Miocardite e Pericardite Flashcards

1
Q

O que caracteriza a miocardite fulminante?

A

Forma grave da doença com rápida progressão para insuficiência cardíaca e choque cardiogênico, frequentemente necessitando de suporte circulatório.

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2
Q

Quais são os principais fatores prognósticos na miocardite aguda?

A

Gravidade da disfunção ventricular inicial, resposta ao tratamento e presença de arritmias ou bloqueios cardíacos.

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3
Q

Quais são as complicações mais comuns da miocardite?

A

Insuficiência cardíaca, arritmias ventriculares, morte súbita e progressão para cardiomiopatia dilatada.

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4
Q

Quais são os sinais clínicos de miocardite fulminante?

A

Choque, arritmias ventriculares graves, insuficiência respiratória e disfunção multiorgânica.

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5
Q

Qual é a abordagem inicial para o manejo de pacientes com miocardite fulminante?

A

Suporte hemodinâmico agressivo com inotrópicos, ventilação mecânica e dispositivos de assistência circulatória.

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6
Q

Quando a oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) é indicada na miocardite?

A

Em casos de miocardite fulminante com falência cardíaca e respiratória refratária a outras terapias.

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7
Q

Quais são os dispositivos de assistência ventricular usados no tratamento da miocardite fulminante?

A

Dispositivos como Impella e balão intra-aórtico podem ser utilizados para suporte circulatório temporário.

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8
Q

Quais são os critérios para transplante cardíaco em pacientes com miocardite?

A

Insuficiência cardíaca refratária a terapias convencionais e falência de suporte mecânico prolongado.

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9
Q

Qual é a taxa de recuperação completa em pacientes com miocardite fulminante?

A

Cerca de 50% a 70% dos pacientes podem ter recuperação completa com manejo agressivo e suporte circulatório precoce.

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10
Q

Quais são as estratégias de reabilitação para pacientes que sobreviveram à miocardite aguda?

A

Exercícios supervisionados, controle de fatores de risco cardiovascular e acompanhamento para prevenção de complicações tardias.

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11
Q

Qual é o papel dos betabloqueadores no tratamento da miocardite?

A

Reduzem o remodelamento cardíaco e melhoram a sobrevida em pacientes com disfunção ventricular persistente.

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12
Q

Quais são as características histológicas da miocardite de células gigantes?

A

Presença de células gigantes multinucleadas e necrose extensa de miócitos.

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13
Q

Quais são as complicações arritmogênicas mais comuns na miocardite?

A

Fibrilação ventricular, taquicardia ventricular e bloqueios atrioventriculares de alto grau.

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14
Q

Como o uso de corticosteroides pode influenciar no prognóstico da miocardite?

A

Em casos selecionados, como miocardite autoimune ou sarcoidose, corticosteroides podem melhorar o prognóstico.

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15
Q

Qual é o papel do inibidor da enzima conversora de angiotensina (IECA) na miocardite?

A

IECA são usados para reduzir a pós-carga e controlar a disfunção ventricular em pacientes com miocardite crônica.

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16
Q

Quando considerar o uso de dispositivos de assistência circulatória na miocardite aguda?

A

Quando há deterioração hemodinâmica refratária a tratamento clínico e inotrópicos, com risco iminente de falência cardíaca.

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17
Q

Como monitorar a recuperação da função cardíaca em pacientes com miocardite?

A

Ecocardiogramas seriados para avaliar a função ventricular e monitorar o remodelamento cardíaco.

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18
Q

Quais são as principais causas de miocardite eosinofílica?

A

Reações a drogas, infecções parasitárias e doenças autoimunes como a síndrome de Churg-Strauss.

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19
Q

O que é pericardite aguda?

A

É a inflamação do pericárdio, sendo a forma mais comum de doença pericárdica, muitas vezes idiopática ou de etiologia viral.

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20
Q

Quais são os critérios diagnósticos de pericardite aguda?

A

Presença de pelo menos dois dos seguintes: dor característica, atrito pericárdico, alteração eletrocardiográfica sugestiva e novo derrame pericárdico.

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21
Q

Qual é a etiologia mais comum da pericardite aguda?

A

A forma idiopática, que em sua maioria dos casos tem etiologia viral.

22
Q

Quais são os agentes infecciosos mais comuns na pericardite viral?

A

Echovírus, coxsackievírus, influenza, Epstein-Barr e citomegalovírus.

23
Q

Quais doenças autoimunes podem cursar com pericardite?

A

Lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide, síndrome de Sjögren, esclerodermia e vasculites sistêmicas.

