Miocardite e Pericardite Flashcards
O que caracteriza a miocardite fulminante?
Forma grave da doença com rápida progressão para insuficiência cardíaca e choque cardiogênico, frequentemente necessitando de suporte circulatório.
Quais são os principais fatores prognósticos na miocardite aguda?
Gravidade da disfunção ventricular inicial, resposta ao tratamento e presença de arritmias ou bloqueios cardíacos.
Quais são as complicações mais comuns da miocardite?
Insuficiência cardíaca, arritmias ventriculares, morte súbita e progressão para cardiomiopatia dilatada.
Quais são os sinais clínicos de miocardite fulminante?
Choque, arritmias ventriculares graves, insuficiência respiratória e disfunção multiorgânica.
Qual é a abordagem inicial para o manejo de pacientes com miocardite fulminante?
Suporte hemodinâmico agressivo com inotrópicos, ventilação mecânica e dispositivos de assistência circulatória.
Quando a oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) é indicada na miocardite?
Em casos de miocardite fulminante com falência cardíaca e respiratória refratária a outras terapias.
Quais são os dispositivos de assistência ventricular usados no tratamento da miocardite fulminante?
Dispositivos como Impella e balão intra-aórtico podem ser utilizados para suporte circulatório temporário.
Quais são os critérios para transplante cardíaco em pacientes com miocardite?
Insuficiência cardíaca refratária a terapias convencionais e falência de suporte mecânico prolongado.
Qual é a taxa de recuperação completa em pacientes com miocardite fulminante?
Cerca de 50% a 70% dos pacientes podem ter recuperação completa com manejo agressivo e suporte circulatório precoce.
Quais são as estratégias de reabilitação para pacientes que sobreviveram à miocardite aguda?
Exercícios supervisionados, controle de fatores de risco cardiovascular e acompanhamento para prevenção de complicações tardias.
Qual é o papel dos betabloqueadores no tratamento da miocardite?
Reduzem o remodelamento cardíaco e melhoram a sobrevida em pacientes com disfunção ventricular persistente.
Quais são as características histológicas da miocardite de células gigantes?
Presença de células gigantes multinucleadas e necrose extensa de miócitos.
Quais são as complicações arritmogênicas mais comuns na miocardite?
Fibrilação ventricular, taquicardia ventricular e bloqueios atrioventriculares de alto grau.
Como o uso de corticosteroides pode influenciar no prognóstico da miocardite?
Em casos selecionados, como miocardite autoimune ou sarcoidose, corticosteroides podem melhorar o prognóstico.
Qual é o papel do inibidor da enzima conversora de angiotensina (IECA) na miocardite?
IECA são usados para reduzir a pós-carga e controlar a disfunção ventricular em pacientes com miocardite crônica.
Quando considerar o uso de dispositivos de assistência circulatória na miocardite aguda?
Quando há deterioração hemodinâmica refratária a tratamento clínico e inotrópicos, com risco iminente de falência cardíaca.
Como monitorar a recuperação da função cardíaca em pacientes com miocardite?
Ecocardiogramas seriados para avaliar a função ventricular e monitorar o remodelamento cardíaco.
Quais são as principais causas de miocardite eosinofílica?
Reações a drogas, infecções parasitárias e doenças autoimunes como a síndrome de Churg-Strauss.
O que é pericardite aguda?
É a inflamação do pericárdio, sendo a forma mais comum de doença pericárdica, muitas vezes idiopática ou de etiologia viral.
Quais são os critérios diagnósticos de pericardite aguda?
Presença de pelo menos dois dos seguintes: dor característica, atrito pericárdico, alteração eletrocardiográfica sugestiva e novo derrame pericárdico.
Qual é a etiologia mais comum da pericardite aguda?
A forma idiopática, que em sua maioria dos casos tem etiologia viral.
Quais são os agentes infecciosos mais comuns na pericardite viral?
Echovírus, coxsackievírus, influenza, Epstein-Barr e citomegalovírus.
Quais doenças autoimunes podem cursar com pericardite?
Lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide, síndrome de Sjögren, esclerodermia e vasculites sistêmicas.
