mão-Pé-Boca

*Dxx: varicela (centrípeta)

A
  1. Agente: Coxsackievirus A16 (mais comum) e enterovírus 71
  2. Febre baixa, vesículas em lábios, língua, mucosa jugal, gengiva, faringe posterior e amigdalas
  3. Pode ulcerar e ter exantema maculopapular ou vesículas nas mãos, pés e nádegas
  4. Acomete mais superfície DORSAL
  5. Lesões mãos e pés evolui p/ vesículas e nas nádegas só maculopapulares
  6. Desaparecem em 1 semana
  7. Benigno e autolimitado
70
Q

Enterovirose - Herpangina

A
  1. Agente: Coxsackievirus A
  2. Febre alta (Até 41ºC) de 1-4 dias, disfagia, dor de gargante e irritabilidade
  3. Dor abdominal e vômito em cças maiores
  4. Pequenas úlceras e vesículas c/ halo eritematoso na região posteiror da orofaringe
71
Q

Enterovirose - Conjuntivite Hemorrágica Aguda

A
  1. Enterovírus 70 e coxsackievirus A24
  2. Escolares, adolescentes e adultos
  3. Dor ocular aguda, fotofobia, visão borrada, lacrimejamento, edema palpebral e linfadenomegalia pré-auricular
72
Q

Enterovirose - Miocardite (e pericardite)

A
  1. Coxsabkievirus B
  2. Inicio respiratório (taquipneia, dispneia)
  3. Manifestações cardiacas (taquicardia, dor torácica, arritmias, IC)
  4. ECG: anormalidade segmento ST e onda T
  5. Rx: aumento área cardíaca
  6. CK-MB e troponina elevadas
  7. Ecocardiograma: aumento câmaras cardíaca, diminuição contratilidade e efusão pericárdica
  8. Resolução sem sequelas no geral, e alguns c/ miocardiopatia dilatada (pior prognóstico)
73
Q

Enterovirose - Manifestações neurológicas

*Encefalite: alt. consciência, ataxia, déficit motor focal e extrapiramidais

A
  1. Enterovírus causam 90% das meningites virais na população vacinada contra caxumba
  2. Mais em <1 ano (3 meses*)
  3. Coxsackievirus B2-B5, echovirus e enterovírus 70 e 71.
  4. Sintomas respiratórios e GI associados + alteração comportamento, consciência e sinais meníngeos
  5. Complicações em até 10% das cças (convulsões, HIC, SIADH)
  6. Bom prognóstico no geral
  7. Liquor: pelocitose (<500 céls), predomina mononucleares e elevação ptnas e glicose normal
74
Q

Enterovirose - Manifestações Neonatais

A
  1. Transmissão vertical (gestação ou no parto) e horizontal (dentro berçario, domicílio)
  2. Maioria assintomáticos
  3. Grave (= sepse): disterminas, >TEC, disfunção respiratória, miocardite, hepatite, encefalite e distúrbios coagulação
75
Q

Infecções causadas pelo Estreptococo do grupo A (GAS) ou Streptococcus pyogenese

A
  1. Várias manifestações clínicas: faringites, impertigos, piodermites, erisipelas, escarlativa, fasciíte necrotizante
  2. Supurativas (abscesso peritonsilar) e não supurativas (febre reumática e GNPE)
  3. Cepas 1,3, 5, 6, 18 e 24: cepas reumatogênicas
  4. Cepas 49, 55, 57 e 69: cepas nefritogênicas (piodermite e GNPE)
  5. Proteína M: maior virulência (dificulta sua fagocitose)
76
Q

Infecções causadas pelo Estreptococo do grupo A (GAS) ou Streptococcus pyogenese

A
  1. Escarlatina: produz exotoxina pirogênica (eritrogênica) do tipo A, B ou C, sendo toxina-específica podendo ter escarlatina >1x
  2. Homem é reservatório natural da GAS
  3. Transmissão: gotículas de saliva e secreções nasais
    1. Maior em aglomerações, creches, escolas, quartéis
    1. Transmite até 24h após início de ATB
77
Q

Escarlatina ou 2ª Doença

A
  1. Mais em pré-escolares/ escolares entre 5-15 anos
  2. Mais associada à faringite* e raramente c/ piodermite ou ferida cx
  3. Agente: SGA - exotoxina pirogênica (eritrogênica)
  4. Incubação: 2-5 dias
78
Q

Escarlatina ou 2ª Doença - Manifestação Clínica: Fase Prodrômica

A
  1. Febre alta (39-40ºC), calafrios, vômito, cefaleia, amigdalite e dor abdominal
  2. FARINGITE: amígdalas edemaciadas, hiperemiadas e exsudato
  3. Enantema: lingua em morango (framboesa). hipertrofia e hiperemiada (incial é branca supurada)
79
Q