24
Q

Quais são os principais sintomas da pericardite aguda?

A

Dor torácica ventilatório-dependente, febre e mal-estar, dor que piora em decúbito e melhora ao inclinar-se para frente.

25
Q

Quais são as complicações possíveis da pericardite aguda?

A

Tamponamento cardíaco e pericardite constritiva.

26
Q

Qual é o tratamento de primeira linha para a pericardite aguda?

A

Uso de anti-inflamatórios não hormonais (AINH) como ibuprofeno e colchicina para reduzir a recorrência.

27
Q

Quando a colchicina é indicada no tratamento da pericardite?

A

Na pericardite aguda e recorrente, para alívio dos sintomas e prevenção de novos episódios.

28
Q

Quais são os fatores de risco para recorrência da pericardite?

A

Uso de prednisona, grandes derrames pericárdicos e ausência de resposta a AINH.

29
Q

Quais são os sinais eletrocardiográficos característicos da pericardite aguda?

A

Supradesnivelamento difuso do segmento ST e infradesnivelamento do segmento PR.

30
Q

Qual é a fisiopatologia da pericardite tuberculosa?

A

Inflamação do pericárdio devido à infecção por Mycobacterium tuberculosis, mais comum em pacientes imunocomprometidos.

31
Q

Quando a pericardiocentese está indicada na pericardite aguda?

A

Em casos de grandes derrames pericárdicos, tamponamento cardíaco ou pericardite bacteriana.

32
Q

Quais são os exames indicados para diagnóstico de pericardite?

A

Eletrocardiograma, ecocardiograma, e exames laboratoriais como PCR e hemograma.

33
Q

Qual é a relação entre infarto do miocárdio e pericardite?

A

Pode ocorrer pericardite no IAM, como inflamação do pericárdio subjacente à área infartada, ou síndrome de Dressler após semanas.

34
Q

Qual é a principal característica do derrame pericárdico na pericardite viral?

A

Geralmente leve, presente em cerca de 60% dos casos, diagnosticado por ecocardiograma.

35
Q

O que é a pericardite crônica?

A

É uma inflamação persistente do pericárdio que dura mais de três meses e pode levar a fibrose e rigidez pericárdica.

36
Q

Quais são as principais formas de pericardite crônica?

A

Pericardite recorrente, pericardite constritiva e derrame pericárdico crônico.

37
Q

Quais são as principais causas de pericardite recorrente?

A

Pericardite viral/idiopática, síndrome pós-pericardiotomia e síndrome pós-infarto do miocárdio.

38
Q

Como é definido o quadro de pericardite incessante?

A

Quando os intervalos entre os episódios são menores que seis semanas.

39
Q

Qual é o principal sintoma da pericardite crônica?

A

Dor torácica de caráter pleurítico que melhora ao sentar-se e piora ao deitar-se.

40
Q

Quais são os critérios diagnósticos para pericardite recorrente?

A

Alterações no ECG, atrito pericárdico, novo derrame pericárdico e elevação de PCR ou leucocitose.

41
Q

Qual exame é considerado padrão-ouro para o diagnóstico de pericardite crônica?

A

A ressonância magnética cardíaca com realce tardio por gadolínio.

42
Q

Qual é o tratamento de primeira linha para a pericardite recorrente?

A

Anti-inflamatórios não hormonais (AINH) associados à colchicina.

43
Q

Qual é o benefício da colchicina na pericardite recorrente?

A

Reduz o número de recidivas e hospitalizações, além de encurtar o tempo dos sintomas.

44
Q

Qual a dose recomendada de colchicina para pericardite crônica?

A

0,5 mg duas vezes ao dia por seis meses, ou metade da dose em pacientes com menos de 70 kg ou insuficiência renal.

45
Q

Qual é a principal complicação do uso de colchicina?

A

Diarreia, observada em cerca de 8% dos casos.

46
Q

Quando o uso de corticoides é indicado na pericardite crônica?

A

Nos casos refratários ao tratamento com AINH ou em doenças autoimunes.

47
Q

Qual é o principal efeito adverso dos corticoides na pericardite crônica?

A

Aumento das taxas de recidiva após a redução da dose.

48
Q

Quando a pericardiectomia é indicada?

A

Em casos de pericardite constritiva ou quando o paciente é refratário ao tratamento clínico.

49
Q

Qual é a taxa de evolução para pericardite constritiva na pericardite recorrente idiopática?

A

Menos de 1% dos casos.

50
Q

Quais são as principais etiologias do derrame pericárdico crônico?

A

Infecções, neoplasias, doenças autoimunes e síndrome pós-injúria pericárdica.