Quais são os principais sintomas da pericardite aguda?
Dor torácica ventilatório-dependente, febre e mal-estar, dor que piora em decúbito e melhora ao inclinar-se para frente.
Quais são as complicações possíveis da pericardite aguda?
Tamponamento cardíaco e pericardite constritiva.
Qual é o tratamento de primeira linha para a pericardite aguda?
Uso de anti-inflamatórios não hormonais (AINH) como ibuprofeno e colchicina para reduzir a recorrência.
Quando a colchicina é indicada no tratamento da pericardite?
Na pericardite aguda e recorrente, para alívio dos sintomas e prevenção de novos episódios.
Quais são os fatores de risco para recorrência da pericardite?
Uso de prednisona, grandes derrames pericárdicos e ausência de resposta a AINH.
Quais são os sinais eletrocardiográficos característicos da pericardite aguda?
Supradesnivelamento difuso do segmento ST e infradesnivelamento do segmento PR.
Qual é a fisiopatologia da pericardite tuberculosa?
Inflamação do pericárdio devido à infecção por Mycobacterium tuberculosis, mais comum em pacientes imunocomprometidos.
Quando a pericardiocentese está indicada na pericardite aguda?
Em casos de grandes derrames pericárdicos, tamponamento cardíaco ou pericardite bacteriana.
Quais são os exames indicados para diagnóstico de pericardite?
Eletrocardiograma, ecocardiograma, e exames laboratoriais como PCR e hemograma.
Qual é a relação entre infarto do miocárdio e pericardite?
Pode ocorrer pericardite no IAM, como inflamação do pericárdio subjacente à área infartada, ou síndrome de Dressler após semanas.
Qual é a principal característica do derrame pericárdico na pericardite viral?
Geralmente leve, presente em cerca de 60% dos casos, diagnosticado por ecocardiograma.
O que é a pericardite crônica?
É uma inflamação persistente do pericárdio que dura mais de três meses e pode levar a fibrose e rigidez pericárdica.
Quais são as principais formas de pericardite crônica?
Pericardite recorrente, pericardite constritiva e derrame pericárdico crônico.
Quais são as principais causas de pericardite recorrente?
Pericardite viral/idiopática, síndrome pós-pericardiotomia e síndrome pós-infarto do miocárdio.
Como é definido o quadro de pericardite incessante?
Quando os intervalos entre os episódios são menores que seis semanas.
Qual é o principal sintoma da pericardite crônica?
Dor torácica de caráter pleurítico que melhora ao sentar-se e piora ao deitar-se.
Quais são os critérios diagnósticos para pericardite recorrente?
Alterações no ECG, atrito pericárdico, novo derrame pericárdico e elevação de PCR ou leucocitose.
Qual exame é considerado padrão-ouro para o diagnóstico de pericardite crônica?
A ressonância magnética cardíaca com realce tardio por gadolínio.
Qual é o tratamento de primeira linha para a pericardite recorrente?
Anti-inflamatórios não hormonais (AINH) associados à colchicina.
Qual é o benefício da colchicina na pericardite recorrente?
Reduz o número de recidivas e hospitalizações, além de encurtar o tempo dos sintomas.
Qual a dose recomendada de colchicina para pericardite crônica?
0,5 mg duas vezes ao dia por seis meses, ou metade da dose em pacientes com menos de 70 kg ou insuficiência renal.
Qual é a principal complicação do uso de colchicina?
Diarreia, observada em cerca de 8% dos casos.
Quando o uso de corticoides é indicado na pericardite crônica?
Nos casos refratários ao tratamento com AINH ou em doenças autoimunes.
Qual é o principal efeito adverso dos corticoides na pericardite crônica?
Aumento das taxas de recidiva após a redução da dose.
Quando a pericardiectomia é indicada?
Em casos de pericardite constritiva ou quando o paciente é refratário ao tratamento clínico.
Qual é a taxa de evolução para pericardite constritiva na pericardite recorrente idiopática?
Menos de 1% dos casos.
Quais são as principais etiologias do derrame pericárdico crônico?
Infecções, neoplasias, doenças autoimunes e síndrome pós-injúria pericárdica.