Escarlatina ou 2ª Doença - Manifestação Clínica: Fase Exantemática

*Dxx c/ Kawasaki

A
  1. Exantema após 24-48h, eritematoso e Micropapular, c/ textura áspera (em Lixa)
  2. Início em pescoço, tórax e tronco
  3. Progressão crânio-caudal (poupa palmas e plantas)
  4. Sinal de Filatov: palidez em região perioral, mas face hiperemiada
  5. Sinal de Pastia: exantema extenso e linhas transversais em regiões flexurais
  6. Rash desaparece em 7 dias, deixando uma DESCAMAÇÃO fina
  7. Pés e mãos são últimos a descamar (3 semanas)
80
Q

Escarlatina - Dx:

A
  1. Maioria clínico
  2. Padrã-ouro: swab (cultura de orofaringe em meio ágar-chocolate)
  3. Anticorpos estreptocócicos: ASO (IVAS) e anti-DNAse B (pele)
81
Q

Escarlatina - TTO:

A
  1. Objetivo de encurtar tempo de doença
  2. Reduzir transmissão e complicações supurativos e não supurativas (febre reumática)
  3. ATB não reduz ocorrência de GNPE***
  4. ATB: Penicilina
82
Q

Dça Kawasaki x Escarlatina

A
  1. Kwasaki: < 5 anos, febre >5 dias, conjuntivite

2. Escarlatina: >5 anos, febre mais curta e não tem conjuntivite

83
Q

Dça Kawasaki (Síndrome Linfomucocutânea)

A
  1. Vasculite febril
  2. <5 anos e meninOs
  3. Inflamação vascular generalizada, prefere vasos de calibre médio (a. coronárias = risco aneurisma, trombose, estenose e IAM)
  4. Ecocardiograma deve ser feito mesmo se sem alterações na ausculta, não da dx de DK, mas sim do aneurisma
84
Q

Dça Kawasaki (Síndrome Linfomucocutânea)

A
  1. Febre ≥ 5 dias (critério obrigatório + ≥4 sinais abaixo): persiste por 1-4 semanas, fator prognóstico p/ desenvolver aneurisma coronário (quanto mais prolongada ou se reaparece)
  2. Conjuntivite: congestão ocular bilateral sem exsudato (só hiperemia)
  3. Alteração cavidade oral: hiperemia, ressecamento, fissuras, descamação e sangramento lábios
  4. Linfadenopatia cervical não supurada: firme, doloroso e não flutua
  5. Exantema polimorfo: tronco e extremidades.
  6. Alterações de mãos e pés: EDEMA eeritema palmoplantar c/ descamação periungueal*
85
Q

Dça Kawasaki (Síndrome Linfomucocutânea) - Envolvimento cardíado

A
  1. Fase aguda: Miocardite (50%) → taquicardia despropocional à febre e ↓ contratilidade
    1. Regurgitação valvar e derrame pericárdico
  2. Subaguda (1-3 sem): aneurismas de coronárias, gigantes c/ diâmetro interno ≥ 8 mm c/ risco de ruptura, trombose e estenose
86
Q

Dça Kawasaki (Síndrome Linfomucocutânea)

A
  1. Fase aguda ( 1-2 semanas): febre, miocardite e sinais clínicos
  2. Subagudo (2-4 sem): redução da febre e outros sinais, descamação periungueal, trombocitose e aneurismas
  3. Convalesceça (6-88 semanas): redução de PCR/ VHS e s/ sinais clínicos
87
Q

Dça Kawasaki (Síndrome Linfomucocutânea) Atípica ou Incompleta

*Da o dx:

A
  1. Febre ≥ 5 dias + 2 ou 3 dos demais critérios + PCR ≥ 3 mg/dl e/ou VHS ≥ 40 mm/h na presença de 2 condições abaixo:
  2. ≥ 3 dos seguintes: albumina ≤ 3, anemia, ↑ AST/ALT, Plaquetas ≥450.00 depois 7º dia; leucocitose ≥15.000, leucocitúria ≥ 10 leucócitos/campo
  3. <3 dos exames laboratoriais acima + ECO compatível
88
Q

Dça Kawasaki (Síndrome Linfomucocutânea - TTO:

A
  1. 20-25% não tto tem arterite coronarianas nas 1as semanas (se tto risco de 2-4%)
  2. Imunoglobulina IV nos primeiros 10 dias (fase febril)
  3. AAS 80-100 mg/kg/d até o 14º dia da doença ou até 3 dias após desaparecer a febre e depois redução 3-5 mg/kg/d por 6-8 sem até normalizar VHS, se aneurisma coronários uso mantido
89
Q

Impetigo

A
  1. Infecção superficial da pele causada pelo GAS
  2. Impetigo bolhoso: causado exclusivamente pelo S. aureus
  3. Impetigo não bolhoso (crostoso) é o mais comum: causado infecção estafilocócica e/ou estreptocócica
90
Q

Impetigo Crostoso (não bolhoso)

*Mais comum

A
  1. S. aureus ou Streptococcus pyogenes
  2. Face (ao redor narinas), extremidades c/ traumatismos prévios
  3. Papulovesícula eritematosa c/ pus c/ formação crostas espessas cor de âmbar (coloração melicérica) que confluem
  4. Pode ter linfadenite regional
  5. No geral não há febre ou outro sinal sistêmico
91
Q

Impetigo Bolhoso

A
  1. Causado exclusivamente pelo S. aureus
  2. Menos comum
  3. Afeta mais lactentes
  4. Pequenas bolhas flácidas em face, nádegas e períneo
  5. Pode aparecer no neonatal, desde nascimento se RPMO
92
Q

Celulite

A
  1. Infecção aguda da pele c/ acometimento do SC
  2. Eritema, edema, dor
  3. SEM limites definidos (≠ erisipela)
  4. Porta de entrada cutânea (trauma local)
  5. Agente: S. pyogenes e S. aureus
93
Q

Erisipela

A
  1. Agente: S. pyogenes
  2. Forma mais superficial, c/ comprometimento linfático importante
  3. Eritema delimitado
  4. Febre, mal-estar
  5. Pode ser encontrado bolhas sobre eritema
94
Q

Síndrome do Choque Tóxico Estreptocócico (SCTE)

A
  1. Forma invasiva da infecção estreptocócica
  2. Choque e falência de múltiplos órgãos
  3. Critérios clínicos: Hipotensão + 2 dos seguintes → disfç renal, hepática, coagulopatia, IResp, Exantema macular eritematoso disseminado, necrose de tecidos moles
  4. Caso definido: Critérios clínicos + isolamento de GAS de um local estéril
  5. Caso provável: Critérios clínicos + isolamento de GAS de um local não estéril
95
Q

Infecção pelo Staphylococcus aureus

A
  1. Principal causador de dças de pele: impertigo, furúnculos, celulites, abscessos, infecção feridas, paroníquias, onfalites
  2. Pode provocar infecções sistêmicas: Sd. choque tóxicos, Sd. pele escaldada, artrites, abscessos, osteomielite
96
Q

Síndrome da Pele Escaldada (ou Sd. Ritter)

A
  1. Provocada pelas cepas 71 e 55 de S. aureus
  2. Foco nasofaríngeo, urinário, umbilical, lesões cutâenas
  3. Produzem toxinas epidermolíticas ou esfoliativas A e B que faz clivagem da epiderme ao nível da camada granulosa da epiderme
  4. FR: imaturidade renal (clearance) em RN e lactentes jovens
97
Q

Síndrome da Pele Escaldada (ou Sd. Ritter) - TTO:

A
  1. Penicilinas resistentes à penicilinases (oxacilina ou vancomicina)
  2. Associar Clindamidina p/ inibir síntese da toxina bacteriana
98
Q

Síndrome do Choque Tóxico Estafilocócico

A
  1. Síndrome multissistêmica provocada pelo S. aureus produtor da toxina-1 e enterotoxinas
  2. Febre, hipotensão, rash eritematoso c/ descamação mãos/pés e envolvimento multissistêmico
  3. FR: Mulheres de 15-25 anos que usam tampões vaginais; cças c/ tampões nasais, feridas infectadas, queimaduras
99
Q

Síndrome do Choque Tóxico Estafilocócico

A
  1. Critérios maiores (todos): Febre >38,8ºC; Hipotensão; Rash (eritrodermia c/ descamação posterior)
  2. Critérios menores (3 ou mais): inflamação mucosa, vômito/diarreia, disfç hepática, renal, neurológica, mialgias e ↑ enzimas musc, trombocitopenia (plaq <100 mil)
  3. Critérios exclusão: ausência de outra explicação, hemoculturas negativas
  4. TTO: Oxacilina ou Vancomicina IV + Clindamicina
100
Q

Síndrome da Mononucleose Infecciosa (doença do beijo)

A
  1. Agente: Epstein-Barr Vírus (EBV) em 90% dos casos (família herpesviridae)
  2. Transmissão: contato íntimo (beijo) por gotículas saliva e intercurso sexual
  3. Incubação: 30-50 dias*
  4. Clínica: faringite, fadiga, linfadenopatia generalizada e epitroclear, esplenomegaliar → queixas sistêmicas
101
Q

Síndrome da Mononucleose-like

*Dxx

A
  1. CMV
  2. Toxoplasmose
  3. Hepatites
  4. Adenovírus
  5. HIV
  6. Rubéola
102
Q

Síndrome da Mononucleose Infecciosa (doença do beijo)

A
  1. > 95% da população já foi infectada pelo EBV
  2. Ocorre mais em pré-escolares, não é comum antes de 4 anos
  3. Tríade (50%): Fadiga + Faringite + Linfadenopatia
  4. Infectados podem eliminar vírus por até 6 meses após a dça aguda
103
Q

Potencial oncogênico do EBV

A
  1. Carcinoma nasofaringe
  2. Linfoma de Burkit
  3. Doença de Hodgkin
  4. Leiomiossarcoma em pctes imunossuprimidos
  5. Carcinoma de glândulas salivares
  6. Possuem altos títulos de anticorpos do EBV na maioria dos tumores
  7. Imunodeficiências podem predispor ao desenvolvimento dos cânceres EBV-associados
104
Q

Síndrome da Mononucleose Infecciosa - QC:

A
  1. Fadiga, febre aguda ou prolongada (>7 dias), mal-estar, odinofagia, náusea, mialgias
  2. Linfadenopatia generalizada (90%) e epitroclear
  3. Esplenomegalia (50%) e Hepatomegalia (10%)
  4. Faringite c/ ou s/ exsudato e petéquias no palato
  5. Sinal de Hoagland: edema palpebral
  6. Exantema após uso de amoxicilina ou ampicilina
105
Q

Síndrome da Mononucleose Infecciosa - QC:

A
  1. Fadiga, febre aguda ou prolongada (>7 dias), mal-estar, odinofagia, náusea, mialgias
  2. Linfadenopatia generalizada (90%) e epitroclear
  3. Esplenomegalia (50%) e Hepatomegalia (10%)
  4. Faringite c/ ou s/ exsudato e petéquias no palato (dxx c/ angina estreptocócica)
  5. Sinal de Hoagland: edema palpebral
  6. Exantema após uso de amoxicilina ou ampicilina, s/ uso de ATB em 3-15%
  7. LINFOCITOSE C/ ATIPIA LINFOCITÁRIA
106
Q

Síndrome da Mononucleose Infecciosa - Síndrome de Gianotti-Crosti:

A
  1. Exantema papular eritematoso, bochecha, extremidade e nádegas c/ tendência a coalescência
  2. Dura 15-50 dias
  3. Causada pelo EBV
107
Q

Síndrome da Mononucleose Infecciosa - Complicações:

A
  1. Obstrução de VAS
  2. Cefaleia, convulsões e ataxia
  3. Sd. “Alice no país das maravilhas”: metamorfopsia (distorção visual da forma, tamanho e noção espacial dos objetos)
  4. Meningite asséptica, milite transversa e SGB
  5. Anemia hemolítica
  6. Rotura esplênica 2ª a trauma: mais na 2ª semanas de dça, mais comum em adultos do que em cças → afastamento das atividades
  7. Sd. Duncan: meninos c/ imunodef. congênita herdade pelo X c/ infecção sistêmica e fatal pelo EBV.
108
Q

Síndrome da Mononucleose Infecciosa - Dx:

A
  1. Linfocitose com atipia linfocitária *****
  2. Trombocitopenia leve e ↑ AST/ALT
  3. Anticorpos heterófilos (incomum em <4 anos e mais comum em > 4 anos): mais sensível após 2ª semana, se aglutina em hemácias de animais.
  4. Sorologia específica:
    1. Anti-VCA (IgM e IgG anticapsídeo viral):marca fase aguda
    1. Anti-EA (IgG antiantígenos precoces): persiste por meses
    1. Anti-EBNa (IgG antiantígeno nuclear): último a apareccer
109
Q

Síndrome da Mononucleose Infecciosa - TTO

A
  1. Sintomáticos: paracetamol ou dipirona
  2. Evitar AAS: risco de Sd. de Reye (encefalopatia e degeneração gordurosa das vísceras)
  3. S/ tto específico
  4. Evitar atividade física por 2-3 semanas ou até desaparecer esplenomegalia: por risco de rutura eplênica 2ª a trauma
  5. Corticoide se obstrução VAS, anemias, convulsões
110
Q

Citomegalovírus

A
  1. Maioria dos adultos são soropositivos p/ CMV
  2. Vírus pode ser encontrado em qqer líquido corporal e nos órgãos
  3. Vírus DNA dupolo, família Herpesvirida e capaz de ser latente
  4. QC por primoinfecção ou reativação latente
111
Q

Citomegalovírus

A
  1. Transmissão por várias formas: sexual, urina, saliva, parenteral, transplante e vertical
  2. Pré-escolar (creches), adolescentes (sexual)
  3. Pode afetar qqer tecido do corpo: pulmão, SNC, fígado, rins, TGI
  4. Maior risco fatal em imunodeprimidos
112
Q

Citomegalovírus -QC:

A
  1. Varia de acordo c/ idade da primoinfecção e condições imune
  2. Imunocompetentes: assintomáticos ou mononucleose-like (=EBV, mas c/ acs heterófilos negativo)
  3. Imunodeprimidos: Pneumonite, hepatite, coriorretinite
113
Q

Citomegalovírus Congênita

A
  1. RCIU
  2. Prematuridade
  3. Hepatite, hepatoesplenomegalia e icterícia
  4. Rash
  5. Calcificações intracraniana e periventriculares
  6. Microcefalia
  7. Surdez sensório-neural
114
Q

Citomegalovírus - TTO:

A
  1. Indicado só em imunodeprimidos e infecções congênitas sintomáticas c/ Ganciclovir, Foscarnet e Imunoglobulinas
  2. Provilaxia: higiena mãos, uso dos medicamentos acima em transplantados e evitar amamentação curzada s/ pasteurizar
115
Q

Toxoplasmose

A
  1. Toxoplasma gondii
  2. Protozoário intracelular obrigatório
  3. Não é exclusivo do homem, sendo os fatos hospedeiros definitivo
  4. Necessário boa resposta imune humoral p/ evitar multiplicação patógeno
116
Q

Toxoplasmose - Formas do T. gondii

A
  1. Taquizoítas: sangue
  2. Bradizoítas: cisto alojados nos tecidos esqueléticos e cérebro
  3. Oocistos: eliminado pelas fezes de felinos (viáveis até 1 ano no solo), cada oocisto depois de ingerido libera esporozoíta
117
Q

Toxoplasmose - Formas do T. gondii

A
  1. Gato se contamina ingerindo carne contendo bradizoítas na forma de cistos ou fezes de outros animais contendo oocistos, se multiplica no íleo distal dos gatos e eliminam oocistos pelas fezes
  2. Humano: come o oocisto ou ingestão de carne crua de animais (vaca, porco, aves, ovelhas) que contém bradizoítas na musculatura esquelética (congelamento ou alta temperatura evita)
  3. Pode haver transmissão transplacentária
118
Q

Toxoplasmose - QC:

*Maioria em competente é autolimitado e não necessita tto

A
  1. Adquirida: Linfadenomegalias cervicais, mediastinais, mensetéricos, intra-abdominal
  2. 1 Dor, febre (QC = apendicite)
  3. Ocular (adquirida ou congênita): coriorretinite uni ou bilateral, visão borrada, escotomas, fotofobia, lacrimejamento, ↓ acuidade
  4. Imunodeprimido: SNC (50%), coração, pulmão e TGI, febre alta, cefaleia, alt. mental, psicose, convulsões e déficit focal, pode ser reativação foco latente
119
Q

Toxoplasmose - Dx:

A
  1. Sorologia: IgM
  2. Ocular: IgM + retinocoroidite típica (necrose, focal c/ lesões satélites cicatrizadas)
  3. Imunodeprimidos: cultura sangue, líquor (IgG pode estar baixo = reativação foco)
120
Q

Toxoplasmose - TTO:

A
  1. Adquirida em adultos e cças hígidas não complicada não requer tto
  2. 1 Indicado se QC intenso ou persistentne c/ LOA
  3. Imunodeprimido deve ser tto sempre, mesmo se assintomático: Sulfadiazina + Pirimetamina (tem ação sinérgica) por 4-6 semanas
    1. Pirimitamina: inibe síntese ác. fólico
121
Q

Síndrome de Gianotti-Crosti (acrodermatite papular não infância)

A
  1. Associado ao vírus da hepatite B e A, EBV, coxsackie A16 e parainfluenza
  2. Acomete cças de 2-6 anos
  3. Exantema papular eritematoso em bochechas, nadegas e extremidades com tendência a coalescência NAo pruriginosas
  4. Duração de 15-50 dias
  5. Pode ter Hepatomegalia dolorosa, elevação de transaminases
122
Q

Linfocitose Atípica

A
  1. Aponta para etiologia viral (e não causa bacteriana)

2. É um achado laboratorial inespecífico